domingo, 22 de maio de 2022

 



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Seguindo o jornalista Bemfica de Oliva, que disse no Povo em 2021, “após a influencer Carol Rocha perguntar, em uma publicação no Twitter, o que a geração Z (veja abaixo o significado dos termos) acha 'um mico' (ou cringe) entre o que é corriqueiro para millenials, milhares de respostas trouxeram à tona um debate que se repete de tempos em tempos: o conflito geracional.”                              

“As crianças começam a se tornar os tiranos, não os escravos, de suas casas. Elas não se levantam mais de suas cadeiras quando os idosos entram no cômodo; elas contradizem seus parentes, conversam à revelia das outras pessoas, devoram guloseimas à mesa, e cometem várias ofensas aos costumes helênicos, como cruzar as pernas. Elas tiranizam pedagogos e professores.”

“A discussão sobre o que é cringe, portanto, não passa de mais um capítulo de um conflito geracional que se fez presente com frequência ao longo da história. Para ajudar a entender a situação, porém, O POVO explicou alguns termos usados no debate. Veja abaixo:

O que é cringe?

A palavra vem do verbo inglês 'to cringe', que significa 'encolher-se' (de medo, angústia ou algum sentimento negativo similar). Nos últimos anos, virou gíria no próprio inglês, para atitudes que causariam, explicando em português coloquial, 'vergonha alheia'.

Transformada em adjetivo, a palavra 'cringe' se espalhou além da internet anglófona, com pessoas mais jovens usando a expressão 'isso é cringe' para descrever situações vergonhosas ou irritantes cometidas por alguém.”

“O que é millennial?

A grosso modo, 'millennials', ou 'geração Y', são as pessoas nascidas entre 1980 e 1994. Também chamados, na sociologia, de 'geração do milênio' ou 'geração da internet', este grupo é definido pelas pessoas que viveram a infância ou adolescência nos últimos anos do século XX e primeiros do século XXI.

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Uma característica dos millennials, por esta definição, é o uso costumeiro de tecnologia, sem, porém, terem nascido em um mundo onde eletrônicos avançados eram ubíquos. É possível pontuar, por exemplo, que esta geração tem uma grande integração com o uso da internet, mas que parte significativa começou a usá-la na época das conexões discadas; ou que hoje são pessoas habituadas com smartphones, mas que cresceram em uma época onde mesmo os celulares mais básicos, que faziam apenas chamadas, não eram quase onipresentes.”

“O que é geração Z?

Geração Z, ou Gen Z, é a geração que vem imediatamente depois dos millenials. Nascido entre 1995 e 2010, este grupo é composto de pessoas que hoje estão entre o começo da adolescência e o começo da vida adulta.

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Uma das características mais comuns da geração Z é serem os chamados 'nativos digitais', por terem crescido em um mundo onde a internet já era de uso corriqueiro em boa parte do planeta. Também neste tema, a geração Z teve contato desde muito cedo com grande parte dos avanços em aparelhos eletrônicos atuais - o primeiro iPhone (que, embora não tenha sido o primeiro smartphone, foi o aparelho que popularizou o formato), por exemplo, foi lançado em 2007.

Por que a geração Z está chamando millennials de 'cringe'?

Este ponto é um pouco complicado. Na publicação feita no Twitter, alguns usuários apontaram que coisas que muita gente entende como corriqueiras, como beber café ou pagar boletos, seria 'cringe'. Ser fã dos livros da saga Harry Potter, que foram publicados (em primeira edição) no Brasil entre 2000 e 2007, seria outro traço 'vergonhoso' dos millennials, bem como gostar da série televisiva Friends - exibida originalmente entre 1994 e 2004 - ou de filmes da Disney.

Alguns pontos podem ser ainda mais confusos: também foram apontados como 'cringe': tomar café da manhã, usar calça skinny (que é justa em todo o comprimento das pernas), usar emojis ou usar o cabelo de lado. O motivo para esses comportamentos serem considerados estranhos? Se você não sabe, talvez você também seja 'cringe'.”

“O que a geração Z considera cringe nos millennials?

Segundo o Twitter, seguem os pontos mais comuns considerados, pela geração Z, coisas 'cringe' que os millenials fazem:

 Gostar de café

Tomar café da manhã

Usar emojis nas mensagens

Pentear o cabelo de lado

Ter calça skinny

Ouvir rock

Ser fã de Friends

Ser fã de Harry Potter

Ser fã de filmes da Disney

Usar hashtags (#) em fotos

Chamar cerveja de 'litrão'

Usar sapatilhas

Gostar de minimalismo

Não entender ou gostar do TikTok

Ter ido a locadoras de filmes

Pagar boletos

Em mensagens, rir com as expressões 'rs' ou 'hahaha'

Ouvir Raça Negra.”


Tome cuidado para não ser considerado um “Cringe”. No Mundo em que vivemos, perdemos até a noção de qual é o comportamento mais apropriado.


segunda-feira, 16 de maio de 2022


A Cozinha E OS COZINHEIROS

Os Profissionais e a profissionalização

 Todo o restaurante que se preza, precisa de uma boa qualidade de serviço e de um atendimento à altura da categoria que aspire, mas é sem dúvida da cozinha que surgem as bases para a real qualidade do estabelecimento. E essa qualidade vem do pessoal.

O pessoal de cozinha não pode, de uma maneira geral, ser analisado de maneira diferente do seu chefe, mas este, sendo o responsável pelo andamento geral da secção, merece a nossa análise mais detalhada. Se ele for limpo, metódico, ordenado e rápido, no seu trabalho, todos os que trabalharem sob as suas ordens estarão inclinados a seguir estas tendências. É sobre o chefe que repousam as responsabilidades da cozinha, mas todos à sua volta irão favorecê-lo com uma assistência proveitosa, que será pautada no seu exemplo.

Um bom cozinheiro tem todas as razões para se orgulhar da sua profissão, pois o seu trabalho é uma valiosa contribuição para o prestígio do estabelecimento.

E uma das coisas mais importantes na culinária é a tradição. Sejam as técnicas para preparar ou cozinhar um prato ou o uniforme do cozinheiro, tudo tem uma história. Por isso, entrar numa cozinha é como redescobrir mais de 2000 anos de tradição e história.

chapéu de cozinheiro (em francês toque blanche) surgiu na França, na Idade Média, numa época em que a função de cozinheiro era considerada tão importante que eles até recebiam o título militar de officiel de bouche (oficial da boca). E vale a pena aprofundar o conhecimento.  

Dentro da cozinha existia uma hierarquia e as alturas variáveis dos chapéus identificavam o posto exercido por cada um, sendo que o chef usava sempre o chapéu mais alto enquanto os auxiliares mais simples vestiam apenas um boné.

Reza a lenda que 7 séculos aC, os cozinheiros do rei da Assíria usavam chapéus em forma de coroa que os diferenciavam de outros ajudantes de cozinha. Por quê? Parece que o rei foi envenenado por cozinheiros descontentes. Para apaziguá-los e dar-lhes mais importância, foram autorizados a usar um uniforme muito particular (que os distinguia dos demais funcionários da cozinha) com uma touca em forma de coroa em tecido. O chapéu do chef nasceu ali!

Os chefs passavam muito tempo lendo e estudando para descobrir novas receitas e aperfeiçoar as suas técnicas. Como poucas pessoas sabiam ler e escrever naquela época, eram portanto  considerados estudiosos ou magos. Infelizmente, ser instruído e culto não era proteção e, como muitos intelectuais, os cozinheiros alfabetizados eram perseguidos No século XI, quando o Império Bizantino entrou em declínio, muitos chefs começaram a se esconder em monastérios para fugir dos bárbaros e, neste período, eles buscaram refúgio na Igreja Ortodoxa Grega. Vestiram então o guarda-roupa dos monges e o toque surgido dos chefes da Assíria evoluiu novamente para se inspirar no toque dos monges, pois começaram a usar toucas pretas para ficar parecidos com estes. Quando a invasão chegou ao fim, os cozinheiros recuperaram o seu prestígio e mudaram a cor da indumentária para o branco.  

E agora, Fato ou ficção?

Um cortesão do rei Henrique VIII contou que quando o rei Henrique encontrou um fio de cabelo em sua sopa, quase enlouqueceu. Ou melhor, alguém a perdeu. O dono do cabelo, um cozinheiro, foi decapitado, e seu substituto foi educadamente convidado a usar um chapéu para evitar que isso acontecesse novamente. Então, desde aquela época, o uso de uma vestimenta oficial na cozinha tornou-se generalizado.

Com todas as variações de chapéus usados pelos chefs ao redor do mundo (gorro escocês na Inglaterra, gorro de lã na Espanha, gorro com borla na Alemanha ou gorro de algodão na França), foi preciso um pouco de criatividade e design para obter os chapéus de pano branco, também conhecidos como Toques Blanches, a que estamos acostumados hoje. No século XIX, na França, um chef chamado Marie-Antoine Carême (1784-1833) decidiu que os chefs mereciam um uniforme específico. E escolheu o branco como cor, sinal de limpeza na cozinha, bem como diferentes alturas de chapéus. De acordo com a sua classificação na cozinha, o Chef usaria o chapéu mais alto.

Hoje, o chapéu do chef continua sendo um símbolo de autoridade, conhecimento e maestria culinária. O chapéu ainda é usado pela maioria dos cozinheiros, mas o chapéu de pano tem sido muitas vezes substituído pelo chapéu de papel descartável: às vezes menos estético, mas talvez um pouco mais econômico. Outros chefs mais modernos adotaram o boné de beisebol, o boné de tecido ou a bandana. Qualquer que seja o chapéu que um chef use, ele se tornou uma parte essencial da roupa do cozinheiro e as dobras no chapéu também são usadas para indicar a experiência deste. Elas representam as cem maneiras de se preparar ovos, e os profissionais adquirem-nas à medida em que vão aprendendo novas técnicas na cozinha.

 


O CHEFE DE COZINHA

 Algumas qualidades que definem um bom chefe de cozinha são:

Apresentação – Tanto o uniforme como a sua apresentação pessoal devem ser sempre impecáveis.

Capacidade – Deve ter bons conhecimentos de culinária e ser capaz de comandar o trabalho de uma equipe. Conhecer bem os ingredientes e as preparações de cozinha, a sua aplicação e apresentação final.

Organização – Deve ser organizado e capaz de criar organização e cumprimento das obrigações, em todos os componentes da sua equipe.

Limpeza e higiene – Uma cozinha pouco limpa é uma infelicidade para qualquer estabelecimento. E não custa muito manter a limpeza da cozinha, pois esta pode ser feita, nos intervalos permitidos pela cocção dos alimentos. A higiene pessoal é importante, sobretudo o cuidado com as mãos. Limpar, ao mesmo tempo que se avança com a preparação dos alimentos é importante, e não deixar que se acumulem nas bancadas e nas pias, pratos, caçarolas, frigideiras e conchas por lavar.

Economia – Nunca desperdiçar ou deitar fora o que pode ser aproveitado. Organizar as suas compras de acordo com os menus a preparar, e as existências da sua despensa e dos seus frigoríficos. Preparar as suas sugestões do dia, tendo em conta as existências a aproveitar ou os itens com mais tempo de casa. Saber apresentar os vários itens, com molho ou sem molho, de acordo com o seu tempo de permanência no frigorífico ou no congelador.

Abastecimento – Saber acompanhar os seus stocks e fazer os pedidos tendo em conta as necessidades e o período sazonal em que se encontra, pois os artigos da estação são sempre mais baratos. Não fazer pedidos além das necessidades imediatas, pois é mais fácil reciclar produtos do que evitar que eles se estraguem.

Pontualidade – Esta qualidade é indispensável num cozinheiro. Seja para a preparação do serviço diário, ou para apresentar um ou mais banquetes em horários determinados, a leitura do tempo necessário para as várias preparações é muito importante.

Cuidado com os esgotos e sifões – Não deixar que sejam lançados nos esgotos outros artigos ou géneros além de água, para evitar entupimentos ou odores desnecessários, os quais são além de aborrecidos, também perigosos, muitas vezes, para a saúde.

Deve ter preocupação com a manutenção dos equipamentos.

 Descrição de Cargos de Cozinha

 As grandes cozinhas do passado tinham cozinheiros especializados nos diversos cargos, os quais eram conhecidos pelo serviço executado: rotisseur; saucier; grilleur; poissonier, etc. Eram cozinheiros do primeiro escalão que poderemos classificar como 1º Cozinheiro, mas fazendo trabalhos específicos na brigada de cozinha. Por razões de economia, essas posições foram sendo executadas cumulativamente pelo mesmo cozinheiro, de forma a garantir uma exploração económicamente mais viável.

Assim, iremos apenas classificar os cargos pela sua categoria profissional, sem entrar no detalhe do trabalho que lhes é destinado, pois um 1º cozinheiro tanto pode ser garde-manger como executar um cargo de fogão, embora possa ser melhor num do que no outro. Compete ao chefe de cozinha colocar os seus profissionais nas posições onde as suas qualidades possam ser melhor aproveitadas.

Do mesmo modo e pelas mesmas razões, o cargo de subchefe de cozinha está sendo eliminado, sendo designado um 1º cozinheiro, para substituir o chefe nas suas folgas ou impedimentos.

 

 

 AS FUNÇÕES PROFISSIONAIS DA COZINHA

 Chefe de Cozinha

Organiza, coordena, dirige e verifica os trabalhos de cozinha e pastelaria.

Elabora ou contribui para a elaboração das cartas e menus com certa antecedência, tendo em atenção a natureza e o número de pessoas a servir, os víveres existentes ou susceptíveis de aquisição, tendo em vista a época do ano e o preço que vai ser cobrado.

Requisita às secções respectivas os géneros que necessita para a confecção dos ementas escolhidos.

Dá instruções ao pessoal da cozinha sobre a confecção dos pratos, tipos de guarnição e quantidade a servir.

Cria receitas e prepara especialidades de forma a manter o interesse da clientela pelos serviços do restaurante.

Acompanha o andamento do trabalho dos cozinheiros, intervindo directamente na preparação dos pratos e assegurando-se da sua perfeição, qualidade e concordância com a receita base.

Substitui os cozinheiros nas preparações de fogão sempre que tal seja necessário ou aconselhável.

Verifica a ordem e a limpeza de todos os locais e utensílios da cozinha bem como das secções sob a sua responsabilidade.

Estabelece os horários e turnos de trabalho do pessoal sob suas ordens.

Selecciona funcionários e propões a sua admissão para o preenchimento de vagas existentes.

Vigia a apresentação e higiene de todo o pessoal  que dirige.

Mantém em dia todo o material da cozinha e secções anexas.

É responsável pela conservação e boa utilização dos alimentos entregues à sua guarda.

Dá informações sobre as quantidades necessárias às confecções de pratos e ementas.

Pode ser encarregado pelo aprovisionamento da cozinha e de elaborar um registo diário de consumos.

Supervisiona as requisições, bem como a qualidade dos víveres, comparando os seus preços de forma a manter os custos dentro dos padrões aceitáveis à rentabilidade da sua secção.

Deve supervisionar os inventários periódicos das mercadorias existentes na sua secção.

Elabora as escalas de serviço e de folgas de todo o pessoal da sua secção.

É responsável pela distribuição das tarefas inerentes a cada um dos componentes da sua brigada de trabalho.

 1º Cozinheiro

Prepara, tempera e cozinha os alimentos destinados às refeições normais ou extraordinárias, banquetes, etc.

Elabora, ou contribui para a elaboração das ementas, na ausência ou impedimento do chefe.

Recebe os víveres e outros produtos necessários à sua confecção, sendo responsável pela sua conservação e boa utilização.

Prepara os peixes os legumes e as carnes de forma a poderem ser utilizados, e procede à execução das operações culinárias segundo o tipo de pratos a confeccionar.

Emprata e guarnece as iguarias já preparadas.

Pode ter que auxiliar na preparação dos doces, na ausência ou impedimento de pasteleiro, ou prepara sobremesas de fácil concepção, de forma a garantir o serviço normal  para os hóspedes e clientes.

Executa e vela pela limpeza da cozinha, fogões, fornos e utensílios, de forma a manter um alto nível de higiene.

Cuida da sua própria higiene e apresentação, tendo em conta que as funções lhe exigem muito cuidado neste campo.

Colabora no inventário do material da sua secção, de forma a mantê-lo controlado.

Pode ter de substituir qualquer outro colega da mesma secção, na sua falta ou impedimento.

Controla e fiscaliza o serviço do ajudante ou ajudantes que lhe forem designadas pelo chefe de cozinha.

No caso de o funcionamento da cozinha para onde for contratado ter funções específicas ou delimitadas dentro do que atrás foi designado com descripção de outras funções, as mesmas serão especificadas pelo chefe de cozinha.

 


2º Cozinheiro

Prepara tempera e cozinha os alimentos destinados às refeições normais ou extraordinárias, banquetes, etc.

Recebe os víveres e outros produtos necessários à sua confecção, sendo responsável pela sua conservação e boa utilização.

Prepara os peixes, os legumes e as carnes, de forma a poderem ser utilizados e procede à execução das operações culinárias segundo o tipo de pratos a confeccionar.

Emprata e guarnece as iguarias já preparadas.

Pode ter que auxiliar na preparação dos doces, na ausência ou impedimento do pasteleiro, ou preparar sobremesas de fácil concepção de forma a garantir o serviço normal para os hóspedes e clientes.

Executa e zela pela limpeza da cozinha, fogões, fornos e utensílios, de forma a manter um alto nível de higiene.

Cuida da sua própria higiene e apresentação, tendo em conta que as funções, lhe exigem muito cuidado nesse campo.

Colabora no inventário do material de sua secção, de forma a mantê-lo controlado.

Pode ter que substituir qualquer outro colega da sua secção, na sua falta ou impedimento.

Controla e fiscaliza os serviços do ajudante, ou ajudantes, que lhe forem designados pelo chefe de cozinha.

No caso de o funcionamento da cozinha para onde for contratado ter funções específicas ou delimitadas dentro do que atrás foi designado, como descrição de funções, as mesmas serão especificadas pelo chefe de cozinha do sector.

 


Confeiteiro

Confecciona os bolos e doces destinados às refeições dos clientes, bem como as massas e complementos das preparações culinárias.

Prepara as massas e os cremes, xaropes de recheio e as coberturas, de acordo com as receitas próprias, tradicionais ou da região.

Vigia a cozedura dos produtos confeccionados, evitando manter os fornos acesos mais tempo do que necessário.

Procede à decoração dos bolos e suas guarnições.

Faz doces e bolos especiais para banquetes, reuniões ou cerimónias diversas, bem como aqueles próprios de certas épocas ou festividades do ano. Toma especiais cuidados com a conservação dos alimentos em uso na secção pela qual é responsável.

Organiza e colabora nos trabalhos de asseio, higiene e arrumação da sua secção. Limpa as máquinas e utensílios empregados.

Requisita, de acordo com o chefe de cozinha, as matérias primas ou outros produtos da confeitaria.

Procura manter a rentabilidade na secção através de baixos custos operacionais, usando os produtos e frutos da época nas suas preparações.

Procura manter a melhor qualidade, apresentação e variedade, evitando produção exagerada, para o que deve sempre estar informado das necessidades previstas para o dia.

Elabora uma folha diária de produção para efeito estatístico, de controlo e de contabilidade.

Elabora uma folha de entrega de produtos prontos na sua secção, e no momento de receber as devoluções, estas serão anotadas.

Deve colaborar na realização periódica mensal de inventários e existências de mercadoria e utensílios da secção.

Pode, eventualmente, ter que auxiliar na cozinha ou na “roda”, se necessário.

 

Padeiro

Prepara os pães utilizados na confecção das sanduíches e nas refeições e Café da manhã

 

Ajudante  de  Cozinha  

Ajuda os cozinheiros nas suas responsabilidades e, quando já tiver alguma prática de cozinha, pode ser solicitado a auxiliar na confecção de alguns pratos, tendo em vista a sua própria valorização profissional e promoção futura. Pode, eventualmente, ter que substituir o copeiro ou o cafeteiro.  Assume também as responsabilidades inerentes ao auxiliar de cozinha, sempre que tal seja necessário

 

Auxiliar de Cozinha

Faz a limpeza de todos os utensílios usados na confecção dos alimentos, fogões, louças e locais de trabalho.

Ajuda na preparação de peixes e legumes, de forma a poderem ser confeccionados.

Faz o transporte dos víveres desde o armazém ou despensa, para a sua secção.

Auxilia na copa, cafetaria ou pastelaria, ou ajuda os cozinheiros nos seus trabalhos.

Encarrega-se da troca de roupas sujas da cozinha, indo à lavanderia efectuar essa troca por roupa lavada.

 

Copeiro / Cafeteiro

Prepara todo o serviço do Café da manhã (pequeno-almoço em Portugal) e orienta o serviço da copa ou cafetaria para o dia.

Providencia, sob a orientação do chefe de cozinha, para que os estoques necessários ao bom andamento dos serviços estejam em ordem na copa ou cafetaria.

Prepara café, chá, leite e outras bebidas, quentes ou frias, não alcoólicas, sumos de frutas, sanduíches ou torradas.

Dispõe os acompanhamentos para o couvert, manteiga, queijo, compotas ou outro doce, em recipientes próprios.

Pode empratar as sobremesas, as frutas e as saladas.

Auxilia na lavagem das louças e vidros.

Mantém a boa limpeza e apresentação, do material em uso para os serviços inerentes à sua secção.

Pode, eventualmente, ter que fazer serviços de cozinha ou pastelaria e auxiliar também os profissionais destas secções nas suas atribuições normais.

Pode, se necessário, ter que prestar os serviços inerentes ao seu cargo no balcão do snack-bar, coffee-shop ou similar, se ele existir no estabelecimento.

 

  

domingo, 1 de maio de 2022

 

COZINHA VEGETARIANA



VEGETARIANISMO

 

Tendo apresentado aos profissionais, vários tópicos para o entendimento da Cozinha Profissional, da gastronomia e das várias facetas da alimentação, não poderíamos deixar passar em branco uma referência a este tipo de alimentação, que tem os seus adeptos em todo o mundo.

É importante que os profissionais do ramo conheçam algo sobre aqueles que escolheram não se nutrir com alimentos animais, ou preferem uma dieta alternativa.

 A alternativa vegetariana é observada desde as mais remotas idades do homem, tanto por necessidades ambientais, como por práticas religiosas ou imposições de saúde. Na Grécia antiga, o vegetarianismo era praticado, e os Hindus resistem há muitas gerações, consumindo apenas alimentação vegetal. Na Europa, o assunto tem sido tratado com base no que se pode considerar uma reforma dietética e muitas pessoas aderiram já ao vegetarianismo, abolindo completamente a alimentação animal, ou limitando esta ao leite, queijo, manteiga ou ovos.

Os mais convictos, porém, evitam também esses produtos que hoje são perfeitamente substituíveis, com leite de soja, tofu e similares. Mas são muitos, também, os que não se consideram vegetarianos, mas aprovam a redução dos alimentos de origem animal, como uma boa forma de manter a sua saúde física. Ambas as correntes levaram à criação de restaurantes especializados em comida dita vegetariana.

Não é nossa intenção aprovar, criticar ou combater o vegetarianismo, mas uma vez que estamos falando nesta vertente da alimentação, somos forçados a analisá-la com alguma profundidade. E somos forçados a verificar as razões que podem nos levar a entender, porque o homem é preparado fisiologicamente para uma dieta mista.

Todos os animais, por seleção natural e pela natureza do seu habitat, estão estruturalmente adaptados para o tipo de alimentação que melhor serve para a sua nutrição. Este ajuste fisiológico é determinado pela natureza da dentição, pelo comprimento e complexidade do canal digestivo, pelas características do ambiente em que vive, e pela sua constituição particular. O Homem está, na sua estrutura física, tanto dental como dos órgãos digestivos, numa posição intermédia entre os animais de alimentação vegetal e os de alimentação estritamente carnívora, o que o situa como um animal predestinado a uma dieta mista. A raça e o clima são, contudo, fatores importantes para determinar o quanto de carne deve ser inserido na sua ementa. Nas regiões frias, gorduras e hidrocarbonetos são necessários, não apenas para renovar os tecidos gordurosos do organismo, mas também para gerar calor e energia. Nas regiões temperadas, a dieta mista deve ser equilibrada e, em climas quentes, a alimentação fresca de leguminosas e frutas em maior quantidade, é a mais aconselhável.

Verifica-se assim que o clima, e o tipo de constituição individual, são preponderantes para a seleção da dieta a seguir, seja ela vegetariana, mista, ou com preponderância de carnes.

 CONSTITUINTES DA ALIMENTAÇÃO

Parece-nos desnecessário dizer que seja qual for a dieta escolhida, os mesmos constituintes devem estar presentes. Água, féculas ou açúcar, sais e reconstituintes do corpo sólido de um indivíduo, não são menos necessários a uma parte da população do que a outra. A água é acessível a todos, mas vale a pena assinalar que a maior parte dos guias de alimentação vegetariana preponderantemente apresenta sopas, estufados e papas, todos eles alimentos húmidos e contendo bastante água, o que inibe o uso da água para acompanhar o seu consumo. Os vegetais não provocam tanta sede como a carne. Na maior parte das receitas, os condimentos e temperos são também sempre usados com parcimónia.

 AMIDOS OU AÇÚCAR

Estes são alimentos vegetais usados por todos. As únicas pessoas que eventualmente sobrevivem sem eles são as que vivem nas regiões geladas, onde a neve e o gelo inibem as plantas de crescer. Aqui, uma alimentação vegetariana teria que ser abandonada muito rapidamente, pois a luta pela sobrevivência imporia a escolha alimentar a seguir. As farinhas preparadas, como o milho, a araruta e o sagu, podem hoje ser transportadas a longas distancias, mas não garantem por si só, as necessidades de uma alimentação quotidiana, nos difíceis territórios do Ártico ou do Polo Sul.

 GORDURA

 Embora a gordura de carne seja de difícil digestibilidade, e em mercados bem abastecidos possa ser substituída pela manteiga ou óleos alimentares, a ela têm que recorrer os que não têm outras opções. Os cereais apresentam alguma quantidade de gordura, mas outros tipos de alimentos vegetais não têm sequer resíduos desta. Alguns frutos, como as nozes, são também grandes portadores de gordura, tal como a azeitona e o algodão.

 ALBUMINOIDES

 Grandes nutrientes do organismo, os albuminoides estão presentes em quase todos os tipos de vegetais. O glúten nas farinhas, fibras nos cereais, algum nitrogénio em todas as espécies de plantas, todos apresentam albuminoides em maior ou menor quantidade. Os vegetarianos nunca recomendam e poucas vezes usam o pão branco, pelo que conseguem canalizar para o organismo, mais albuminoides do que a maioria da população, através desta sua escolha alimentar.

O grande reservatório deste nutriente, porém, encontra-se no feijão, ervilhas e lentilhas, que são mais ricos em albuminoides do que todas as outras plantas conhecidas.

O macarrão e a semolina, preparados com farinha e água, são também mais ricos em nutrientes do que a farinha branca normalmente usada.

Em algumas das sugestões de receitas que apresentamos, o leite e os ovos podem ser usados, pois não existe contra eles objecção tão grande dos vegetarianos como contra a carne, mas estes poderão também ser abolidos se assim for desejado. Não há dúvida nenhuma em afirmar, que é dos legumes e dos frutos que recebemos as nossas rações de sais minerais, quer a carne faça parte ou não da nossa dieta.

 

Lista de Receitas Vegetarianas

 SOPAS  (Soupes ef Potages)

 Sopas de Legumes (Potages de Légumes)

Sopas Puré de Legumes (Soupes Purée de Légumes)

Sopa de Castanhas Piladas (Soupe aux Marrons Sèchés)

Usar leite de soja em vez do leite comum.

Sopas Creme de Legumes (Soupes Créme de Légumes)

Sopa de Queijo (Soupe de Fromage)

Parmesão ralado; manteiga; ovos; leite de soja e água; cebola cortada fino; papo-seco; sal e pimenta.

Cortar o pão em fatias e deixar secar bem no forno sem torrar. Aquecer a manteiga numa frigideira e fritar a cebola sem deixar escurecer. Juntar o leite e a água  e, quando estiverem quase a ferver , adicionar os ovos levemente batidos, o queijo ralado, sal e pimenta  ao gosto.

Deixar a sopa engrossar um pouco, como um creme ralo, mas sem ferver para evitar que os ovos endureçam.   Colocar o pão numa terrina, com a sopa em cima, e servir.

 ENTRADAS LIGEIRAS (Entrées Légeres)

 Alcachofras Fritas  (Artichauds Frites)

Caril de Feijão (Les Haricots au Curry)

Caril de Legumes (Les Légumes au Curry)

Legumes Albardados

Pudim de Cenouras (Pouding  Crécy)

Massa de cenouras raladas e miolo de pão, amassada com manteiga e molho branco, temperada ao gosto. Colocar em forma untada e cozinhar em banho-maria.( Pode ser feito com outros legumes).

 MASSAS (Pâtes)

Todos os tipos de massas

 

SALADAS (Salades)

Todas as saladas de vegetais

 

ENTRADAS (Entrées)

 Croquetes de Legumes (Croquettes de Légumes)

Papas de Milho com legumes

Pode ser servida natural ou deixar arrefecer, cortar e fritar em pedaços.

Pastéis de Legumes (Petites Pâtes de Légumes)

Polenta

Raviolis

Risottos Diversos

Rissóis de Legumes (Rissoles de Légumes)

Tortas Diversas (Les Tartes au Choix)

Cebola, aipo, cogumelos,tomates, etc.

Legumes  Gratinados (Légumes au Gratin)

 

SANDUÍCHES (Sandwiches)

Tomate; alface; ovos cozidos; queijo fresco; etc.

 


A Coxinha Vegana que pode ser feita com qualquer tipo de legume ou fruta, é um dos alimentos bastante usados neste tipo de culinária

 


Chefs especializados apresentam excelentes pratos de Comida Vegana

SOBREMESAS (Desserts)

 Todos os tipos de frutas.

Queijo fresco (Tofu é uma opção).

Confeitaria - sem manteiga. Usar óleo para substituir. E água em vez de leite.

Crepes - sem ovo e sem leite, com recheios de frutas. Ou cobertos com mel.

Compotas.

Maçãs assadas.

Frutas Secas.

Numa cozinha estritamente vegetariana, podem ser usadas as nozes para dar um acento oleaginoso a algumas receitas de confeitaria. Do mesmo modo, podem ser usadas as castanhas piladas moídas, para fazer massa de pudins e outras pastelarias, como é já feito no sul da Itália e na Córsega.

                                                                                 VEGANISMO

 O termo vegan (“vegano” quando traduzido para o português) foi criado em 1944 pelo britânico Donald Watson e, desde então, o “veganismo” transformou-se em um movimento político, ético e de estilo de vida, ganhando muitos adeptos no calor das revoluções contraculturais da década de 1960. Mas não se trata apenas de abolir a carne da alimentação. Tornar-se vegano significa uma mudança de estilo de vida. Conheça um pouco desse movimento que ganha cada vez mais adeptos, ao ler um texto de André Baioff*, e Amanda Ferreira - Especial para o Correio Brasiliense, postado em 26/08/2018.

 Assim, gostaríamos de deixar claro que Vegetarianismo e Veganismo não significam a mesma coisa e devem sempre ser analisados em si próprios. E para aguçar a sua curiosidade vou transcrever aqui, o início da Postagem que cito.

 “Paul e Stella McCartney, Miley Cyrus, Anne Hathaway, Ariana Grande, Brad Pitt; A lista de famosos veganos é extensa e só tende a crescer. Mais do que deixar de comer carne animal, ser adepto do veganismo significa seguir uma filosofia e um estilo de vida.

Longe do estereótipo de hippies ou comedores de alface, quem segue essa filosofia mostra que é possível, a cada dia, inovar no cardápio. Os adeptos da alimentação vegetariana, por exemplo, somam 30 milhões ; segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Ibope e encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira, realizada em 102 municípios brasileiros. Os resultados mostraram o interesse da população por mais itens veganos (livres de qualquer ingrediente de origem animal): mais da metade dos entrevistados (55%) disse que consumiria mais produtos se eles tivessem informações mais claras na embalagem. Nas capitais, o índice de interessados nesse tipo de alimentação sobe para 65%. “

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