quarta-feira, 11 de outubro de 2023

 

Atitude Mental 


Mentalidade Construtiva ou Evolução Mental

A mentalidade, ou série de conceitos que molda a concepção individual de enxergar a vida, é algo que está relacionado a outros processos do intelecto, e às formas de resolver problemas, de encarar as dificuldades e ao posicionamento perante determinadas situações. Surge da mente e rege a inteligência, o intelecto, entendimento, pensamento, raciocínio, capacidade, razão, sagacidade, gênio, lucidez e perspicácia. Uma evolução mental ou mentalidade construtiva, que na linguagem profissional está se impondo e circulando com a designação importada de “mindset”, é uma abordagem do processo que sustenta que o talento e a capacidade podem ser desenvolvidos. Indivíduos com mentalidade construtiva assumem tarefas desafiadoras em vez de terem medo de falhar. O crescimento acontece na vida, através de perseverança e trabalho árduo, não de sorte.

As mentalidades construtivas veem os obstáculos como desafios – eventos que ajudam a desenvolver a atividade cerebral e criam a diferença entre as mentalidades de crescimento e as fixas. A pessoa com uma mentalidade construtiva garantirá evolução e estará aprendendo continuadamente, até com os seus fracassos (não se curvando ao fato de não ter sido capaz de fazer algo), enquanto alguém com uma mentalidade fixa pode relutar em tentar de novo, se falhar num experimento inicial.

Embora nunca seja tarde para mudar a mentalidade, começar agora mesmo o colocará mais cedo na direção certa para o almejado sucesso. Isto não quer dizer que se deve mudar a cada vez que se aprende algo novo, mas sim, que se deve ampliar o nosso campo de visão e expandir os nossos horizontes, abarcando com os novos conhecimentos um campo maior de aceitações, por uma melhor compreensão do Mundo à nossa volta.

Inicialmente, analise a sua forma de encarar os acontecimentos, e verifique a que distancia está de conseguir uma mentalidade construtiva. Talvez você tenha amigos que insistem em aprender mais sobre o que lhes interessa, ou talvez você tenha persistência ao enfrentar novos desafios no trabalho. Ambos são sinais de uma tendência, e facilidade em evoluir para uma mentalidade construtiva!

A melhor maneira de adquirir uma atividade cerebral progressiva, é ultrapassando naturalmente os obstáculos à sua frente e, ao fazer isso, incentivará outros com o seu progresso. Em breve, todos no seu âmbito começarão a ponderar: “Por que não pensei nisso também?!”

Pessoas com mentalidade construtiva querem mais da vida e mais de si mesmas. Mas os de mentalidade fixa não precisam continuar assim, e podem igualmente desenvolver uma mentalidade construtiva.

É preciso algum tempo e força de vontade para mudar a mentalidade, mas você tem mais controle sobre isso do que imagina. Com o conhecimento, a motivação e o apoio certos, pode-se fazer uma mudança que melhore o desempenho em qualquer área da vida — sucesso acadêmico, sucesso profissional ou bem-estar pessoal. Vejamos cada etapa necessária para cultivar uma mentalidade construtiva.

Ative seus motivos: saiba o que você almeja

Qual é o motivo certo para cultivar uma mentalidade construtiva? Existem muitos! Pense na vida com todas as possibilidades que ela oferece. Aprenda coisas novas e descubra a sua capacidade de ir mais adiante. Ponha de lado as convicções limitantes que não o estão ajudando agora, e exercite o seu potencial de seguir em frente. Incite o seu amor próprio– você pode mudar a sua mentalidade. Só precisa tentar!

A maior barreira é manter ideias que não apoiam a evolução para uma mentalidade construtiva.

Outro obstáculo é a falta de confiança. Se você não acredita que pode mudar a sua mentalidade, (ou maneira de ver as coisas) será preciso criar mais motivação e energia para fazer a mudança. Se estiver tendo problemas para isso, analise qual é o conceito ou princípio que o está atrapalhando. Ideias antiquadas podem dificultar? Porquê? Você pode pensar, por exemplo: “Não posso mudar minha mentalidade porque o meu intelecto não vai acompanhar. Tenho limitações.” Estou ligado a muitas das minhas concepções atuais e isso me impede de aceitar outras. Não posso contrariar os preceitos da minha religião. Mas o que realmente estará acontecendo é que você aprendeu algumas regras antigas sobre inteligência que já não são muito úteis, por não terem acompanhado a evolução dos tempos.

 

.Evolução Mental - Mindset


Eis algumas novas ideias para experimentar: “Se eu continuar crescendo e aprendendo, posso me tornar mais esclarecido e conhecedor. A evolução me ajudará a progredir e a ultrapassar obstáculos”. Ampliar os meus relacionamentos. Ser menos crítico e mais compreensivo. Ter mais Paz.

Dê pequenos passos em direção às metas que lhe pareçam alcançáveis.

Por exemplo, se você não tem certeza de que sua percepção e discernimento podem crescer com algum esforço e prática, comece com uma meta onde o resultado seja apenas para si (para a sua análise pessoal) – talvez escrever todos os dias durante duas semanas, acontecimentos que não lhe ficaram claros e que pretenda analisar posteriormente. Escreva três coisas que aconteceram, todos os dias. Se ajudar, crie outras tarefas no papel para poder medir o seu progresso. Mude para outras coisas semelhantes, a cada uma ou duas semanas, até que escrever se torne algo que você deseja fazer naturalmente. Sinta-se lisonjeado e regozije-se no seu amor próprio, sempre que notar melhorias na sua nova forma de pensar.

Encontre maneiras de obter apoio social de pessoas que apoiarão o seu esforço para mudar a mentalidade.

Fale sobre o que o está impedindo, com alguém que se preocupa consigo e deseja que você tenha sucesso. Peça alguma ajuda! Se achar que isso lhe facilitará o avanço.

Há muito o que aprender sobre mentalidade e você não pode saber tudo de uma vez. Pratique formas de pensar que o ajudarão a fazer a mudança. Aprenda como se livrar de limitantes e pensamentos autodestrutivos.

Encontre modelos: observe como outras pessoas fazem a mudança.

Entre em contato com seus ídolos acadêmicos ou profissionais e pergunte-lhes o que eles pensam sobre mentalidade. Observe a maneira como eles explicam problemas difíceis de uma forma que demonstra confiança.

Supere os desafios imediatos (tomando medidas para fazer a mudança) Se suposições antigas o impedem, anote todas as suas antigas teorias – e vá substituindo aquelas que não o ajudam mais.

Seja simpático e paciente consigo mesmo. Desafiar as suas opiniões pode parecer ameaçador, especialmente quando há pessoas por perto que perceberão se a mentalidade fixa reaparecer. A mudança leva tempo! Aceite esse fato e prossiga no seu próprio ritmo.

Mas como se faz a mudança? Simplesmente tentando – de novo e de novo – até que se torne natural pensar na inteligência e tudo que ela comanda, como algo que cresce com o esforço. Mudar a sua mentalidade pode levar tempo, então seja paciente consigo mesmo. Aprender algo novo é uma coisa maravilhosa!

Mas a motivação é essencial. Você não pode desistir até conseguir o que deseja. Então, quando parecer difícil continuar se esforçando, pergunte-se: O que farei com os valores e benefícios que receberei se fizer da mentalidade construtiva minha nova realidade?

A próxima vez que ouvir alguém dizer “Não posso mudar” ou “Não sou inteligente o suficiente”, lembre-se de que essas afirmações são limitações dos sistemas de convicções. Lembre-se também de que sempre há outra maneira de ver as coisas. Quando ouvir ou disser “Não posso mudar”, pergunte-se: porquê?

Aceite suas imperfeições e procure ultrapassá-las

Para superar nossas falhas, devemos aceitá-las. Quanto mais negarmos nossas imperfeições, mais tempo elas permanecerão conosco. Nós sempre prosperamos com as críticas, porque elas nos ajudam a compreender o que precisamos melhorar para alcançar um padrão mais elevado de sucesso que nos possa deixar satisfeitos.

Crescemos quando somos desafiados, então pare de fugir de suas dificuldades e problemas ou de inventar desculpas para si mesmo. Ser perfeito é chato e pouco inspirador – aceite suas falhas e supere-as. Caso contrário, elas simplesmente se acumularão ao seu redor, uma coisa de cada vez, até que você crie uma bola de lixo emocional à sua volta, tanto mental quanto espiritualmente.

O fracasso não é fatal; mas a inação é – porque quando falhamos, aprendemos o que não funciona para que da próxima vez tentemos novamente com melhor compreensão, mais experiência e uma abordagem mais sábia da situação.

Ao arriscar-se ao fracasso, você pode ter sucesso, mas ao não arriscar nada, você garante que tudo o que conseguirá será o que já tem. Portanto, não tenha medo; dê esse primeiro passo – e depois outro. Até que esteja em movimento, suas verdadeiras habilidades permanecerão desconhecidas, para si e para todos.

Compromisso significa manter o foco em seus objetivos e resistir às distrações e às tentações de desistir ao primeiro sinal de dificuldade.

Controle, significa manter o comando das emoções e do comportamento, não desistindo quando as coisas parecem sombrias; praticar a contenção mesmo quando as emoções estão intensas; estar aberto a novas ideias/perspectivas apesar de ter opiniões estabelecidas; renunciar até mesmo a atividades agradáveis, se isso interferir no progresso em direção a objetivos importantes (como fazer exercícios em vez de assistir TV ou ler um livro sobre sucesso)

Confiança significa ter forte comprometimento, otimismo e esperança, mesmo quando você se depara com um fracasso na vida; manter a fé de que pode alcançar seus objetivos apesar de contratempos ou obstáculos; confiar em si mesmo para tomar as medidas necessárias em direção a metas importantes, não importa o que esteja no caminho. É daí que vem o GRITO![i].

A diferença entre aqueles que têm sucesso e aqueles que fracassam, reside nas respectivas definições de fracasso. Aqueles que vêm os desafios como oportunidades em vez de obstáculos terão sucesso; aqueles que desistem diante das críticas não terão êxito e estarão abandonando o caminho que poderia leva-los à prosperidade.

O fracasso é uma lição aprendida e sem ele você não pode melhorar a si mesmo ou ao seu ofício, esporte ou profissão. Mesmo que você acabe tendo sucesso em alguma coisa, não apreciará os resultados pois eles não terão o sabor da vitória sobre o fracasso. Não tenha medo de falhar, desde que não pare de tentar e aprenda alguma coisa a cada tentativa.

Se é um Supervisor e os seus funcionários precisam da sua ajuda, saiba que, quando eles entram em rotinas, podem perder a criatividade – a qual é importante para o crescimento a longo prazo e para o desenvolvimento de estratégias. Alguns funcionários até ficam ressentidos; quando sentem que seu empregador não os respeita o suficiente para deixá-los usar este sentimento.

 

Como ajudar os funcionários a desenvolver a mentalidade

Então, como fazer com que uma equipe de pessoas com mentalidade fixa desenvolva mentalidades de crescimento? Peça-lhes que observem os dados. Muitas empresas descobriram que, quando mostravam provas concretas de sucessos anteriores aos seus funcionários, isso os ajudava a se afastar das rotinas e os colocava na resolução criativa de problemas. Quando os líderes reconhecem que todos cometem erros e os celebram como oportunidades de aprendizagem, incitam a transmissão desse conceito aos seus subordinados e ajudam estes a reformular os erros de uma nova forma – não mais como prova de falta de inteligência ou preguiça, mas como formas de feedback importante para melhorar na próxima vez. E definir metas desafiadoras, mas alcançáveis, ajuda a fazer com que as pessoas deixem de pensar sobre si mesmas em termos fixos e passem a ver, sua própria capacidade de crescer.”



Por que a mentalidade construtiva é importante para o sucesso na carreira

“O curioso paradoxo é que quando me aceito tal como sou, consigo mudar.” – Carl Rogers

Se você quer ser feliz e ter sucesso na vida, é importante desenvolver uma mentalidade de alto crescimento. A mentalidade construtiva é simplesmente a crença de que temos controle sobre nossas habilidades por meio de trabalho árduo e perseverança. Uma mentalidade construtiva nos permite aprender com os erros em vez de nos punir por eles. Ajuda-nos a superar desafios ao acreditar que eles não definem quem somos como pessoa, porque sempre podemos mudá-los e melhorá-los com esforço e prática. Por último, permite-nos ver o fracasso como uma oportunidade, lembrando-nos que não existe perfeição, mas que há sempre espaço para melhorias. Então, o que essas características significam para nossas carreiras?

Em primeiro lugar, se você não tiver uma mentalidade construtiva, será derrubado por todos os obstáculos em seu caminho. Você não sentirá que vale a pena tentar porque pensará que não importa o quão forte você bata na bola, ela sempre ficará acima da linha do gol. O mesmo se aplica àqueles com mentalidade fixa; quando seus métodos testados e comprovados param de funcionar; em vez de tentar novas estratégias, eles se sentem derrotados e procuram desculpas para preservar seus egos.

Em segundo lugar, a mentalidade construtiva permite-nos ver os desafios como oportunidades de aprender, em vez de obstáculos que nos impedem de avançar. Se você tiver uma mentalidade fixa sobre suas habilidades e competências, não se sentirá inclinado a mudá-las, mesmo que não estejam mais funcionando. Por achar que mudar é ruim, sempre será mais fácil continuar fazendo o que sempre fez do que tentar algo novo. Quando alguém critica o seu trabalho ou dá retorno construtivo, as pessoas com mentalidade fixa respondem defensivamente porque acreditam que a crítica é um ataque à sua personalidade ou identidade como um todo.

Em terceiro lugar, a mentalidade construtiva nos permite aceitar e processar críticas construtivas de uma forma mais saudável. Quando pessoas com mentalidade fixa recebem feedback, elas tendem a levá-lo para o lado pessoal e ficar na defensiva, porque isso lhes parece um ataque direto à sua autoestima. É por isso que eles respondem negativamente ou atacam o “insinuador”, em vez de fazer mudanças produtivas que os beneficiariam no longo prazo. Eles têm tanto medo da mudança que, quando o mundo ao seu redor pede que cresçam e melhorem, eles resistirão ainda mais, tentando justificar seus métodos atuais com o ultrapassado “Sempre fiz assim!”. Isto também causa estresse e ansiedade, o que leva a emoções negativas adicionais, como raiva, amargura, inveja, ressentimento, depressão e outras nas quais não consigo pensar agora, mas que causam sentimentos de inadequação. Muitas vezes essas emoções são reprimidas para proteger uma frágil autoestima, o que leva a uma espiral negativa de vergonha e culpa.

Em contrapartida, aqueles com mentalidade construtiva não respondem defensivamente quando o feedback é dado, porque entendem que é uma oportunidade para melhorarem, em vez de um ataque ao que são como pessoas. Eles aceitam críticas construtivas com calma e sabem que o feedback não define quem eles são como indivíduos, porque na vida sempre há espaço para melhorias. Permite-lhes aprender com os erros para que possam alcançar níveis de compreensão mais elevados do que antes e obter maior sucesso ao longo do tempo.

Por último, a mentalidade construtiva nos inspira a acreditar que sempre podemos melhorar, não importa o que aconteça; mesmo quando as situações parecem desesperadoras ou se pensamos que não somos bons o suficiente para isso.

Finalmente, lembre-se: “você” pode mudar. Suas convicções criam a sua mentalidade. E a sua mentalidade dita quem você se torna e o que acontece em sua vida. Portanto, não se contente com uma ideia antiga e ultrapassada de quem você é. Deixe-se expandir para o novo você. Acredite que pode mudar!

A crítica pode ser boa para si.

Aqueles com uma mentalidade fixa, são menos propensos a processar críticas e, em vez disso, rejeitam-nas como um ataque pessoal a quem eles são. Aqueles com mentalidade construtiva entendem que estas são uma oportunidade de aprender e melhorar.

O crescimento é mais importante que a velocidade.

Ter a liberdade de fazer algo leva tempo. Aprender uma habilidade leva tempo. Não se apresse e seja paciente enquanto faz isso. Invista seu tempo livre, e pode gastar suas horas livres do trabalho ou com amigos à noite e finais de semana. para desenvolver essa nova habilidade.

 Evolução Mental – ( Mind Set )


Volto a lembrar, como já fiz antes noutros casos, que os meus textos podem parecer repetitivos, mas que isso é uma atitude deliberada relacionada a “treinamento”, onde resultados se obtém pela repetiçã


[i] Para não deixar dúvidas, esclareço que esta referência é mesmo ao grito de D. Pedro I. No caso em  análise a extravasão poderá  ser: CONSEGUI!

segunda-feira, 9 de outubro de 2023

 

O idioma Brasileiro


E a Influência do Inglês no seu desenvolvimento

A decisão de decretar um idioma oficial no Brasil foi um pouco tardia, e baseada na necessidade de cercear a evolução de regionalismos que se faziam sentir, e de evitar sentimentos separatistas como vieram a acontecer em Pernambuco e Rio Grande do Sul. Na perspectiva apresentada pelo poder central, a imposição do português como única língua falada e ensinada, representava a possibilidade de controle, visando alcançar a transparência na gestão do cotidiano da colônia brasileira a partir do século XVIII.

É importante entender que esta imposição produziu efeitos, nomeadamente: o efeito da homogeneidade (ou a ficção da monoglossia) glossia[i]; o efeito da prova (aqui sempre se falou português); e o silenciamento das línguas indígenas. Essa política linguística instituída no século XVII teve repercussões para o Estado brasileiro nos séculos seguintes, na forma de polêmicas entre gramáticos e literatos, e entre gramáticos e linguistas.

A historicização da Língua Portuguesa no Brasil não deixa de ter contradições na forma como a língua tem sido significada. Os significados da Língua Portuguesa têm historicamente variado entre os analistas, desde a língua do colonizador e do catecismo, a língua do movimento da Independência, a língua oficial e a língua que não representa a identidade nacional. Se a unificação linguística silenciou as línguas indígenas, a nacionalização fomentou lentamente pelo menos dois processos: a discussão do nome e dos significados da língua falada e uma política linguística que visava gramaticalizar a(s) língua(s) indígena(s) com vista a refletirem realmente a formação social. Tem sido muito discutida a questão do idioma, mas não foi ainda esclarecida a razão porque ele não corresponde ao idioma de Portugal apesar de ser vindicado como português, e ser falada de uma forma sem grandes modificações, nos outros países onde é utilizada. Para chegar perto de alguma compreensão, deste fato, devemos considerar que o próprio idioma metropolitano sofreu muitas modificações através dos séculos, e no Brasil o idioma base foi o português arcaico, tendo sido esquecido o fator da presença inglesa, que foi socialmente muito forte, pois os ingleses ocupavam posições em todos os setores de impacto económico, como Bancos, Empresas e outros empreendimentos similares, enquanto os portugueses ficavam mais no agrário. Se analisarmos o idioma brasileiro, encontraremos uma forte influência do inglês, tanto na construção de frases, como na dicção, pois ela representa a tradução e expressão à maneira inglesa, que era depois adotada pela população, na falta de outras fontes.

 Se analisarmos os verbos ingleses na sua expressão ativa do presente, verificamos que eles se apresentam sempre com uma forte inclinação para o gerúndio:

Giving; Sleeping; Going; Staying; Living etc. e que portanto, a sua tradução geraria sempre palavras nesse formato, que passavam a ser usadas pela população em geral.

Por outro lado, palavras como This eram usadas dualmente, o que originou a que no Brasil, apenas se diz “esse”, deixando o “este” de fora. E assim por diante numa variedade de situações.

 A própria expressão falada das suas traduções pelos ingleses, nos leva à razão da real pronunciação no Brasil:

- Eu êstou viajando pára Inglaterra.

- Pôr favor diga, como chegar na cidade.

- Lhe agradeço bastante pôr sua ajuda,

- Etc., etc., etc.

 Português de Portugal e a diferença com o português do Brasil

A língua portuguesa é a quinta língua mais falada do mundo. De acordo com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), são nove os países que têm a língua como idioma oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, além de Macau, província chinesa.. Embora Portugal seja o país de origem do português, a variante brasileira é a mais utilizada, pois com mais de 200 milhões de falantes, é a que dá mais acesso aos grandes interesses comerciais.

 Variante brasileira: Oi! Tudo bom? Como você está?

Variante portuguesa: Olá! Tudo bem? Como tu estás?

 Que diferenças há afinal entre o português falado em Portugal e o português falado no Brasil?

 Além das principais que apontamos no texto acima, existem inúmeras diferenças: no vocabulário, na ortografia, na acentuação, na pronúncia, na colocação pronominal, e na construção frásica, mas a diferença mais notória é a diferença nas palavras utilizadas no dia a dia pelos falantes para nomear objetos, seres, e situações. O que é devido à captação de informação nos países vizinhos, bem como ao contato com outros idiomas.

 Palavras diferentes em Portugal e no Brasil

O atual acordo ortográfico diminuiu as diferenças de acentuação existentes entre o português do Brasil e o português de Portugal, porque eliminou na variante brasileira alguns acentos que já não eram utilizados na variante portuguesa, como o acento agudo no ditongo aberto ei e o trema:

 


No acordo ortográfico estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada no Brasil e a forma não acentuada em Portugal, o que faz com que a sílaba tônica das formas verbais seja diferente:

 eu enxáguo (Brasil) e eu enxaguo (Portugal);

que ele averígue (Brasil) e que ele averigue (Portugal);

ela apazígua (Brasil) e ela apazigua (Portugal).

Diferença no uso de preposições e artigos

Relativamente às preposições, a principal diferença é no uso das preposições em e a. No português do Brasil é utilizada maioritariamente a preposição em com o verbo ir (ir em, na, no) e no português de Portugal é utilizada predominantemente a preposição a (ir a, à, ao).

 

Nos últimos anos foram publicados vários livros que relacionam Linguística com Economia (Mariani, 2005). Os economistas Bloom e Grenier (1992) identificam uma publicação de vários autores de 1965 como ponto de partida de uma nova área de estudo: as línguas como variável económica. Se a língua é significada como uma variável económica, seja por linguistas ou por economistas, isso permite que ela seja considerada como um elemento adicional em cenários económicos reais ou projetados, com custos e benefícios a serem calculados. Quais são as implicações políticas e as consequências ideológicas de considerar as línguas como uma variável económica?

A seguinte questão já foi colocada: o que significa falar de línguas em termos económico-financeiros? Tendo em conta que não existe língua sem as pessoas que a falam, a atribuição de valores económicos às línguas não determinaria também o valor de uma sociedade e o valor dos falantes, tanto no caso de uma língua materna como de uma segunda língua? O que isso significa para as línguas como elementos simbólicos da nacionalidade? O preconceito linguístico levaria ao preconceito linguístico entre as nações?

Há um discurso político-económico particular em circulação que proclama os benefícios e a inevitabilidade da globalização sob a forma de um mercado único e mundial, com uma moeda comum e uma língua comum. Sonhos totalitários que remontam à ideia de inventar um 'inglês básico' nos séculos anteriores... Sonhos totalitários de uma língua única, da eliminação da diversidade e da manutenção da desigualdade, ignorando o facto de que a diferença é inerente às pessoas e às línguas que se falam.

 

 Este texto emite uma opinião baseada em análise pessoal, e não tem bases científicas ou oficiais para apoiá-lo.

 



[i] -glossia

elemento de formação pospositivo, de origem grega e carácter nominal, que exprime a ideia de língua, fala

 

 

terça-feira, 3 de outubro de 2023

 

O Uso e o Significado das Palavras


Destino é...

fortuna, acaso, ventura, fadário, ou quinhão?

 Embora sejam usados em contextos semelhantes, Destino e Futuro, não podem ser empregados de forma intercambiável. Destino implica falta de controle ou inevitabilidade, enquanto 'futuro' sugere um senso de propósito ou direção que pode ser influenciado pela ação pessoal.

Qual é a palavra que melhor define destino?

Alguns sinônimos comuns de destino são desgraça, destino, sorte sina, fatalidade, fado, estrela, dita, fortuna, acaso, ventura, fadário e quinhão. Embora todas essas palavras signifiquem “um estado ou fim predeterminado”, destino implica algo preordenado e muitas vezes sugere um curso ou fim grande ou nobre. O destino do país é ser um modelo de liberdade para o mundo. O destino de uma pessoa é tudo o que acontece com ela durante sua vida, inclusive o que acontecerá no futuro, mas normalmente está ligado a um resultado final. Somos donos do nosso próprio destino. Por outro lado, o seu destino engloba a sua estrela, os seus potenciais, as suas virtudes, tudo o que Deus criou com você para torná-lo único e o seu posicionamento divino na vida. O destino é o conjunto preordenado de resultados da vida, ferido e selado na origem. Acredita-se que cada ser humano tem uma parcela, e isso determina o curso geral da vida, a qual implica uma série de escolhas. Fazemos escolhas todos os dias. Algumas decisões têm consequências de longo alcance e outras que não são tão abrangentes. Mas as nossas escolhas determinam o caráter, a direção, o destino e a perpetuidade da nossa vida, ou da vida de uma nação.

Futuro, é Escolha ou Destino?


Albert Einstein é amplamente considerado um dos maiores cientistas que já existiram. A totalidade da sua obra converge para um objetivo supremo: compreender a unidade subjacente à diversidade da natureza. No entanto, embora o próprio Einstein não tenha concluído a sua busca, a teoria da unidade que ele sentiu intuitivamente e procurou assiduamente inspira a busca moderna por uma “teoria de tudo”. Esta busca está quase concluída hoje, na forma das chamadas teorias de supercordas ou de campo unificado.

De onde veio a convicção de Einstein sobre a unidade subjacente da natureza? O que impulsionou o trabalho de sua vida, apesar das críticas e do insucesso nas últimas décadas?

O próprio Einstein nos dá uma pista em uma carta que escreveu à Rainha Elizabeth da Bélgica (1876-1965) que contém a seguinte passagem:

“Ainda há momentos em que nos sentimos livres da nossa própria identificação com as limitações e inadequações humanas. Nesses momentos, imaginamos que estamos em algum ponto de um pequeno planeta, olhando com espanto para a beleza fria, mas profundamente comovente, do eterno, do insondável: a vida e a morte fluem em um, e não há evolução nem destino; apenas ‘ser’ ”.

Aqui, Einstein descreve experiências que aparentemente teve de uma realidade subjacente da vida – não apenas além do espaço e do tempo, mas além da vida e da morte, além da evolução e do destino. E o que ele experimenta neste nível?

“Só ser”, ele nos diz.

E essas palavras de Einstein trazem à mente o ensinamento de Maharishi [i] de que na base de toda a vida, interna e externa, está um campo de pura existência, “puro Ser”, como ele o chamou no início – um campo não manifestado de pura consciência, de inteligência ilimitada e criatividade. Este campo, explicou Maharishi, constitui a fonte de tudo no universo; todas as formas e fenômenos da criação são apenas ondas no oceano do Ser. Além disso, Maharishi apresentou uma técnica para vivenciar esse campo interior da vida. Esta é a técnica da Meditação Transcendental – simples, natural e sem esforço. Quando praticamos esta técnica, a atividade mental se instala sem esforço no interior; a mente vai além (transcende) o processo de pensamento e se expande para o oceano de pura consciência interior - o Eu. Simultaneamente, o corpo entra num estado de descanso profundo e único, dissolvendo o stress e restaurando o equilíbrio fisiológico.

Este estado provou ser um quarto estado principal de consciência, distinto da vigília, do sonho e do sono profundo. Maharishi chamou isso de Consciência Transcendental e explicou que a prática regular da técnica da Meditação Transcendental – isto é, a experiência regular deste quarto estado – é a chave para desenvolver nossos potenciais internos latentes e estados superiores de consciência. Ao longo dos últimos 40 anos, centenas de estudos de investigação científica revelaram isto – documentando o aumento da inteligência e da criatividade, o crescimento equilibrado da personalidade, a melhoria da saúde, a melhoria dos relacionamentos e ainda maior harmonia e paz no ambiente circundante. Einstein aludiu a isso em uma carta que escreveu em 1950:

“O ser humano é uma parte do todo, por nós denominado “Universo”, uma parte limitada no tempo e no espaço. Ele experimenta a si mesmo, seus pensamentos e sentimentos como algo separado do resto – uma espécie de ilusão de ótica de sua consciência. Esta ilusão é uma espécie de prisão para nós, restringindo-nos aos nossos desejos pessoais e à afeição por algumas pessoas mais próximas de nós. A nossa tarefa deve ser libertar-nos desta prisão, alargando o nosso círculo de compaixão para abraçar todas as criaturas vivas e toda a natureza na sua beleza”.

A busca de Einstein pela unidade, ao que parece, não foi um mero exercício intelectual. Ele procurou compreender, através da metodologia da ciência moderna, o que ele vivenciava profundamente. Essa experiência, para Einstein, foi muito importante.

 “A melhor emoção de que somos capazes é a emoção mística. Aqui reside o germe de toda arte e de toda ciência verdadeira. Qualquer pessoa a quem esse sentimento seja estranho, que não seja mais capaz de se maravilhar e viva em estado de medo, é um homem morto. Saber que o que é impenetrável para nós realmente existe e se manifesta como a mais elevada sabedoria e a mais radiante beleza, cujas formas grosseiras só são inteligíveis às nossas pobres faculdades - este conhecimento, este sentimento... é o cerne do verdadeiro sentimento religioso. Neste sentido, e apenas neste sentido, classifico-me entre os homens profundamente religiosos”.

A “emoção mística” a que Einstein se refere não implica “misteriosa” ou “incompreensível”. A palavra místico deriva da palavra grega que significa simplesmente fechar, ou seja, os olhos. Na técnica da Meditação Transcendental, temos um procedimento simples para fechar os olhos, mergulhar e experimentar o campo da consciência pura, “o germe de toda arte e de toda ciência verdadeira”, como disse Einstein – na verdade, o germe de toda a criação.

Este, para Einstein, era o objetivo da vida humana:

“O verdadeiro valor de um ser humano é determinado principalmente pela medida e pelo sentido em que ele alcançou a libertação de si mesmo”. Destino e Futuro são palavras que tratam de um terminal predeterminado ou destinado. É por isso que eles são tão fáceis de misturar. No entanto, embora o destino seja concreto e determinado pelo cosmos, o futuro depende das suas escolhas na vida. O destino é o resultado de causas, em sua maioria acidentais, e portanto, é tíbio. A confiança e uma boa esperança irão superá-lo facilmente.

O destino muitas vezes sugere um futuro que inclui algo grande e importante. Destino e sorte significam um futuro que alguém ou alguma coisa terá. Destino e Ventura, sugerem que o futuro foi decidido ou planejado por Deus ou por algum poder divino. O destino muitas vezes sugere um futuro que inclui algo grande e importante.

Quanto ao Futuro. é algo que faz peso na nossa existência, pois todos nós nos preocupamos com o dia de amanhã”, pois existencialmente, o futuro pode ser visto como algo totalmente definido, como um destino ou como algo aberto e incerto. A visão de futuro é a forma mais fácil para alcançar os seus objetivos de longo prazo. É a imagem do que você quer alcançar lá na frente. Planejar o futuro não é puramente imaginar o que você quer, mas agir no presente de modo a criar condições para concretizar aquilo que almeja. Desta forma, estabeleça objetivos que reflitam o que realmente você deseja alcançar no futuro.

 

[i] Maharishi Mahesh Yogi foi sempre extremamente sigiloso a respeito de sua vida pessoal e dos seus antecedentes, contudo algumas fontes afirmam que ele teria nascido como Mahesh Prasad Varma,[2] em Jabalpur,[3] Madhya Pradesh, Índia, em 12 de Janeiro de 1917,[4] no seio de uma família hindu, de classe média-baixa, da casta kayastha (burocratas).[5] Contudo, o seu passaporte indica a data de 12 de Janeiro de 1918. Em 1940, ter-se-ia licenciado em física na Universidade de Allahabad, embora isso nunca tenha sido comprovado.

Em 1941, tornou-se discípulo de Swami Brahmananda Saraswati (1871-1953), Shankaracharya de Jyotirmath, nos Himalaias. Pouco tempo depois, tornou-se brahmacharya (o primeiro nível da vida monástica, em que o noviço faz voto de castidade, pobreza e de obediência ao guru), tendo recebido o nome de Bal Brahmacharya Mahesh, também trabalhou como secretário do Shankaracharya, ou Guru Dev. Praticou meditação intensiva, segundo afirmou. Em 1955, começou a ser importunado por um pensamento recorrente a respeito de Rameshwar, uma cidade no sul da Índia. Um de seus amigos yogis aconselhou-o a ir a Rameshwar para se libertar desse desejo incomodativo e a regressar a Uttar Kashi logo que possível. Mahesh assim fez.

domingo, 1 de outubro de 2023

 


CulináriA ITALIANA


Dos Romanos “al Giorno”

 

Os italianos afirmam e nós concordamos, terem herdado dos seus antepassados, os Romanos, o paladar pelos bons pratos e a possibilidade de os cozinhar bem. Com efeito, muitos dos pratos favoritos daqueles que, mercê das conquistas, podiam conferir honras e extravagantes remunerações, para terem o prazer de comer bem, são ainda hoje, comuns na Itália.

Do ponto de vista gastronómico, a reputação mantém-se, muito embora, em certos campos, tenha sido ultrapassada pela França, mais objectiva e variada. A região de Itália, mais famosa pela sua culinária é a de Bolonha, de onde saiu o famoso molho e, a não menos famosa mortadela. Nas outras regiões, porém, encontam-se também, boa cozinha e famosos pratos.

A Polenta, o Risoto e os Fettuccine, bem como outros farináceos, podem ser apontados como pratos nacionais e recebem as honras dos gastrónomos. Sem complicadas preparações culinárias, esses pratos, ricos de valor nutritivo, obtêm sucesso, apenas pela aplicação de manteiga muito fresca e de sabor agradável, e queijo de boa qualidade, ralado no momento de ser utilizado. Os italianos são, com efeito, o único povo que parece ter compreendido como se deve utilizar o queijo, sendo inultrapassáveis nesse ramo da culinária. Os legumes, as carnes e os peixes, apresentam-se das mais variadas formas, sempre com benefício e sempre, tentadores do paladar. Simples, como são todos os processos, eles parecem, no entanto, só conseguirem sair perfeitos, das mãos dos italianos, ainda que, na realidade, isso seja acessível a quem tentar usar os mesmos meios.

Será interessante apontar aqui, o facto de os italianos não usarem as massas, como guarnição de pratos. Apresentam-nas como sopa, ou como prato, pasta asciuta, mas nunca com outro fim. Apesar de, na cozinha internacional, aparecerem muitos pratos à italiana, onde o esparguete entra como ornamento, isso se deve apenas à imaginação dos mestres, não tendo nenhuma origem na cozinha típica italiana.

Abbacchio Brodettato

Cordeiro, cozinhado em caçarola, com toucinho, presunto, cebolas, salsa, manjerona e casca de limão. Adicionar sal, pimenta, um pouco de caldo e vinho branco. Cozinhar. Juntar ao molho, um ou dois ovos batidos,

Agnolotti, ou Agnelotti

Quadrados de massa de ovos, recheados com picados de carne, aves, arroz. queijo, ovos, etc. Cozem-se em água, com sal, e são servidos, regados com manteiga ou molho de carne, polvilhados com queijo.

Agnolini

Espécie de raviolis com recheio de miolo de pão, ovos e parmesão, ligado com molho de carne muito espesso. Servidos com molho de carne.

Baccalà alla Fiorentina

Fatias de bacalhau remolhado, passadas por farinha, cozinhadas numa caçarola, com bastante azeite, alho, sal e pimenta.

Baccalà alla Napoletana

Bacalhau remolhado, passado por farinha e frito em azeite. Depois, estufado com tomates, alcaparras, alho e azeitonas pretas.

Baccalà alla Viccentina

Cozinhado em azeite, ou manteiga, com tomates, cebolas, pinhões, alho, salsa, puré de anchovas, cebola e pimenta, tudo passado por leite.

Battuto

Toucinho entremeado, picado com cebola e salsa. Fritar em azeite. Quando alourar, juntar calda de tomate, sal e pimenta. Molhar com água e adicionar ervilhas sem vagem; cozidas, arroz bem lavado e um pouco mais de água, se necessário. Cozinhar meia hora e servir (pode ser preparado com favas, o que torna este prato ainda mais agradável).

Bistecca alla Pizzaiola

Bife de lombo de vaca, salteado em azeite fervente e, depois, passado num molho de tomate, com alho, sal, pimenta e oréganos.

Braciolette Ripiene

Escalopes muito finos, de vitela,  recheados com presunto, queijo parmesão fresco e pinhões macios. Estufar em um molho atomatado e deixar este engrossar. Servir sobre fatias de pão fritas, cobertos com o molho.

Brasciole Milanese

Escalopes muito finos de carne de vaca ou vitela, enrolados, estufados e servidos com Esparguete à Milanesa.

Caciucco

Peixes diversos, cozinhados com um picado de cebola, pimenta, tomate, alho frito e azeite. Molhar com vinho tinto, Servir com pedaços de pão torrado, esfregados com alho.

Cappon Magro

Salada, composta de diversas qualidades de legumes, cozidos, empratados em camadas a formar pirâmide. Colocar, no topo, triângulos de pão frito, ou torrado, esfregado com alho, e pedaços de peixe ou de lagosta, cozidos ao natural. Servir com um molho, feito de anchovas, gema de ovo, pinhões, alcaparras, salsa e azeitonas sem caroço, tudo passado pela peneira, com Vinagrete.

Cassola, Posciandra ou Bottaggio

Carne de porco, tomada das diversas partes do animal (cabeça, pés, orelha, lombo etc.) e cozida com legumes verdes (couves, aipo, cenouras, cebola, alho, batatas). Serve-se com o caldo da cocção.

Ciambota

Mistura de pimentos, beringelas, batatas e abóbora, refogados em azeite ou outra gordura.

Coda alla Vaccinara

Rabo de vaca, cozinhado com tomates, toucinho, alho, cebolas, aipo, pinhões e vinha, juntando bastante pimenta.

Crostini alla Provatura

Fatias de pão torrado, cobertas com puré de anchovas ou de pasta de fígados de aves.

Cutturidi

Pedaços de carneiro, cozinhados com cebolas, aipo, rosmaninho, sal, pimenta e um pouco de gordura. (Especialidade da Lucânia).

Farsumagru

Escalopes de vaca, ou de vitela, cortados muito finos, recheados com picado de carne para salsichas, adicionado de ovos cozidos, cebolas, salsa e queijo ralado. Estufar em azeite, com Molho de Tomate,

Fettucine

O mesmo que Nulhes (Nouilles), porquanto este, é o nome italiano, que designa tais massas.

Fritole

Sobremesa veneziana. Prepara-se com Massa de Fartos, adicionada de pinhões e passas de uva. Frita-se em azeite e, serve-se polvilhada com açúcar.

Fritelle

Fartos ou Chus, recheados com doce de frutas, creme ou legumes, ou ainda de arroz, ovos e leite.

Fritto Scelto alla Romana

Miolos de carneiro, ou de vitela, tutanos, moela e fígado de vitela, batatas, quartos de alcachofras e crostões, passados por ovo batido e farinha, ou por massa de fritos. Fritar em azeite e servir.

Fusilli

Nulhes entrançadas, servidas com Molho de Carne,

Gnumiriddi

Fressura de cordeiro, picada muito fina. Temperar e meter em tripas frescas, muito bem lavadas. Grelhar em brocheta ou estufar em caçarola.

Guimirella

Cubos de fígado de vaca, enrolados em redanho, entremeados com folhas de louro fresco e sal e grelhados na brasa.(Cozinha de Bari e Puglia).

Incasciata

Numa caçarola, colocar, em camadas alternadas, nulhes, esparguete, ou macarrão cozido, pedaços de carne já cozinhada e ovos cozidos. Cobrir com molho de carne e, deixar enxugar no forno. Servir tal qual.

Imbrogliata

Mistura de ovos, mexidos com qualquer picado de carne, ou legumes, do qual toma o nome.

Involtini

Sobre escalopes finos, de vitela, colocar uma fatia de presunto e uma folha de salva. Enrolar e apertar com um fio. Estufar em caçarola.

Maccheroni (Macarrão)

Para nós, macarrão é uma massa curta e grossa. Para a maior parte dos povos, macaroni são todas as massas sem excepção. Na Itália, maccheroni são as massas de interior aberto. Elas são, depois, individualmente designadas pelo seu nome comum, entre os quais citaremos os rigatoni, bucatini, zitoni, mezzani e maltagliati. Preparam-se de muitas maneiras: alle vongole, com amêijoas e tomate; alla marinara, com alho, azeite, tomate e salsa; alla pescatora, com anchovas, azeitonas, alcaparras, alho, salsa e tomates; a tre dita, com beringelas, carne picada, açúcar, canela e queijo; alla trapanese, com lagosta picada etc.

Mellanzanata

Fatias de berinjela, passadas em ovo e pão ralado, fritas em azeite e colocadas em camadas, num prato de ir ao forno. Cobrir com molho de tomate e cebola, mangericão e queijo ralado. Gratinar. (Cozinha de Bari e Puglia).

Olivette di Vitello

Prepara-se como os Involtini, com um picado de alcaparras e anchovas, bastante condimentado. Cozinham-se, com base de vinho branco e gordura, ou fritam-se, depois de passados por massa de fritar,

Padellotto alla Macellara

Tripas, tutano de vitela, lombo de vitela, molejas e fígado de vitela, cortados em pedaços e salteados em azeite, com alho, vinho branco, sumo de limão e folhas de salva.

Pagliata

Miudezas sanguíneas e tripas de vitela, maceradas em leite, cozinhadas em caçarola com toucinho, miolo de pão, ensopado em leite, cebolas, aipo, salsa, sumo de tomate e vinho branco, Serve-se com rigatoni massa gigante canelada ou com risoto. (Cozinha romana).

Pasta (Massa)

Sob este nome, englobam os italianos todas as massas, ou os pratos com elas preparados. As massas ligeiras, esparguete, macarrão, fettuccine etc., podem ser servidas asciutti, ou seja, cozidas em água a ferver, escorridas e temperadas com manteiga ou molho; as massas miúdas, são servidas, em geral, in brodo, cozidas num caldo de carne e apresentadas como sopa. (De maneira geral, as massas ligeiras nunca se cozem demasiado, deixando-as, de preferência, um pouco duras al dente).

Peperonata

Pimentos fritos em azeite, com tomates, cebolas, beringelas e sal.

Pesto

O Pesto é um molho verde, muito aromático e agradável, que se diz originário da Cozinha Genovesa, mas que é utilizado por toda a Itália, embora com algumas variantes. Serve-se, normalmente, com massas de fio longo, ou compridas, tipo esparguete, fettucine ou trenette.

Pesto de Génova

Bastantes folhas de mangericão, pisadas num almofariz com, dentes de alho, pinoli, (sementes de pinhão) e sal, até formar uma pasta, à qual se adiciona queijo parmesão ralado e queijo pecorino. Continuar trabalhando e juntar uma porção razoável de azeite extra, até que a mistura se apresente como um creme denso, sem ser muito grosso.

Polpettone

Sal e pimenta branca, 2 chavenas de molho de tomate, 200 g de queijo parmesão ralado, 200 g de pão ralado,102 g de presunto cozido fatiado, 1/2 colher de café de noz-moscada, 500 g de carne moída (patinho),1/4 de xícara de azeite de oliva, 120 g de mussarela fatiada, 3 ovos.
Colocar a carne em uma tigela, bater ligeiramente os ovos e acrescentar a carne. Temperar com a noz moscada, sal e pimenta branca, amassar bem e acrescentar metade do pão ralado e metade do queijo parmesão. Amassar bem, novamente e, se a mistura estiver muito mole, acrescentar um pouco mais de pão ralado. Dividir a massa de carne, em 4 partes iguais, com cada parte, fazer uma bola. Salpicar um plano de trabalho, com um pouco do pão ralado restante, e abrir as bolas, com o rolo de massa, levemente untado com óleo. Abrir os discos, com cerca de 15 cm de diâmetro. Cobrir 2 discos, com fatias de mussarela e presunto, e cobrir estes discos, com os dois discos restantes, apertar bem as bordas, para fechar bem o polpettone. Colocar metade do molho de tomates, em um refratário de ir ao forno (40x30 cm). Em uma frigideira, aquecer metade do azeite de oliva, colocando um polpettone e dourando de um lado, cerca de 5 minutos, virar e dourar o outro lado. Retirar e arrumar no refratário, repetindo o procedimento com o outro polpettone, cobrir com o molho de tomates restante. Salpicar com o parmesão reservado e, levar ao forno, por cerca de 20 minutos, para gratinar.

Se gostar, pode cobrir com fatias de mussarela, antes de levar ao forno.

Porchetta

Leitão inteiro, limpo e preparado para assar. Esfregar interiormente, com sal, pimenta, alho, rosmaninho e outros aromáticos, pisados em azeite, Assar, regando com azeite cru.

Puddighinos apienu

Franguinhos de Primavera, recheados com um picado de moela, fígado de aves. ovos cozidos, leite, miolo de pão e tomates, Assar no forno.

Ragu

Prato que poderíamos quase chamar de nacional, o ragu tem variadas interpretações por toda a Itália mas, o melhor, é o de Nápoles. Consta de um molho obtido por um longo cozimento (mais ou menos 6 horas) de carne de vaca; costeleta de porco; vinho tinto; água; azeite; queijo parmesão; cebola; manjericão; e muito tomate. Cozinhar a fogo médio, até formar um espesso e aromático molho, que se serve por cima de massa oca. As carnes que ainda subsistirem após a prolongada cocção, são retiradas e, servidas à parte. (O Ragout dos franceses que é apenas um guisado apurado, pode ter ganho o seu nome deste prato, mas não tem nada a ver com ele).

Ricchitelle

Também conhecidas como strascinati, chiangarelle, ou orechiette (que quer dizer “orelhinhas” em português) estas massinhas são servidas com molhos diversos, entre os quais se destacam: tomate com requeijão ralado; ragú de cordeiro (veja Ragú nesta mesma secção); anchovas com queijo ralado; tomate com cebola e alho, ou misturadas com carne frita. (Cozinha de Bari e Puglia).

Sartú

Arroz cozinhado com rolinhas de carne, picado de carne para salsichas, queijo mozarela, ovos, fígados de aves, tomates, champignons e manteiga. Cobre-se com água ou caldo e, mete-se no forno, onde cozinha,

Scaloppine alla Bolognese

Fatias de vitela, com picado de presunto e puré de batata, regado com molho de carne e cozinhado no forno com algumas bolas de manteiga.

Tchaguidella

Fatias de pão duro levemente humedecidas com água, temperadas com azeite e sal e cobertas com molho de tomate e folhas de rúcula. (Cozinha de Bari e Puglia).

Torroni

Amêndoas, nozes, amendoins e mel, misturados com açúcar caramelo, o que dá uma espécie de Nógado. Corta-se em quadrados ou rectângulos e, serve-se tal qual.

Turdiddi

Com farinha, ovos, vinho branco e açúcar, fazer uma massa, um pouco espessa. Fritar em azeite, por pequenas porções. Passar por mel e chocolate, deixar enxugar e servir.

Vitello Tonnato

Prato clássico italiano que consiste em finas fatias de vitela cobertas por um creme fino de atum, alcaparras, anchovas, gemas de ovos e maionesa.

Zampone

Picado de carne de porco, com alho, pimenta e especiarias. Desossar uma mão de porco cozida e reenchê-la com o picado. Serve-se grelhado, cozido ou assado. Em fatias, ou inteiro.

Zeppole

Preparar massa folhada, açucarada, como para os Mil-Folhas. Cortar em rectângulos e fritar ou cozinhar, no forno. Servir polvilhados com açúcar e canela.

 

 

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