sábado, 30 de julho de 2022

 

Rotatividade de Pessoal


Como enfrentar o Turnover na Depressão

 O momento difícil que temos atravessado, produziu saídas de funcionários em vários setores como nunca vimos antes em nossa história. Setores específicos foram mais impactados do que outros, e o setor de hospitalidade lidera o grupo com funcionários que saem.

Muitas dessas saídas podem ser atribuídas às demissões que aconteceram durante os bloqueios devido a restrições de viagem. Outra foi  a necessidade de vacinas entre muitas empresas - as demissões resultaram da resistência dos funcionários.

Vários trabalhadores decidiram mudar de setor e aprimorar as suas habilidades devido à incerteza associada ao setor de hospitalidade. Esclarecendo, diremos que as pessoas precisam de mais estabilidade, e a volátil indústria do turismo, apesar de experimentar surtos recentes, é no presente, menos confiável nesse quesito.

A maior quantidade de funcionários saindo, é da idade dos Millenials. Os funcionários com idades entre 30 e 45 anos tiveram a maior rotatividade, quando normalmente esta posição  pertence ao grupo demográfico entre 20 e 25 anos.

 

O impacto de perder essa demografia

Por que essa faixa etária está saindo em números tão altos? De acordo com dados, 21% dos millennials relataram ter mudado de emprego no último ano. Eles mostram ainda menos iniciativa para permanecer em suas posições atuais.

Qual é a razão para esses números de saídas? Isso é especialmente prejudicial para o setor de hospitalidade, pois alguns dos funcionários mais importantes das corporações se enquadram nessa faixa etária.

Para encontrar a razão, analisemos: a geração do milênio exige um trabalho relevante, significativo e desafiador, com altos salários e uma sensação de satisfação. No setor de hospitalidade, as taxas de retenção são maiores entre os grupos demográficos mais velhos.

Os millennials não têm medo de falar o que pensam e certamente não hesitam em falar o que sentem, sobre os empregadores nas plataformas de mídia social. Se eles sentirem que há um equilíbrio negativo entre trabalho e vida pessoal, eles falarão sobre isso.

Além disso, os baixos níveis de remuneração também levaram a geração do milênio a sair em massa.

Eles procuram gerentes desafiadores, mas que se preocupem com o seu bem-estar e com a qualidade do ambiente de trabalho. A colaboração dos colegas de trabalho também é fundamental para eles - anseiam por uma cultura corporativa saudável e um certo nível de orgulho na sua organização. O desenvolvimento pessoal está no topo da lista, pois as oportunidades de treinamento e educação significam muito para essa faixa etária.

O impacto significativo de perder um grande número de funcionários é bastante prejudicial. No entanto, no setor de hospitalidade, a demografia da geração do milênio contém a maioria dos participantes-chave. Estamos falando de gerentes, diretores de vendas, gerentes de vendas, planejadores financeiros e muitos outros cargos vitais na rotina diária da hospitalidade.

Perder funcionários nesses tipos de cargos conduz a muitos desafios:

A falta de liderança pode acabar levando a uma falta de direção nos locais que sofrem essas perdas

A falta de um gerente de pessoal eficiente prejudica a seleção e a contratação.

Como essa faixa etária também compõe grande parte da equipe de alimentos e bebidas, e a indústria já sofria junto com o setor hoteleiro, a combinação dos dois trouxe resultados desastrosos.

Então, o que pode ser feito pelos proprietários de hotéis para parar o sangramento? Algum desses funcionários pode ser retido?

 
Esperanças de retenção

Há alguma esperança de manter alguns desses funcionários? Naturalmente, mas você não conseguirá mantê-los todos, independentemente da faixa etária.

No entanto, o que pode fazer é aumentar a satisfação destes no seu ambiente de trabalho. Comece a fazer questão de ouvir os membros de sua equipe.

Quando você promove um relacionamento saudável entre funcionários e gerência, isso pode lhe dar uma vantagem para reter funcionários, bem como recrutar indivíduos mais talentosos para o setor. Outro elemento crítico para evitar a demissão repentina dos trabalhadores de hospitalidade, é dar nova atenção ao gerenciamento de desempenho em relação às metas e ao crescimento dos funcionários.

 

Foco na satisfação, não em novas contratações

A satisfação do seu funcionário deve ser atualmente o objetivo da sua organização. Durante estes tempos turbulentos, seus funcionários veteranos são um dos seus ativos mais valiosos.

Em vez de contratar um punhado de novatos, concentre-se em manter a sua equipe atual feliz e produtiva. Passe-lhes uma mensagem clara mostrando que você está focado\nos objetivos deles e no seu crescimento, tanto dentro como fora do trabalho.

Ajudá-los a subir de nível e investir no estudo e novos conhecimentos, mostrará que você planeja mantê-los a longo prazo. Significará também, um certo nível de compreensão, tão necessário num setor onde, muito recentemente, os funcionários foram colocados em segundo plano devido aos bloqueios, com muitos sem saber como seu aluguel ou contas seriam pagos.

As organizações devem também optar por contratar menos e se concentrar em reter os trabalhadores atuais, pois com isso, muito provavelmente, você estará dando horas extras aos funcionários existentes.

Para a maioria das pessoas, isso é uma solução satisfatória, pois gera um salário mais alto, embora depois de algum tempo, os funcionários possam ficar sobrecarregados com o trabalho ou esgotados por causa da repetição. É importante estar atento, para lhes proporcione um nível saudável na dinâmica trabalho/família.

Um dos elementos mais importantes atualmente, se você perguntar à maioria dos funcionários, está focado na sua saúde mental e bem-estar. As três principais áreas de preocupação para o grupo de 20 a 35 anos são as seguintes:

Equilíbrio trabalho/vida

Apoio à saúde física e mental

Proporcionar o desenvolvimento e ajudar os funcionários a serem a melhor versão de si mesmos, aponta diretamente para a estratégias mais importante: o devido respeito aos elementos pessoais, a preocupação com o bem-estar e a necessidade de um ambiente colaborativo.

             

Novas contratações

No caso de novas contratações, o estágio de desenvolvimento é crítico para a retenção. Devem ser adotados programas de liderança que dêem aos novos funcionários um certo nível de orientação dentro da empresa.

Isso não beneficia apenas os novos membros da equipe, mas também aumenta o engajamento e promove a fidelidade à sua organização.

A batalha atual por talentos de alto nível na indústria é feroz. Devido às recentes dificuldades financeiras, aumentar o salário não é uma opção realista.

Qualquer estratégia que inclua reter e recrutar novos talentos deve ser orientada por dados, pois isso dá a todas as organizações a vantagem de tomar as decisões mais realistas. Independentemente de qual seja a estratégia específica, os proprietários devem começar a se esforçar mais para combater as armadilhas criadas pela Grande Depressão, vinda com o Covid.

Estima-se que o declínio acentuado e a saída de funcionários podem custar a um proprietário até 30% de sua receita ao longo de um ano. Este é um pesado resultado negativo, para algo que poderia ser remediado com o uso de algumas mudanças simples de estratégia e atenção aprimorada para os recursos humanos.

Dando uma última olhada, as maneiras mais eficazes de abordar a Grande Recuperação de maneira proativa incluem:

Melhorar o relacionamento gerente/funcionário

Mostrar um foco renovado no bem-estar dos funcionários e nos objetivos pessoais

Aumentar o ambiente colaborativo geral do local de trabalho

Dê aos funcionários as oportunidades de desenvolvimento, que os conduzam a possíveis promoções.

No final, a solução é bastante simples. Trate os funcionários como se fossem importantes - como se fossem um nome e não um número - um ser humano e não apenas um trabalhador. Estas são as necessidades e os desejos básicos da maioria dos humanos – e é incrível o que acontece, quando você lhes dá a devida atenção.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

 

É Sempre Bom Tomar Conhecimento


Bom amigo é o que te aponta os teus erros

Agradeço aos meus leitores o seu interesse nesta postagem, mas peço que para melhor visão da matéria, vejam antes o que postei em 17/07/22 sob o título Ciclo de Vida do Produto em Turismo, sobretudo os últimos oito pontos analisados.

Os textos que mostramos adiante, fazem parte de um trabalho levado a cabo por uma entidade de pesquisas sobre a pequena hotelaria do Sul do Brasil, mas pode ser aceito sem ressalvas para o total do país. Acrescentámos a este trabalho as nossas observações, pra melhor compreensão da matéria.

Review of Tourism Research (eRTR), Vol. 18, No. 4, 2021 The importance of environmental scanning: a study on the Brazilian hotel industry eRTR Editorial Board

Companies  need  systematic  listening  practices  in the  competitive  environment  to  observe competitors and help managers in the decision-making process. Thus, the objective of this article is  to  analyze  the  strategies  of  the  Brazilian  hotel  industry  from  the  clients'  perception  of  the quality of accommodation services. This research is also described as a mixed-method centered around delimiting the existing strategic information in hotels based on the 2017 JLL's Hotels & Hospitality  Group  report.  Data  were  collected  from  the  guests  through  on-site  and  online questionnaires  and  interpreted  qualitatively  based  on  the  hotel  chain's  missions  and  views,  and statistically from the two-way ANOVA and Tukey tests, which presented a low significance for the guests' educational training, income, and age. The objectivesproposed in the hotels' strategic outline concerning the practices  adopted and the  experiences undergone by  their  guests showed some inconsistency. Hotels lack the identification of important sources of existing information in their area.Keywords:Brazilian   hotel   industry;   accommodation   excellence   and   quality;   competitive intelligence; prospective information.( Aqui, texto apagado por nós) The  third  phase  of  the  questionnaire  pointed  to  questions  related  to  the  satisfaction survey, the participation of the guest, and the monitoring of the completion of this data collection tool. Regarding satisfaction surveys in hotels, 52.4% said that sometimes the hotel provided this systematic  monitoring,  26.5%  indicate  that  such  surveys  were  never  presented  to  them,  and 20.5% indicate that there have always been satisfaction surveys in the hotels where they stayed. The  construct  concerning  "sometimes"  demonstrates  the  existence  of  surveys  in  some  hotels where  the  respondents  stayed,  but  not  in  all  of  them.  The  percentage  referring  to  the  non-existence  of  satisfaction  survey  in  hotels  demonstrates  the  lack  of  interest  in  finding  out  the guest's opinion about the services offered. The next question was about the request and monitoring of the hotel in the  participation  of  the  satisfaction  survey  during  lodging,  with  70%  stating  that  it  was  not requested,  while  only  30%  said  otherwise.  The  high  percentage  of  non-participation  can characterize  several  factors,  one  of  them  being  the  lack  of  interest  of  the  guests  in  giving  their opinion about experiences in the hotels that they attend  and the lack of incentive on the part of the employees in charge of the hotel segment upon mentioning the existence of such tool.Regarding  the  main  areas  that  the  satisfaction  surveys  contemplate,  the  respondents When questioned if they would stay again in that hotel, they mostly disagreed and were not later questioned  for  this  opinion.  Nonetheless,  it  is  an  opportunity  for  future  researches  to  hear  the managers  who  belong  to  the  hotel  chains  located  in  Brazil,  and  the  other  guests  whose  reasons for  traveling  are  related  to  business,  events  (fairs,  congresses,  convention),  studies,  visits  to relatives, and friends, and health (treatment and aesthetics), among other topics. Finally,  it  is  understood  that  this  research  is  relevant  as  it  contributes  to  offer  new perspectives on the importance of guests’ perception about the environmental scanning for the benefit  of  the  Brazilian  hotel  industry.  Therefore,  whether  in  the  service,  commercial  or industrial  sectors,  the  contact  with  clients  and  suppliers  in  the  search  for  useful  information  is extremely  important  to  define  strategies  whose  objective  is  to  meet  the  yearnings  and  the expectations of all the common-interest actors, besides improving the company’s performance in a market that is more and more demanding, which is not always the case. References Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integration of business intelligence with corporate strategic management. Journal of Intelligence Studies in Business, 7(2). Araújo,  V.M.G.(2013). Qualidade  dos  serviços  na  hotelaria:  um  estudo na  rede  de  hotéis  Alfa. CAD. Est. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Tradução

Revisão da Pesquisa em Turismo (eRTR), Vol. 18, nº 4, 2021 A importância do escaneamento ambiental: um estudo sobre a indústria hoteleira brasileira Conselho Editorial da eRTR

As empresas precisam de práticas sistemáticas de escuta no ambiente competitivo, para observar os concorrentes e auxiliar os gestores no processo de tomada de decisão. Assim, o objetivo deste artigo é analisar as estratégias da hotelaria brasileira a partir da percepção dos clientes sobre a qualidade dos serviços de hospedagem. Esta pesquisa também é descrita como um método misto centrado na delimitação da informação estratégica existente em hotéis com base no relatório 2017 do JLL's Hotels & Hospitality Group.

Os dados foram coletados dos hóspedes por meio de questionários presenciais e online e interpretados qualitativamente com base nas missões e visões da rede hoteleira, e estatisticamente a partir dos testes ANOVA two-way e Tukey, que apresentaram baixa informação sobre a formação educacional dos hóspedes, sua renda, e idade. Os objetivos propostos no delineamento estratégico dos hotéis quanto às práticas adotadas e às experiências vividas por seus hóspedes mostraram alguma inconsistência. Os hotéis carecem da identificação de importantes fontes de informação existentes em sua área. Palavras-chave: hotelaria brasileira; excelência e qualidade do alojamento; inteligência competitiva; informações prospectivas.

(aqui, Texto retirado por nós, pois apresentava apenas, identificação dos pesquisadores)

A terceira fase do questionário apontou questões relacionadas à pesquisa de satisfação, à participação do hóspede e ao acompanhamento do preenchimento desse instrumento de coleta de dados. Em relação às pesquisas de satisfação em hotéis, 52,4% disseram que às vezes o hotel oferecia esse monitoramento sistemático, 26,5% indicam que tais pesquisas nunca foram apresentadas a eles e 20,5% indicam que sempre houve pesquisas de satisfação nos hotéis onde se hospedaram. O construto referente a "às vezes" demonstra a existência de pesquisas em alguns hotéis onde os respondentes se hospedaram, mas não em todos eles. O percentual referente à inexistência de pesquisa de satisfação nos hotéis demonstra a falta de interesse em saber a opinião do hóspede sobre os serviços oferecidos. A próxima pergunta foi sobre a solicitação e acompanhamento do hotel na participação da pesquisa de satisfação durante a hospedagem, com 70% afirmando que não foi solicitado, enquanto apenas 30% afirmaram o contrário. O alto percentual de não participação pode caracterizar diversos fatores, sendo um deles o desinteresse dos hóspedes em opinar sobre as experiências nos hotéis que frequentam e a falta de incentivo por parte dos funcionários responsáveis ​​pelo segmento hoteleiro ao mencionar a existência de tal ferramenta. Sobre as principais áreas que as pesquisas de satisfação contemplam, os respondentes quando questionados se voltariam a se hospedar naquele hotel, em sua maioria discordaram e não foram questionados posteriormente para esta opinião. Ainda assim, é uma oportunidade para futuras pesquisas ouvir os gerentes das redes hoteleiras localizadas no Brasil, e os demais hóspedes cujos motivos de viagem estejam relacionados a negócios, eventos (feiras, congressos, convenções), estudos, visitas a parentes  e amigos, ou saúde (tratamento e estética), entre outros temas. Por fim, entende-se que esta pesquisa é relevante, pois contribui para oferecer novas perspectivas sobre a importância da percepção dos hóspedes sobre o escaneamento ambiental em benefício da Indústria hoteleira brasileira. Portanto, seja no setor de serviços, comercial ou industrial, o contato com clientes e fornecedores na busca de informações úteis é de extrema importância para definir estratégias cujo objetivo seja atender aos anseios e expectativas de todos os atores de interesse comum, além de aprimorar a atuação da empresa em um mercado cada vez mais exigente, o que nem sempre acontece.

Referências Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integração da inteligência de negócios com a gestão estratégica corporativa. Revista de Estudos de Inteligência em Negócios, 7(2). Araújo, V.M.G.(2013). Qualidade dos serviços na hotelaria: um estudo na rede de hotéis Alfa. CAFAJESTE. Husa. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Os quadros a seguir acompanham a pesquisa e não traduzimos por achar que são de fácil interpretação.

 



Texto nosso

O setor de turismo é um importante impulsionador do crescimento econômico e da criação de empregos em todo o mundo e, até recentemente (a chegada do COVID-19!) representava aproximadamente 10% do PIB global.

Mais e mais países estão se voltando para o turismo como crescimento econômico, e as viagens em si nunca foram tão acessíveis a tantas pessoas quanto hoje.

Partes do mundo que antes eram difíceis de alcançar agora são facilmente acessíveis, e o custo das viagens é consideravelmente menor hoje em dia em comparação com 20 a 30 anos atrás. Acrescente-se a isso, o aumento da popularidade dos canais de mídia social, como o Instagram, que incentiva e inspira as pessoas a ver o mundo mais do que nunca.

Mas devemos analisar o turismo de uma forma responsável. E em poucas palavras, diremos que o chamado de turismo responsável é o formato comportamental de todos os intervenientes, que através de atitudes responsáveis tentam minimizar e reverter os efeitos negativos das excursões e viagens. Estes podem incluir a superlotação, a destruição do patrimônio e do meio ambiente, a globalização, mudanças sociais prejudiciais e muitos outros.

Turismo responsável, versus turismo sustentável, versus ecoturismo – existe alguma diferença?

Há uma pequena diferença entre turismo responsável e turismo sustentável e ecoturismo, mas esses termos são normalmente usados de forma intercambiável, o que pode aumentar a confusão.

Os pequenos investidores interioranos podem ser uma importante contribuição, para lugares onde importantes investimentos não são viáveis, fazendo chegar visitantes a locais que de outro modo ficariam semi-conhecidos. Mas devem a nosso ver valorizar o seu investimento, com mais conhecimentos do negócio, tornando-o mais rentável, produtivo e integrado a outros resultados desejáveis e possíveis.

O que é turismo responsável?

Este assunto vital e em constante evolução, pode ser confuso para aqueles que tentam se tornar novos integrantes. Mas vamos dar uma olhada no que turismo responsável realmente significa, incluindo alguns exemplos de viajantes, empresas de viagens e conselhos de turismo.

Além disso, às vezes também ouvimos o termo turismo responsável, sem saber o que isso significa e se há alguma diferença. Então, o que é exatamente o turismo responsável?

De acordo com o Dicionário Oxford, o ecoturismo é “turismo direcionado para ambientes naturais exóticos, muitas vezes ameaçados, destinados a apoiar os esforços de conservação e observar a vida selvagem”. Embora se concentre predominantemente no aspecto ambiental dos destinos, na prática também envolve o respeito às comunidades locais.

O turismo sustentável vai um pouco além disso. Segundo a OMC (Organização Mundial do Turismo), agência das Nações Unidas, o turismo sustentável deve:

Aproveitar ao máximo os recursos ambientais que constituem um elemento chave no desenvolvimento do turismo, mantendo os processos ecológicos essenciais e ajudando a conservar o patrimônio natural e a biodiversidade. Respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades anfitriãs, conservar seu patrimônio cultural construído e vivo e seus valores tradicionais, e contribuir para a compreensão e a tolerância interculturais.

Garantir operações econômicas viáveis e de longo prazo, proporcionando benefícios socioeconômicos a todas as partes interessadas que sejam distribuídos de forma justa, incluindo emprego estável e oportunidades de geração de renda e serviços sociais para as comunidades anfitriãs, e contribuindo para o alívio da pobreza.

O turismo responsável, por sua vez, refere-se à responsabilidade que tanto os visitantes quanto os anfitriões assumem para garantir que essa sustentabilidade seja abordada e mantida. Um turista responsável tomará decisões com base no que é melhor para as comunidades locais a longo prazo, garantindo que as ações baseadas nessas decisões tenham um impacto positivo nessas comunidades.

O turismo responsável torna os viajantes uma parte ativa (temporária) dessa comunidade, em vez de serem apenas espectadores. Fazer conexões significativas com as comunidades visitadas é tão importante quanto respeitar o meio ambiente e os costumes locais.

Em termos práticos, no entanto, turismo sustentável, turismo responsável, ecoturismo, turismo verde e designações semelhantes, são frequentemente usados igualmente no mesmo contexto.

Por que o turismo responsável é importante?

Viajar com responsabilidade não tem apenas um impacto positivo nos destinos e comunidades que visitamos, mas nos proporciona experiências enriquecedoras que muitas vezes ficam conosco e se tornam o destaque em nossas memórias.

Viajar é uma forma de abrir a mente para o mundo e perceber que somos todos diferentes, mas também iguais. E fazê-lo com responsabilidade nos dá a oportunidade de aprender por meio de conexões significativas com a população local e obter uma melhor compreensão da cultura local, bem como das questões sociais e ambientais.

O turismo responsável:

·      Minimiza impactos ambientais, sociais e econômicos negativos.

·      Gera maiores benefícios econômicos para a população local e melhora o bem-estar das comunidades anfitriãs, melhora as condições de trabalho e o acesso à indústria.

·      Envolve a população local em decisões que afetam suas vidas e oportunidades de vida.

·      Faz contribuições positivas para a conservação do patrimônio natural e cultural, para a manutenção da diversidade mundial.

·      Proporciona experiências mais agradáveis para os turistas por meio de conexões mais significativas com a população local e uma maior compreensão das questões culturais, sociais e ambientais locais

·      Fornece acesso para pessoas com deficiência física e é culturalmente sensível, gera respeito entre turistas e anfitriões e constrói orgulho e confiança local.

Esses aspectos da viagem responsável assumirão várias formas, dependendo da comunidade, da sua cultura e do ambiente, mas é um bom lugar para começar a pensar sobre o que nós, profissionais e investidores, podemos fazer como contribuição do nosso lado e usar a responsabilidade.

 Exemplos de turismo responsável

Se você ainda não pensou no turismo responsável, é difícil saber por onde começar para se tornar um participante melhor e até mesmo visualizar como isso pode se aplicar à sua participação.

A viagem responsável que envolve as comunidades locais também é uma oportunidade de humildade para aprender com as pessoas cujo país você está visitando. Enquanto viaja para admirar paisagens deslumbrantes, interagir com outras pessoas e ouvir suas histórias de como é a vida em sua parte do globo é a maneira mais poderosa de aprender enquanto viaja.

Destinos que dependem do turismo como principal fonte de receita, não devem perder o que geram para outras economias, geralmente mais estáveis.

Respeitando o ecossistema local e deixando só areia e conchas na praia

Levou milênios para que essas dunas de areia se formassem, e caminhar sobre elas as destrói. Da mesma forma, as conchas que aparentemente são apenas objetos inanimados são nutrientes preciosos para os microrganismos que vivem na praia – e, portanto, devem ser deixadas onde estão.

Fazer a sua parte para promover a proteção ambiental das praias, apontando comportamentos prejudiciais – ou seja, quando minha sobrinha de 10 anos me pergunta se eu gosto da concha que ela acabou de pegar, eu digo que gosto, mas que gostaria melhor deixar na praia.

A única coisa que pego na praia é o lixo deixado pelos outros.

Mas os participantes locais, sobretudo os grandes ou pequenos hoteleiros, têm também as suas responsabilidades, procurando manter as qualidades ambientais locais e a situação das populações existentes, bem como uma qualidade de serviços e atitudes, que dê aos utentes uma impressão positiva do país e seus habitantes.

Turismo responsável do ponto de vista da indústria de viagens

Como você pode ver, o turismo responsável vem em muitas formas diferentes. No entanto, garantir que viajamos com responsabilidade exige um esforço conjunto com a indústria de viagens e as entidades dr Turismo.

Com isso em mente, destaquei algumas situações com impacto positivo que o turismo sustentável e responsável traz para as comunidades locais e o meio ambiente, mas procurei evidenciar que essas histórias também podem partir de ações realizadas pela indústria de viagens e sobretudo pelos hoteleiros instalados no local, até ao limite das suas possibilidades.

A superlotação, o comportamento desrespeitoso e o deslocamento da população local, são apenas alguns dos problemas decorrentes de erros de gestão que prejudicam todos.

Deixaremos alguns conselhos aos pequenos investidores que tão úteis são ao Turismo nos locais menos acessíveis, para que eles possam aumentar e valorisar a qualidade e o aproveitamento, da sua  presença, nos lugares que escolheram para se estabelecer:

Converse com os seus hóspedes

Fale com o seu pessoal sobre as opiniões dos clientes

Algumas sugestões podem ser válidas e até aplicáveis, para melhoria dos serviços e dos locais.

Ao contrário do que você possa imaginar, a maioria das pessoas não irão se sentir incomodadas se você pedir para elas escreverem uma avaliação. Você pode começar a pedir avaliações de hóspedes imediatamente.  Ao solicitar uma avaliação, faça isso da maneira mais educada e simpática possível.

 O segredo para obter facilmente uma avaliação quando a pede diretamente ao hóspede, é ser amável e simpático. Depois da avaliação ser feita, você pode oferecer um mimo ou um brinde como agradecimento pelo gesto, tornando, assim, essa atitude genuína.

Procure informar os responsáveis oficiais do turismo na sua região, das opiniões deixadas pelos visitantes, sobre o local e seus acessos.

 Valorize o seu investimento e defenda o seu negócio

Procure também valorizar o treinamento e a empatia do seu pessoal. Isso sempre traz retorno.

Seja um membro efetivo do Grupo Mundial do Turismo Responsável e valorize o turismo do nosso país perante os visitantes do exterior.

domingo, 24 de julho de 2022

HOTELARIA E HOSPITALIDADE

 

Dissecando o “termo” gestão hoteleira

Gestão hoteleira e gestão da hospitalidade, são duas palavras usadas de forma intercambiável com bastante frequência. Isso tem feito muitas pessoas pensarem que as palavras significam o mesmo. Em um sentido real, as duas palavras têm muitas coisas em comum, mas existem algumas diferenças entre elas no sentido prático. A capacidade de identificar as diferenças, dependerá do conhecimento que se tem sobre os dois campos de gestão.

Vamos começar definindo cada termo um após o outro. A partir de suas definições, nossos leitores podem começar a ver as diferenças que existem entre eles. Mas as definições por si só podem não revelar a diferença fundamental, e é por isso que vamos fornecer mais explicações após as definições.

A gestão hoteleira envolve a gestão e supervisão das atividades diárias de um hotel.

 É um campo de estudo que abrange como um hotel é gerenciado, e um gerente de hotel é chamado de hoteleiro. Um hoteleiro pode adquirir um diploma de bacharel, um diploma de associado ou um diploma do ensino médio antes de se tornar um hoteleiro certificado.

 A gestão hoteleira é oferecida nas principais universidades dos Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Finlândia, Canadá, Suíça e outros países.

 As necessidades do estudo de Gestão Hoteleira giram em torno das seguintes áreas:

 Recepção

Serviços Gerais

Alimentos e Bebidas (Restaurantes, Cozinhas, Outlets, Cafés, Bares etc.)

Reservas

Divisões de quartos

Agentes de turismo

Entre outros.

 A gestão hoteleira está limitada a funcionar apenas em hotéis, sendo portanto uma subindústria do setor geral de hospitalidade e turismo.

 
O que é gestão da hospitalidade

A gestão da hospitalidade é um campo mais amplo em comparação com a gestão hoteleira e abrange em si outras indústrias que possuem vários setores.

 Existem muitos outros setores da indústria da hospitalidade além dos principais que são:

 Alojamento

Aventura e Recreação ao ar livre

Atrações como Parques temáticos

Academias de Condicionamento Físico

Alimentos e bebidas ( além dos Restaurantes )

Boites

Comércio de viagens

Cassinos

Eventos e Conferências

Restaurantes e Similares

Serviços de turismo (Guias, Excursões, etc)

Timeshare

Cruzeiros

Aviação

Várias extensões ligadas ao Turismo

 Estes são agrupados para formar 5 setores principais da indústria da hospitalidade que inclui a indústria hoteleira como um subsetor.

 A gestão da hospitalidade é a supervisão das atividades gerenciais, funcionais e promocionais diárias no campo da hospitalidade.

Assim como apontamos no aspecto introdutório desta postagem que as definições desses dois termos nos darão uma visão de algumas de suas diferenças, nossos leitores agora podem ter uma ideia do que queremos dizer com isso e porque há a necessidade de mais explicações para entender a diferença entre os dois campos de atuação

 Principais diferenças entre gestão hoteleira e da hospitalidade

Neste segmento da postagem, examinaremos quatro diferenças principais que existem entre a gestão hoteleira e a gestão da hospitalidade as quais são unanimemente aceitas pelos principais atores em ambos os campos.

 1. Gerente de hotel versus gerente de hospitalidade - O que esperar

Por mais semelhantes que as duas pareçam ser, ambas têm suas áreas de especialização.

 O trabalho de um gerente de hotel começa e termina dentro do hotel.

Seu trabalho é garantir que todas as atividades do hotel estejam funcionando sem problemas. Eles precisam garantir que cada departamento do hotel esteja atualizado e com qualidade de serviços.

 Em termos mais simples, um gerente de hotel é o guardião do hotel, supervisionando todas as atividades inerentes a este. Eles levam o crédito quando tudo dentro do hotel está funcionando sem problemas, e quando há uma violação, eles assumem a culpa. Seu trabalho é semelhante ao de um treinador de futebol.

A gestão da hospitalidade, por outro lado, é mais ampla do que a gestão hoteleira. Um gerente de hospitalidade pode estar cuidando de hotéis mais completos ou expandidos com outras opções, de vários hotéis, vários restaurantes, cassino, parque temático e muito mais.

 O gerente de hospitalidade precisará gerenciar pessoas de diferentes setores.

Enquanto um gerente de hotel gerencia um hotel, um gerente de hospitalidade gerencia pessoas que operam no ''setor de hospitalidade'' que começa na Agencia de viagens e termina na aviação, passando pela navegação, até aos automóveis.

 2. Oportunidades de emprego na indústria hoteleira versus indústria da hospitalidade

 As oportunidades de emprego que existem para o pessoal de gestão hoteleira são escassas em comparação com as de um graduado em gestão de hospitalidade.

 A gestão de hospitalidade tem uma infinidade de empregos que incluem Chefs, Gerente de Hotel, Gerente de Operações, Gerente de Jardinagem, Arborização e associados, Gerente de Front Office, Supervisor e associados, bem como Gerente de Alimentos e Bebidas, Gerente de Restaurante e seus coadjuvantes.

 Embora essas opções sejam ótimas e ofereçam variedade, as carreiras no setor de hospitalidade oferecem uma variedade ainda maior e muito mais, como engenharia, e paisagismo, além de outros setores do Turismo.

 Os graduados em Gestão de Hospitalidade, têm mais opções para ir além da indústria hoteleira.

 3. Treinamento e Educação

Muitos dos principais institutos de hospitalidade surpreendentemente também usam os dois termos de forma intercambiável.

 A maioria dos principais provedores de educação em hospitalidade garante que cobre tanto os estudos de gestão hoteleira quanto os dos estudos gerais de hospitalidade e turismo.

 No entanto, a gestão de hospitalidade abre mais opções para bacharelato e mestrado. Áreas como Eventos, Turismo, Bem-Estar, Empreendedorismo etc. e são mais relevantes para os estudos de gestão hoteleira.

Por outro lado, a maior parte da formação do Diploma de Gestão Hoteleira limitar-se-ia a focar-se no Front Office, Educação Culinária, Limpeza, Alimentação e Bebidas e Controlo de Custos. Frequentemente, também percorriam outras áreas como Turismo, Comunicação Empresarial, Vinhos e Bebidas etc.

 Em poucas palavras, um diploma de hospitalidade é o futuro para aqueles que planejam se aventurar em vários setores dentro ou fora do setor de hospitalidade. A Gestão Hoteleira, por outro lado, é para aqueles apaixonados por hotéis, comida, atendimento ao cliente e viagens.

 4. Dependência do setor na indústria hoteleira versus a indústria da hospitalidade

A dependência do setor é outra grande diferença entre a indústria hoteleira e a indústria da hospitalidade.

Enquanto a gestão hoteleira depende de alguns outros setores, a gestão da hospitalidade não depende de nenhum setor, pois é o super-conjunto de todos os setores dependentes ou menores.

Em países como Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, Canadá, Espanha, Itália e Arábia Saudita, que recebem um grande número de viajantes diariamente, a indústria hoteleira está prosperando, enquanto nos países do terceiro mundo onde não há muito fluxo de pessoas, a indústria hoteleira não tem essa vantagem.

A indústria da hospitalidade é um setor auto-dependente. Está prosperando em países avançados e em países do terceiro mundo também.

 Conclusão

Hospitalidade é o termo genérico de toda a indústria associada ao Turismo e á movimentação de pessoas. A indústria hoteleira é sem dúvida a maior, entre os muitos setores dentro do guarda-chuva da hospitalidade. Isso leva à confusão e ambos os termos são usados ​​​​de forma intercambiável. No entanto, com os sistemas de ensino preenchendo a lacuna entre os dois termos, seria útil para os profissionais de gestão hoteleira analisarem também as possibilidades fora do setor hoteleiro. O futuro é brilhante e próspero nos dois campos.

 




  TERMOS DE COZINHA E GASTRONOMIA  - SUA DEFINIÇÃO - A branco ( A Blanc ) Cozinhar “a branco” é cozinhar em caldo, sem quaisquer con...