quarta-feira, 27 de julho de 2022

 

É Sempre Bom Tomar Conhecimento


Bom amigo é o que te aponta os teus erros

Agradeço aos meus leitores o seu interesse nesta postagem, mas peço que para melhor visão da matéria, vejam antes o que postei em 17/07/22 sob o título Ciclo de Vida do Produto em Turismo, sobretudo os últimos oito pontos analisados.

Os textos que mostramos adiante, fazem parte de um trabalho levado a cabo por uma entidade de pesquisas sobre a pequena hotelaria do Sul do Brasil, mas pode ser aceito sem ressalvas para o total do país. Acrescentámos a este trabalho as nossas observações, pra melhor compreensão da matéria.

Review of Tourism Research (eRTR), Vol. 18, No. 4, 2021 The importance of environmental scanning: a study on the Brazilian hotel industry eRTR Editorial Board

Companies  need  systematic  listening  practices  in the  competitive  environment  to  observe competitors and help managers in the decision-making process. Thus, the objective of this article is  to  analyze  the  strategies  of  the  Brazilian  hotel  industry  from  the  clients'  perception  of  the quality of accommodation services. This research is also described as a mixed-method centered around delimiting the existing strategic information in hotels based on the 2017 JLL's Hotels & Hospitality  Group  report.  Data  were  collected  from  the  guests  through  on-site  and  online questionnaires  and  interpreted  qualitatively  based  on  the  hotel  chain's  missions  and  views,  and statistically from the two-way ANOVA and Tukey tests, which presented a low significance for the guests' educational training, income, and age. The objectivesproposed in the hotels' strategic outline concerning the practices  adopted and the  experiences undergone by  their  guests showed some inconsistency. Hotels lack the identification of important sources of existing information in their area.Keywords:Brazilian   hotel   industry;   accommodation   excellence   and   quality;   competitive intelligence; prospective information.( Aqui, texto apagado por nós) The  third  phase  of  the  questionnaire  pointed  to  questions  related  to  the  satisfaction survey, the participation of the guest, and the monitoring of the completion of this data collection tool. Regarding satisfaction surveys in hotels, 52.4% said that sometimes the hotel provided this systematic  monitoring,  26.5%  indicate  that  such  surveys  were  never  presented  to  them,  and 20.5% indicate that there have always been satisfaction surveys in the hotels where they stayed. The  construct  concerning  "sometimes"  demonstrates  the  existence  of  surveys  in  some  hotels where  the  respondents  stayed,  but  not  in  all  of  them.  The  percentage  referring  to  the  non-existence  of  satisfaction  survey  in  hotels  demonstrates  the  lack  of  interest  in  finding  out  the guest's opinion about the services offered. The next question was about the request and monitoring of the hotel in the  participation  of  the  satisfaction  survey  during  lodging,  with  70%  stating  that  it  was  not requested,  while  only  30%  said  otherwise.  The  high  percentage  of  non-participation  can characterize  several  factors,  one  of  them  being  the  lack  of  interest  of  the  guests  in  giving  their opinion about experiences in the hotels that they attend  and the lack of incentive on the part of the employees in charge of the hotel segment upon mentioning the existence of such tool.Regarding  the  main  areas  that  the  satisfaction  surveys  contemplate,  the  respondents When questioned if they would stay again in that hotel, they mostly disagreed and were not later questioned  for  this  opinion.  Nonetheless,  it  is  an  opportunity  for  future  researches  to  hear  the managers  who  belong  to  the  hotel  chains  located  in  Brazil,  and  the  other  guests  whose  reasons for  traveling  are  related  to  business,  events  (fairs,  congresses,  convention),  studies,  visits  to relatives, and friends, and health (treatment and aesthetics), among other topics. Finally,  it  is  understood  that  this  research  is  relevant  as  it  contributes  to  offer  new perspectives on the importance of guests’ perception about the environmental scanning for the benefit  of  the  Brazilian  hotel  industry.  Therefore,  whether  in  the  service,  commercial  or industrial  sectors,  the  contact  with  clients  and  suppliers  in  the  search  for  useful  information  is extremely  important  to  define  strategies  whose  objective  is  to  meet  the  yearnings  and  the expectations of all the common-interest actors, besides improving the company’s performance in a market that is more and more demanding, which is not always the case. References Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integration of business intelligence with corporate strategic management. Journal of Intelligence Studies in Business, 7(2). Araújo,  V.M.G.(2013). Qualidade  dos  serviços  na  hotelaria:  um  estudo na  rede  de  hotéis  Alfa. CAD. Est. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Tradução

Revisão da Pesquisa em Turismo (eRTR), Vol. 18, nº 4, 2021 A importância do escaneamento ambiental: um estudo sobre a indústria hoteleira brasileira Conselho Editorial da eRTR

As empresas precisam de práticas sistemáticas de escuta no ambiente competitivo, para observar os concorrentes e auxiliar os gestores no processo de tomada de decisão. Assim, o objetivo deste artigo é analisar as estratégias da hotelaria brasileira a partir da percepção dos clientes sobre a qualidade dos serviços de hospedagem. Esta pesquisa também é descrita como um método misto centrado na delimitação da informação estratégica existente em hotéis com base no relatório 2017 do JLL's Hotels & Hospitality Group.

Os dados foram coletados dos hóspedes por meio de questionários presenciais e online e interpretados qualitativamente com base nas missões e visões da rede hoteleira, e estatisticamente a partir dos testes ANOVA two-way e Tukey, que apresentaram baixa informação sobre a formação educacional dos hóspedes, sua renda, e idade. Os objetivos propostos no delineamento estratégico dos hotéis quanto às práticas adotadas e às experiências vividas por seus hóspedes mostraram alguma inconsistência. Os hotéis carecem da identificação de importantes fontes de informação existentes em sua área. Palavras-chave: hotelaria brasileira; excelência e qualidade do alojamento; inteligência competitiva; informações prospectivas.

(aqui, Texto retirado por nós, pois apresentava apenas, identificação dos pesquisadores)

A terceira fase do questionário apontou questões relacionadas à pesquisa de satisfação, à participação do hóspede e ao acompanhamento do preenchimento desse instrumento de coleta de dados. Em relação às pesquisas de satisfação em hotéis, 52,4% disseram que às vezes o hotel oferecia esse monitoramento sistemático, 26,5% indicam que tais pesquisas nunca foram apresentadas a eles e 20,5% indicam que sempre houve pesquisas de satisfação nos hotéis onde se hospedaram. O construto referente a "às vezes" demonstra a existência de pesquisas em alguns hotéis onde os respondentes se hospedaram, mas não em todos eles. O percentual referente à inexistência de pesquisa de satisfação nos hotéis demonstra a falta de interesse em saber a opinião do hóspede sobre os serviços oferecidos. A próxima pergunta foi sobre a solicitação e acompanhamento do hotel na participação da pesquisa de satisfação durante a hospedagem, com 70% afirmando que não foi solicitado, enquanto apenas 30% afirmaram o contrário. O alto percentual de não participação pode caracterizar diversos fatores, sendo um deles o desinteresse dos hóspedes em opinar sobre as experiências nos hotéis que frequentam e a falta de incentivo por parte dos funcionários responsáveis ​​pelo segmento hoteleiro ao mencionar a existência de tal ferramenta. Sobre as principais áreas que as pesquisas de satisfação contemplam, os respondentes quando questionados se voltariam a se hospedar naquele hotel, em sua maioria discordaram e não foram questionados posteriormente para esta opinião. Ainda assim, é uma oportunidade para futuras pesquisas ouvir os gerentes das redes hoteleiras localizadas no Brasil, e os demais hóspedes cujos motivos de viagem estejam relacionados a negócios, eventos (feiras, congressos, convenções), estudos, visitas a parentes  e amigos, ou saúde (tratamento e estética), entre outros temas. Por fim, entende-se que esta pesquisa é relevante, pois contribui para oferecer novas perspectivas sobre a importância da percepção dos hóspedes sobre o escaneamento ambiental em benefício da Indústria hoteleira brasileira. Portanto, seja no setor de serviços, comercial ou industrial, o contato com clientes e fornecedores na busca de informações úteis é de extrema importância para definir estratégias cujo objetivo seja atender aos anseios e expectativas de todos os atores de interesse comum, além de aprimorar a atuação da empresa em um mercado cada vez mais exigente, o que nem sempre acontece.

Referências Alnoukari, M. & Hanano, A. (2017). Integração da inteligência de negócios com a gestão estratégica corporativa. Revista de Estudos de Inteligência em Negócios, 7(2). Araújo, V.M.G.(2013). Qualidade dos serviços na hotelaria: um estudo na rede de hotéis Alfa. CAFAJESTE. Husa. Pes. Turismo, 2, 131-154.Bekaddour, H. (2018). Veille stratégique et intelligence économique. Paris: OmniScriptum.

 Os quadros a seguir acompanham a pesquisa e não traduzimos por achar que são de fácil interpretação.

 



Texto nosso

O setor de turismo é um importante impulsionador do crescimento econômico e da criação de empregos em todo o mundo e, até recentemente (a chegada do COVID-19!) representava aproximadamente 10% do PIB global.

Mais e mais países estão se voltando para o turismo como crescimento econômico, e as viagens em si nunca foram tão acessíveis a tantas pessoas quanto hoje.

Partes do mundo que antes eram difíceis de alcançar agora são facilmente acessíveis, e o custo das viagens é consideravelmente menor hoje em dia em comparação com 20 a 30 anos atrás. Acrescente-se a isso, o aumento da popularidade dos canais de mídia social, como o Instagram, que incentiva e inspira as pessoas a ver o mundo mais do que nunca.

Mas devemos analisar o turismo de uma forma responsável. E em poucas palavras, diremos que o chamado de turismo responsável é o formato comportamental de todos os intervenientes, que através de atitudes responsáveis tentam minimizar e reverter os efeitos negativos das excursões e viagens. Estes podem incluir a superlotação, a destruição do patrimônio e do meio ambiente, a globalização, mudanças sociais prejudiciais e muitos outros.

Turismo responsável, versus turismo sustentável, versus ecoturismo – existe alguma diferença?

Há uma pequena diferença entre turismo responsável e turismo sustentável e ecoturismo, mas esses termos são normalmente usados de forma intercambiável, o que pode aumentar a confusão.

Os pequenos investidores interioranos podem ser uma importante contribuição, para lugares onde importantes investimentos não são viáveis, fazendo chegar visitantes a locais que de outro modo ficariam semi-conhecidos. Mas devem a nosso ver valorizar o seu investimento, com mais conhecimentos do negócio, tornando-o mais rentável, produtivo e integrado a outros resultados desejáveis e possíveis.

O que é turismo responsável?

Este assunto vital e em constante evolução, pode ser confuso para aqueles que tentam se tornar novos integrantes. Mas vamos dar uma olhada no que turismo responsável realmente significa, incluindo alguns exemplos de viajantes, empresas de viagens e conselhos de turismo.

Além disso, às vezes também ouvimos o termo turismo responsável, sem saber o que isso significa e se há alguma diferença. Então, o que é exatamente o turismo responsável?

De acordo com o Dicionário Oxford, o ecoturismo é “turismo direcionado para ambientes naturais exóticos, muitas vezes ameaçados, destinados a apoiar os esforços de conservação e observar a vida selvagem”. Embora se concentre predominantemente no aspecto ambiental dos destinos, na prática também envolve o respeito às comunidades locais.

O turismo sustentável vai um pouco além disso. Segundo a OMC (Organização Mundial do Turismo), agência das Nações Unidas, o turismo sustentável deve:

Aproveitar ao máximo os recursos ambientais que constituem um elemento chave no desenvolvimento do turismo, mantendo os processos ecológicos essenciais e ajudando a conservar o patrimônio natural e a biodiversidade. Respeitar a autenticidade sociocultural das comunidades anfitriãs, conservar seu patrimônio cultural construído e vivo e seus valores tradicionais, e contribuir para a compreensão e a tolerância interculturais.

Garantir operações econômicas viáveis e de longo prazo, proporcionando benefícios socioeconômicos a todas as partes interessadas que sejam distribuídos de forma justa, incluindo emprego estável e oportunidades de geração de renda e serviços sociais para as comunidades anfitriãs, e contribuindo para o alívio da pobreza.

O turismo responsável, por sua vez, refere-se à responsabilidade que tanto os visitantes quanto os anfitriões assumem para garantir que essa sustentabilidade seja abordada e mantida. Um turista responsável tomará decisões com base no que é melhor para as comunidades locais a longo prazo, garantindo que as ações baseadas nessas decisões tenham um impacto positivo nessas comunidades.

O turismo responsável torna os viajantes uma parte ativa (temporária) dessa comunidade, em vez de serem apenas espectadores. Fazer conexões significativas com as comunidades visitadas é tão importante quanto respeitar o meio ambiente e os costumes locais.

Em termos práticos, no entanto, turismo sustentável, turismo responsável, ecoturismo, turismo verde e designações semelhantes, são frequentemente usados igualmente no mesmo contexto.

Por que o turismo responsável é importante?

Viajar com responsabilidade não tem apenas um impacto positivo nos destinos e comunidades que visitamos, mas nos proporciona experiências enriquecedoras que muitas vezes ficam conosco e se tornam o destaque em nossas memórias.

Viajar é uma forma de abrir a mente para o mundo e perceber que somos todos diferentes, mas também iguais. E fazê-lo com responsabilidade nos dá a oportunidade de aprender por meio de conexões significativas com a população local e obter uma melhor compreensão da cultura local, bem como das questões sociais e ambientais.

O turismo responsável:

·      Minimiza impactos ambientais, sociais e econômicos negativos.

·      Gera maiores benefícios econômicos para a população local e melhora o bem-estar das comunidades anfitriãs, melhora as condições de trabalho e o acesso à indústria.

·      Envolve a população local em decisões que afetam suas vidas e oportunidades de vida.

·      Faz contribuições positivas para a conservação do patrimônio natural e cultural, para a manutenção da diversidade mundial.

·      Proporciona experiências mais agradáveis para os turistas por meio de conexões mais significativas com a população local e uma maior compreensão das questões culturais, sociais e ambientais locais

·      Fornece acesso para pessoas com deficiência física e é culturalmente sensível, gera respeito entre turistas e anfitriões e constrói orgulho e confiança local.

Esses aspectos da viagem responsável assumirão várias formas, dependendo da comunidade, da sua cultura e do ambiente, mas é um bom lugar para começar a pensar sobre o que nós, profissionais e investidores, podemos fazer como contribuição do nosso lado e usar a responsabilidade.

 Exemplos de turismo responsável

Se você ainda não pensou no turismo responsável, é difícil saber por onde começar para se tornar um participante melhor e até mesmo visualizar como isso pode se aplicar à sua participação.

A viagem responsável que envolve as comunidades locais também é uma oportunidade de humildade para aprender com as pessoas cujo país você está visitando. Enquanto viaja para admirar paisagens deslumbrantes, interagir com outras pessoas e ouvir suas histórias de como é a vida em sua parte do globo é a maneira mais poderosa de aprender enquanto viaja.

Destinos que dependem do turismo como principal fonte de receita, não devem perder o que geram para outras economias, geralmente mais estáveis.

Respeitando o ecossistema local e deixando só areia e conchas na praia

Levou milênios para que essas dunas de areia se formassem, e caminhar sobre elas as destrói. Da mesma forma, as conchas que aparentemente são apenas objetos inanimados são nutrientes preciosos para os microrganismos que vivem na praia – e, portanto, devem ser deixadas onde estão.

Fazer a sua parte para promover a proteção ambiental das praias, apontando comportamentos prejudiciais – ou seja, quando minha sobrinha de 10 anos me pergunta se eu gosto da concha que ela acabou de pegar, eu digo que gosto, mas que gostaria melhor deixar na praia.

A única coisa que pego na praia é o lixo deixado pelos outros.

Mas os participantes locais, sobretudo os grandes ou pequenos hoteleiros, têm também as suas responsabilidades, procurando manter as qualidades ambientais locais e a situação das populações existentes, bem como uma qualidade de serviços e atitudes, que dê aos utentes uma impressão positiva do país e seus habitantes.

Turismo responsável do ponto de vista da indústria de viagens

Como você pode ver, o turismo responsável vem em muitas formas diferentes. No entanto, garantir que viajamos com responsabilidade exige um esforço conjunto com a indústria de viagens e as entidades dr Turismo.

Com isso em mente, destaquei algumas situações com impacto positivo que o turismo sustentável e responsável traz para as comunidades locais e o meio ambiente, mas procurei evidenciar que essas histórias também podem partir de ações realizadas pela indústria de viagens e sobretudo pelos hoteleiros instalados no local, até ao limite das suas possibilidades.

A superlotação, o comportamento desrespeitoso e o deslocamento da população local, são apenas alguns dos problemas decorrentes de erros de gestão que prejudicam todos.

Deixaremos alguns conselhos aos pequenos investidores que tão úteis são ao Turismo nos locais menos acessíveis, para que eles possam aumentar e valorisar a qualidade e o aproveitamento, da sua  presença, nos lugares que escolheram para se estabelecer:

Converse com os seus hóspedes

Fale com o seu pessoal sobre as opiniões dos clientes

Algumas sugestões podem ser válidas e até aplicáveis, para melhoria dos serviços e dos locais.

Ao contrário do que você possa imaginar, a maioria das pessoas não irão se sentir incomodadas se você pedir para elas escreverem uma avaliação. Você pode começar a pedir avaliações de hóspedes imediatamente.  Ao solicitar uma avaliação, faça isso da maneira mais educada e simpática possível.

 O segredo para obter facilmente uma avaliação quando a pede diretamente ao hóspede, é ser amável e simpático. Depois da avaliação ser feita, você pode oferecer um mimo ou um brinde como agradecimento pelo gesto, tornando, assim, essa atitude genuína.

Procure informar os responsáveis oficiais do turismo na sua região, das opiniões deixadas pelos visitantes, sobre o local e seus acessos.

 Valorize o seu investimento e defenda o seu negócio

Procure também valorizar o treinamento e a empatia do seu pessoal. Isso sempre traz retorno.

Seja um membro efetivo do Grupo Mundial do Turismo Responsável e valorize o turismo do nosso país perante os visitantes do exterior.

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