quarta-feira, 27 de julho de 2022

 

É Sempre Bom Tomar Conhecimento


Bom amigo é o que te aponta os teus erros

Agradeço aos meus leitores o seu interesse nesta postagem, mas peço que para melhor visão da matéria, vejam antes o que postei em 17/07/22 sob o título Ciclo de Vida do Produto em Turismo, sobretudo os últimos oito pontos analisados.

Os textos que mostramos adiante, fazem parte de um trabalho levado a cabo por uma entidade de pesquisas sobre a pequena hotelaria do Sul do Brasil, mas pode ser aceito sem ressalvas para o total do país. Acrescentámos a este trabalho as nossas observações, pra melhor compreensão da matéria.

Review of Tourism Research (eRTR), Vol. 18, No. 4, 2021 The importance of environmental scanning: a study on the Brazilian hotel industry eRTR Editorial Board

Companies  need  systematic  listening  practices  in the  competitive  environment  to  observe competitors and help managers in the decision-making process. Thus, the objective of this article is  to  analyze  the  strategies  of  the  Brazilian  hotel  industry  from  the  clients'  perception  of  the quality of accommodation services. This research is also described as a mixed-method centered around delimiting the existing strategic information in hotels based on the 2017 JLL's Hotels & Hospitality  Group  report.  Data  were  collected  from  the  guests  through  on-site  and  online questionnaires  and  interpreted  qualitatively  based  on  the  hotel  chain's  missions  and  views,  and statistically from the two-way ANOVA and Tukey tests, which presented a low significance for the guests' educational training, income, and age. The objectivesproposed in the hotels' strategic outline concerning the practices  adopted and the  experiences undergone by  their  guests showed some inconsistency. Hotels lack the identification of important sources of existing information in their area.Keywords:Brazilian   hotel   industry;   accommodation   excellence   and   quality;   competitive intelligence; prospective information.( Aqui, texto apagado por nós) The  third  phase  of  the  questionnaire  pointed  to  questions  related  to  the  satisfaction survey, the participation of the guest, and the monitoring of the completion of this data collection tool. Regarding satisfaction surveys in hotels, 52.4% said that sometimes the hotel provided this systematic  monitoring,  26.5%  indicate  that  such  surveys  were  never  presented  to  them,  and 20.5% indicate that there have always been satisfaction surveys in the hotels where they stayed. The  construct  concerning  "sometimes"  demonstrates  the  existence  of  surveys  in  some  hotels where  the  respondents  stayed,  but  not  in  all  of  them.  The  percentage  referring  to  the  non-existence  of  satisfaction  survey  in  hotels  demonstrates  the  lack  of  interest  in  finding  out  the guest's opinion about the services offered. The next question was about the request and monitoring of the hotel in the  participation  of  the  satisfaction  survey  during  lodging,  with  70%  stating  that  it  was  not requested,  while  only  30%  said  otherwise.  The  high  percentage  of  non-participation  can characterize  several  factors,  one  of  them  being  the  lack  of  interest  of  the  guests  in  giving  their opinion about experiences in the hotels that they attend  and the lack of incentive on the part of the employees in charge of the hotel segment upon mentioning the existence of such tool.Regarding  the  main  areas  that  the  satisfaction  surveys  contemplate,  the  respondents When questioned if they would stay again in that hotel, they mostly disagreed and were not later questioned  for  this  opinion.  Nonetheless,  it  is  an  opportunity  for  future  researches  to  hear  the managers  who  belong  to  the  hotel  chains  located  in  Brazil,  and  the  other  guests  whose  reasons for  traveling  are  related  to  business,  events  (fairs,  congresses,  convention),  studies,  visits  to relatives, and friends, and health (treatment and aesthetics), among other topics. Finally,  it  is  understood  that  this  research  is  relevant  as  it  contributes  to  offer  new perspectives on the importance of guests’ perception about the environmental scanning for the benefit  of  the  Brazilian  hotel  industry.  Therefore,  whether  in  the  service,  commercial  or industrial  sectors,  the  contact  with  clients  and  suppliers  in  the  search  for  useful  information  is extremely  important  to  define  strategies  whose  objective  is  to  meet  the  yearnings  and  the expectations of all the common-interest actors, besides improving the company’s performance in a market that is more and more demanding, which is not always the case. References Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integration of business intelligence with corporate strategic management. Journal of Intelligence Studies in Business, 7(2). Araújo,  V.M.G.(2013). Qualidade  dos  serviços  na  hotelaria:  um  estudo na  rede  de  hotéis  Alfa. CAD. Est. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Tradução

Revisão da Pesquisa em Turismo (eRTR), Vol. 18, nº 4, 2021 A importância do escaneamento ambiental: um estudo sobre a indústria hoteleira brasileira Conselho Editorial da eRTR

As empresas precisam de práticas sistemáticas de escuta no ambiente competitivo, para observar os concorrentes e auxiliar os gestores no processo de tomada de decisão. Assim, o objetivo deste artigo é analisar as estratégias da hotelaria brasileira a partir da percepção dos clientes sobre a qualidade dos serviços de hospedagem. Esta pesquisa também é descrita como um método misto centrado na delimitação da informação estratégica existente em hotéis com base no relatório 2017 do JLL's Hotels & Hospitality Group.

Os dados foram coletados dos hóspedes por meio de questionários presenciais e online e interpretados qualitativamente com base nas missões e visões da rede hoteleira, e estatisticamente a partir dos testes ANOVA two-way e Tukey, que apresentaram baixa informação sobre a formação educacional dos hóspedes, sua renda, e idade. Os objetivos propostos no delineamento estratégico dos hotéis quanto às práticas adotadas e às experiências vividas por seus hóspedes mostraram alguma inconsistência. Os hotéis carecem da identificação de importantes fontes de informação existentes em sua área. Palavras-chave: hotelaria brasileira; excelência e qualidade do alojamento; inteligência competitiva; informações prospectivas.

(aqui, Texto retirado por nós, pois apresentava apenas, identificação dos pesquisadores)

A terceira fase do questionário apontou questões relacionadas à pesquisa de satisfação, à participação do hóspede e ao acompanhamento do preenchimento desse instrumento de coleta de dados. Em relação às pesquisas de satisfação em hotéis, 52,4% disseram que às vezes o hotel oferecia esse monitoramento sistemático, 26,5% indicam que tais pesquisas nunca foram apresentadas a eles e 20,5% indicam que sempre houve pesquisas de satisfação nos hotéis onde se hospedaram. O construto referente a "às vezes" demonstra a existência de pesquisas em alguns hotéis onde os respondentes se hospedaram, mas não em todos eles. O percentual referente à inexistência de pesquisa de satisfação nos hotéis demonstra a falta de interesse em saber a opinião do hóspede sobre os serviços oferecidos. A próxima pergunta foi sobre a solicitação e acompanhamento do hotel na participação da pesquisa de satisfação durante a hospedagem, com 70% afirmando que não foi solicitado, enquanto apenas 30% afirmaram o contrário. O alto percentual de não participação pode caracterizar diversos fatores, sendo um deles o desinteresse dos hóspedes em opinar sobre as experiências nos hotéis que frequentam e a falta de incentivo por parte dos funcionários responsáveis ​​pelo segmento hoteleiro ao mencionar a existência de tal ferramenta. Sobre as principais áreas que as pesquisas de satisfação contemplam, os respondentes quando questionados se voltariam a se hospedar naquele hotel, em sua maioria discordaram e não foram questionados posteriormente para esta opinião. Ainda assim, é uma oportunidade para futuras pesquisas ouvir os gerentes das redes hoteleiras localizadas no Brasil, e os demais hóspedes cujos motivos de viagem estejam relacionados a negócios, eventos (feiras, congressos, convenções), estudos, visitas a parentes  e amigos, ou saúde (tratamento e estética), entre outros temas. Por fim, entende-se que esta pesquisa é relevante, pois contribui para oferecer novas perspectivas sobre a importância da percepção dos hóspedes sobre o escaneamento ambiental em benefício da Indústria hoteleira brasileira. Portanto, seja no setor de serviços, comercial ou industrial, o contato com clientes e fornecedores na busca de informações úteis é de extrema importância para definir estratégias cujo objetivo seja atender aos anseios e expectativas de todos os atores de interesse comum, além de aprimorar a atuação da empresa em um mercado cada vez mais exigente, o que nem sempre acontece.

Referências Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integração da inteligência de negócios com a gestão estratégica corporativa. Revista de Estudos de Inteligência em Negócios, 7(2). Araújo, V.M.G.(2013). Qualidade dos serviços na hotelaria: um estudo na rede de hotéis Alfa. CAFAJESTE. Husa. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Os quadros a seguir acompanham a pesquisa e não traduzimos por achar que são de fácil interpretação.

 



Texto nosso

O setor de turismo é um importante impulsionador do crescimento econômico e da criação de empregos em todo o mundo e, até recentemente (a chegada do COVID-19!) representava aproximadamente 10% do PIB global.

Mais e mais países estão se voltando para o turismo como crescimento econômico, e as viagens em si nunca foram tão acessíveis a tantas pessoas quanto hoje.

Partes do mundo que antes eram difíceis de alcançar agora são facilmente acessíveis, e o custo das viagens é consideravelmente menor hoje em dia em comparação com 20 a 30 anos atrás. Acrescente-se a isso, o aumento da popularidade dos canais de mídia social, como o Instagram, que incentiva e inspira as pessoas a ver o mundo mais do que nunca.

Mas devemos analisar o turismo de uma forma responsável. E em poucas palavras, diremos que o chamado de turismo responsável é o formato comportamental de todos os intervenientes, que através de atitudes responsáveis tentam minimizar e reverter os efeitos negativos das excursões e viagens. Estes podem incluir a superlotação, a destruição do patrimônio e do meio ambiente, a globalização, mudanças sociais prejudiciais e muitos outros.

Turismo responsável, versus turismo sustentável, versus ecoturismo – existe alguma diferença?

Há uma pequena diferença entre turismo responsável e turismo sustentável e ecoturismo, mas esses termos são normalmente usados de forma intercambiável, o que pode aumentar a confusão.

Os pequenos investidores interioranos podem ser uma importante contribuição, para lugares onde importantes investimentos não são viáveis, fazendo chegar visitantes a locais que de outro modo ficariam semi-conhecidos. Mas devem a nosso ver valorizar o seu investimento, com mais conhecimentos do negócio, tornando-o mais rentável, produtivo e integrado a outros resultados desejáveis e possíveis.

O que é turismo responsável?

Este assunto vital e em constante evolução, pode ser confuso para aqueles que tentam se tornar novos integrantes. Mas vamos dar uma olhada no que turismo responsável realmente significa, incluindo alguns exemplos de viajantes, empresas de viagens e conselhos de turismo.

Além disso, às vezes também ouvimos o termo turismo responsável, sem saber o que isso significa e se há alguma diferença. Então, o que é exatamente o turismo responsável?

De acordo com o Dicionário Oxford, o ecoturismo é “turismo direcionado para ambientes naturais exóticos, muitas vezes ameaçados, destinados a apoiar os esforços de conservação e observar a vida selvagem”. Embora se concentre predominantemente no aspecto ambiental dos destinos, na prática também envolve o respeito às comunidades locais.

O turismo sustentável vai um pouco além disso. Segundo a OMC (Organização Mundial do Turismo), agência das Nações Unidas, o turismo sustentável deve:

Aproveitar ao máximo os recursos ambientais que constituem um elemento chave no desenvolvimento do turismo, mantendo os processos ecológicos essenciais e ajudando a conservar o patrimônio natural e a biodiversidade. Respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades anfitriãs, conservar seu patrimônio cultural construído e vivo e seus valores tradicionais, e contribuir para a compreensão e a tolerância interculturais.

Garantir operações econômicas viáveis e de longo prazo, proporcionando benefícios socioeconômicos a todas as partes interessadas que sejam distribuídos de forma justa, incluindo emprego estável e oportunidades de geração de renda e serviços sociais para as comunidades anfitriãs, e contribuindo para o alívio da pobreza.

O turismo responsável, por sua vez, refere-se à responsabilidade que tanto os visitantes quanto os anfitriões assumem para garantir que essa sustentabilidade seja abordada e mantida. Um turista responsável tomará decisões com base no que é melhor para as comunidades locais a longo prazo, garantindo que as ações baseadas nessas decisões tenham um impacto positivo nessas comunidades.

O turismo responsável torna os viajantes uma parte ativa (temporária) dessa comunidade, em vez de serem apenas espectadores. Fazer conexões significativas com as comunidades visitadas é tão importante quanto respeitar o meio ambiente e os costumes locais.

Em termos práticos, no entanto, turismo sustentável, turismo responsável, ecoturismo, turismo verde e designações semelhantes, são frequentemente usados igualmente no mesmo contexto.

Por que o turismo responsável é importante?

Viajar com responsabilidade não tem apenas um impacto positivo nos destinos e comunidades que visitamos, mas nos proporciona experiências enriquecedoras que muitas vezes ficam conosco e se tornam o destaque em nossas memórias.

Viajar é uma forma de abrir a mente para o mundo e perceber que somos todos diferentes, mas também iguais. E fazê-lo com responsabilidade nos dá a oportunidade de aprender por meio de conexões significativas com a população local e obter uma melhor compreensão da cultura local, bem como das questões sociais e ambientais.

O turismo responsável:

·      Minimiza impactos ambientais, sociais e econômicos negativos.

·      Gera maiores benefícios econômicos para a população local e melhora o bem-estar das comunidades anfitriãs, melhora as condições de trabalho e o acesso à indústria.

·      Envolve a população local em decisões que afetam suas vidas e oportunidades de vida.

·      Faz contribuições positivas para a conservação do patrimônio natural e cultural, para a manutenção da diversidade mundial.

·      Proporciona experiências mais agradáveis para os turistas por meio de conexões mais significativas com a população local e uma maior compreensão das questões culturais, sociais e ambientais locais

·      Fornece acesso para pessoas com deficiência física e é culturalmente sensível, gera respeito entre turistas e anfitriões e constrói orgulho e confiança local.

Esses aspectos da viagem responsável assumirão várias formas, dependendo da comunidade, da sua cultura e do ambiente, mas é um bom lugar para começar a pensar sobre o que nós, profissionais e investidores, podemos fazer como contribuição do nosso lado e usar a responsabilidade.

 Exemplos de turismo responsável

Se você ainda não pensou no turismo responsável, é difícil saber por onde começar para se tornar um participante melhor e até mesmo visualizar como isso pode se aplicar à sua participação.

A viagem responsável que envolve as comunidades locais também é uma oportunidade de humildade para aprender com as pessoas cujo país você está visitando. Enquanto viaja para admirar paisagens deslumbrantes, interagir com outras pessoas e ouvir suas histórias de como é a vida em sua parte do globo é a maneira mais poderosa de aprender enquanto viaja.

Destinos que dependem do turismo como principal fonte de receita, não devem perder o que geram para outras economias, geralmente mais estáveis.

Respeitando o ecossistema local e deixando só areia e conchas na praia

Levou milênios para que essas dunas de areia se formassem, e caminhar sobre elas as destrói. Da mesma forma, as conchas que aparentemente são apenas objetos inanimados são nutrientes preciosos para os microrganismos que vivem na praia – e, portanto, devem ser deixadas onde estão.

Fazer a sua parte para promover a proteção ambiental das praias, apontando comportamentos prejudiciais – ou seja, quando minha sobrinha de 10 anos me pergunta se eu gosto da concha que ela acabou de pegar, eu digo que gosto, mas que gostaria melhor deixar na praia.

A única coisa que pego na praia é o lixo deixado pelos outros.

Mas os participantes locais, sobretudo os grandes ou pequenos hoteleiros, têm também as suas responsabilidades, procurando manter as qualidades ambientais locais e a situação das populações existentes, bem como uma qualidade de serviços e atitudes, que dê aos utentes uma impressão positiva do país e seus habitantes.

Turismo responsável do ponto de vista da indústria de viagens

Como você pode ver, o turismo responsável vem em muitas formas diferentes. No entanto, garantir que viajamos com responsabilidade exige um esforço conjunto com a indústria de viagens e as entidades dr Turismo.

Com isso em mente, destaquei algumas situações com impacto positivo que o turismo sustentável e responsável traz para as comunidades locais e o meio ambiente, mas procurei evidenciar que essas histórias também podem partir de ações realizadas pela indústria de viagens e sobretudo pelos hoteleiros instalados no local, até ao limite das suas possibilidades.

A superlotação, o comportamento desrespeitoso e o deslocamento da população local, são apenas alguns dos problemas decorrentes de erros de gestão que prejudicam todos.

Deixaremos alguns conselhos aos pequenos investidores que tão úteis são ao Turismo nos locais menos acessíveis, para que eles possam aumentar e valorisar a qualidade e o aproveitamento, da sua  presença, nos lugares que escolheram para se estabelecer:

Converse com os seus hóspedes

Fale com o seu pessoal sobre as opiniões dos clientes

Algumas sugestões podem ser válidas e até aplicáveis, para melhoria dos serviços e dos locais.

Ao contrário do que você possa imaginar, a maioria das pessoas não irão se sentir incomodadas se você pedir para elas escreverem uma avaliação. Você pode começar a pedir avaliações de hóspedes imediatamente.  Ao solicitar uma avaliação, faça isso da maneira mais educada e simpática possível.

 O segredo para obter facilmente uma avaliação quando a pede diretamente ao hóspede, é ser amável e simpático. Depois da avaliação ser feita, você pode oferecer um mimo ou um brinde como agradecimento pelo gesto, tornando, assim, essa atitude genuína.

Procure informar os responsáveis oficiais do turismo na sua região, das opiniões deixadas pelos visitantes, sobre o local e seus acessos.

 Valorize o seu investimento e defenda o seu negócio

Procure também valorizar o treinamento e a empatia do seu pessoal. Isso sempre traz retorno.

Seja um membro efetivo do Grupo Mundial do Turismo Responsável e valorize o turismo do nosso país perante os visitantes do exterior.

domingo, 24 de julho de 2022

HOTELARIA E HOSPITALIDADE

 

Dissecando o “termo” gestão hoteleira

Gestão hoteleira e gestão da hospitalidade, são duas palavras usadas de forma intercambiável com bastante frequência. Isso tem feito muitas pessoas pensarem que as palavras significam o mesmo. Em um sentido real, as duas palavras têm muitas coisas em comum, mas existem algumas diferenças entre elas no sentido prático. A capacidade de identificar as diferenças, dependerá do conhecimento que se tem sobre os dois campos de gestão.

Vamos começar definindo cada termo um após o outro. A partir de suas definições, nossos leitores podem começar a ver as diferenças que existem entre eles. Mas as definições por si só podem não revelar a diferença fundamental, e é por isso que vamos fornecer mais explicações após as definições.

A gestão hoteleira envolve a gestão e supervisão das atividades diárias de um hotel.

 É um campo de estudo que abrange como um hotel é gerenciado, e um gerente de hotel é chamado de hoteleiro. Um hoteleiro pode adquirir um diploma de bacharel, um diploma de associado ou um diploma do ensino médio antes de se tornar um hoteleiro certificado.

 A gestão hoteleira é oferecida nas principais universidades dos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Finlândia, Canadá, Suíça e outros países.

 As necessidades do estudo de Gestão Hoteleira giram em torno das seguintes áreas:

 Recepção

Serviços Gerais

Alimentos e Bebidas (Restaurantes, Cozinhas, Outlets, Cafés, Bares etc.)

Reservas

Divisões de quartos

Agentes de turismo

Entre outros.

 A gestão hoteleira está limitada a funcionar apenas em hotéis, sendo portanto uma subindústria do setor geral de hospitalidade e turismo.

 
O que é gestão da hospitalidade

A gestão da hospitalidade é um campo mais amplo em comparação com a gestão hoteleira e abrange em si outras indústrias que possuem vários setores.

 Existem muitos outros setores da indústria da hospitalidade além dos principais que são:

 Alojamento

Aventura e Recreação ao ar livre

Atrações como Parques temáticos

Academias de Condicionamento Físico

Alimentos e bebidas ( além dos Restaurantes )

Boites

Comércio de viagens

Cassinos

Eventos e Conferências

Restaurantes e Similares

Serviços de turismo (Guias, Excursões, etc)

Timeshare

Cruzeiros

Aviação

Várias extensões ligadas ao Turismo

 Estes são agrupados para formar 5 setores principais da indústria da hospitalidade que inclui a indústria hoteleira como um subsetor.

 A gestão da hospitalidade é a supervisão das atividades gerenciais, funcionais e promocionais diárias no campo da hospitalidade.

Assim como apontamos no aspecto introdutório desta postagem que as definições desses dois termos nos darão uma visão de algumas de suas diferenças, nossos leitores agora podem ter uma ideia do que queremos dizer com isso e porque há a necessidade de mais explicações para entender a diferença entre os dois campos de atuação

 Principais diferenças entre gestão hoteleira e da hospitalidade

Neste segmento da postagem, examinaremos quatro diferenças principais que existem entre a gestão hoteleira e a gestão da hospitalidade as quais são unanimemente aceitas pelos principais atores em ambos os campos.

 1. Gerente de hotel versus gerente de hospitalidade - O que esperar

Por mais semelhantes que as duas pareçam ser, ambas têm suas áreas de especialização.

 O trabalho de um gerente de hotel começa e termina dentro do hotel.

Seu trabalho é garantir que todas as atividades do hotel estejam funcionando sem problemas. Eles precisam garantir que cada departamento do hotel esteja atualizado e com qualidade de serviços.

 Em termos mais simples, um gerente de hotel é o guardião do hotel, supervisionando todas as atividades inerentes a este. Eles levam o crédito quando tudo dentro do hotel está funcionando sem problemas, e quando há uma violação, eles assumem a culpa. Seu trabalho é semelhante ao de um treinador de futebol.

A gestão da hospitalidade, por outro lado, é mais ampla do que a gestão hoteleira. Um gerente de hospitalidade pode estar cuidando de hotéis mais completos ou expandidos com outras opções, de vários hotéis, vários restaurantes, cassino, parque temático e muito mais.

 O gerente de hospitalidade precisará gerenciar pessoas de diferentes setores.

Enquanto um gerente de hotel gerencia um hotel, um gerente de hospitalidade gerencia pessoas que operam no ''setor de hospitalidade'' que começa na Agencia de viagens e termina na aviação, passando pela navegação, até aos automóveis.

 2. Oportunidades de emprego na indústria hoteleira versus indústria da hospitalidade

 As oportunidades de emprego que existem para o pessoal de gestão hoteleira são escassas em comparação com as de um graduado em gestão de hospitalidade.

 A gestão de hospitalidade tem uma infinidade de empregos que incluem Chefs, Gerente de Hotel, Gerente de Operações, Gerente de Jardinagem, Arborização e associados, Gerente de Front Office, Supervisor e associados, bem como Gerente de Alimentos e Bebidas, Gerente de Restaurante e seus coadjuvantes.

 Embora essas opções sejam ótimas e ofereçam variedade, as carreiras no setor de hospitalidade oferecem uma variedade ainda maior e muito mais, como engenharia, e paisagismo, além de outros setores do Turismo.

 Os graduados em Gestão de Hospitalidade, têm mais opções para ir além da indústria hoteleira.

 3. Treinamento e Educação

Muitos dos principais institutos de hospitalidade surpreendentemente também usam os dois termos de forma intercambiável.

 A maioria dos principais provedores de educação em hospitalidade garante que cobre tanto os estudos de gestão hoteleira quanto os dos estudos gerais de hospitalidade e turismo.

 No entanto, a gestão de hospitalidade abre mais opções para bacharelato e mestrado. Áreas como Eventos, Turismo, Bem-Estar, Empreendedorismo etc. e são mais relevantes para os estudos de gestão hoteleira.

Por outro lado, a maior parte da formação do Diploma de Gestão Hoteleira limitar-se-ia a focar-se no Front Office, Educação Culinária, Limpeza, Alimentação e Bebidas e Controlo de Custos. Frequentemente, também percorriam outras áreas como Turismo, Comunicação Empresarial, Vinhos e Bebidas etc.

 Em poucas palavras, um diploma de hospitalidade é o futuro para aqueles que planejam se aventurar em vários setores dentro ou fora do setor de hospitalidade. A Gestão Hoteleira, por outro lado, é para aqueles apaixonados por hotéis, comida, atendimento ao cliente e viagens.

 4. Dependência do setor na indústria hoteleira versus a indústria da hospitalidade

A dependência do setor é outra grande diferença entre a indústria hoteleira e a indústria da hospitalidade.

Enquanto a gestão hoteleira depende de alguns outros setores, a gestão da hospitalidade não depende de nenhum setor, pois é o super-conjunto de todos os setores dependentes ou menores.

Em países como Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Canadá, Espanha, Itália e Arábia Saudita, que recebem um grande número de viajantes diariamente, a indústria hoteleira está prosperando, enquanto nos países do terceiro mundo onde não há muito fluxo de pessoas, a indústria hoteleira não tem essa vantagem.

A indústria da hospitalidade é um setor auto-dependente. Está prosperando em países avançados e em países do terceiro mundo também.

 Conclusão

Hospitalidade é o termo genérico de toda a indústria associada ao Turismo e á movimentação de pessoas. A indústria hoteleira é sem dúvida a maior, entre os muitos setores dentro do guarda-chuva da hospitalidade. Isso leva à confusão e ambos os termos são usados ​​​​de forma intercambiável. No entanto, com os sistemas de ensino preenchendo a lacuna entre os dois termos, seria útil para os profissionais de gestão hoteleira analisarem também as possibilidades fora do setor hoteleiro. O futuro é brilhante e próspero nos dois campos.

 




domingo, 17 de julho de 2022

 

SAIBA MAIS SOBRE O SEU PRODUTO



CICLO DE VIDA DO PRODUTO EM TURISMO

O ciclo de vida do produto, ou CVP como é conhecido, é o tempo hábil de um produto no mercado, desde a sua idealização até ao final de sua trajetória. Chegar à reta final de um produto é um processo natural no mercado, e isso não diz necessariamente que um produto é ruim, pode significar, apenas, que o seu destino possui outras demandas, ou que há tecnologias mais avançadas sobre a mesma função.

O conhecimento sobre as fases do ciclo de vida do produto é de extrema importância, pois possibilita notar em qual etapa o produto se encontra e quais estratégias de ação podem ser aplicadas de acordo com a situação atual em relação à concorrência, para prolongar a sua vida útil no mercado.

Isso pode incluir, por exemplo, um planejamento financeiro para investir em novas funcionalidades. O ciclo de vida de um  produto,  tem estágios separados em relação ao histórico de vendas deste. Por esta razão, uma empresa precisa definir o ponto em que o seu produto está ou estará em devido momento. Tal exercício ajuda a identificar oportunidades e problemas de tomada de decisões de marketing. Não é possível prever com precisão o ciclo de vida de um produto, mas não há dúvidas de que cada produto tem o seu ciclo de vida. Geralmente, as etapas usadas para analisar esse ciclo são:



Introdução ou lançamento: Este momento pressupõe um período de vendas lentas, pois o produto é novo no mercado. Nesta fase, os lucros são praticamente inexistentes ou muito baixos.

Crescimento: Esta é uma fase em que o produto começa a ser aceito no mercado, as vendas aumentam, a imagem do produto é construída e, consequentemente, os lucros aumentam.

Maturidade: Neste período, o produto é aceito pela maioria dos clientes potenciais visados. As vendas e os lucros aumentam, até atingirem um ponto de saturação. A concorrência aumenta, o mercado fica estagnado e os lucros se estabilizam ou podem até diminuir.

Declínio: Neste estágio, as vendas caem e os lucros também. É hora da organização tomar decisões difíceis para reformar ou modificar o produto. Como boa política, uma organização deve iniciar tais ações no estágio do ponto de saturação e não esperar pelo estágio de declínio.


Tomemos, por exemplo, um novo resort de turismo. Certamente levará algum tempo para se tornar um destino popular. Durante este tempo será visitado por poucos turistas. Quando for mais popular, o número de visitantes aumentará e quando a maioria dos turistas souber e tiver feito uma visita, ele se tornará um palco que todos querem ocupar. Alguns deles farão visitas regulares, enquanto outros procurarão um novo destino. E isto pode ser atribuído a vários fatores, tais como o fato de que por ser um destino popular ficará lotado como qualquer outro destino turístico de massa, e perderá com isso a sua calma e tranquilidade. As fases do ciclo de vida, no entanto, diferem entre produtos. Alguns atingirão o estágio de maturidade muito cedo, outros podem demorar mais e, da mesma forma, alguns podem declinar rapidamente, enquanto outros podem ficar em um ponto de saturação por um longo tempo.

O turismo é uma prática estrategicamente significativa das circunstâncias culturais, sociais e ambientais da maioria dos países. Também é usado como ferramenta de crescimento, tanto em nível nacional quanto regional. Sendo uma importante fonte de emprego, renda e recursos, procuraremos abordar posteriormente o papel dos órgãos locais no marketing turístico.

Em qualquer destino porém, o apoio da população local é essencial para a sustentabilidade da indústria do turismo, e o sucesso de qualquer projeto de desenvolvimento sustentável depende do apoio esperado nas comunidades locais.

Para o bem ou para o mal, a indústria do turismo afeta a vida das comunidades locais. Quando temos em mente o papel estratégico do marketing, a importância dessas entidades é vital para o sucesso na execução de empreendimentos turísticos, sustentação de destinos e instalações, etc.

Experiências Turísticas: As comunidades locais ajudam os hoteleiros, pois o fato de fornecer serviços de qualidade não é o fator preponderante para os índices de satisfação dos turistas, embora deva sempre ser levado em conta.

Infraestrutura: O governo municipal oferece recursos de infraestrutura como energia elétrica, água, rodovias, iluminação pública, parques públicos, drenagem, saneamento, etc., mas pode e deve também contribuir para o desenvolvimento dos recursos secundários de atração

Desenvolvimento e manutenção de atrações turísticas: É importante que os investidores colaborem para o desenvolvimento de amenidades e atrações locais, como cultura, zoológicos, galerias de arte, parques e reservas, bem como outros serviços de distração.

Apoio a festivais e eventos: As Comunidades Locais ajudam as autoridades governamentais participando nos Festivais e Eventos locais organizados pelo Governo.

Implementação de esquemas de atração de visitantes: É importante que os Grupos ou empresas regionais se unam para organizar e introduzir novas táticas de publicidade que atrairão mais visitantes a um destino.

Turismo Sustentável e Desenvolvimento de uma área: É o Turismo que leva plenamente em conta seus impactos econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros, atendendo às necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades anfitriãs.

Fornecendo facilidades de informação para viajantes: As comunidades locais que se dedicam ao turismo servem como fonte de informação para a pessoa e também preservam os detalhes do turismo como um registro que o governo coleta mais tarde.

Conscientizar o turismo na área: As atitudes da  população e das autoridades locais, atuam como a melhor ferramenta para conscientizar o turista sobre a área em questão, pelo que estas devem ser solicitadas a colaborar..

 



domingo, 10 de julho de 2022

 Repensando o desenvolvimento da liderança



 Liderança Hoje

Em um cenário de mercados incertos, gargalos na cadeia de suprimentos e a previsão do Banco Mundial de que o crescimento global desacelere em 2022 até 5,5%, é particularmente importante que a liderança firme, mas maleável, se torne uma das habilidades mais desejadas no local de trabalho.

À medida que emergimos da crise do Covid, as empresas podem ser tentadas a cortar gastos com desenvolvimento de liderança num esforço para equilibrar as contas. No entanto, é neste momento, mais do que nunca, que os líderes adequadamente qualificados podem desempenhar o seu papel na manutenção das rotas certas. Com o foco correto e orçamentos menores, não precisam necessariamente sacrificar a qualidade do desenvolvimento. Em vez disso, deixando de lado a forma como o desenvolvimento foi seguido no passado, podemos abraçar a realidade do presente e do futuro. Repensar o desenvolvimento significa estar aberto a diferentes soluções tecnológicas e dar às soft skills a importância que elas merecem. Aventurando-se neste novo mundo, o mentor executivo desempenhará um papel significativo com novas tendências surgindo para atender à demanda alterada.

 "Às vezes, a adversidade é o que você precisa enfrentar para se tornar bem-sucedido", disse um  autor americano.

 Quais são as principais características dos líderes resilientes?

 A capacidade de lutar é o que dá às pessoas a força psicológica para lidar com o estresse e as dificuldades. É o reservatório mental de força que as pessoas são capazes de invocar em momentos de necessidade para levá-los adiante sem desmoronar. Os psicólogos acreditam que os indivíduos resilientes são mais capazes de lidar com as adversidades e reconstruir as suas vidas após uma luta.

 Em um ambiente profissional, os líderes normalmente demonstram resiliência de várias maneiras: Eles têm um bom controle da realidade, tanto em termos de poder colocar erros ou contratempos em perspectiva, quanto em estabelecer metas alcançáveis.

Como desenvolver habilidades de liderança resilientes?

Felizmente, a resiliência não é inata (algo com o qual você nasceu ou não), é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Algumas sugestões que damos a seguir, podem ajudar líderes e aspirantes a líderes a estabelecer um plano de desenvolvimento profissional que possa apoiá-los a se tornarem mais resilientes em um ambiente atualmente turbulento e desafiador.

 Use o Aprendizado permanente

Nunca pare de estudar

Use uma Gestão de equipe, híbrida

Seja um líder empático

Ajuste o seu estilo de comunicação

Construa uma rede de apoio

Seja realisticamente otimista e defina metas pelo estilo SMART, um conjunto de critérios para conduzir a definição de metas e objetivos em diversas áreas, como gestão de projetos e avaliação de desempenho pessoal e profissional

Delegue e simplifique para otimizar a eficiência

Desenvolva hábitos saudáveis ​​dentro e fora do local de trabalho

Estude um plano de desenvolvimento profissional

 Vamos dar uma olhada nesses passos tão importantes para se tornar um líder resiliente e como implementá-los.

 Agilidade e resiliência em tempos difíceis

 A crise do COVID-19 criou o epítome dos ambientes negativos: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Nessas circunstâncias, o que é necessário é a capacidade de reagir rapidamente às mudanças, demonstrando flexibilidade e agilidade na fusão das atividades planejadas com as adaptadas ou na mudança total de rumo.

 Líderes resilientes demonstram uma atitude positiva e previsão para lidar com o esperado e o inesperado, muitas vezes trabalhando com orçamentos recém-cortados. Como todos os líderes sob pressão, é claro que eles precisarão ser capazes de redefinir as prioridades em um piscar de olhos, sem perder de vista o quadro geral. Eles também precisarão entender que, às vezes, a melhor estratégia de liderança é admitir não ter todas as respostas, sabendo quando trazer os especialistas para garantir que as decisões de negócios sejam baseadas em informações sólidas e não em viés de liderança cognitiva.

 Em vez de cair no desespero ou se esconder dos problemas com estratégias de enfrentamento pouco saudáveis, as pessoas resilientes enfrentam as dificuldades de frente.

Elas são imperturbáveis ​​diante de situações intensas e estressantes, mesmo aquelas totalmente inesperadas ou fora do comum.

Elas possuem uma alta tolerância à ambiguidade e incerteza e são capazes de se adaptar rapidamente a essas novas circunstâncias.

Elas cuidam de seu próprio bem-estar mental e físico - sabendo que precisam de um bom estado de saúde para ter um desempenho no nível ideal.

Elas são comedidas e confiantes na forma como se comunicam em todos os momentos, o que infunde confiança em sua liderança.

 Torne-se um aprendiz permanente

Segundo a Forbes, um dos 15 hábitos diários identificados em grandes líderes é reservar um tempo diário para ler. Num artigo explica: "Salvo um desastre que deva ser tratado imediatamente, esse tempo [de leitura] não é negociável e ficará fora dos limites para qualquer outra atividade".

 E mais adiante diz: "Adotar intencionalmente uma mentalidade de aprendizado cria espaço para abertura e curiosidade e permite que você se mostre como um aprendiz incansável", - Palena Neale, Ph.D,

 Tornar-se um líder resiliente exige que você esteja em constante evolução com os tempos, e isso inclui um conjunto de habilidades e todo o seu sistema de crenças. Ao tornar-se conscientemente um aprendiz ao longo da vida, graças à leitura, pesquisa, realização de cursos ou certificados profissionais ou simplesmente falando com outras pessoas, você está se permitindo crescer e evoluir organicamente.

 

Gerenciando equipes híbridas

Embora as restrições amenizadas possam fazer com que muitos funcionários voltem ao trabalho, o período generalizado de trabalho em casa provavelmente terá um impacto duradouro. Esperamos ver mais empresas acomodando o trabalho remoto em vários graus e maior flexibilidade no que diz respeito ao horário de trabalho. Acrescente a isso o significado da economia gig,[1] e fica claro que a gestão de funcionários abrigará novos desafios após o COVID-19.

Para que isso funcione com sucesso, protegendo a produtividade e a eficiência, os líderes precisarão saber como promover equipes fortes e coesas, apesar da óbvia lacuna entre os membros da equipe no escritório e aqueles que trabalham em casa. Os fatores facilitadores podem incluir um local de trabalho adaptado com áreas de trabalho mais comuns, em vez de espaços de mesa designados, ou processos reimaginados para equipes virtuais e híbridas. Em suma, isso requer um estilo de liderança totalmente novo e mais flexível.

 Comunicando-se com franqueza

Em momentos como estes, tanto as pré-condições para os negócios quanto o espectro de resultados realistas destes, estão sujeitos a mudanças rápidas. Isso impulsiona a comunicação para a vanguarda das atividades operacionais, com o objetivo de manter os acionistas e todos os colaboradores externos atualizados. Tanto na comunicação interna quanto na externa, os líderes são, portanto, chamados a se comunicar de forma eficaz com diferentes propósitos e públicos-alvo em mente.

O antídoto para o turbilhão de informações e circunstâncias mutáveis ​​é simples: informações claras, sinceras, consistentes, confiáveis ​​e baseadas em fatos. Quando a ansiedade e o cinismo são grandes, não há lugar para meias verdades enganosas ou otimismo irresponsável. Muito menos uma ausência de informação geral. Isso exige certa humildade, autoconsciência, abertura ao feedback e um fluxo constante de comunicação tanto on-line quanto off-line.

 Relacionamentos genuínos através da empatia

Despertar o entusiasmo pelos negócios diários entre funcionários exaustos e isolados, exige sensibilidade e inteligência emocional. O COVID-19 deixou as pessoas em estado de luto - figurativamente, se não literalmente - e precisando de conexão e compreensão humanas. Os líderes devem permanecer atentos ao impacto a longo prazo do bloqueio, seja por problemas de saúde mental que possam ter surgido ou pela perda de paixão pelo trabalho.

Mostrar empatia aos funcionários pode ser tão fácil quanto ouvir com interesse genuíno. Pode envolver, oferecer encorajamento ou incentivos. Em alguns casos, pode incluir o encaminhamento de funcionários para aconselhamento ou a decisão de interromper uma reunião para acomodar a necessidade da equipe de mudança de ritmo ou de ar fresco. Líderes que entendem como cultivar relacionamentos significativos com a sua equipe são mais propensos a construir boas vontades.

 Construa sua rede de apoio

Dizem que nenhum homem [ou mulher] é uma ilha, o que significa que ninguém é 100% autossuficiente e os melhores líderes sabem que não podem alcançar a grandeza sozinhos. Esta asserção se refere a mais do que apenas habilidades de trabalho em equipe. É claro que trabalhar como parte de uma equipe e organização é uma habilidade essencial em todos os níveis de negócios, mas isso se refere em particular a uma rede de indivíduos na qual você confia, para ser a sua rede de suporte. Tornar-se um líder resiliente não significa fazer com que os seus problemas desapareçam, significa simplesmente que você lida com os problemas de uma maneira melhor. Portanto, compartilhar os seus problemas com colegas, amigos, cônjuge ou membro da família pode ajudá-lo, não apenas a se sentir melhor com eles, mas também a sentir que tem alguém ao seu lado.

 Além disso, a sua rede de suporte pode fornecer informações e conselhos valiosos, com uma variedade de perspectivas alternativas e você pode usá-las como caixa de ressonância para novas ideias.

 Seja otimista com metas realistas

Líderes resilientes tendem a ter um ar de confiança e otimismo em tudo o que fazem, e o otimismo é um ingrediente vital na liderança. O cofundador da Intel, Robert Noyce, disse uma vez que o otimismo é “um ingrediente essencial da inovação. De que outra forma o indivíduo pode acolher a mudança em vez da segurança, ou a aventura em vez de ficar em lugares seguros?". Quando o ambiente macroeconômico não parece ótimo, os líderes resilientes têm o poder de olhar além dele e buscar as oportunidades para prosperar. Eles vêem o quadro geral, jogam a longo prazo e tendem a ter a capacidade de inspirar aqueles ao seu redor a compartilhar essa visão para o futuro.

 No entanto, para se tornar um líder resiliente, o otimismo, por um lado, deve ser sustentado pelo realismo, no outro. De acordo com a plataforma de trabalho, definir metas difíceis, mas realistas, “garante que líderes e equipes prosperem ao atingir suas metas e sintam uma sensação de realização”. Eles continuam explicando que as metas devem ser S.M.A.R.T (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes, e baseadas no tempo).

 Procure oportunidades para aumentar a eficiência

Pensar que você tem que fazer todas as tarefas sozinho é conhecido como microgerenciamento – e isso não é uma característica da liderança resiliente. Muitos líderes são resistentes à delegação, pois temem perder o controle sobre tarefas importantes, perder prazos críticos, ou ver uma redução na qualidade - mas, ao contrário, ajudar os membros da equipe a se destacarem por conta própria é um elemento-chave para eles, permitindo que você floresça como líder.

 Aprender a delegar é uma das habilidades mais importantes que qualquer líder pode adquirir. Mas nem toda tarefa pode ser delegada:  então, saber quais tarefas delegar, quando e para quem é algo que leva tempo para se absorver. A delegação bem-sucedida libera os líderes de tarefas operacionais que podem ser demoradas e/ou repetitivas, podendo colocar esse tempo de volta no pensamento estratégico e em outras tarefas não delegáveis. É bom no entanto saber, que  simplesmente despejar as suas próprias tarefas mundanas na mesa de outra pessoa, não é delegar.

De acordo com a Mind Tools, ao criar uma estrutura em torno de suas tarefas delegadas, você ainda pode manter algum controle:

 Discutir formas e prazos.

Combine um cronograma de pontos de verificação, nos quais você revisará o progresso dos projetos.

Faça ajustes conforme necessário.

Reserve um tempo para revisar todos os trabalhos enviados.

Dê crédito à pessoa certa, para que o trabalho desta seja reconhecido.

Desenvolva rituais saudáveis

 As questões de equilíbrio entre vida profissional e pessoal tornaram-se mais proeminentes desde o início da crise global da saúde, pois esta trouxe à tona como o trabalho híbrido pode ajudar as pessoas a desenvolverem um estilo de vida saudável em torno de seu trabalho. Seja atendendo ligações de negócios durante uma caminhada matinal ou treinando para uma maratona, os líderes resilientes sabem que precisam manter o corpo e a mente em ótimas condições para ter o melhor desempenho nos negócios.

 De acordo com um artigo da Forbes sobre os hábitos diários de grandes líderes, integrar uma rotina diária de condicionamento físico prepara os líderes para os desafios mentais e intelectuais que enfrentam.

 Como criar um plano de desenvolvimento profissional

A lição número um deste ponto, é que uma verdadeira liderança resiliente significa ter a consciência de que você mesmo não é um produto acabado; há sempre espaço para aprender, evoluir e crescer profissionalmente. Benjamin Franklin disse uma vez: “um investimento em conhecimento sempre rende os melhores juros”. Dedicar um tempo para criar um plano de desenvolvimento profissional dá estrutura a esse crescimento e mantém você no caminho certo.

 Em primeiro lugar, o que é um plano de desenvolvimento profissional (PDP)? De acordo com a plataforma de gerenciamento de trabalho Asana, um PDP é "um documento em constante mudança, que avalia o seu conjunto de habilidades no momento, e ajuda você a definir metas de carreira, criar estratégias e descobrir recursos que ajudarão você a alcançá-las".

 Para construir o seu próprio plano de desenvolvimento profissional, você precisa realizar uma autoavaliação da sua situação profissional atual, definir as suas metas e, em seguida, mapear as etapas que devem ser seguidas para alcançá-las. Considere os recursos que você precisará utilizar, incluindo opções de educação executiva e o cronograma em que você trabalhará. Lembre-se que, tal como a liderança resiliente está centrada em ser adaptável às mudanças, o seu PDP também deve ser um documento em evolução. Reserve algum tempo periodicamente para revisá-lo e alterá-lo, além de medir o seu progresso até esse momento.

 Os negócios, cada vez mais exigem líderes resilientes, para enfrentar tempestades inevitáveis; eles também precisarão de uma generosa ajuda de criatividade e inovação humana. Respirar vida de forma sustentável na economia exigirá soluções criativas impulsionadas por líderes resilientes. Então vá em frente e fique confortável num ambiente que está ficando desconfortável.

Nunca se julgue um super-homem só porque está conseguindo atingir as suas metas, os acidentes acontecem mais facilmente, quando existem excessos de confiança ou momentos de distração.

 




[1] O Dicionário de Cambridge considera “gig economy” como um arranjo alternativo de emprego. “Uma forma de trabalho baseada em pessoas que têm empregos temporários ou fazem atividades de trabalho freelancer, pagas separadamente, em vez de trabalhar para um empregador fixo”

domingo, 3 de julho de 2022

 

Como manter Qualidade com falta de pessoal

 


Sobreviver às Dificuldades

 Nenhuma empresa está imune à escassez de pessoal, neste momento que atravessamos. Quando os funcionários saem ou tiram uma folga, pode ser difícil manter o mesmo nível de serviço ao qual os seus clientes estão acostumados.

Mas teremos que encontrar Saídas

 Comunicar efetivamente

Familiarize os funcionários com as ramificações da falta de pessoal, bem como as mudanças esperadas na forma como as funções serão afetadas. Acompanhe os seus clientes e mantenha-os atualizados também, destacando quaisquer mudanças esperadas no serviço. Usar uma comunicação clara e concisa ajudará a garantir que todos estejam na mesma página e que seus clientes tenham uma expectativa realista das mudanças a que formos forçados pela situação.

 Delegar tarefas

Nem todas as tarefas precisam ser executadas por um membro sênior da equipe. Atribua tarefas com base na capacidade e disponibilidade para aproveitar ao máximo os recursos que você tem. Isso ajudará a garantir que todas as tarefas sejam concluídas de maneira oportuna e eficiente.

 Defina metas e expectativas realistas

É importante definir metas e expectativas realistas quando há falta de pessoal. Tentar fazer muito com muito pouco pode levar à frustração e ao esgotamento. Seja claro sobre o que você espera de seus funcionários e forneça-lhes os recursos necessários para atender a essas expectativas. Isso ajudará todos a manter o foco e o caminho para que você mantenha um bom nível de serviço.

 Mantenha-se organizado e priorize

Manter-se organizado e priorizar o que pode ser priorizado, ajudará a aproveitar ao máximo os recursos que possui e garantir que todas as tarefas sejam concluídas no prazo. Crie um cronograma ou lista de prioridades para que todos saibam o que precisa ser feito e quando. Isso ajudará a manter as coisas funcionando sem problemas e evitar confusão ou frustração.

 Mostre apreço à sua equipe por seu trabalho duro

É importante mostrar apreço à sua equipe. Eles estão trabalhando duro para manter um bom nível de serviço, apesar da falta de pessoal. Um pouco de reconhecimento pode ajudar bastante a elevar o moral e manter todos motivados.

Estas são algumas maneiras de manter oseu nível de serviço, quando há falta de pessoal. A implementação dessas dicas ajudará a garantir que sua empresa funcione sem problemas, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras.

E já que entrámos neste assunto, gostaríamos de acrescentar algo mais.

 


O processo de gestão de pessoas precisa de um dinamismo contínuo, tal como um organismo vivo. Gerenciar pessoas é  o constante objetivo de manter a organização com pessoas certas nos lugares certos e na hora certa.

Usar os processos mais indicados ou aconselháveis, para agregar os colaboradores, torná-los conscientes e aplicados. Saber escolher os processos de desenvolver pessoas, mantê-las interessadas e conscientes das suas responsabilidades, Saber monitorar e recompensar as pessoas pelo seu interesse e colaboração.

A gestão de pessoas é composta de processos com subsistemas interdependentes que se interagem de forma variável. O pleno conhecimento da forma como utilisá-los, é o princípio fundamental de uma boa liderança, a qual se completa com o saber analisar:

 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS EXTERNAS

Leis e regulamentos legais

Sindicatos

Condições econômicas

Competitividade

Condições sociais e culturais

 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS INTERNAS

Missão organizacional,

Visão,

Objetivos e estratégia

Cultura organizacional

Natureza das tarefas

Estilo de liderança

Processos de Gestão

 RESULTADOS FINAIS DESEJÁVEIS

Produtos e serviços competitivos e de alta qualidade

Qualidade de vida no trabalho

Práticas éticas e socialmente responsáveis

  TERMOS DE COZINHA E GASTRONOMIA  - SUA DEFINIÇÃO - A branco ( A Blanc ) Cozinhar “a branco” é cozinhar em caldo, sem quaisquer con...