quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

 Sustentabilidade


Um termo Importante a Ser Analisado

Sustentabilidade é o ato de agir no presente com o objetivo de ter um futuro, e este conteúdo tenta explicar isso, razão porque achamos que você deverá lê-lo.

 

Originada do Latim, sustentabilidade significa o poder de manter, suportar e sustentar. Na prática, estamos falando da habilidade de atender exigências do presente sem que isso afete as gerações do futuro, como pontua o site Portal Solar. Já para especialistas da Universidade da Califórnia, a sustentabilidade pressupõe que os recursos são finitos e devem ser usados ​​de forma conservadora e sensata, tendo em vista as prioridades de longo prazo e as consequências da forma como os recursos são usados. “Em termos mais simples, a sustentabilidade diz respeito aos nossos filhos e netos, e ao mundo que deixaremos para eles”, resume um documento oficial da instituição.

 Desenvolvimento sustentável

Uma vez que conhecemos o significado da sustentabilidade, podemos compreender que o desenvolvimento sustentável está relacionado à aplicação desse conceito às ações tomadas diariamente por pessoas ou empresas. Para ser considerado sustentável, um desenvolvimento deve pressupor uma visão integradora e abordar os aspectos econômico, social e ambiental.

A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, aprovada pela ONU em 2015, prevê um plano de ação que busca proteger o planeta, promover a prosperidade e garantir a dignidade a todas as pessoas.

Agenda 2030

É impossível falar em sustentabilidade sem mencionar a Agenda 2030, da ONU, que está estruturada em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os Objetivos são claros e incluem temas como o combate à pobreza e à fome no Mundo e garantir boa saúde e educação inclusiva, entre outros.

A lista de objetivos envolve ainda questões como a garantia da disponibilidade e gestão sustentável da água e do saneamento para todos e o acesso à energia confiável, limpa e moderna

 Tripé da sustentabilidade

O tripé da sustentabilidade diz respeito a um conjunto de três aspectos que são considerados fundamentais. São eles: social, ambiental e financeiro. De acordo com o conceito, estes aspectos devem sempre interagir de forma harmônica tanto na vida pessoal, como na direção de um negócio, garantindo a integridade do planeta e da sociedade durante o seu crescimento econômico.

 Também conhecido como ‘triple bottom line”, o conceito foi criado em 1994 pelo empresário britânico John Elkington, que, por suas ações no campo do desenvolvimento empresarial, ficou mundialmente conhecido como “pai da sustentabilidade”.

Sustentabilidade social

Em qualquer comunidade em que as atividades econômicas sejam realizadas num ambiente específico, encontramos três formas de sustentabilidade interligadas: ambiental, econômica e social. No entanto, a sustentabilidade social, em particular, tem como objetivo fortalecer a coesão e a estabilidade de grupos sociais específicos.

 Sustentabilidade ambiental

A sustentabilidade ambiental concentra-se na conservação da biodiversidade sem abrir mão do progresso econômico e social. Os fundamentos da sustentabilidade ambiental são: proteger a água, economizar energia, reduzir o desperdício, usar embalagens recicláveis, limitar ou eliminar o uso de plásticos, usar transporte sustentável, reutilizar papel e proteger a flora e a fauna.

 Um grande exemplo de sustentabilidade ambiental é a cidade sueca de Estocolmo, que se destaca por investir em infraestrutura sustentável, suas baixas emissões e por ter excelente qualidade do ar, com níveis de poluição bem abaixo da média. A cidade alcançou, assim, um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental.

 


 Sustentabilidade financeira

Estamos falando aqui, tanto  da capacidade pessoal e da organização de gerir os seus recursos e gerar lucros de forma responsável a longo prazo. Os exemplos são vários e incluem iniciativas de companhias como a Unilever, que em 2010 lançou uma estratégia para alcançar o equilíbrio entre sustentabilidade e desempenho econômico, adotando medidas como aumentar a reciclagem de embalagens, promover o uso de materiais reciclados e campanhas de conscientização sobre o consumo responsável.

Em outras palavras, isto mostra que a sustentabilidade financeira está relacionada à capacidade de manter as finanças de forma estável, através de poupar onde for possível, evitando gastos e endividamentos excessivos e gerando recursos de maneira consistente.

Se você estiver se perguntando sobre a melhor forma de colocar a sustentabilidade financeira em prática, os pontos abaixo podem ajudar bastante.

Faça o acompanhamento dos seus ganhos e dos seus gastos: para ser um bom gestor das contas pessoais ou de uma empresa, é imprescindível que se conheça cada uma das despesas e as fontes de receitas.

 Crie uma reserva de emergência: conhecer bem as movimentações financeiras pessoais ou de uma empresa lhe trará uma importante vantagem e a capacidade de criar uma reserva de emergência. Como a vida e a economia são feitas de ciclos, é importante ter recursos guardados para qualquer eventualidade.

Evite o consumo descontrolado:  não é só uma espécie de compulsão por gastar, esse consumo descontrolado pode estar associado à má gestão de recursos. Um orçamento desequilibrado acaba forçando a arcar com despesas que não estariam no radar se uma reserva de emergência tivesse sido construída a tempo.

Saiba como evitar o endividamento tóxico!

 Adote uma postura sustentável: Ter uma postura sustentável significa vigiar as suas ações de modo a evitar o consumo desnecessário e estar atento a todas as oportunidades de aumento de receitas. Neste sentido, em especial, podemos sim traçar um paralelo com as questões ambientais.

Viu como é possível implementar uma educação financeira sustentável? É hora de rever custos e despesas para evitar desperdícios e de quebra ainda ajudar o meio ambiente. Hora de botar tudo isso em prática e alcançar a sustentabilidade financeira!

Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram um endividamento recorde das famílias no mês de março de 2022.

Segundo a instituição, cerca de 77,5% das famílias brasileiras estavam endividadas ao final do primeiro trimestre desse ano. Esse foi o resultado mais alto em toda a série histórica, que começou em 2010.

Em março do ano passado, apesar de todos os efeitos econômicos produzidos pela pandemia, o percentual de endividamento era cerca de 10% menor, 67,3%. Outro número que chama a atenção é o percentual de famílias que alegaram ter contas em atraso. Por volta de 4,5 milhões de respondentes disseram que suas famílias têm algum tipo de conta em atraso.

Isso representa 27,8% do total e é o segundo maior valor em toda a série histórica, ficando atrás apenas da primeira leitura, feita em janeiro de 2010.

Os motivos do excesso de endividamento das famílias vêm do aperto dos salários, do elevado nível de inflação e do enfraquecimento do mercado de trabalho. São problemas que já estavam presentes antes da chegada da Covid-19, mas também foram negativamente influenciados pela conjuntura econômica recente.

No que se refere às empresas, os dados consolidados de endividamento são escassos. Mas, a partir das informações disponíveis, é possível notar que as empresas também não estão em uma situação confortável.

Um estudo feito pelo Estadão, em parceria com a empresa de dados de mercado Economática, mostrou que a dívida das companhias de capital aberto (com ações listadas na bolsa de valores), mais que dobrou em dez anos.

De dezembro de 2011 a março de 2021, a dívida acumulada dessas empresas passou de R$486 bilhões para R$1,213 trilhão. É um aumento de 149,6%. Até dezembro de 2021, a dívida acumulada dessas empresas ainda era de R$1,26 trilhão.

 A queda no salário das famílias em função da pandemia e a alta nos preços de matérias-primas e outros insumos importantes também colocou as empresas em uma situação complicada. O endividamento se tornou uma pedra no sapato.

 O que é negativado

É bom conhecer este termo. Para ser negativado, basta não quitar as obrigações financeiras em dia. Normalmente, empresas colocam nos boletos ou em outras ordens de cobrança as instruções para pagamentos do título e as consequências caso a quitação não seja realizada.

Sendo assim, alguns credores estipulam prazos de 30 ou 60 dias após o vencimento para que as dívidas em atraso sejam subscritas junto aos órgãos de proteção ao crédito.

Segundo a Serasa Experian, mais de 62 milhões de brasileiros tinham o nome negativado no país ao final de 2021. Esse número é significativo, afinal de contas, com o nome sujo, o indivíduo não tem acesso a diversas modalidades de crédito.

Além da Serasa Experian, outras instituições como o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mantêm bancos de dados com informações de proteção ao crédito no país. Além delas, existe o Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), do Banco Central, que mostra os dados sobre pessoas físicas e jurídicas que emitiram cheque sem saldo correspondente para quitá-lo.

Não podemos esquecer que também temos que pagar em dia os tributos e taxas federais, estaduais e municipais. Isso porque o atraso no pagamento de impostos também pode levar o nome do contribuinte para bancos de dados de proteção ao crédito.

 No caso de inadimplência junto a órgãos de Estados, o nome do contribuinte pode ser incluído no CADIN, Cadastro Informativo dos Créditos não Quitados. A inclusão do nome no CADIN também pode impedir o acesso a linhas de crédito e de contas bancárias, por exemplo.

E estas são as razões porque é importante acompanhar a Sustentabilidade Financeira.

Seja no caso de pessoas físicas ou jurídicas, as dívidas podem ser grandes pedras no sapato. Por isso, evitá-las é sempre o melhor caminho.

Por diversas razões, como crises, desastres naturais e problemas com carro ou imóvel, pode ser que você venha a se endividar. Esses elementos também impactam diretamente as empresas, que precisam ter o dobro da atenção, por conta de outros fatores de mercado, como competição, novas tecnologias, alta de preços de insumos importantes, altas de juros, dentre outros.

Mas, mesmo em situações imprevisíveis, é possível estar preparado. O segredo está em ter um bom controle financeiro.

Para suas contas pessoais, tenha uma planilha de controle financeiro onde você consiga registrar periodicamente seus ganhos e gastos. Tente sempre projetar, no mínimo, os próximos 6 meses (ou mais) para ter alguma previsibilidade.

 Não se esqueça de prever em seu planejamento a construção de uma reserva financeira para combater ou minimizar imprevistos.

 Para as empresas, a lógica é similar. Fazer um controle minucioso do seu fluxo de caixa para saber quanto dinheiro está disponível e quando você terá que gastar.


Assim, adotemos como pilares da sustentabilidade: Social, Econômico, Ambiental, Cultural, Ética, Política e Estética. Com a nossa visão para cada um desses pilares de: 1. E tentemos proteger o nosso Futuro.

 


domingo, 10 de dezembro de 2023

 

Entender e Praticar a Hospitalidade


Como Ela se Define

A hospitalidade envolve trocas, encontros, o ato do ir e vir, de receber e dar, do dom e da dádiva entre seres humanos, e não somente como meros atendentes e serviçais.

É o respeito entre pessoas como indivíduos.

 A boa prática da hospitalidade é considerada um dom pessoal, devido ao seu vínculo com uma gama peculiar de habilidades e atributos que são vitais e intimamente ligados à valorização do ser humano. Atendendo a que a base da hospitalidade é o apoio ao utente, com o atendimento almejado ao cliente, esta capacidade se define como uma habilidade poderosa. Hospitalidade significa receber prazerosamente os viajantes, ao oferecer-lhes um lar longe do seu habitat natural. A palavra em si é derivada da latina “hospes”, que significa visitante ou estranho.

Se procurarmos uma definição de hospitalidade, condizente com o significado da palavra, em linguagem hoteleira, precisamos vê-la sob múltiplos pontos de vista; o do hóspede, dos operadores e o papel que a tecnologia desempenha. Do ponto de vista do hóspede, define um serviço cuidado, ambiente acolhedor e comida saborosa. Considerando que os operadores vêm a hospitalidade como uma receita que leva à repetição de negócios, é como tal que deve ser considerada. Embora a tecnologia exerça um grande papel na hospitalidade atualmente, não poderemos esquecer que a grande força por detrás, ainda é o ser humano e, como tal, a preparação deste para a responsabilidade que lhe é entregue, deve ser sempre analisada e valorizada.

 O que torna a hospitalidade tão especial?

Quem oferece a verdadeira hospitalidade “sente-a”, e fica feliz em saber que seus hóspedes estão satisfeitos e que as suas expectativas foram atendidas. No entanto, esta não termina com a experiência de chegada, pois as expectativas dos hóspedes são definidas na sua estadia completa.

Compreender as diferenças culturais, é crucial para fornecer um bom atendimento ao cliente em hotelaria. Os profissionais de um hotel devem estar cientes do facto de que algumas culturas podem ter expectativas diferentes em relação ao espaço pessoal e podem ser mais reservadas ou formais nas suas interações com outras pessoas. Isso inclui a compreensão das diferenças na linguagem corporal, níveis apropriados de toque físico e contato visual. Ao compreender estas diferenças culturais, os profissionais de hotelaria podem evitar qualquer ofensa ou desconforto não intencional no atendimento aos hóspedes.

Outro exemplo de diferenças culturais a ter em conta, é o uso de nomes e títulos. Em algumas culturas, é importante usar títulos formais ao dirigir-se a alguém, enquanto em outras, usar os primeiros nomes é mais apropriado. Estar ciente dessas diferenças e usar as formas indicadas de tratamento pode ajudar a construir confiança e respeito com hóspedes de diferentes culturas.

Além disso, compreender as diferenças culturais também pode incluir estar ciente e respeitar as práticas e crenças religiosas, bem como os valores pessoais.

O que é consciência cultural?

Consciência cultural é a sensibilidade e o reconhecimento de que existem diferenças culturais ou não semelhanças entre diferentes regiões e erudições do planeta, e a utilização dessa sensibilidade para criar formas de comunicação e respeito por essas diferenças, se apresenta como um grande auxiliar da hospitalidade. Os aspectos que distinguem as culturas podem incluir comportamentos, os alimentos e a maneira como são consumidos, onde e quando praticam a sua religião, como se comunicam e os seus antecedentes educacionais ou socioeconómicos.

Essas diferenças culturais podem surgir com uma vasta gama de interações e requisitos com clientes e funcionários, e é aí que muitas empresas podem melhorar.

Por que é importante diferenciar na hospitalidade?

Num mundo multicultural, é importante que todos os clientes se sintam seguros, bem-vindos e respeitados em qualquer serviço, cada uma merecendo o mesmo nível de respeito e acessibilidade que qualquer outro.

Ao atender a todas as culturas, você pode expandir o alcance de seus clientes e permitir o acesso de mais ainda, além de evitar a discriminação no local de trabalho.

Como a hospitalidade contribui para a sensibilidade cultural?

É importante reservar um tempo para se inteirar completamente sobre a questão da consciência cultural, e existem alguns fatores que podem ser implementados no trabalho de hotelaria sem grande esforço, para uma melhor experiência dos funcionários e dos clientes.

A sensibilidade cultural envolve o respeito aos costumes e tradições das pessoas. Isso pode se estender a restrições alimentares, práticas religiosas ou até mesmo organização de quartos. Deve incluir a evitação dos gestos, atitudes ou risadinhas furtivas dos funcionários, perante o que para eles é novo ou inusual, pelo que um treinamento sobre o assunto pode ser bem-vindo, para a carreira profissional destes.

 


1. Abraçando a Diversidade

Abraçar a diversidade é um aspecto essencial da sensibilidade cultural. Ao receber hóspedes de diferentes origens e culturas, um hotel pode criar um ambiente mais inclusivo e harmonioso para todos os hóspedes. Isso pode levar ao aumento da satisfação destes e à repetição de negócios. Outro aspecto de abraçar a diversidade é criar um ambiente inclusivo para hóspedes com deficiência, sendo acessível às necessidades destes, tais como fornecer quartos e instalações adaptadas ao seu uso. Além disso, abraçar a diversidade também inclui valorizar e respeitar as origens culturais de todos os hóspedes, independentemente de raça, etnia, religião ou orientação sexual. A hotelaria não coloca restrições de origem ou de qualquer outro tipo. Ser hoteleiro significa ter a mente aberta e um grande coração. A origem do nome surge de “hospedale”, que também engloba “hospital” e conduz portanto, a “portas abertas para quem precisar”.

A sensibilidade cultural é crucial para o sucesso na indústria hoteleira, pois garante que hóspedes de diferentes origens se sintam confortáveis e respeitados. Ao compreender as diferenças culturais, fornecer serviços personalizados, adaptar estilos de comunicação, respeitar costumes e tradições, fornecer comodidades culturais específicas, formar funcionários em sensibilidade cultural e abraçar a diversidade num hotel, pode melhorar significativamente a experiência do hóspede e construir uma reputação positiva.

 

2. Fornecimento de serviços personalizados:

Se os hóspedes habituais representam determinada cultura, personalizar os serviços para atender às suas necessidades específicas, pode melhorar muito a sua experiência. Um hotel pode oferecer opções de comida e ao prestar serviços personalizados, mostra que compreende e respeita as necessidades culturais dos seus hóspedes.


 Outro exemplo de prestação de serviços personalizados é oferecer assistência linguística para hóspedes que não falam fluentemente o idioma local. Isso pode incluir funcionários que falam vários idiomas, fornecimento de materiais traduzidos ou assistência linguística disponível por telefone ou recursos on-line. Ao fornecer assistência linguística, os hóspedes podem compreender e navegar melhor pelos serviços e comodidades oferecidos pelo hotel.

Além disso, a prestação de serviços personalizados também pode incluir a oferta de comodidades específicas da cultura, e isso pode ajudar estes a se sentirem mais confortáveis e conectados à sua própria cultura enquanto viajam.

 3. Adaptação de estilos de comunicação:

Adaptar os estilos de comunicação à cultura dos hóspedes pode ajudar a construir confiança e melhorar as interações. Algumas culturas podem preferir a comunicação indireta, enquanto outras preferem a comunicação direta. Ao estar ciente destas diferenças e adaptar o seu estilo de comunicação em conformidade, colocando informações por escrito ou através de canais de voz, os hoteleiros podem garantir que as suas interações com os hóspedes são claras e eficazes.

Outro aspecto da adaptação dos estilos de comunicação é estar atento e respeitar a comunicação não-verbal. Por exemplo, algumas culturas podem ter normas diferentes para contato visual, toque físico ou uso de gestos. Ao compreender essas diferenças e adaptar-se de acordo, a equipe pode evitar qualquer ofensa ou desconforto não intencional para os seus hóspedes.

Além disso, a adaptação dos estilos de comunicação também pode incluir estar ciente e respeitar as práticas e crenças religiosas. Algumas culturas podem ter rituais específicos para saudação e despedida, pelo que compreendê-los e respeitá-los, pode ajudar a construir a confiança e o respeito dos hóspedes.

 4. Respeitar os Costumes e Tradições:

Respeitar os costumes e tradições dos hóspedes é um aspecto importante da sensibilidade cultural. Por exemplo, a equipe de um hotel deve estar ciente do fato de que algumas culturas podem ter requisitos específicos de código de vestimenta ou podem ter rituais específicos de saudação e despedida. Ao compreender e respeitar estes costumes e tradições, os funcionários podem mostrar que valorizam e apreciam as origens culturais dos seus hóspedes.

 Outro aspecto do respeito aos costumes e tradições é estar ciente e respeitar as práticas e crenças religiosas. Algumas culturas podem ter requisitos específicos para oração ou adoração, e compreendê-los e acomodá-los sem atitudes críticas ou limitantes, ajudará a construir a confiança e o respeito necessário a uma boa hospitalidade.

Ao respeitar os costumes e tradições dos hóspedes, um hotel pode criar um ambiente mais acolhedor e inclusivo, o que pode levar a uma maior satisfação dos hóspedes e à repetição de negócios.

 5. Fornecimento de comodidades culturais específicas

Fornecer comodidades que atendam às necessidades culturais dos hóspedes pode melhorar muito a experiência destes. Por exemplo, um hotel pode fornecer roupões e chinelos tradicionais para hóspedes da Ásia ou incluir no menu pratos de iguarias selecionadas. Ao fornecer estas comodidades culturais específicas, pode mostrar que compreende e aprecia as origens culturais dos seus hóspedes, o que sem dúvida levará a uma maior satisfação destes e à repetição de negócios. Outro aspecto do fornecimento de comodidades culturais específicas é estar ciente e facilitar as restrições alimentares horárias ou de certos dias ou datas do ano.

 


6. Formação do pessoal em sensibilidade cultural

A formação do pessoal em sensibilidade cultural é crucial para garantir que os profissionais sejam capazes de prestar um bom atendimento a hóspedes de diferentes origens. E pode incluir informações sobre costumes e tradições culturais, bem como sobre como se comunicar eficazmente com hóspedes de diferentes culturas. Ao treinar a sua equipe em sensibilidade cultural, um estabelecimento pode garantir que ela esteja preparada para lidar com uma gama diversificada de hóspedes e pode fornecer atendimento personalizado para clientes de diferentes origens. Isso pode levar ao aumento da satisfação dos hóspedes e à repetição de negócios. Outro aspecto da formação dos funcionários em sensibilidade cultural é ensiná-los a adaptar os seus estilos de comunicação à cultura dos seus hóspedes. Algumas culturas podem usar a comunicação indireta, enquanto outras preferem a comunicação direta, pelo que os funcionários devem ser formados sobre como se comunicar eficazmente com hóspedes de diferentes culturas. Além disso, a formação do pessoal em sensibilidade cultural também pode incluir educação sobre como respeitar e acomodar os costumes e tradições dos hóspedes, com as dos próprios profissionais.

 O processo de contratação

Se está procurando mais funcionários, preste atenção em como recruta e avalia os seus candidatos. Você pode até usar um líder de equipe para garantir um processo de recrutamento justo e objetivo.

 Acomodando crenças e rituais

Pense, se for possível, em reservar espaços privados para oração no seu estabelecimento, para acolher as origens religiosas e tome nota dos eventos do calendário de significado cultural – especialmente quando estes eventos não são feriados. Certas práticas religiosas têm horários rígidos para as refeições, portanto, considere flexibilizar, se lhe for possível, para acomodar essas mudanças. A apresentação de uma capela ou oratório, também pode ser um atrativo em alguns casos ou locais.

 Acomodando sua equipe

Não são apenas os clientes, mas também os funcionários. Certifique-se de criar para todos os funcionários o mesmo espaço de apoio que cria para seus clientes, incluindo tempo para oração e prática religiosa, regimes de trabalho flexíveis para feriados e eventos culturais e respeito mútuo entre colegas.

Criando um negócio inclusivo

Todos queremos nos sentir bem-vindos quando visitamos um novo estabelecimento, e os empresários podem tomar algumas medidas simples para garantir um ambiente inclusivo. Lembramos às empresas que considerem a importância da diversidade cultural na hospitalidade e implementem mudanças para os seus funcionários e para os seus clientes.

 Este texto tem apenas a Intenção de informar e preparar os leitores que busquem novas possibilidades de melhorar o seu negócio, e não pretende apresentar o que está escrito, como uma necessidade ou obrigatoriedade para o negócio da Hospitalidade, exceto naquilo que se refere a valorização do Serviço e atendimento ou tratamento ao Hóspede.

 


O ato da hospitalidade é inspirado num verdadeiro espírito Cristão e, segundo Os Escritos, os judeus acreditavam que Deus o fiscalizava, enviando às vezes anjos disfarçados para verificar se as pessoas estavam de fato obedecendo à lei da hospitalidade.

Eles sabiam que isso acontecera com Abraão (Gn 18.2-13) e com Gideão (Jz 6.17-22), e presumiam portanto que a mesma coisa poderia acontecer-lhes (Hb 13.2).

A hospitalidade era tão importante que os judeus consideravam a bênção final como um grande banquete dado pelo próprio Deus (Sf 1.7). E Jesus falou desse mesmo tema na parábola: “O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho” (Mt 22.2-14).

Nos dias do Novo Testamento, a recusa em dar hospitalidade equivalia a uma rejeição (Mt 10.14), e tornou-se então essencial que os cristãos fossem hospitaleiros (Gl 6.10; 1 Pe 4.9).

Embora tal prática desse proteção moral devido ao caráter de várias estalagens, e em vista de muitos cristãos terem de deixar suas casas por causa da perseguição, era ainda mais que isso: “hospitalidade” era considerada “Philo xênia”, ou seja, “amor pelos outros”.

 Eu ainda conheci em Portugal, os tempos em que nas pequenas aldeias e vilas interioranas que não tinham pensões ou estabelecimentos públicos de alojamento, havia cidadãos que “davam” pernoite aos viajantes, havendo apenas que indagar quem eram e a eles se dirigir. O meu pai escreveu um romance a que deu o título de “O Solar da Baronesa”, onde esse assunto foi perfeitamente documentado, e que estava à venda em livros da Amazon.

 

Hospitalidade é “receber de Coração Aberto” e colocar as pessoas à vontade.

Seja Hoteleiro ou Profissional de Hotelaria, em toda a Sua Plenitude.

 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Orgulho

 

Uma Barreira Que Nos Limita

O orgulho é uma concepção complexa, às vezes conceituada positivamente (como uma reação emocional esperançosa a um sucesso pessoal) e muitas outras vezes veiculada negativamente (como exibição de sentimentos, opiniões e conceitos arrogantes ou vaidosos). Com base nesta dicotomia, Tracy e Robins (2007) citaram que o orgulho se apresenta em duas facetas: orgulho autêntico (AP) e orgulho arrogante (HP) e por mais de uma década, estes pesquisadores usaram esse modelo de duas facetas para investigar semelhanças e diferenças desta dicotomia, apresentando resultados de saúde mental, elevação de status social e tendências de atribuição, mostrando que AP e HP são construtos que muitas vezes se alinham de maneiras opostas com a personalidade e variáveis relacionadas, com AP exibindo associações que sugerem melhor saúde psicológica do que HP.

 

O orgulho é uma emoção autoconsciente relacionada ao status, e o estudo teve como objetivo investigar a natureza
do status por trás do orgulho em quatro estudos usando o modelo original, mas diferenciando status social subjetivo (SSS) e status social objetivo (OSS). Todos os estudos deram evidências do SSS, estratégia de manutenção do status de prestígio, como padrão de relacionamento de orgulho autêntico. Resultados igualmente consistentes foram encontrados em relação à estratégia de manutenção do status de dominância → ligação ao orgulho arrogante. Com base nestes resultados, uma coisa pode ser tomada como certa: o orgulho é uma emoção subjetiva relacionada com o status.

É visto tanto como uma emoção autoconsciente quanto como uma emoção social. Estas categorias não são mutuamente exclusivas, mas trouxeram ideias diferentes sobre o orgulho como algo que gira em torno do eu[i],ou do relacionamento de alguém com os outros. As medidas atuais de orgulho não incluem elementos intrapessoais, mas as comparações sociais, que normalmente causam experiências de orgulho, contêm três elementos: o eu, a relação entre o eu e outra pessoa e a outra pessoa. Os dados revelaram consistentemente que a exibição do orgulho é caracterizada pela supervalorização pessoal, e não pelo distanciamento nem pela desvalorização do outro. O indivíduo usa o orgulho para se supervalorizar, buscando aparecer superior a terceiros que não lhe reconhecem a superioridade.

 

Palavras-chave: Orgulho; orgulho autêntico; experiência emocional; fenomenologia; supervalorização pessoal; comparação Social.

 

Como vimos pela parte inicial deste texto, o orgulho tem muitas facetas. Por esta razão, ter uma boa opinião sobre si próprio, deve ser tratado com ponderação e continência. A sua posição, suas habilidades, e suas realizações, são coisas que se avaliadas em condições que ultrapassem o aceite como amor próprio, podem subir à cabeça, destruir o bom senso, e transformar o indivíduo em um idiota. O orgulho forma uma combinação poderosa com Ambição, Ganância, Megalomania e Insanidade, e esses pecados capitais derrubaram mais heróis e vilões do que Homero poderia citar. Como uma falha humana fatal ou um “calcanhar de Aquiles”, é um clássico mais antigo que o feudalismo e provavelmente não desaparecerá tão cedo. Há uma razão pela qual este é um (e também o pior) dos Sete Pecados Capitais, e porque um personagem muito secundário na Mitologia Clássica é o Nomeador comum para o Transtorno Narcisista.

Um indivíduo pode “destruir-se” com orgulho, ego e arrogância, por aparecer e agir acima do que realmente é. E esta atitude pode tornar-se altamente tóxica para a sua convivência social, para a família e amigos, e para as relações comerciais ou de trabalho.

A autoglorificação é o mantra das pessoas orgulhosas: “Olhe para mim, veja quem eu sou, veja como eu faço as coisas”.

 

O perigo do orgulho

O orgulho é a única doença conhecida pelo homem que deixa todos doentes pelo contato, exceto aquele que o tem, e o orgulho arrogante é uma marca registrada comum entre a maioria dos políticos. Aqueles que se entregam a isso tendem a ser narcisistas, arrogantes e manipuladores e são essencialmente agressores. Sempre assumindo que sabem mais, e que sabem melhor do que ninguém, o seu comportamento reflete uma presunçosa justiça própria e a crença vangloriosa de que “só eles” têm as soluções, a força e a superioridade para estar no controle da vida dos outros.

Um indivíduo pode ser vítima do orgulho por vários motivos:

1.    Egocentrismo

2.    Insegurança profunda e sentimentos de inadequação

3.    Imaturidade e incapacidade de lidar com responsabilidades

4.    Personalidade narcisista

5.    Incapacidade de lidar com bens, posses, posição e sucesso

Quando um espírito de orgulho governa, acreditamos que estamos sempre certos e que somos mais importantes e melhores do que as outras pessoas. O orgulho nunca admite seus fracassos. Em vez disso, a pessoa orgulhosa culpa os outros e busca continuar avançando, pensando cegamente na autogratificação.

Sinais de alerta específicos nos dizem quando um espírito de orgulho governa nossas vidas. Embora a lista seja longa, certamente inclui as seguintes características óbvias:

·      Arrogância

·      Auto-engrandecimento

·      Autopromoção

·      Fixação em ser o número um ou o primeiro

·      Senso superinflado de auto-importância

·      Presunção

·      Sentimentos de superioridade e comportamento esnobe

·      Recusa em aceitar ou ouvir conselhos de outras pessoas

·      Espírito de rebelião

·      Necessidade obsessiva de ser o centro das atenções

·      Sentido pessoal de direito

·      Disposição para “usar pessoas” e tirar vantagem dos outros

O orgulho está na raiz de todo pecado de acordo com a Bíblia (Isaías 14:12-14), e não é por acaso que “eu” está no centro da palavra “pecado”. O orgulho de uma pessoa leva-a a fazer afirmações exageradas e a garantir que seja reconhecida, honrada e celebrada pelo que faz.

O orgulho é exibido abertamente por alguém que está “empolado” ou “ensoberbado”, e se posiciona num pedestal criado por si próprio, colocando-se acima dos outros. Está sempre em busca de poder, prestígio, posição e glória própria.

Não é de admirar que o professor da Bíblia britânico, John Stott, tenha dito uma vez: “O orgulho é o seu maior inimigo, a humildade é o seu maior amigo”. Esta declaração vai direto ao cerne do que a Bíblia ensina sobre a raiz mortal dos nossos pecados, problemas e dificuldades.



 

Citações sobre o Orgulho

- Lucas 18:11-12 (TLB) O fariseu orgulhoso e hipócrita fez esta oração: “Graças a Deus, não sou um pecador como todos os outros, especialmente como aquele coletor de impostos ali! Pois nunca trapaceio, não cometo adultério, jejuo duas vezes por semana e dou a Deus um décimo de tudo que ganho”.

- Lucas 14:11 (NCV) Jesus disse: “Todos os que se engrandecem sairão humilhados”.

- William Shakespeare: “Quem é orgulhoso come a si mesmo: o orgulho é o seu próprio copo, a sua própria trombeta, a sua própria crónica!”

- Mais do que qualquer outra coisa, Deus não gosta do orgulho arrogante e acabará por derrubá-lo. Considere o exemplo bíblico de três Reis…

- Daniel 5:20 (MSG) Nabucodonosor desenvolveu uma cabeça grande e um espírito duro. Então Deus deixou que caísse de seu cavalo e despojou-o de sua fama.

- Atos 12:23 (MSG) Deus achava exagerada a arrogância de Herodes e enviou um anjo para ajudá-lo. O rei Herodes não deu crédito a Deus por nada. Ele Caíu. Podre até a medula, ele morreu.

Deus é muito específico. Ele não aceita o orgulho. Na verdade, está no topo da lista dos pecados que Ele mais despreza:

- Provérbios 8:13 (NLT) Deus diz: “Evitem o orgulho e a arrogância, a corrupção e a linguagem perversa!”

-Ann Landers: “Não aceite a admiração do seu cachorro como prova conclusiva de que você é maravilhoso!”

- O Revivalista Jonathan Edwards chamou o orgulho de “a pior víbora que há no coração” e “o maior perturbador da paz e da busca pela felicidade”. Ele classificou o orgulho como o pecado mais difícil de erradicar e “o mais oculto, secreto e enganoso de todos os desejos”.

- O orgulho foi o primeiro pecado que entrou no universo e a razão da transformação de Lúcifer em Satanás (Isaías 14:12-15). De todos os pecados listados na Palavra de Deus, o orgulho é o mais destrutivo.

 



Conclusão

Uma demonstração de Orgulho, pode ser uma simples e despretensiosa efusão de alegria, por ter conseguido algo que o deixou satisfeito, o que é uma atitude plenamente aceitável.

Ou pode ser uma doentia demonstração de Arrogância e Presunção, que o coloca numa situação de presumível doente mental, com perigo de nefasta intervenção social. Que cada um se cuide e faça a sua análise pessoal.

 

Orgulho não é grandeza, mas inchaço. E o que está inchado parece grande, mas não é sadio.

Santo Agostinho



[i] Conceito de Eu (psicanálise)

 

A palavra “eu” pode ter vários pontos de vista. Em primeiro lugar, a palavra se refere à individualidade pessoal, a primeira pessoa do singular que acompanha um verbo. O “eu”  é importante na vida das pessoas, uma vez que cada ser humano está acostumado a observar a realidade a partir do seu próprio ponto de vista.

O excesso do uso da palavra “eu” pode mostrar um individualismo exagerado por parte daquele que se fecha em si mesmo e não vê além dos limites do seu ego. São pessoas que tendem em ocupar grande parte do seu tempo em conversas com amigos para falar de si mesmas. Colocar limites no ego também é um gesto de inteligência emocional para estabelecer boas relações pessoais, uma vez que todo vínculo afetivo parte da igualdade entre duas pessoas.

Do ponto de vista psicológico, o conceito Eu está dentro da teoria da psicanálise fundamentada por Freud que remete a relação da realidade de uma pessoa através do Eu. A partir deste ponto de vista, esta parte da personalidade é expressa através do princípio da realidade. O “eu” exerce um trabalho conciliador entre o ego e o superego. Então, no que consiste o trabalho de mediação? O “eu” dá equilíbrio aos desejos do ego que podem não encaixar em suas expectativas realistas e em sua própria realidade.

O “eu” também se refere à própria ética em ajustar os desejos aos valores pessoais. Deste modo, enquanto o ego busca o prazer de forma desmedida, pelo contrário, também persegue o prazer dentro de um critério lógico e uma ordem realista. Do ponto de vista da psicanalise, a mente humana está composta por três pilares fundamentais que mostram uma harmonia entre si: o eu, o ego e o superego.

Por outro lado, e ego contém todos os instintos sexuais e agressivos. Como aspecto, vale ressaltar a teoria psicanalista de que o ego é o único componente da personalidade presente na mente humana desde o momento do nascimento,que se desenvolve ao longo da vida. O ego exacerbado pode remeter ao plano inconsciente. E, o inconsciente... é incontrolável... 

domingo, 3 de dezembro de 2023

Visão Gerencial Evolutiva


A Gestão Participativa

Aprendemos Todos os Dias, Com Todos à Nossa Volta

 

A gestão hoteleira não é apenas uma carreira; é uma paixão que requer um delicado equilíbrio entre criatividade e precisão. É a arte de fazer alguém se sentir em casa, mesmo estando longe dela. É a ciência de compreender as preferências dos hóspedes e antecipar as suas necessidades antes mesmo de ser questionado. E é a magia de transformar momentos comuns em memórias inesquecíveis. Diremos que isso também inclui, ter empregados felizes, produtivos e diligentes.

Para definir adequadamente, o conteúdo do parágrafo anterior, diremos que a gestão hoteleira refere-se à arte e ciência de gerir e operar atividades, incluindo hotéis, restaurantes, resorts, locais de eventos e outros negócios relacionados, tornando-os lugares de satisfação para clientes e empregados, e não apenas de uso por necessidade dos utentes, ou de quem precisa de trabalhar para subsistir. Envolve supervisionar vários aspectos desses estabelecimentos, como atendimento ao hóspede, operações, marketing, finanças, recursos humanos e muito mais, com o objetivo final de proporcionar experiências excepcionais aos clientes e maximizar a lucratividade.

Para concretizar uma gestão satisfatória de todas essas atividades, foram criadas imensas matérias, e a maior parte dos hoteleiros acredita agora, que a Gestão só pode melhorar através da capacidade individual dos indivíduos selecionados, ou pela sua eficácia profissional.

Mas quem gerencia deve estar consciente, que os principais benefícios vêm também da experiência dos profissionais ao serviço da empresa, e através da redução no esgotamento físico destes, bem como da boa condução de custos, e do aumento das receitas e da produtividade.

Os gestores de todos os setores, têm uma riqueza de insights[i] ao seu alcance, se reservarem um tempo para analisar o feedback[ii] dos funcionários que pode chegar até si, tais como avaliações de desempenho e opiniões, além das dos clientes sobre o Serviço. A coleta, análise e esclarecimento dessas informações, pode-lhes proporcionar, maneiras de alcançar resultados importantes para os funcionários e para os negócios. Nos meus tempos de gestão já era comum dizer-se, que o gerente conhecia 40% dos problemas do hotel, mas os empregados conheciam 100% deles.

“A grande verdade é que a maioria das organizações na hotelaria, ainda não entenderam o que podem fazer com a experiência dos funcionários”, para além do âmbito dos serviços que estes executam”. “Muitos ainda estão nadando e prestes a soçobrar, conversando com seus funcionários apenas algumas vezes por ano com pesquisas de engajamento, e perdem a oportunidade de descobrir oportunidades para melhorar continuamente o desempenho, o envolvimento e a satisfação dos seus colaboradores, o que os conduziria mais facilmente à satisfação da clientela.”

 Mas esse não precisa ser o seu caso. Analise quais os benefícios que pode obter da experiência do funcionário, e o que as “marcas” podem esperar desfrutar ao se envolverem em esforços de escuta dos seus colaboradores, que vão além do feedback destes em tempo real, para identificar os erros e dificuldades por eles detectados no seu dia a dia, e descobrindo as maneiras mais eficazes de abordá-los. Isso pode ser conseguido incentivando a participação do pessoal e a criação de cadernos para recolha de opiniões, onde estejam esclarecidos:

Os pontos que não podem ser modificados e,

Os pontos para os quais serão aceites sugestões dos profissionais, para análise da Gerência.

 1. Reduza o esgotamento e a rotatividade de seus profissionais

A retenção de funcionários na hotelaria é um verdadeiro desafio, que só foi exacerbado pelas convulsões no setor como resultado da pandemia, de acordo com um estudo recente conduzido com trabalhadores de hotelaria nos Estados Unidos e na Europa:

Quase 59% dos trabalhadores do setor hoteleiro dos EUA dizem que trabalham com menos funcionários do que antes da pandemia e 48% dos trabalhadores do setor hoteleiro dizem que a forma como a sua organização lida com o aumento das viagens tem sido “apenas 0”. Mas 38% dos trabalhadores da hotelaria em todo o mundo consideram abandonar – ou já têm planos de abandonar – a indústria nos próximos tempos.

Dito isto, concentrar-se na experiência dos funcionários, e ouvi-los para reunir as suas principais percepções, de como implementar mudanças nas políticas e práticas diárias da empresa, pode ajudar as organizações de hotelaria que enfrentam dificuldades com a rotatividade.

Segundo o autor Jacob Morgan no livro “The Employee Experience Advantage”: Os líderes que usam a experiência do funcionário para estudar melhorias, têm 40% menos rotatividade em comparação com seus concorrentes.

2. Promova economia de custos e receitas

As “marcas” que não conseguem conter a onda de rotatividade de funcionários no setor hoteleiro, enfrentam custos significativos relacionados ao recrutamento e à integração de substitutos para os funcionários que saem. De acordo com a Gallup, isso representa US$ 1 trilhão para empresas nos EUA e: a despesa com substituição de funcionários que deixam voluntariamente a sua organização, chega de 1,5 a 2x o salário anual dos funcionários.

Além de economizar dinheiro, as marcas que impulsionam o envolvimento dos funcionários, melhorando a sua funcionalidade com a experiência destes, também podem ganhar mais dinheiro. As empresas que são líderes em ouvir e utilizar a experiência dos funcionários para fazer mudanças internas de otimização, têm 12 vezes mais probabilidade do que as retardatárias de um crescimento na receita anual de mais de 20%.

3. Maximize o desempenho dos funcionários

De acordo com um estudo sobre a compreensão da razão pela qual os colaboradores abandonam os seus empregos em hotelaria, mais de metade dos trabalhadores assalariados (56%) e horistas (64%) afirmam que a sua empresa pede a sua opinião, uma vez por ano, ou nem sequer pede feedback.

Isso é uma desvantagem para estas organizações, pois garantir que os funcionários colaborem com as suas opiniões e o feedback, é uma forma incrivelmente poderosa de incentivar a inovação e o envolvimento dos trabalhadores.

De acordo com a Experiência, os funcionários que sentem que a sua voz é ouvida, para melhorias na área de Serviços, têm quase cinco vezes mais probabilidade de se sentirem capacitados para realizar melhor o seu trabalho.

4. Faça com que o seu empreendimento seja visto como um ótimo lugar para trabalhar

Não só as marcas de hotelaria falham na recolha de feedback dos funcionários, como menos de um quarto (21%) dessas empresas tomam medidas com base nesse feedback, e isso é algo que pode impactar a sua reputação como empregadores.

Apenas 28% dos trabalhadores da linha de frente cujas empresas NÃO pedem feedback recomendariam a empresa como um ótimo lugar para trabalhar.

Apenas 25% dos trabalhadores da linha de frente cujas empresas pedem feedback, mas NÃO agem com base no feedback, recomendariam a empresa como um bom lugar para trabalhar.

80% dos trabalhadores cujas empresas pedem feedback dos funcionários e depois agem de acordo com esse feedback recomendam a empresa como um ótimo lugar para trabalhar.

“Estas são estatísticas surpreendentes que ilustram o quão crítico é não coletar feedback, ou agir de acordo com ele”, afirma Lorena Kurtjian Hernandez, Diretora Sênior, Diretora de Soluções, Viagens, Hospitalidade e Restaurantes.

 “Os líderes em utilizar a experiência dos funcionários fazem mais do que coletar dados e aplicá-los, eles estão ganhando dinheiro extra, e mais clientes, pela satisfação destes.

 


Esta atitude é válida em qualquer país do Mundo, mas no meu entender, é altamente valiosa no Brasil.

Quando aqui cheguei em 1976, coloquei em prática a minha frase de “Aprendizado permanente”, e obtive resultados surpreendentes, ao verificar que o brasileiro tem um caráter altamente participativo, o que me ajudou a alterar os métodos gerenciais que trazia da Europa, onde normalmente, os profissionais recebem uma linha de trabalho, a qual seguem na execução das suas responsabilidades. No Brasil, aconselho que seja feito um bom treinamento e sejam dadas duas linhas, com algum espaço para movimentação do empregado e aplicação de algo pessoal, dentro do que for aceitável. O espaço entre essas duas linhas, pode ser alargado ou estreitado, de acordo com os resultados apresentados, permitindo que o empregado trabalhe feliz pela sua participação na qualidade do resultado obtido.

Colocámos um quadro na Portaria de Serviço, para receber sugestões dos empregados sobre o seu próprio serviço e discutíamos com eles as sugestões apresentadas. As que podiam ser aceites, eram acrescentadas aos Padrões e postas em prática. Para as que não podiam por falta de oportunidade ou custo, eram explicadas as razões e agradecida a colaboração, aguardando-se outra oportunidade para nova análise. Criou-se um ambiente participativo, de que as sugestões de alteração não vinham do 1º Andar, mas partiam dos empregados, o que levou o pessoal a ficar feliz com a sua inclusão nisso. As inspeções mensais de Qualidade, eram feitas por uma equipe composta por 1 representante de cada Setor e um supervisor de Serviços, os quais eram selecionados entre as equipes e mudavam periodicamente. Os resultados da Inspeção eram tornados públicos no Quadro da Portaria de Serviço, e feitas se possível, as correções solicitadas, depois de analisadas e corrigidas, se necessário, de acordo com os interesses do Serviço, da Empresa e das leis em vigor.

Como tínhamos 7 hotéis, na entrada de um novo Gerente para qualquer deles, estava incluído nas normas, que ele ficaria dois meses comigo para absorver os  métodos da Empresa e eu já contava que, ao fim de 15 dias, ele se me dirigia pávido, “Mas este pessoal trabalha ‘apavorado’, ‘Isto não se faz porque o Gerente não quer’, ‘Isso não se faz porque o Gerente não deixa’, ‘Isso só se faz com aprovação do Gerente’! o que me levava a uma Sessão de apaziguamento, explicando: “Essa é a grande atitude do pessoal que qualquer Gerente pode desejar! Eles cumprem com satisfação o que lhes foi pedido, mas poderiam dizer “O fdp...quer assim, mas nós vamos fazer ao contrário!’ e eu teria que aguentar ou demiti-los, com todos os custos inerentes”.

“Mas com essa atitude estou feliz...e eles também!”

In hoc Signo Vinces!



[i] Insight na Psicologia

1. Clareza súbita na mente, no intelecto de um indivíduo; iluminação, estalo, luz.

2. Compreensão ou solução de um problema pela súbita captação mental dos elementos e relações adequados.

 

PSICOLOGIA

Insight é um conceito muito relevante na Psicologia da Gestão. Indica a apreensão da verdadeira natureza de uma coisa, através de uma compreensão intuitiva.

Também remete para uma visão mental ou discernimento que capacita ver situações ou verdades que estão escondidas. Muitas vezes é essencial para resolver problemas de relacionamentos, sendo que na psicoterapia um insight permite reconhecer as causas de dificuldades emocionais.

O insight também entra no campo da introspecção e autoconhecimento, pressupondo um conhecimento daquilo que motiva o comportamento, pensamento ou ação do indivíduo.

[ii]O conceito de feedback é definido como a comunicação feita entre duas ou mais pessoas, na qual uma delas é avaliada pelos demais com relação às suas ações, comportamentos e tarefas, entre outros. Em outras palavras, significa “dar um retorno” às pessoas para orientá-las sobre sua performance e como esta pode melhorá-la.


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