O
idioma Brasileiro
E a Influência do Inglês no seu desenvolvimento
A decisão de decretar
um idioma oficial no Brasil foi um pouco tardia, e baseada na necessidade de
cercear a evolução de regionalismos que se faziam sentir, e de evitar
sentimentos separatistas como vieram a acontecer em Pernambuco e Rio Grande do
Sul. Na perspectiva apresentada pelo poder central, a imposição do português
como única língua falada e ensinada, representava a possibilidade de controle,
visando alcançar a transparência na gestão do cotidiano da colônia brasileira a
partir do século XVIII.
É importante entender
que esta imposição produziu efeitos, nomeadamente: o efeito da homogeneidade
(ou a ficção da monoglossia) glossia[i];
o efeito da prova (aqui sempre se falou português); e o silenciamento das
línguas indígenas. Essa política linguística instituída no século XVII teve
repercussões para o Estado brasileiro nos séculos seguintes, na forma de
polêmicas entre gramáticos e literatos, e entre gramáticos e linguistas.
A historicização da
Língua Portuguesa no Brasil não deixa de ter contradições na forma como a
língua tem sido significada. Os significados da Língua Portuguesa têm
historicamente variado entre os analistas, desde a língua do colonizador e do
catecismo, a língua do movimento da Independência, a língua oficial e a língua
que não representa a identidade nacional. Se a unificação linguística silenciou
as línguas indígenas, a nacionalização fomentou lentamente pelo menos dois
processos: a discussão do nome e dos significados da língua falada e uma
política linguística que visava gramaticalizar a(s) língua(s) indígena(s) com
vista a refletirem realmente a formação social. Tem sido muito discutida a
questão do idioma, mas não foi ainda esclarecida a razão porque ele não
corresponde ao idioma de Portugal apesar de ser vindicado como português, e ser
falada de uma forma sem grandes modificações, nos outros países onde é
utilizada. Para chegar perto de alguma compreensão, deste fato, devemos considerar
que o próprio idioma metropolitano sofreu muitas modificações através dos
séculos, e no Brasil o idioma base foi o português arcaico, tendo sido esquecido
o fator da presença inglesa, que foi socialmente muito forte, pois os ingleses
ocupavam posições em todos os setores de impacto económico, como Bancos,
Empresas e outros empreendimentos similares, enquanto os portugueses ficavam
mais no agrário. Se analisarmos o idioma brasileiro, encontraremos uma forte
influência do inglês, tanto na construção de frases, como na dicção, pois ela
representa a tradução e expressão à maneira inglesa, que era depois adotada
pela população, na falta de outras fontes.
Giving; Sleeping;
Going; Staying; Living
etc. e que portanto, a sua tradução geraria sempre palavras nesse formato, que
passavam a ser usadas pela população em geral.
Por outro lado,
palavras como This eram usadas dualmente, o que originou a que no
Brasil, apenas se diz “esse”, deixando o “este” de fora. E assim por diante
numa variedade de situações.
- Eu êstou
viajando pára Inglaterra.
- Pôr favor mê
diga, como chegar na cidade.
- Lhe agradeço
bastante pôr sua ajuda,
- Etc., etc., etc.
A língua portuguesa é
a quinta língua mais falada do mundo. De acordo com a Comunidade de Países de
Língua Portuguesa (CPLP), são nove os países que têm a língua como idioma
oficial. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial,
Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, além de Macau,
província chinesa.. Embora Portugal seja o país de origem do português, a
variante brasileira é a mais utilizada, pois com mais de 200 milhões de
falantes, é a que dá mais acesso aos grandes interesses comerciais.
Variante portuguesa:
Olá! Tudo bem? Como tu estás?
O atual acordo ortográfico diminuiu as diferenças de acentuação existentes entre o português do Brasil e o português de Portugal, porque eliminou na variante brasileira alguns acentos que já não eram utilizados na variante portuguesa, como o acento agudo no ditongo aberto ei e o trema:
No acordo ortográfico estão previstos dois paradigmas de acentuação verbal, sendo correta a forma acentuada no Brasil e a forma não acentuada em Portugal, o que faz com que a sílaba tônica das formas verbais seja diferente:
que ele averígue
(Brasil) e que ele averigue (Portugal);
ela apazígua (Brasil)
e ela apazigua (Portugal).
Diferença no uso de
preposições e artigos
Relativamente às
preposições, a principal diferença é no uso das preposições em e a. No
português do Brasil é utilizada maioritariamente a preposição em com o verbo ir
(ir em, na, no) e no português de Portugal é utilizada predominantemente a
preposição a (ir a, à, ao).
Nos últimos anos foram publicados vários livros que relacionam Linguística com Economia (Mariani, 2005). Os economistas Bloom e Grenier (1992) identificam uma publicação de vários autores de 1965 como ponto de partida de uma nova área de estudo: as línguas como variável económica. Se a língua é significada como uma variável económica, seja por linguistas ou por economistas, isso permite que ela seja considerada como um elemento adicional em cenários económicos reais ou projetados, com custos e benefícios a serem calculados. Quais são as implicações políticas e as consequências ideológicas de considerar as línguas como uma variável económica?
A seguinte questão já
foi colocada: o que significa falar de línguas em termos económico-financeiros?
Tendo em conta que não existe língua sem as pessoas que a falam, a atribuição
de valores económicos às línguas não determinaria também o valor de uma sociedade
e o valor dos falantes, tanto no caso de uma língua materna como de uma segunda
língua? O que isso significa para as línguas como elementos simbólicos da
nacionalidade? O preconceito linguístico levaria ao preconceito linguístico
entre as nações?
Há um
discurso político-económico particular em circulação que proclama os benefícios
e a inevitabilidade da globalização sob a forma de um mercado único e mundial,
com uma moeda comum e uma língua comum. Sonhos totalitários que remontam à
ideia de inventar um 'inglês básico' nos séculos anteriores... Sonhos
totalitários de uma língua única, da eliminação da diversidade e da manutenção
da desigualdade, ignorando o facto de que a diferença é inerente às pessoas e às
línguas que se falam.
Este texto emite uma opinião baseada em
análise pessoal, e não tem bases científicas ou oficiais para apoiá-lo.
[i]
-glossia
elemento de formação pospositivo, de origem grega e
carácter nominal, que exprime a ideia de língua, fala
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