segunda-feira, 26 de junho de 2023

 

BEBIDAS DESTILADAS XAROPOSAS

 Licores

 

As bebidas alcoólicas destiladas e açucaradas conhecidas pelo nome genérico de “licores”, destinam-se a ser tomadas em pequenas doses, devido ao seu alto teor alcoólico.

Os licores podem ser obtidos por fermentação prévia, infusão ou, pela simples mistura de açúcar, álcool ou aguardente e uma substância aromática e sápida.

Quando o licor tem, na sua composição, leite ou ovos, é também designado por “creme”.

Aqueles que têm como base a aguardente obtida  pela fermentação dos próprios frutos que lhe dão paladar, são conhecidos por brandys, caso do cherry brandy.

As variedades e denominação das diversas bebidas deste género, são inumeráveis. Apresentaremos a seguir, uma descrição das mais conhecidas ou mais frequentemente usadas, em receitas de bebidas de bar:

Abricotine

Licor muito doce, aromatizado com essência de damasco, tendo como base aguardente de vinho.

Absinto

Obtido através da maceração em álcool das folhas e bagas de absínto ou losna (variedade de artemísia), com anis, hissopo, e funcho, o absinto é um dos licores de mais alto teor alcoólico. Proibido em diversos países, entre os quais os Estados Unidos e Brasil, sob fundamento de que a planta base (também usada como vermífugo para crianças) provoca o vício em seu uso contínuo e leva à insânia e esterilidade.

O mais conhecido é o Pernod, da firma Pernod Fils-França. Estes fabricantes arranjaram um substituto à base de anis, o Pernod 45, a fim de poderem abastecer os mercados onde se verifica a proibição, os quais incluem a Suíça e a França.

Serve-se com gelo picado (Absinto Frappé), ou com água e um pouco de açúcar.

Advocaat

Mistura espessa e pesada de aguardente de vinho, ovos e açúcar. Esta bebida é um tónico excelente, aconselhando-se a servir simples. Não é de grande utilidade em coquetéis, ainda que seja indicada em algumas receitas.

Alkermés

Antigo licor francês, que esteve bastante em voga no passado. Tem uma cor avermelhada, obtida através do kermés (quermes: pequeno insecto que vive na região mediterrânea, o qual, seco ao sol, dá uma substância tintorial de cor avermelhada), de onde lhe vem o nome e é aromatizado com noz-moscada, canela, louro e cravinho. A infusão de todos estes aromáticos é destilada e misturada com açúcar. (Produto não comercial).

Allasch Doppel

Variedade de kümmel feita na Bélgica.

Amaretto

Licor com sabor de amêndoas.

Anis

Licor, bastante doce, claro e muito aromático, obtido da semente da badiana ou anis- estrelado. Fabricado por quase todas as casas da especialidade, encontra-se de todas as marcas. Os mais conhecidos são: Domus (seco, meio seco e mel-de-damas), em Portugal e Delmono, fabricado em Tarragona, Espanha.

Anis Escarchado

Licor de anis, de alto teor alcoólico e muito seco.  A garrafa é, normalmente, enfeitada no interior com um ramo de anis verde ou erva-doce, coberto de açúcar cristalizado. Excelente substituto do absinto, quando servido com água.

Anisette

Derivado do anis, com sabor um pouco mais adocicado e menos forte.

Apricot Liqueur

O mesmo que Abricotine, sendo apenas que, este, é um nome registado para o licor de damasco.

Apry

O mesmo que Abricotine ou Apricot Liqueur. O Apry é marca registada por Marie Brizard, sendo tido como o melhor de entre estes licores.

Arrack Punsch

Licor muito doce e algo enjoativo, com base no Batavia Arak, rum da Ilha de Java, feito de melaço.

Bacardi Elixir

Cordial com base e aroma de rum cubano puro.

Barack Palinka

Brandy excelente, feito de pêras, amoras e damascos, que não deve ser considerado licor, embora seja um excelente digestivo. Fabricado por Zwack & Co.

Bandana

Creme de bananas, fabricado em Havana.

Barbados

Creme de limão, laranja, amêndoas e noz moscada, aromatizados com cravinho, canela, massis e coentros.

Benédictine

Um dos mais antigos e melhores licores. É altamente aromático, sendo fabricado com o melhor cognac e plantas, que os monges Beneditinos de Fécamp guardaram secretas, até aos nossos dias.

O Benédictine actual é feito sob fórmulas originais pela Benédictine Society, em Fécamps, França.

As letras D.O.M, tão conhecidas dos consumidores e que se encontram impressas no rótulo, não tem qualquer ligação com a bebida e significam, em latim, Deo Optimo Maximo (Deus Omnipotente e Bom). É, nos nossos dias, uma das poucas bebidas que não foram alteradas pelo aumento do consumo, continuando a manter as suas características e envelhecimento como sempre.  Poucos licores se lhe podem comparar.

Beranger

Licor feito de miolo de caroço de damasco, amêndoa amarga, sassafraz e hortelã- pimenta.

Blackberry Liqueur

Licor de amoras silvestres, tendo como base aguardente do mesmo fruto, por vezes misturado com vinho tinto.

Bosoli

Licor italiano com sabor a tangerina, bastante conhecido e com renome.

Carlshmamm’s Punch

O mesmo que Arrack Punch.

Cassis, Creme de

Licor feito à base de groselhas da espécie denominada “cassis”, ao qual também se dá o nome de “ratafia”. (Não confundir com o “Vin de Cassis”, magnífico vinho da região de Cassis (Bouches-du-Rhône), delimitada por decreto ministerial francês).

Certosa

Algo similar à Chartreuse, este licor italiano que também é preparado por uma ordem religiosa, apresenta-se de diversas cores e paladares. (Receita Particular).

Chambord

Licor de framboesas, de origem francesa.

Chartreuse

Emanando de outra grande ordem religiosa, a dos Padres Cartuxos, este licor é como o Benédictine, grande e de velhas tradições. Embora não tão antigo como aquele, a sua fórmula, ciosamente guardada, continua a ser preparada pelos religiosos que lhe deram o nome, os quais, tendo sido forçados a sair da França, por duas vezes, estabeleceram uma segunda destilaria em Tarragona, com enorme prazer de seus consumidores. A Chartreuse feita em Espanha tem escrito na etiqueta “Liqueur fabriqué à Tarragona par les Pères Chartreux” e apresenta-se em duas cores: verde e amarelo, sendo o verde o de maior graduação alcoólica, (55º), contra (45º) do amarelo, mais seco, mais aromático e, decididamente, o melhor dos dois.

Além do conhecido Chartreuse, existe também o Elixir Chartreuse, de 75º a 80º, o qual é, contudo, menos conhecido.

Cherry-Brandy

Também designado por “sherry-brandy”, este licor é normalmente feito de ginjas ou cerejas bravas, com base em aguardente de vinho. É um licor generoso e tónico, ainda que algo pesado. Os melhores deste tipo são o famoso Cherry Heering, fabricado por Peter F. Heering, em Copenhaga, seguido do de Rocher Frères, também óptimo.

C.L.O.C

Licor dinamarquês, com ligeiro sabor a alcarávia ou funcho, preparado pelos fabricantes do Aalborg Akvavit. É usualmente designado por “CLOC”, união das iniciais do seu nome que é, “Cuminum Liquidum Optimum Castelli”.

Coffee Southern

Licor americano à base de café, produzido pelos mesmos fabricantes do Southern Confort, que adiante citamos.

Cointreau

Conhecido e bastante famoso licor francês, à base de citrinos, fabricado por Cointreau S.AR.L.,de Angers, França.

É claro como o anis e com 40º de graduação alcoólica, tem como base o cognac seleccionado.

Cordial Médoc

Fabricado em França por J. A. Gourde, Bordéus, este licor é uma mistura de aromas: curaçau de laranja, creme de cacau e cognac. Nele, o cacau toma um papel aromático tão preponderante que dificilmente se conseguirá fazê-lo alinhar no grupo dos licores citrinos.

Creme de Ananás

Licor adocicado, de base alcoólico-cremosa, aromatizado com ananás.

Creme de Bananas

Idem, com aroma de bananas (Ver também Bandana).

Creme de Baunilha

Dito em francês “creme de vanille”, é um licor muito doce, aromatizado com vagens de baunilha.

Creme de Cacau

Licor bastante doce e muito axaropado, com a cor do chocolate e aroma de cacau.

Creme de Café

Semelhante ao Creme de Cacau, mas aromatizado com café. (Veja Coffee Southern).

Creme de Cassis

Licor escuro, levemente adocicado, com aroma de groselha e cerca de 40° de graduação alcoólica. (Veja Cassis ).

Creme de Hortelã-Pimenta

Licor do tipo creme, com base de hortelã-pimenta. O mesmo que creme de menta. (Veja Pippermint ).

Creme de Menta

Em francês: “crème de menthe”. É um licor pouco doce, de sabor acentuado e acre, bastante aromático pela acção de várias espécies de hortelã, sobretudo hortelã-pimenta. Apresenta-se normalmente em duas cores, branco e verde, este último corado artificialmente.

O branco é geralmente mais seco, sendo o preferido dos verdadeiros conhecedores. A marca Freezomint, preparada por Cusenier, é geralmente apresentada como a melhor, embora se apresentem dúvidas.

Creme de Moca

Variedade de creme de café.

Creme de Noyaux

Licor francês, feito do miolo de caroço de frutos, com um sabor amargo, semelhante ao da amêndoa.

Creme de Rosas

Licor bastante doce, aromatizado com baunilha e óleo de pétalas de rosas.

Creme de Violetas

Licor com aroma de violetas, bastante adocicado.

Creme Yvette

O mesmo que o anterior.

Csaszar

Licor de pêra “creme de poire” feito pela casa Zwack, de Budapeste.

Curaçau

Licor citrino, feito a partir das cascas de laranja azeda, cultivada na ilha de Curaçau, Antilhas, (Índias Ocidentais Holandesas), de onde a bebida é originária. Os curaçaus holandeses são estupendos, mas um dos mais famosos é fabricado por Rocher Fréres em França. Esta bebida é apresentada nas cores branca e vermelha.

Damiana

Cordial francês pouco conhecido, ao qual se atribuem propriedades afrodisíacas.

Danziger Goldwasser

Este licor, que ser diz ser quatro séculos mais antigo que o Benédictine, é originário da Alemanha. Bastante seco e aromático, é um licor citrino incolor e bastante agradável, ao qual as pequenas partículas de ouro contidas no líquido, dão um certo atractivo, sobretudo se houver o cuidado de agitar um pouco a garrafa no momento de servir.

Drambuie

Licor escocês que há mais de duzentos anos faz as delícias dos seus apreciadores; é um óptimo digestivo, seco e bastante aromático. Feito à base do melhor whisky da Escócia, tem como principal ingrediente o mel, de acentuado sabor a urze. Ele é, sem dúvida, o melhor licor para misturar com whisky, nos coquetéis.

Duziko

Nome dado, na Grécia, ao raki feito com semente de anis. O nome, usa o radical eslavo “duz”, que quer dizer “semente de anis”.

Eduardino

Licor português de fabrico particular, algo anisado e um tanto doce, que pode muito bem ser servido num bar português, sobretudo a estrangeiros, sempre em busca de algo novo e que muitas vezes solicitam licores nacionais (referindo-se a licores típicos nacionais e não a bebidas de fabrico nacional).

Évora, Aguardente de

Aguardente, ligeiramente adocicada e com paladar a amêndoa, de sabor agradável. (Veja o que dizemos em Eduardino sobre licores portugueses).

Falernum

Esta bebida quase não pode ser considerada licor, pois o seu teor alcoólico não ultrapassa os 10º. Como, no entanto, o álcool também não permite a sua classificação como xarope, incluímo-la aqui.

É uma bebida esbranquiçada e axaropada, cuja base se obtém na destilação do rum. Bastante aromática e com um leve paladar a amêndoa, é excelente em bebidas à base de rum, sobretudo quando adicionadas de suco de lima.

Fior D´Alpe

Licor algo doce e muito aromático, quase incolor e de fabrico italiano. No interior da garrafa, tem um pequeno ramo de planta, coberto com açúcar cristalizado (seguindo o processo utilizado no anis escarchado). Quando a garrafa fica durante longo tempo num lugar de temperatura elevada, o açúcar derrete, o que não altera a qualidade da bebida.

Fioretto de Florença

Variedade de licor aromatizado com cardamona, moscada, infusão de íris e flor de laranjeira.

Forbidden Fruit (Fruto Proibido)

Licor cítrico, de fabrico particular, inventado por Louis Bustanoby. Tem como base a aguardente de vinho e como agente principal do aroma, uma variedade de toranja das Índias Ocidentais, que os ingleses denominam “shaddock”.

Framboisette

Variedade de Creme de Framboesa.

Framboise

Líquido destilado da framboesa e que se apresenta mais como uma aguardente do que como um licor.

Frangelico

Licor italiano, feito com sabor de avelãs.

Galliano

Licor italiano, feito com mistura de diversas ervas e especiarias.

Ginger Liqueur

O mesmo que King´s Ginger Liqueur. (Veja adiante).

Ginjinha

Licor obtido pela maceração de ginjas em boa aguardente de vinho, muitas vezes apresentada em garrafas com os próprios frutos. (Veja o que dizemos em Eduardino sobre licores portugueses).

Ginja de Alcobaça

Excelente licor do tipo Cherry Brandy. Existem duas marcas de grande prestígio: MSR e Campião. (Veja o que dizemos em Eduardino sobre Licores Portugueses).

Godiva

Licor à base de chocolate.

Goldwasser

O mesmo que Danzinger Goldwasser ou Licor  de Ouro.

Grand Marnier

Excelente licor de fabricação francesa, considerado superior ao Benédictine e ao Chartreuse. Cítrico, bastante aromático e muito seco, é feito à base do melhor cognac da região demarcada. Por ser tão antigo como o Goldwassser e sem ter credenciais monásticas como as bebidas já citadas, é no entanto considerado o rei de todos os licores conhecidos; o seu magnífico sabor dificilmente será ultrapassado. Mistura excelente para coquetéis, é usado em muitos molhos de sobremesa, sobretudo nos famosos Crepes Suzette.

Guignolet

Aguardente francesa de cerejas negras, levemente adocicada. Muito parecida com a ginginha portuguesa.

Himbeergeist

Excelente brandy destilado de medronhos por Zwack & Co. de Budapeste. Não é um licor, mas pode ser considerado um excelente digestivo.

Honey-Flowers

Licor bastante adocicado, feito com extractos de jasmim e tuberosa, numa infusão de baunilha, benjoim, almíscar e âmbar, com essência de rosas, cravinho e bergamota.

Irish Cream

Licor cremoso, com base de whisky.

Irish Mist

Licor feito à base dos famosos whiskys irlandeses, tendo como ingrediente principal mel com aroma de urze, tal como o Drambuie.

Jagermeister

Licor à base de menta.

Kahlua

Espécie de licor de café, ou creme de café, preparado no México.

King´s Ginger Liqueur

Licor aromatizado com gengibre, feito na Holanda, à base de cognac.

Kirsch

Ao contrário do que se possa supor, o Kirsch (kirschwasser, como lhe chamam os alemães), não é um licor, mas sim uma aguardente ou brandy destilado de cerejas silvestres, sobretudo na região dos Vosges em França e da Floresta Negra na Alemanha. O Kirsch de Zug, na Suíça, é também famoso. Apresenta-se como um líquido branco e, por vezes, com um ligeiro tom amarelado. (Citamos aqui esta bebida, como aliás já fizemos com outras das mesmas características, apenas para facilitar a consulta ao leitor menos elucidado. Insistimos, porém, que este não é um licor).

Krupnik

Licor caseiro, de origem russa ou polaca, fácil de preparar. Receita base: 5 partes de álcool a 40º, 3 partes de mel, 2 de água, 2 a 3 de açúcar. Ferver em uma parte de água, 30 cravos da Índia, 1/8 de noz moscada e canela em pau. Passar por um pano fino. Deixar esfriar, juntar ½ pau de baunilha e uma porção de cascas de limão durante 15 dias. Filtrar e engarrafar.

Kümmel

Bastante aromática, muito seca e incolor, esta bebida origina controvérsias, porquanto ainda que alguns a classifiquem como licor, outros afirmam que ela é uma aguardente. Tendo origem russa, no século XII, fabrica-se actualmente em quase todos os países e, tem uma graduação alcoólica, que varia entre 40º e 50º. É obtida pela destilação de sementes diversas, misturadas com cominhos, coriandro e alcarávia, que lhe dão o aroma e o paladar tão característicos. O Allasch Kümmel, feito na Bélgica e o Bolskuemmel, da Holanda, são excelentes.

Licor de Anis

O mesmo que Anis.

Licor Beirão

Excelente licor cítrico, de tom amarelado e um pouco doce, fabricado em Portugal (Beira Litoral), por Carranca Redondo, sob fórmula secreta. É um excelente digestivo e uma óptima base de coquetéis. (Veja o que dizemos em Eduardino sobre licores portugueses).

Malibu

Licor à base de rum, com sabor de coco.

Maraschino

Licor, com sabor de cerejas.

Mastika

Bebida grega, que é uma mistura de raki, com uma espércie de goma. (Veja Raki).

Melissa

Licor de erva-cidreira.

Menta (Menthe)

(Veja Creme de Menta ou HHortelã Hortelã Pimenta).

Midori

Licor japonês, com sabor de melão.

Mirabelle

(Veja Quetsch e Slivovitz).

Nectar of Toquay

Licor aromático e levemente doce, muito parecido com o Liqueur Strega, até mesmo na garrafa. É fabricado por Zwack & Co, Budapeste.

Orange Liqueur

Licor cítrico, algo doce, tendo como base a aguardente de vinho e aromatizado com laranjas.

Ouso (ou Ouzo)

Licor anisado, de fabricação grega, o Ouzo é produto da ilha de Lesvos (Lesbos) e, conquistou toda a Grécia, tornando-se a bebida nacional.

Tem a sua origem na Antiguidade, simbolizando a luta do homem na busca por bebidas destiladas, seja usando ervas perfumadas, frutas, raízes, flores ou sementes. No começo, dessa luta surgiram, o extracto e a fermentação; depois, chegou a vez da destilação.

A finalidade inicial dessa busca era encontrar algo para prazer e relaxamento, mas acabou, no entanto, levando a produtos que causavam embriaguez.  Como corolário dessas tentativas, alguns conseguiram, enfim, destilar produtos que se impuseram no mundo árabe, entraram na cultura bizantina de Constantinopla (Istambul) e foram aprovados e absorvidos pelo elemento grego de Alexandria e Smirna.

Os obreiros do cobre da Arménia e do Héliponto, que conceberam os recipientes, enfeitados e agradáveis à vista que permitiram a destilação, ficaram famosos em todo o império bizantino.

Essa dádiva do destino encontrou terreno favorável da Ásia Secundária à Trácia, onde era corrente a produção de uvas e figos, e adicionou a estes, na Grécia, o material que faltava, aproveitando-se do cultivo da erva-doce, em Lesbos e Limnos e à produção de mastic em Chios, elementos primordiais para a produção do “raki”.

Os artesãos deste trabalho, chamados rakitzides, por produzirem a bebida chamada“raki”, faziam as destilações de uvas com anis e erva-doce, mas usavam também ervas perfumadas e mastic. Quando, após um período de interdição de bebidas na Turquia, essa novidade conquistou a classe bem-afortunada do império otomano, dando aos rakitzides privilégios especiais, o sucesso foi rápido.

A aceitação da bebida foi  imediata, apesar de, após a proibição de álcool, terem aparecido outras soluções para os consumidores, seja de produtos destilados franceses, seja do chamado “álcool limpo”, russo. Um problema administrativo, porém, surgiu na Grécia, para o “raki”, visto que, por ser misturado com água, o produto final não era considerado um destilado, mas sim uma mistura.

Os portos de Esmirna e Constantinopla criaram problemas de importação e isto forçou os produtores a rever a forma de comercialização da bebida, o que conduziu à mudança do nome desta, para ouzo, pois “raki”, seu nome original, havia perdido valor nas ilhas gregas. O novo nome nasceu de uma corruptela do termo alfandegário giouzo, o qual significa “para uso” e se crê ser originado pela expressão italiana “ouzo massalia” que quer dizer, “para uso em Massalia” onde as primeiras cargas se destinavam. Aquela inscrição passou a acompanhar todas as embalagens de raki que se destinavam a áreas, fora dos limites do império otomano.

A destruição de Minos, na Ásia, obrigou muitos rakitzides a se refugiarem na Grécia onde, principalmente em Lesbos, as companhias destiladoras cresceram rapidamente.

A emulação entre os refugiados e os destiladores locais, criou um grande desenvolvimento na produção e consumo do Ouzo, tornando-o uma bebida famosa, com grande numero de consumidores, não só na Grécia mas no mundo inteiro.

O destilador (ou alambique) satisfatório, porém, só foi conseguido em 1932, quando os trabalhadores de cobre, da Virgem Maria de Chalkeon, em Tessalónica, encontraram solução para o problema. Sendo aquele o melhor material para a destilação do Ouzo, pois permite o aquecimento uniforme, do álcool com erva-doce, e sendo o modo de destilação um factor determinante, pois o calor não pode influir nas superfícies internas, estes deram o passo definitivo para a expansão da bebida.

O destilador tradicional, clássico, consiste em três partes. O tronco principal (um recipiente onde se coloca álcool puro, erva-doce e outras ervas para destilação), e o arco (um corredor por onde o vapor passa) que se dirige a uma panela refrescante (um tubo externo, com o mesmo diâmetro do arco, contendo água fria e um tubo interior, onde o vapor liquidificado, se transforma ou destila).É um processo longo, que exige paciência e grandes meios.

Fatos sobre o Ouzo

Durante um período algo turbulento nas ilhas gregas, o Ouzo foi companheiro dos camponeses e homens costeiros, transmitindo-lhes força, felicidade, coragem e esperança num futuro melhor. Assim, o Ouzo adquiriu o direito a ser evocado como símbolo e parceiro alentador da revolução, liberdade e disciplina. Isso reflete-se, no respeito à bebida, sentimento que os gregos sempre observam na hora de bebê-lo, tornando-o a bebida nacional.

Só há pouco mais de quatro anos, porém, através da acção esforçada, de algumas entidades, se conseguiu que o ouzo, o tsipouro, o tsikoudia e a destilação da groselha coríntia, fossem considerados produtos gregos exclusivos.

Um Ouzo bom e equilibrado, pode ter um conteúdo até 46% de álcool, o que lhe permite viajar no mundo inteiro, sem ser afetado pelo clima, mantendo o seu aroma e sabor.

Ao adicionarmos, ao ouzo um pouco de gelo ou um pouco de água, observamos que a sua cor fica branca como leite. Este fenómeno, provocado pelo anithole, substância aromática da erva-doce, considera-se como prova da boa qualidade do produto. O óleo de erva-doce dissolve-se e fica invisível quando misturado com álcool convencional, mas, logo que o conteúdo de álcool seja reduzido, os óleos essenciais transformam-se, em cristais brancos, invisíveis, o que provoca aquela coloração.

Esta bebida grega, clássica,  cuja origem vem de uma combinação precisa de uvas, ervas e bagas, entre as quais semente de anis, alcaçuz, hortelã, wintergreen, funcho e avelã, é normalmente bebida pura ou com gelo, acompanhada com nozes ou, o que é mais corrente, acompanhada dos tradicionais “maze”, como aperitivo. Mas o Ouzo pode também ser usado em coquetéis, pois é excelente e substitui, sem prejuízo, o absinto, o Pernod ou o pastis.

Pertence à Categoria dos licores e, quando puro, tem álcool na percentagem de 40.0% (80% proof).

Os produtos congéneres ou, similares, são: Anis, Anisete, Pastis e Pernod.

É usado, pelo menos, nas 20 bebidas seguintes:

 Parfait Amour

Variedade do Creme de Violeta que já atrás citamos. Existe outro licor com este nome, fabricado em princípio no sul dos Estados Unidos, Louisiana, com limão, maçãs e aroma de coentros.

Peach Liqueur

Algo semelhante ao Apricot, diferencia-se daquele por ser feito de pêssego em vez de damascos. Existe também uma aguardente de pêssego, dita “Pêche”.

Peppermint ou Pippermint

A grande diferença entre o peppermint, o licor de menta e o creme de menta é que, enquanto aqueles são de alto teor alcoólico, este é apenas um xarope destinado a ser tomado com água ou gelo e, nunca, simples.

Muito embora nas receitas de coquetéis se possam usar indistintamente um e outro, visto que se utilizam apenas pelo seu paladar e não pelo álcool que possam conter, as suas características são diferentes. (Fazemos inclusão desta bebida, neste capítulo, pelo interesse que poderá ter este esclarecimento).

Pernod

Existem dois tipos de bebidas com este nome, ambas fabricadas por Pernod Fils. O Pernod propriamente dito, com aroma de absinto e 60º de graduação alcoólica, e o Pernod 45, com aroma de anis e 45º de graduação como o seu nome indica.

Persicot

Licor adocicado, aromatizado com amêndoa e miolo de caroços de pêssego.

Pineapple Cordial

Creme de Ananás, fabricado em Cuba por José Arechavala, S.A., Cardenas. (cubano)

Ponche

Tipo de licor bastante açucarado, usado como um cordial e preparado com melaço, aguardente ou vinho generoso, limão e diversos aromáticos que variam consoante a marca.

Prunella ou Prunelle

Escuro, doce e tendo como base a aguardente de vinho, este licor tem como agente principal do seu aroma os abrunhos frescos.

Quetsch

Veja o que dizemos em Slivovitz.

Raki

Bebida nacional turca, o Raki tem bastantes semelhanças com o ouzo grego, no qual parece originado ou, vice-versa. (Veja o que dizemos, sobre este assunto em Ouzo).    

Quando falamos sobre bebidas na Turquia ou nos turcos, somos sempre levados a ele. Embora não se saiba exactamente onde ou quando esta bebida foi inventada, o certo é que a história do raki não deve ir tão longe, no passado da Humanidade, quanto a do vinho ou da cerveja. Há muitas conjecturas sobre o raki que se tornou a bebida turca tradicional, após um período de proibição de bebidas alcoólicas neste país. Sendo preparado em diferentes regiões com diferentes frutas, as uvas, figos e ameixas são, no entanto, os elementos principais.

Nos países do Próximo e Médio Oriente, bebidas conhecidas por nomes diferentes, como: “araka”, “araki” ou “ariki”, têm, obviamente, a mesma origem.

Alguns, insinuam que o raki é assim chamado por ter origem iraquiana, tendo sido feito, primeiro, neste país, de onde se espalhou para as outras regiões. Outros dizem que obteve o nome das uvas razaki, usadas para produzi-lo. Ambas as teorias são aceitáveis. Mas, outra teoria é que arak, em arábico, significa “suor” e, araki "o que faz suar". Se beber muito raki, não há dúvida que a pessoa sua e como durante a destilação o raki também cai gota a gota como suor, talvez o nome possa ter vindo do árabe. Nos países limítrofes da Turquia, existem tipos diferentes de raki, com nomes diferentes.

Na Grécia, uma espécie de goma, chamada "mastika", é acrescentada à bebida. Duziko, que vem da palavra eslava “duz” quer dizer “raki com semente de anis”. Na Turquia, o raki feito de engaço de uva, era chamado “düz raki” ou “feno raki”.

O raki de Zahle tirou este nome da cidade de Zahle, no Líbano, onde era feito. Não sendo uma bebida de fermentação, como o vinho ou a cerveja, mas sim uma bebida de destilação, a produção do raki demanda, não só mais técnica como equipamentos especiais.

Nas Índias Orientais, produz-se uma bebida da destilação do suco de cana-de-açúcar fermentado, a qual é chamada “arak”, o mesmo nome é dado no Ceilão e Malásia, a uma bebida alcoólica feita pela destilação do suco de certas palmeiras, enquanto no Irã, uma bebida feita com uvas e tâmaras tem também, o nome de arak. Verificamos assim que, mais do que uma definição de produtos, os nomes são, na maior parte das vezes, fruto da tradição e da lingüística local.

A bebida feita na Anatólia e conhecida como raki turco, tem uma história de cerca de 300 anos. A arte da destilação, que se pensa ter  começado no mundo árabe e que se espalhou pelos países vizinhos, foi implementada quando as pessoas pensaram em fazer uso do açúcar existente nos resíduos do processo vinícola. Com a adição da semente de anis, os raki assumiram a sua característica turca.

O famoso viajante turco Evliya Çelebi listou os artesãos de Istambul no seu primeiro livro de viagens, escrito em 1630. Entre esses artesãos, mencionou os fazedores de arak, explicando que aquele arak era feito de muitos tipos de plantas.

Ao mencionar a palavra raki, porém, anotou que era pecador todo aquele que bebesse, nem que fosse uma só gota desta bebida, pois ela era altamente intoxicante.

Estima-se que, naquele tempo, havia em Istambul cerca de 300 pessoas em 100 locais diferentes, ocupadas na produção e venda desta bebida. Evliya Çelebi falou mal dos guardiões-de-taverna como os denominou e disse que havia tavernas por toda a parte, em Istambul, sobretudo em Samatya, Kumkapi, Balikpazari, Unkapani, Fener, Balat e nas duas costas do Bósforo. Usando a palavra “gálata” para dizer “tavernas”, Evliya Çelebi registou os tipos de vinho que vendiam, bem como os de raki; de que existiam vários tipos: raki de vinho, raki de banana, raki de mostarda, raki de tília, raki de canela, raki de cravo-da-índia, raki de romã, raki de feno e, raki de semente de anis.

O raki começou a ser produzido com engaço de uvas, após a fabricação de vinho, mas uma escassez desse material obrigou a que outros espíritos fossem importados do estrangeiro e processados com a semente de anis, situação que se manteve até à Primeira Guerra Mundial, quando passaram a ser usadas passas e, às vezes até, mesmo figos e amoras, para a produção de raki.

Durante a proibição de bebidas alcoólicas na Turquia, os produtores inescrupulosos não perderam tempo, dando passos no sentido de iludir a lei. As autoridades, admi- nistrativas, especialmente em cidades pequenas, fizeram vista-grossa à produção ilegal de raki, que passou a ser produzido às escondidas, deixando de lado as regras e os cuidados técnicos. Moedores de carne eram usados para picar os ingredientes e bacias grandes, antes usadas para as lavagens diárias, foram usadas para fermentar as uvas, enquanto latas de óleo eram convertidas em aparatos de destilação. Mas esses tempos passaram e hoje são apenas história.

Hoje, em Istambul, beber raki tem os seus próprios rituais, tradicionais. O mais importante deles é com quem se partilha esse momento. Queijo branco é o “mezeacompanhamento principal e, inalterável, do raki.

A melhor maneira de saborear a bebida nacional turca, também conhecida como “leite de leão”, é com copos estreitos, cilíndricos e bem gelado (aproximadamente 8/10 graus centígrados). Pode ser bebido puro ou com água, refrigerante, ou água mineral, acompanhado de, frutas e sobremesas. O tipo de fruta, não importa; pode ser qualquer um, dependendo da estação. O favorito dos turcos, no entanto, para acompanhar raki, é a combinação de melão e queijo-feta.

Raspail

Bastante conhecido e apreciado, este licor, francês assemelha-se bastante ao Benédictine, não tendo, no entanto, uma origem monástica.

Ratafia

A ratafia é um licor mais ou menos de fabrico caseiro, obtido por infusão ou maceração em álcool dos elementos seleccionados. Pode-se preparar facilmente e pode ter variados aromas: limão, laranja, baunilha, cereja, lucia-lima, caroços de frutos, nozes, etc.

Receita Base – 1 litro de álcool a 22º ou uma boa aguardente vínica, 500gr. de açúcar, 250gr. de agente aromático (no caso da baunilha, 3 vagens). Deixar macerar o agente aromático dois meses ou mais. No caso da laranja, espreme-se e corta-se em juliana. Junta-se o açúcar, um pouco de canela e coriandro. Filtrar e engarrafar.

Rock and Rye

Preparação caseira, licorosa e que tem como objectivo principal o tratamento da gripe e tosse. Mistura de 50% de whisky com 50% de sucos de frutos e açúcar em ponto de rebuçado.

Rosolio

Licor o italiano fabricado em Torino, aromatizado com essências várias.

Sambuca

Licor italiano, de infusão de ervas.

Slivovitz

Tal como o Quetsch  ou o Mirabelle, que alguns insistem em chamar licores, mas que são apenas óptimos digestivos, esta bebida só pode ser como tal considerada. É uma aguardente de ameixas bravas, que se diz de origem judaica e muito apreciada pelos israelitas, apesar de ter um gosto enjoativo. (Deixamo-la aqui apenas como informação).

Sloe Gin

Pesado e bastante aromático, este licor (?) é bastante semelhante ao quetsch ou mirabelle, sendo preparado com ameixas silvestres.

Southern Comfort

Excelente licor americano de fórmula secreta, mas na qual se sabe entram o bom whisky rye e o pêssego. Tem cerca de 50º de graduação e é bastante seco. Parece ser a réplica dos americanos aos famosos licores da Escócia e Irlanda, com base no whisky.

Strega

Veja Liqueur Strega.

Swedish Punch

Veja Arrack Punch.

Tangerine Dolfi

Licor cítrico, semelhante ao mandarine ou ao curaçau, mas que tem um gosto específico, algo peculiar.

Tia Maria

Licor jamaicano, à base de rum, com sabor de café.

Trapistini

Licor originário da Bélgica, pertencendo a receita ao padres Trapistas. Tem como agentes aromáticos o absinto, cardamona, angélica, hortelã, mirra e canela, entre outros.

Triple Séc

Licor à base de cascas de laranja de tripla destilação, a fim de corrigir a graduação alcoólica e que se diz ser uma imitação do Cointreau.

Tríplice

O mesmo que Triple Sec.

Van Der Hum

Excelente e muito aromático licor cítrico, obtido, através das cascas de tangerina, na Cidade do Cabo, África do Sul.

Vieille Cure

Óptimo licor, bastante aromático, preparado pela Abbaye de Cenon, Bordeaux, França. Com o Benédictine e Chartreuse, forma a trilogia dos licores monásticos, os melhores e mais apreciados do mundo.

Yukon Jake

Licor canadiano com sabor de limão.

 



quinta-feira, 22 de junho de 2023

  COMPOSIÇÕES DIVERSAS DE BAR 2



           OUTRAS MISTURAS TAMBÉM SERVIDAS EM BAR

 ALHAMBRA ROYAL

O mesmo que “Café Royal”, com chocolate em vez e café.

 BLACK VELVET

Partes iguais de champagne ou outro vinho espumante (bem seco) e cerveja preta forte.

Gele bem os dois ingredientes e coloque-os simultaneamente num jarro.

Sirva em copos de Highball


BLENDED COMFORT

1  dose de Southern Comfort

2 doses de bourbon

1/2  dose de de vermute seco

1 dose de suco de laranja

2 colheres de sopa de suco de limão

1/4 de pêssego (sem casca)

Coloque os ingredientes, num copo de mistura

Misture-os lentamente, por cerca de 10 a 15 segundos.

Coloque gelo num copo de Collins e coe o coquetel sobre ele.

Decore com fatias de pêssego e laranja.

 

BLUE BLAZER                                                                                                          

1 colher de chá de açúcar ou 1 colher de sopa de mel

4 doses de whisky escocês 

Aqueça duas canecas de estanho ou metal, com capacidade para 2,5dcl cada.

Numa das canecas, dissolva o açúcar (ou mel) em três doses de água fervente                   
Coloque o whisky na outra caneca e flambe-o.

Passe o whisky em chamas de uma caneca para outra, continuamente, de modo
a formar uma corrente de fogo. Quando as chamas se apagarem, despeje a
bebida num copo de vinho aquecido. Decore com  casquinha de limão ou polvilhe com noz-moscada.

 

BRAIN DUSTER

 ½ cálice de vermute

½ cálice de absinto

½ colher de chá de açúcar.

Pôr o vermute, absinto e açúcar na coqueteleira, juntar alguns cubos de gelo e bater bem. Passar por um copo pequeno, adicionar um pouco de soda e servir.

 

CAFÉ ROYAL

Num copo como o utilizado para o “Irish Coffee”, colocar uma dose de café bem quente. Adicionar ao café, lentamente para que fique por cima, meio cálice de brandy. Colocar numa colher de sopa, um cubo de açúcar e o restante brandy. Deitar fogo e aproximar a colher do copo, de forma a incendiar também o brandy já adicionado ao café. Deixar apagar e servir.

 

CAFÉ KIRSH 

O mesmo que “Café Royal”, mas com kirsh em vez de brandy.

 

GAELIC COFFEE 

Veja “Irish Coffee”. Substitui-se o whisky por Drambuie.

 

GIN RICKEY 

Colocar um cubo de gelo numa taça de espumante. Adicionar uma colher de sopa de sumo de limão e um cálice de Gin. Encher com soda e servir. (Pode fazer-se com qualquer outro espirituoso, o qual dará o seu nome à composição).

 

IRISH COFFEE 

Num copo, de preferência metálico e com asa, misturar: uma dose de café bem quente, um cálice de whisky irlandês e açúcar a gosto. Acabar de encher o copo até 2cm. do bordo, com natas frescas, as quais devem ficar flutuando sobre a bebida . Para que tal aconteça, não se devem despejar as natas directamente, mas sim sobre uma colher que se mantém ao nível do café, escorrendo desta para dentro do copo. (Substituindo, o  whisky por Drambuie, obtém-se “Gaelic Coffee”).

 

MILK SHAKE 

Leite, ovo e açúcar, batidos com gelo. Passar para um copo e polvilhar no topo com noz moscada.

 

RUSSIAN TEA

O mesmo que “Café Royal”, usando chá bem forte em vez de café.

 

SARATOGA

1 cálice de brandy velho

20 gotas de xarope de ananás

20 gotas de maraschino

12 gotas de Angostura

½ taça de vinho de Champagne

2 ou 3 morangos maduros

Gelo picado

Casca de limão.

Passar para uma taça, onde já se encontram os morangos e a casca de limão. Adicionar o vinho de Champagne e servir imediatamente.

 

SILVER DREAM

 O mesmo que “Silver Fizz”.

 

SNOW BALL

Bater 1 ovo com 1 colher de chá de açúcar e 1 cálice de brandy. Passar para um copo grande. Juntar gelo picado e uma garrafa de ginger ale. Servir.

 

SUNRISE – ( Nascer do Sol )  

2/3 de Jerez

1/3 de brandy

30 gotas de xarope de baunilha

10 gotas de Angostura

Gelo picado

Casca de limão.

Bater os líquidos com gelo. Passar e servir num cálice com casca de limão.

 

YANKEE INVIGORATOR

Bater um ovo com açúcar. Juntar 1 dl. de café frio, bem forte, 1 cálice de Porto, 1 cálice de brandy e gelo.

Bater bem e servir em copo pequeno. (2 porções).   

 


 



domingo, 18 de junho de 2023

COMPOSIÇÕES DIVERSAS DE BAR 1



 BEBIDAS Preparadas EM BAR

Procuramos enquadrar aqui, todas as bebidas que, não sendo coquetéis, são porém, misturas normalmente preparadas num Bar, sem qualquer outra distinção entre si.

Veja também as Postagens “Coquetéis” e “Bebidas”).

 

BISHOPS

O Bishop é uma preparação refrescante pouco utilizada, tendo como característica principal a utilização de rodelas de laranja passada no forno, com açúcar. Podem ser usados indistintamente, o vinho branco, tinto, ou cidra, como bases desta bebida.

Receita base: Colocar num copo de long drink, semi-cheio de gelo picado: 1 colher de chá de açúcar, sumo de limão e de ½ laranja.

Acabar de encher com vinho ou cidra. Mexer. Juntar a rodela de laranja passada no forno com açúcar e algumas gotas de Rum.

BOWLS

Variedade de Cup ou de Punch, o Bowl, ao contrário daqueles, é servido com uma só qualidade de fruta que lhe dará o nome. Bastante fáceis de fazer, pelo que são aconselhados para festas ou reuniões.

Receita base: Fruta fresca à escolha, na proporção de 1/10. Açúcar na proporção de 150 gramas por litro. Deixar macerar a fruta com o açúcar, adicionando um pouco de Madeira ou Jerez seco.

Juntar a quantidade desejada de vinho branco, bem seco e bem gelado. Servir em taças, enfeitado com pedacinhos do fruto (no caso de morangos, ou fruta semelhante, pode uma grande parte desta ser esmagada para diluir no líquido, guardando apenas uma porção para enfeitar a taça, 1 ou 2 por pessoa).

BUCKS

A primeira bebida com este nome foi o Ginbuck, mistura de Gim com Ginger ale que teve o seu período áureo durante a Lei Seca, na América. Com o passar dos anos, tanto os barmen como os particulares, foram apresentando novos Bucks e substituindo o Gim por outras aguardentes. Nasceram, assim, o Brandy Buck, o Rum Buck e o Whisky Buck que, muitas vezes eram apresentados  como um Rickey, ainda que sob o nome de Buck. Além da adição de Ginger Ale à base alcoólica, outro aspecto característico desta bebida é a adição de um quarto de limão, espremido e misturado com os ingredientes.

Receita base: Colocar, num copo alto, 1 cálice da base alcoólica (aguardente, gim, uísque). Cortar um limão em quartos, espremer um deles dentro do copo (com o espremedor manual), deixando cair dentro a casca espremida. Acabar de encher com Ginger Ale e um ou dois cubos de gelo. Não leva açúcar. Quando feito com uísque escocês, o Buck passa a chamar-se Mamie Taylor (veja Taylors).

CARDINAL

Variedade de Bishop, em que a base alcoólica foi substituída por vinho tinto, o que lhe dá uma cor avermelhada. É uma bebida quente, que se aconselha para as noites frias, ou quando o corpo necessite ser reanimado.

Receita base: Espetar, numa laranja, uma ou duas dúzias de grãos de cravinho e colocar esta, no forno, para passar. Num banho-maria especial, aquecer 1 litro de vinho com duas colheres de sopa, de mel e juntar a laranja, cortada em gomos. Mexer bem, retirar antes de ferver e servir quente, em copos especiais.

CHAMPERELLE

Dito também Shamparelle.

Esta bebida não é mais do que uma Pousse-Café, servida num cálice de Jerez em vez do cálice inerente às Pousses Café. Tal como naquelas, o maior cuidado deve presidir ao colocar as bebidas no copo, para evitar que se misturem. Ainda que possam ser usadas quaisquer misturas com possibilidade de se manterem separadas devido à sua consistência, a receita mais vulgar é:

Receita base: Curaçau vermelho, Chartreuse amarela, Anisete, Kirsch ou Conhaque. Colocar as três bebidas no copo, em partes iguais, pela ordem indicada.

CHILENOS

Bebida refrescante que nos dispensamos de detalhar aqui, por já o havermos feito. (Veja Refrescos, em BEBIDAS REFRESCANTES).

COBBLERS

Esta bebida, um ‘long drink’ bastante apreciado, é servida em copos, altos, previamente cheios de gelo picado e decorados com pedacinhos de fruta. Tem como base o vinho, podendo preparar-se também com espirituosos.

Os ingredientes da bebida, não são previamente misturados, despejando-se directamente no copo, sobre o gelo picado; o licor ou xarope primeiro e, o vinho ou espirituoso, depois.

Receita base: 1 cálice ou 1 copo do elemento principal, colher (café) de açúcar ou xarope, gotas de Curaçau, gotas de sumo de limão. Preparar, seguindo a descrição anterior e, mexer, até o copo se apresentar embaciado. Servir acompanhado de palhinhas (canudinhos).

Cobbler de Espirituosos: Brande, Gim, Rum ou Uísque, podem entrar na composição do Cobbler; xarope de ananás pode substituir o açúcar, bem como usar Curaçau em vez de Marasquino. Para o Rum, Xarope de Orchata é ainda o melhor substituto.

Cobbler de Vinhos: Vinho de Madeira, Porto, Jerez, Sauternes ou outros vinhos, podem ser utilizados na confecção destes Cobblers, aumentando, no entanto, a quantidade de Curaçau e retirando o açúcar. Pode, se assim se desejar, adicionar-se uma casca de limão.

Champanha Cobbler: Prepara-se como os outros Cobblers, usando vinho de Champanha (Champagne); juntar Xarope de açúcar, casca de limão e laranja.

Coffee Cobbler – Como o Brandy Cobbler, adicionando uma xícara de café bem forte e uma casca de limão.

English  Cobbler – Como o Rum Cobbler, usando rum bem forte. Adicionar uma xícara de café bem forte e uma colher de sumo de limão.

Vanilla Cobbler – (Cobbler de Baunilha) – 1 cálice de Creme de Baunilha e 1 cálice de Brande, 1 colher (sopa) de natas. Substituir a decoração de frutas, por noz moscada, ralada, no topo.

COLLINS 

Sem dúvida, a maior de todas as bebidas de bar, o Collins é, basicamente, um Sour, adicionado de água gaseificada. Para ele foi criado um copo próprio, copo do Collins, substituível pelo copo de refresco.

Sendo originalmente apenas dois, Tom Collins, (com base no Old Gin) e John Collins (feito inicialmente com Holland Gin mas, mais tarde,  substituído pelo London Dry, categoria a que pertence o Gordon’s), actualmente a família do Collins apresenta-se aumentada com nomes tais como Mike, Jack, Pedro, etc, o que alargou o número inicial destas preparações.

Tom Collins – 1 cálice de Old Tom Gin, sumo de 1 limão médio, 1 colher (chá) de xarope de açúcar. Colocar num copo alto, juntar alguns cubos de gelo e encher com água gaseificada (pode fazer-se também com Dry Gin, juntando-se apenas, neste caso, metade da quantidade de xarope de açúcar).

 

Brasilian Collins – Usar cachaça de boa qualidade como base.

Canadian Collins – Preparado com uísque Canadiano

Colonel Collins – (Bourbon Collins) – Substituir o Gim por Bourbon.

John Collins – Como o anterior, usando Dry Gin - Gordon’s.

Jack Collins(Apple Collins) – Usar  Applejack como base.

Mike Collins – (Irish Collins) – Usar uísque irlandês em vez de Gim.

Pedro Collins – (Rum Collins) – Aplicar Rum cubano Carta Branca ou Carta Dourada.

                           Quando enfeitado com ramo de hortelã, este Collins é chamado um Mosito.

Pierre Collins(Brandy Collins) – Collins feito com Brande.

Portuguese Collins(Collins Português) – Usar Aguardente Bagaceira. (Do autor).

Rye Collins – Feito com uísque rye.

Sandy Collins(Scotch Collins) – Uísque escocês como base.

Tequila Collins – A mesma bebida feita com Tequila.

Vodka Collins – Vodka como base alcoólica.

 

COOLERS

Um Cooler será essencialmente um Horse’s Neck, ou teremos que admitir que o Horse’s Neck é um Cooler ? Dado que a bebida mais antiga deste tipo, o Remsen Cooler (que alguns erradamente dizem ser feito com Gim), era, nada mais nada menos, que um Horse’s Neck, feito com um uísque desconhecido para nós, o Remsen Scotch, a pergunta parece ter razão de ser. Nada a justifica, porém.

O Horse’s Neck é uma bebida diferente, que não leva sumo de limão nem água gaseificada como alguns dos Coolers, razão porque não pode ser identificada com estes. O Cooler é, servido num copo de Collins, decorado com a casca de um limão, cortada em espiral contínua, pendurada no bordo. Algumas vezes, usam-se duas cascas, uma de limão e outra de laranja. Além da base, varia também a bebida que lhe dá corpo, pois são utilizadas, indistintamente, águas gaseificadas, ginger ale, cidra e água pura, de acordo com algumas receitas modernas. Um Cooler, deve ser sempre, seco, visto que visa a matar a sede, mas pode usar-se açúcar, se o gosto da pessoa a quem for servido, assim o aconselhar. O uso de bitter ou suco de cítricos é facultativo, bem como a quantidade dos mesmos.

Como o seu nome indica, esta bebida é um ‘refrescante’, pelo que todas as preparações pessoais de Coolers devem observar o princípio de que, quanto mais doce é a bebida, menos mata a sede.

Remsen Cooler(Cooler Original) – Decorar o copo com a casca de limão, como acima indicamos. Adicionar um cálice de uísque e 3 ou 4 cubos de gelo. Encher o copo com água gaseificada. Mexer bem e servir. Todos os Coolers com base em espirituosos, Brande, Gim, Rum, etc, são preparados neste fundamento, podendo, contudo, usar-se também o ginger ale em vez de água gaseificada.

 

Blackstore Cooler – A mesma bebida feita com Rum da Jamaica.

Boston CoolerCooler de Rum, ao qual se adiciona 1 colher de chá de xarope de açúcar e o sumo de ½ limão.

Country Club Cooler – ¼ de Granadina e ¾ de Noilly  Prat. Encher o copo com água gaseificada;

Dubonnet Cooler – Prepara-se como o Vermute Cooler, substituindo este por Dubonnet.

Long Tom Cooler – Feito como o Boston Cooler, usando Old Tom Gin em vez de Rum.

Manhattan Cooler – ½ copo de vinho Clarete, 1/2 cálice de Rum. Terminar como um Cooler vulgar.

Moonlight Cooler – (Dito Harvard Cooler) – Preparado como o Boston Cooler, substituindo o Rum por Applejack.

Stone FenceCooler de Applejack em que a água gaseificada é substituída por cidra.

Vinhos, Coolers de - Preparar como o Manhattan Cooler, utilizando o vinho desejado e, usando um pouco de açúcar,  no caso de vinhos muito secos, ou sumo de limão, para vinhos doces. Um pequeno aroma de licor é, também, por vezes, aconselhado.

 

Coolers não alcoólicos   

 

Lone Tree Cooler – Sumo de 1 limão e de ½  laranja, com ½ dose de xarope de Granadina. Encher o copo com água gaseificada.

Mint Cooler – Esmagar bem, alguns ramos de hortelã no fundo do copo, misturado com uma ou duas colheres (chá) de açúcar. Juntar gelo e decorar com a casca do limão. Encher o copo com ginger ale.

Rail Splitter – Sumo de limão e uma colher (sopa) de xarope de açúcar. Encher o copo já decorado, com ginger ale e Gelo.

Saratoga Cooler - Xarope de Salsaparrilha e sumo de ½ limão. Encher o copo com ginger ale, gelo e casca de limão, como para todos os Coolers.

CORDIAIS

Englobam-se nesta designação, além dos diversos licores e bebidas engarrafados, os vários coquetéis e misturas, tomados normalmente após as refeições, entre os quais destacaremos os Pousse-Café e os Zooms.

CRUSTAS

Como elemento identificador desta bebida, temos o bordo do copo passado com limão e açúcar e o interior deste, recoberto com casca de laranja ou limão, cortada em espiral.

Receita Base: 1 parte de açúcar, 2 partes de sumo de limão, 8 partes de Brande (ou outro elemento à escolha), 1 ou 2 gotas de marrasquino; 1 ou 2 gotas de bitter. Bater bem na coqueteleira, com gelo picado e, passar para o copo, através do passador. Serve-se em copos um pouco maiores que os de coquetel, podendo servir para o efeito, o copo de vinho branco ou de Old Fashioned.  Ainda que o Brandy Crusta seja o mais corrente, podem fazer-se Crustas com Gim, Rum, Uísque, Vodka ou Applejack.

CUPS

Bebida refrescante e agradável que se pode servir mesmo durante uma refeição, como substituto do vinho. Bastante divulgada em festas, recepções e eventos, em vez do Punch que é mais dispendioso. Para estes serviços, costuma fazer-se uma grande porção que, depois, se apresenta numa taça de cristal, de onde, com o auxílio de uma concha, se enchem as taças individuais. Podem, ainda, preparar-se alguns jarros com a bebida, que se colocam em mesas laterais, a fim de facilitar o serviço.

Receita base: Gelo em cubos; 1 cálice de xarope; 1 cálice de Curaçau ou Marrasquino; 1 cálice de Brande ou Uísque; 1 cálice de Benédictine; açúcar a gosto (4 colheres de sopa). 2 garrafas de vinho branco, 4 garrafas de soda. Pode adicionar-se, também, casca de pepino.

O nome do Cup, vem sempre do vinho utilizado, pelo que, alterando este, pode obter-se: Chablis Cup, Mosela Cup, Burgundy Cup, Claret Cup, Cider Cup (com cidra como base), Sauterne Cup, etc.

Substituindo as frutas, ou tomando estas como base, podem também obter-se nomes de Cups, como segue: Rhin Orange Cup, Peach Cup, etc.

DAISY

Bebida de confecção simples, à base de xarope de orchata ou grenadine e limão. (Faz-se com Brande, Gim, Applejack, Rum ou Uísque ).

Receita base: bastante gelo, 1 colher (sopa) de sumo de limão, 1 colher (sopa) de xarope de orchata, 1 cálice do elemento principal. Bater na coqueteleira. Servir em copo médio, acabando de encher com soda. (O‘ Ginger Ale Daisy’ leva Brande como elemento principal, acabando de encher o copo com ginger ale )

EGG-NOG

A base desta bebida é o ovo inteiro, ou só a gema e natas. Pode apresentar-se quente, ou frio; neste último caso, em copo grande, com adição de leite e palhinhas (canudinhos). (Nunca esquecer a noz-moscada).

 

Receita base: 1 ovo bem fresco, inteiro; 1 colher (de sopa) de açúcar em pó, 1 cálice de vinho licoroso, ou Brande, Rum, Uísque, Jerez, etc. Encher com leite frio e gelo. Bater na coqueteleira e servir em copo grande, com palhinhas (canudinhos). (Adicionar, se desejado, um cálice de licor). Para o Egg-Nog quente, adicionar leite quente.

 

Baltimore Egg-Nog –(Receita para Evento) 12 ovos; 500 gr de açúcar; 1 garrafa de Conhaque, ½ garrafa de Rum de Jamaica, ½ garrafa de Peach Brandy, 1,5 1t de leite, 0,5 1t de natas.

Bater as gemas, até fazer uma espuma espessa e, adicionar o licor lentamente; juntar o açúcar, sem parar de mexer. Juntar o leite e as natas e, finalmente, as claras batidas em castelo. (Este Egg-Nog è aconselhado para reuniões de muitas pessoas, pois feito em pequenas quantidades, não se obtém o mesmo sucesso. Torna-se, para o efeito, uma bebida bastante agradável).

FIX

Bebida semelhante aos Daisies, que uns apresentam em copo médio, outros em copo grande, de Long Drink, mas que originalmente é uma bebida para copo médio. 

(pode fazer- se com Anis, Brande, Gim, Rum ou Uísque).

Receita base: 1 colher (café) de açúcar, um pouquinho de água para dissolver; sumo de ¼ de limão, um cálice de elemento principal. Encher com gelo picado. Ornamentar com Hortelã, rodela de limão e frutas ao gosto. Servir com palhinha (canudinho).

(Para servir em copo maior, acrescenta-se com um pouco de soda).

FIZZ

O Fizz é, uma bebida, fresca, caracterizada pelo suco de limão, clara de ovo e água gasosa, natural ou gaseificada. Pode preparar-se como um “long drink”, se a pessoa que toma, assim o desejar, não sendo no entanto, correcto. O Fizz é, quando muito, um “Highball” com o máximo de 1,5 dl de volume.

Faz-se com Brande, Gim, Uísque, etc.

O Golden Fizz - com Gim e gema de ovo.

O Silver Fizz - com Gim, Licor de Orchata e clara de ovo.

Para o ”Snow Ball”, utilizar Uísque, Licor de Orchata, clara de ovo e Ginger ale, em vez de água gasosa .

Receita base: - Gelo picado, uma colher (sopa) de café, uma clara de ovo, sumo de ½ limão, 1 cálice do elemento principal. Bater bem na coqueteleira. Servir em copo de coquetel, adicionando um pouco de soda. Deve ser bebido rapidamente, antes de perder a efervescência.

FLIP

Bebida que, antigamente, se preparava, quando quente, com adição de cerveja fervente, adicionada pouco a pouco, ao Rum e à gema de ovo.

Actualmente, o Flip é quase uma gemada, quente ou fria, consoante o gosto do consumidor. (Faz-se com Brande, Gim, sumo de limão ou laranja, Vinho do Porto, Rum, Jerez ou Uísque, bem como, com cerveja, chamando-se neste caso, “Ale Flip”).

Receita base: Gelo picado, 1 colher (de sopa) de açúcar em pó, um ovo fresco bem batido, 1 cálice do elemento principal; bater na coqueteleira e servir com palhinhas curtas (canudinhos). Os Flips de limão e laranja levam, além do elemento principal (sumo da fruta), 1 cálice de Brande. O Flip de cerveja é, feito pela adicção desta, em copo grande, mexendo. Polvilhar com noz-moscada e servir com (palhinhas) canudinhos compridos.

FLOAT

Esta bebida, quanto a nós, não tem qualquer interesse. Indicamo-la, apenas como referência e, dentro do critério que nos orienta, de proporcionar aos profissionais a maior informação possível.

Existem dois tipos de Floats: o de Licor e o de Aguardente. No primeiro, utilizam-se natas, como no caso do Irish Coffee; no segundo, utiliza-se a soda.

Receita base(Aguardente): Colocar um ou dois cubos de gelo no copo de Old Fashioned e encher até 1 cm do bordo, com soda. Deixar cair lentamente, dentro de uma colher de chá encostada à superfície da água, a bebida que se deseja servir, de forma a que a mesma flutue sem se misturar. (Quantidade à opção).

Pode utilizar-se Brande, Rum ou Uísque, à escolha.

Receita base – (Licor): Encher 1 cálice do licor escolhido até 1 cm do bordo, utilizando a colher como se indica acima; despejar a nata até acabar de encher, mas evitando que a mesma se misture. (Faz-se com qualquer licor).

FRAPPÉ OU GLACÉ

Licores servidos num copo tipo flute, completamente cheio com gelo picado. Acompanhar com palhinhas (canudinhos) curtas.

GLOGG

Bebida quente, servida na Suécia, nas noites frias, ou aos praticantes de desportos de gelo.

 

Receita base – (para um grupo de pessoas) 1 garrafa de Brande, ½ garrafa de Jerez, ½ chávena (de chá) de açúcar, doze bagos de cravinho, 1 vagem de canela, ½ chávena (de chá) de passas de uva, ½ chávena (de chá) de amêndoas branqueadas, sem sal.

Colocar todos os ingredientes, excepto o Jerez, num recipiente de ir ao fogo. Aquecer e inflamar, mexendo sempre, até que o açúcar esteja dissolvido e a chama se apague.

Juntar o Jerez e servir quente ( Porto ou Madeira podem ser usados em vez do Jerez ).

GLUHWEIN

O mesmo que Mulled Wine (Veja Mulls

GROG

Normalmente servido em copo especial, o “grog” é uma bebida quente que se apresenta flamejante. (Faz-se com Brande, Rum e Uísque, ou Brande).

Rum e Curaçau: “American Grog”

Brande e Mel: “Honey Grog”.

Receita base: Encher o copo até ¾, com água bem quente, açucarada. Juntar sumo ou rodela de limão, 1 cálice do elemento principal, ½ cálice de cada ou 1/3, consoante sejam 2 ou 3 elementos. Servir flamejante.

HIGHBALL

Por Highball entende-se, bebida de grande capacidade. Elas têm, normalmente, como base, um suco, xarope ou espirituoso, ao qual se adiciona uma bebida gaseificada, seja Coca Cola, Ginger Ale, Soda, etc. e muito gelo. A medida indicada é, uma parte de base para 4 partes de gelo, terminando com o refrigerante escolhido.

JULEP

Todas as bebidas com este nome, são à base de hortelã, obtidas pela trituração de folhas frescas. Pode decorar-se com fios de “ Creme de Menthe” verde, mas sem esquecer as folhas da planta, obrigatórias da decoração, polvilhando-as com açúcar.

( Faz-se à base de Brande, Espumante, Gim, Rum, Vinho Branco, Uísque, etc ).

 

Receita base: Amassar algumas folhas de hortelã com uma colher (sopa) de açúcar em pó. Juntar 1 cálice de água. Passar. Adicionar 1 cálice do elemento principal e gelo picado. Bater fortemente na coqueteleira.

Servir em copo grande, enfeitado com frutas, rodelas de laranja e folhas de hortelã. Palhinhas (canudinhos) compridas.

KISSEL DE AMORAS

1/2 chávena de açúcar; 3 colheres de sopa de maisena; sal; 2 chávenas de água; 5 chávenas de amoras pretas; 

4 chávenas de framboesas;1colher de chá de suco de limão fresco, ou ao gosto.

Bater o açúcar, a maisena, e o sal até misturar bem. Numa caçarola com água, fervente as bagas por 2 minutos. Escoe a mistura numa tigela, passando por peneira e reserve o líquido. Transfira as bagas para outra tigela grande e deixe esfriar. Pegue o líquido quente, junte a misture do açúcar e ferva, batendo, durante 3 minutos. Junte as bagas, passadas por peneira, para ficarem como purê e, mexa até homogeneizar bem. Adicione o suco de limão.  Deixe esfriar o kissel, coberto, pelo menos, 2 horas. Bebida caseira russa.Os russos têm uma tendencia muito grande para as bebidas. Razão porque, ao longo dos séculos, foram fazendo ou tentando fazer, bebidas de tudo o que era possível.

KVAS

Água fervida 4 l.; fermento em pó; açúcar, 500gr.; pão de centeio, 4 fatias; hortelã - 25 gr.; passas de uva 50 gr.

Prepare 9-10 garrafas para engarrafar o Kvas; elas devem estar muito limpas. Se você não quer tanta quantidade de bebida, reduza o número de ingredientes. Pão de centeio, cortado em fatias finas torrado no forno até que fique escuro. Ponha o pão numa panela verta água fervendo. Deixe ficar 4 horas. Então filtre e adicione fermento, açúcar (ponha açúcar ao seu gosto,  e se não for bastante, sempre pode acertar o açúcar no momento de beber) e hortelã. Cubra a panela com um pano e deixe fermentar durante 5-6 horas. Quando o Kvas começa a espumar, filtre novamente e então verta nas garrafas (coloque no fundo das garrafas algumas passas) e arrolhe muito bem, apertando as rolhas com um cordel.

Guarde as garrafas deitadas, em lugar fresco . O Kvas estará pronto em 2-3 dias.

(Devo prevenir, que eu nunca fiz kvas, apenas bebi e, gostei) A receita foi me dada por um amigo. O kvas é uma bebida russa, muito divulgada e preparada por meios artesanais, em muitos dos lares desse país. Este é feito com pão, mas pode ser feito com grãos, farinha ou qualquer outro tipo de ingrediente que fermente. Foi-me dito que, em muitos casos, ele é feito com pão e pastelaria, que sobram nos lares e, não têm outro aproveitamento.

Vladimir, grão-príncipe de Kiev, teria dito ao recusar o Islã como religião,  pela sua proibição ao álcool;- “Russos gostam de beber, nós não podemos viver sem isso”.

KVAS DE BETERRABA

Kvas, onde o suco de beterraba é usado como o elemento aromático e de fermentação.

KVAS DE CENTEIO

Kvas, feito com farinha de centeio. Variação usada na Ucrânia.                 

KVAS DE LIMÃO

Kvas, preparado com suco de limão e cerveja, seguindo os tramites do Kvas normal. Durante a primeira infusão, as cascas de limão podem ser deixadas no líquido.

KVAS DE HORTELÃ

Kvas, onde o principal elemento aromatizante é a hortelã.

LONG DRINK

Bebida de grande capacidade (3 dl mais ou menos). O mesmo que High Ball.

MULLS OU MULLED WINE

É apenas vinho aromatizado com açúcar, ou outros ingredientes, servido escaldando. São normalmente utilizadas especiarias, casca de laranja ou limão, noz-moscada, pau de canela, cravinho, etc. Deve ter-se em conta que, os vinhos como Madeira, Porto ou Jerez, podem ser aquecidos mas não devem ferver, pois correm risco de perder qualidades. Com vinhos mais leves, tais como Clarete, Borgonha, Dão, Colares, etc, pode-se permitir uma leve chama baixa, durante 5 a 10 minutos. No caso de especiarias que necessitem fervura prévia, deixá-las cozinhar antes, um pouco, com açúcar e uma chávena de água, adicionando depois o vinho.

NALIVKA DE CEREJAS

Nalivka, é uma bebida caseira, russa, com álcool, que pode ser feita de frutas diferentes ou bagas (maçãs, damascos, cereja, ginjas, mirtilho, morango, amoras, framboesas, romãs, etc.). Tem muito em comum com licor, mas não deve ser considerada como tal. Lave muito bem as cerejas e, seque ao sol por 2 dias. Ponha as cerejas numa garrafa grande até perto do gargalo e encha de vodca. Deixe macerar por 1-2 meses e, então, filtre para garrafas pequenas, arrolhe e guarde para consumo. Se gostar um pouco doce, adoce ao seu gosto, ou acerte, antes de servir.

A maior parte das bebidas consumidas na Rússia são, mais ou menos fermentadas. As duas mais comuns, são o Mead e o Kvas. O Mead, é feito de mel e, algumas vezes, aromatizado com frutas e especiarias. O Kvas, uma cerveja, levemente fermentada e,  pouco alcoólica, é feito de centeio, cevada e outros grãos ou, até, de sobras de farinha e restos de pastelaria, ou de massas; pode ser aromatizado, com açúcar ou mel. Desde a época medieval, existem claras evidências, do consumo de cervejas na Rússia, tanto leves como mais fortes,  ambas, já tratadas com o lúpulo, que crescia na área.

NÉGUS

Vinho quente, ao qual se adiciona açúcar e especiarias. Bebida semelhante aos Mulls. Difere daqueles, apenas, no facto de o vinho não ser aquecido em qualquer recipiente, mas sim pela adição de água fervendo, na qual previamente se cozinharam as especiarias e o açúcar.

NOGG

O mesmo que Egg-Nog.

PIMM’ S

O Pimm’s, ou Pimm’s Cup é, uma base comercial, preparada com três características diferentes, as quais são:

1 – Gim;

2 – Uísque

3 – Brande.

Ao contrário do que, muitas vezes, por erro é afirmado, esta preparação não necessita, ao ser servida, da adição de mais Gim, Uísque ou Brande, mas apenas do seguinte:

Colocar no copo, 1 fina rodela de limão e 1 pequeno pedaço de casca de pepino, sobre gelo picado. Juntar um cálice ou porção do Pimm’s escolhido, tipo 1; 2 ou 3 e acabar de encher o copo com limonada gaseificada. Servir com palhinha (canudinho).

PONCHE

Aportuguesamento da palavra Punch que aparece, sobretudo, nos livros de receitas de bar, brasileiros.

Na Europa e em outros países, o Ponche é uma bebida comercial, engarrafada, com características de um cordial, ou licor para servir após uma refeição.

POPE

Bebida semelhante ao Bishop e ao Cardinal, em que os vinhos utilizados são substituídos por vinho de Champanha.

POSSET

O Posset consiste, numa mistura de leite quente, adicionado de especiarias e açúcar, ao qual se mistura, cerveja ou vinho, quente também. Os ovos entram, freqüentemente, na confecção desta bebida, substituindo o leite, passando então a mesma a denominar-se, “Egg Posset”.

Receita Base: Um litro de leite ou natas, ou 10 ovos, 1 litro de cerveja, ou vinho, açúcar, especiarias ao gosto (cravinho, canela, noz moscada, etc). Servir bem quente em canecas, tampadas de preferência.

POUSSE

As Pousses são, composições onde os elementos intervenientes, geralmente servidos em cálices de licor, se conservam separados, por camadas. Os americanos chamam-lhe “Rainbow”. Dividem-se em: “Pousses- Café” e “Pousses-Amour”. Estas últimas são, a mesma composição, adicionada de uma gema de ovo no topo.

(Fazem-se com camadas alternadas de xarope, licores, etc, tendo em conta a sua densidade. Quanto mais alto é o teor de álcool, mais leve é o licor, pelo que, como é obvio, as bebidas menos alcoólicas devem ser postas primeiro no cálice).

PUFF

Esta bebida é, uma combinação tipo Punch, de leite, com soda e Brande, Gim, Uísque ou Rum, o qual lhe dará o nome.

Receita base: Misturar na coqueteleira, partes iguais de leite e do licor desejado. Passar para um copo tipo Sour ou Old  Fashioned, até metade ou 2/3 da capacidade deste. Acabar de encher com soda, ou sifão de preferência, mexer rapidamente e servir.

PUNCH

Os Punchs fazem-se à vontade; Quentes (copo pequeno) ou Frios (copo grande), long drink. No caso do Punch frio, prepara-se e serve-se como foi dito para o Cup. São muitas as variedades de Punch, impossíveis pois de enumerar aqui, pelo que daremos apenas as receitas base.             

Receita base - Ponche Quente (Vulgar) – Misturar 250 gr de açúcar em pó, sumo de 1 limão, 1 litro de infusão de chá. Mexer tudo muito bem e adicionar 2,5 dcl de Rum ou Brande.  Depois de bem misturado, servir com uma rodela de limão (Quantidade para 10 pessoas).

Receita base -  Ponche Frio – dito Ponche de Casamento (Wedding Punch) – Descascar um ananás, aproveitando-lhe o sumo. Juntar o sumo de 12 limões, ½ garrafa de xarope de limão, 1 garrafa de Espumante, 1 garrafa de Porto, 1 garrafa de Brande, ½ garrafa de Marrasquino, essência de baunilha e âmbar escuro. Misturar tudo muito bem e gelar sem adicionar gelo. Servir em taças.

RICKEY

Esta bebida, tem sido fonte de controvérsia e, criado confusão, entre muitos autores, pois, enquanto uns a  definem, como “bebida composta de espirituosos, sumo de limão e água carbonatada”, outros dizem, que o Rickey se distingue dos Collins e dos Fizzes por ser um “short drink”, ou seja, bebida de pequena capacidade e mais seco do que aqueles, devido à maior percentagem de sumo de limão utilizada.

Em boa verdade, os Rickeys devem ser sempre feitos com sumo de lima; nunca de limão. Se, por falta de lima ou por falta de tempo, se utiliza sumo de limão, não deverá chamar-se um Rickey, mas sim um Fizz ou um Collins. O tamanho do copo não terá muita influência, desde que se não exagere, claro, mas a quantidade normal de um Rickey é, de aproximadamente 2 dl (8 onças).

Receita base:  1 cálice da base escolhida, sumo de ½ lima, gelo (1 ou 2 cubos). Acabar de encher com soda. Servir com uma rodela de lima, no copo. (Faz-se com Applejack, Bourbon, Gim ou Uísque).

-          Para o Hugo Rickey, juntar 2 gotas de Granadina e 1 tira de ananás a um Gin Rickey;

-          Para o Savoy Hotel Rickey, juntar 4 gotas de Granadina a um Gin Rickey;

-          Para fazer um Rickey não alcoólico, substituem-se as aguardentes por suco de frutas: uva, pêssego, laranja, etc. e adicionam-se algumas gotas de Granadina.

SANGAREE

Bebida fria, servida em copos grandes ou pequenos, consoante os ingredientes usados, mas sempre com noz-moscada, seja qual for o tamanho. Os grandes, long, feitos com cerveja de qualquer qualidade, são menos alcoólicos. Os pequenos, shorts, mais alcoólicos, têm como base os espirituosos, licores ou vinhos generosos.

 

Receita base: (Grande) – Dito Ale, Porter ou Stout Sangaree: Gêlo, 1 colher (café) de açúcar em pó, um pouco de água para dissolver o açúcar. Encher com cerveja bem fresca. Mexer, polvilhar com noz-moscada e servir.

 

Receita base: (Pequeno) – Gelo picado, 1 colher (café) de açúcar em pó, um pouco de água para dissolver o açúcar; 1 cálice do elemento principal (Porto, Brande, Gim, Rum, Jerez, Uísque), bater na coqueteleira, polvilhar no cálice com noz-moscada.

SCAFFA

Bebida igual ao Champarelle, que no fundo é, um Pousse Café, servido em copo de Jerez, em vez de num cálice de licor; nesta bebida, o Brande é sempre um dos ingredientes utilizados, podendo depois, no topo, terminar-se com 1 gota de Angostura.

SHAKES

Para a preparação do Shake, utilizam-se os mesmos ingredientes do Sour, ainda que em diferentes proporções, ou seja: 2 colheres (chá) de xarope de açúcar, 3 colheres (chá) de sumo de limão e um cálice da aguardente desejada.

(Fazem-se Shakes de Brande, Gim, Rum, Uísque, Vodka ou Applejack).

SHAMPARELLE

O mesmo que Champarelle.

SHRUB

Variedade de bebida, feita com extracto de frutas cozidas, cuja preparação é bastante complicada, porquanto a mistura requer infusão. Como em inglês “grog” e “shrub” são expressões usadas com o mesmo significado, muitas vezes o facto de um cliente pedir um “shrub”, não quer dizer que o deseje realmente; ele poderá apenas pretender um “grog”. Portanto, ou se serve um Grog sem pestanejar, ou se aclara, com o cliente, qual o efectivamente desejado.

(Faz-se com Brande, Rum, Uísque, Cherry Brandy, Xaropes de Frutas, etc.).

Receita base: Shrub de Frutas: 1 parte de sumo de limão ou outra fruta, 1 parte de Brande, 1 parte de açúcar , mel ou melaço, casca e rodelas de limão. Para o Shrub de frutas frescas, fazem-se ferver estas com o açúcar e reduzem-se a puré, utilizando na proporção dada para o sumo e o açúcar, em conjunto. Feita a mistura, guarda-se bem tapado para macerar, durante um mês, ou mais. Serve-se quente, pela adição de água quente na proporção de ¾ desta para 1 ¼ da mistura bem dissolvida; no caso de se servir o Shrub, frio, adicionar bastante gelo, fazer uma guarnição de frutas frescas e juntar soda na mesma proporção atrás indicada.

SLING

Bebida semelhante ao Toddie, mas que, ao contrário daquele, se pode servir quente ou fria. Neste último caso, acompanhar de palhinhas (canudos) compridas. Para esta bebida, deve ter-se sempre, a certeza, de qual o desejo do cliente: se quente ou frio. (Faz-se com Brande, Gim, Mel, Rum, Uísque, etc., contendo, normalmente, várias especiarias aromáticas, tais como: noz-moscada, cravinho ou canela).

 

Receita base: 1 cubo de açúcar ou xarope, sumo de ¼ de limão, 1 cálice de elemento base. Encher com água muito quente. Adicionar 1 casca de limão e noz-moscada e servir. No caso do Sling frio, substituir a água quente por soda ou Ginger Ale bem gelado.

SMASH

O Smash é, nada mais que um Julep pequeno. No entanto, enquanto o Julep se pode fazer com vinho ou espirituosos, esta bebida, devido ao seu tamanho, apenas se prepara com espirituosos.

(Brande, Gim, Kummel, Rum, Uísque, etc.).

Receita base:  Colocar, no fundo do copo, 1 colher (chá) de açúcar fino, duas folhas de hortelã e algumas gotas de água; esmagar a hortelã e encher o copo até meio, com gelo raspado; adicionar 1 cálice da base escolhida e, se desejado, um golpe de soda. Decorar com hortelã.

SNAPPER

Com excepção da base de licor utilizada, a receita desta bebida é semelhante ao Stinger: Creme de Menta Branco e Gim em partes iguais. Pode, se assim se desejar, alterar esta receita para: 1 parte de sumo de lima, 2 partes de Creme de Menta e 6 a 8 partes da base – Gim, neste caso. Bater na coqueteleira, com gelo picado e servir em copos, previamente gelados.

SOUR

Esta bebida, como o seu nome indica, é amarga e o açúcar deve entrar, em muito pouca quantidade, na sua preparação. Sendo possível, deve excluir-se, completamente. Do mesmo modo, é uma bebida fria; servi-la quente é falta que nenhum profissional deve cometer, pois o Sling, semelhante na preparação, é indicado nesse caso.

(Faz-se com Brande, Cidra, Espumante Bruto, Gim, Rum, Vinho Branco seco, Uísque).

Receita base: Gelo, sumo de limão, ½ colher (café) de xarope de goma, elemento base quanto baste (1 cálice), servir bem gelado, decorado ou não com casca de limão.

SQUIRT

Bebida extremamente doce, feita de vinho, ou espirituosos; fruta fresca, ou xaropes de fruta e soda. Um licor de frutas, tal como Apricot ou Marasquino, pode ser usado em substituição do xarope de frutas simples; pode ainda, fazer-se com adição de Uísque, Rum ou Gim, ou só vinho, como atrás dissemos.

 

Receita (para Aguardentes):  Fazer um puré com meia peça da fruta escolhida ou equivalente; no caso de fruta miúda, usar o copo de misturas. Juntar 1 colher (sopa) de xarope de açúcar, 1 colher (chá) de Curaçau e um cálice da base seleccionada (Gim, Rum, etc).Bater bem na coqueteleira, com gelo picado e servir em copo alto, acabando de encher com soda.

Receita (para Vinhos): Substituir a base da receita anterior e, a soda, por bom vinho. No momento de servir, se assim se desejar, pode dar-se um golpe de sifão.

STINGER

Bebida semelhante ao Snapper, em que apenas o Gim é substituído por Brande.

STRAIGHT

Pouca diferença existe, entre esta bebida e os Frappés. Serve-se, o elemento base, num copo humedecido com “bitter” e contendo uma pedra de gelo.

(Faz-se com Brande, Gim, Rum, Uísque, etc.).

SWIZZLE

Esta bebida é um Sour que, mercê de um batedor manual ou eléctrico, adquire um aspecto espumoso. Deve ser servida em mais quantidade que o Sour, sendo aconselhada para reuniões, pelo seu agradável efeito. A sua base principal é o Rum, Rum da Jamaica, mas pode ser feita, com outros ingredientes comuns aos Sours.

TAYLOR

O mesmo que Buck ou, melhor, sempre que o Buck for preparado com Uísque escocês, pode ser chamado Taylor.

TODDY

O Toddy é, uma bebida tipo Grog, que se prepara fria ou quente, mas tomando o cuidado de, nunca lhe adicionar limão, seja sob que forma for.

(Faz-se com Anis, Absinto, Brande, Gim, Kummel, Rum, Uísque ou outros).

Receita base: 1 colher (café) de açúcar em pó, 1 colher (café) de água para dissolver aquele, gotas de Angostura, 1 cálice do elemento principal, gelo e água fria, ou água quente. Guarnecer com uma rodela de laranja. Acompanha-se frio, com palhinhas compridas (canudinhos), ou quente, com uma colher.

VISHNNYOVKA

1,5.Kg de Cerejas; 1,250kg de Açúcar; 1/2 garrafa de vodca.

Lave as cerejas e, remove o pé e o caroço. Corte-as ao meio. Ponha as cerejas em jarros, em canmadas alternadas, terminando com a camada de açúcar. Cubra com musselina, e deixe por três semanas, para fermentar. Quando parar de fermentar, adicione a vodca, e deixe assentar no recipiente, fechado. Passe o líquido por  um pano, coloque em garrafas e, feche. Permita que o líquido descanse o maior tempo possível.

As cerejas, podem ser passadas por açúcar e comidas como acompanhamento de chá, à moda russa, ou como se desejar. Bebida Russa.

Desde a época medieval, existem claras evidências, do consumo de cervejas na Rússia, tanto leves como mais fortes,  ambas, já tratadas com o lúpulo, que crescia na área.

WASSAIL

Bebida quente, normalmente usada em reuniões, sobretudo na noite de Natal, na Grã-Bretanha. Pode ser feito com vinho, cidra ou cerveja, ou ainda, com qualquer combinação destas três bebidas. O vinho branco, no entanto, quando utilizado, é sempre só. Os vinhos mais pesados, como o Madeira ou o Jerez, usam-se separados, ou misturados com cerveja. Algumas vezes, porém, e no intuito de dar mais força alcoólica à bebida, junta-se um pouco de Brande, Jerez ou Madeira ao Wassail comum.

Receita base: (Old English Wassail) – Ferver meio litro de água com uma colher (sopa) de noz-moscada ralada, 2 colheres (sopa) de gengibre, 6 cravinhos, 6 grãos de pimenta e, uma vagem de canela, pequena. Adicionar 1 kg de açúcar e 4 garrafas de Jerez ou Madeira. Aferventar em fogo brando, descaroçar e assar 12 maçãs.

YABLOCHNAYA VODITSA

5 kg de maçãs azedas; 1/4 de garrafa de brande; 1 kg de açúcar; 0,5 lt de água.

Maçãs, cortadas em pequenos cubos, colocadas em garrafas até ao gargalo. Ferver água, com o açúcar e o brande. Lançar nas garrafas para encher e deixar em lugar fresco, por 3-4 semanas. Á medida que for bebendo, pode acrescentar água e brande ao espaço vazio, enquanto achar que o líquido fica aceitável ao paladar. Bebida russa.

 

 
            

 


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