domingo, 17 de julho de 2022

 

SAIBA MAIS SOBRE O SEU PRODUTO



CICLO DE VIDA DO PRODUTO EM TURISMO

O ciclo de vida do produto, ou CVP como é conhecido, é o tempo hábil de um produto no mercado, desde a sua idealização até ao final de sua trajetória. Chegar à reta final de um produto é um processo natural no mercado, e isso não diz necessariamente que um produto é ruim, pode significar, apenas, que o seu destino possui outras demandas, ou que há tecnologias mais avançadas sobre a mesma função.

O conhecimento sobre as fases do ciclo de vida do produto é de extrema importância, pois possibilita notar em qual etapa o produto se encontra e quais estratégias de ação podem ser aplicadas de acordo com a situação atual em relação à concorrência, para prolongar a sua vida útil no mercado.

Isso pode incluir, por exemplo, um planejamento financeiro para investir em novas funcionalidades. O ciclo de vida de um  produto,  tem estágios separados em relação ao histórico de vendas deste. Por esta razão, uma empresa precisa definir o ponto em que o seu produto está ou estará em devido momento. Tal exercício ajuda a identificar oportunidades e problemas de tomada de decisões de marketing. Não é possível prever com precisão o ciclo de vida de um produto, mas não há dúvidas de que cada produto tem o seu ciclo de vida. Geralmente, as etapas usadas para analisar esse ciclo são:



Introdução ou lançamento: Este momento pressupõe um período de vendas lentas, pois o produto é novo no mercado. Nesta fase, os lucros são praticamente inexistentes ou muito baixos.

Crescimento: Esta é uma fase em que o produto começa a ser aceito no mercado, as vendas aumentam, a imagem do produto é construída e, consequentemente, os lucros aumentam.

Maturidade: Neste período, o produto é aceito pela maioria dos clientes potenciais visados. As vendas e os lucros aumentam, até atingirem um ponto de saturação. A concorrência aumenta, o mercado fica estagnado e os lucros se estabilizam ou podem até diminuir.

Declínio: Neste estágio, as vendas caem e os lucros também. É hora da organização tomar decisões difíceis para reformar ou modificar o produto. Como boa política, uma organização deve iniciar tais ações no estágio do ponto de saturação e não esperar pelo estágio de declínio.


Tomemos, por exemplo, um novo resort de turismo. Certamente levará algum tempo para se tornar um destino popular. Durante este tempo será visitado por poucos turistas. Quando for mais popular, o número de visitantes aumentará e quando a maioria dos turistas souber e tiver feito uma visita, ele se tornará um palco que todos querem ocupar. Alguns deles farão visitas regulares, enquanto outros procurarão um novo destino. E isto pode ser atribuído a vários fatores, tais como o fato de que por ser um destino popular ficará lotado como qualquer outro destino turístico de massa, e perderá com isso a sua calma e tranquilidade. As fases do ciclo de vida, no entanto, diferem entre produtos. Alguns atingirão o estágio de maturidade muito cedo, outros podem demorar mais e, da mesma forma, alguns podem declinar rapidamente, enquanto outros podem ficar em um ponto de saturação por um longo tempo.

O turismo é uma prática estrategicamente significativa das circunstâncias culturais, sociais e ambientais da maioria dos países. Também é usado como ferramenta de crescimento, tanto em nível nacional quanto regional. Sendo uma importante fonte de emprego, renda e recursos, procuraremos abordar posteriormente o papel dos órgãos locais no marketing turístico.

Em qualquer destino porém, o apoio da população local é essencial para a sustentabilidade da indústria do turismo, e o sucesso de qualquer projeto de desenvolvimento sustentável depende do apoio esperado nas comunidades locais.

Para o bem ou para o mal, a indústria do turismo afeta a vida das comunidades locais. Quando temos em mente o papel estratégico do marketing, a importância dessas entidades é vital para o sucesso na execução de empreendimentos turísticos, sustentação de destinos e instalações, etc.

Experiências Turísticas: As comunidades locais ajudam os hoteleiros, pois o fato de fornecer serviços de qualidade não é o fator preponderante para os índices de satisfação dos turistas, embora deva sempre ser levado em conta.

Infraestrutura: O governo municipal oferece recursos de infraestrutura como energia elétrica, água, rodovias, iluminação pública, parques públicos, drenagem, saneamento, etc., mas pode e deve também contribuir para o desenvolvimento dos recursos secundários de atração

Desenvolvimento e manutenção de atrações turísticas: É importante que os investidores colaborem para o desenvolvimento de amenidades e atrações locais, como cultura, zoológicos, galerias de arte, parques e reservas, bem como outros serviços de distração.

Apoio a festivais e eventos: As Comunidades Locais ajudam as autoridades governamentais participando nos Festivais e Eventos locais organizados pelo Governo.

Implementação de esquemas de atração de visitantes: É importante que os Grupos ou empresas regionais se unam para organizar e introduzir novas táticas de publicidade que atrairão mais visitantes a um destino.

Turismo Sustentável e Desenvolvimento de uma área: É o Turismo que leva plenamente em conta seus impactos econômicos, sociais e ambientais atuais e futuros, atendendo às necessidades dos visitantes, da indústria, do meio ambiente e das comunidades anfitriãs.

Fornecendo facilidades de informação para viajantes: As comunidades locais que se dedicam ao turismo servem como fonte de informação para a pessoa e também preservam os detalhes do turismo como um registro que o governo coleta mais tarde.

Conscientizar o turismo na área: As atitudes da  população e das autoridades locais, atuam como a melhor ferramenta para conscientizar o turista sobre a área em questão, pelo que estas devem ser solicitadas a colaborar..

 



domingo, 10 de julho de 2022

 Repensando o desenvolvimento da liderança



 Liderança Hoje

Em um cenário de mercados incertos, gargalos na cadeia de suprimentos e a previsão do Banco Mundial de que o crescimento global desacelere em 2022 até 5,5%, é particularmente importante que a liderança firme, mas maleável, se torne uma das habilidades mais desejadas no local de trabalho.

À medida que emergimos da crise do Covid, as empresas podem ser tentadas a cortar gastos com desenvolvimento de liderança num esforço para equilibrar as contas. No entanto, é neste momento, mais do que nunca, que os líderes adequadamente qualificados podem desempenhar o seu papel na manutenção das rotas certas. Com o foco correto e orçamentos menores, não precisam necessariamente sacrificar a qualidade do desenvolvimento. Em vez disso, deixando de lado a forma como o desenvolvimento foi seguido no passado, podemos abraçar a realidade do presente e do futuro. Repensar o desenvolvimento significa estar aberto a diferentes soluções tecnológicas e dar às soft skills a importância que elas merecem. Aventurando-se neste novo mundo, o mentor executivo desempenhará um papel significativo com novas tendências surgindo para atender à demanda alterada.

 "Às vezes, a adversidade é o que você precisa enfrentar para se tornar bem-sucedido", disse um  autor americano.

 Quais são as principais características dos líderes resilientes?

 A capacidade de lutar é o que dá às pessoas a força psicológica para lidar com o estresse e as dificuldades. É o reservatório mental de força que as pessoas são capazes de invocar em momentos de necessidade para levá-los adiante sem desmoronar. Os psicólogos acreditam que os indivíduos resilientes são mais capazes de lidar com as adversidades e reconstruir as suas vidas após uma luta.

 Em um ambiente profissional, os líderes normalmente demonstram resiliência de várias maneiras: Eles têm um bom controle da realidade, tanto em termos de poder colocar erros ou contratempos em perspectiva, quanto em estabelecer metas alcançáveis.

Como desenvolver habilidades de liderança resilientes?

Felizmente, a resiliência não é inata (algo com o qual você nasceu ou não), é uma habilidade que pode ser desenvolvida. Algumas sugestões que damos a seguir, podem ajudar líderes e aspirantes a líderes a estabelecer um plano de desenvolvimento profissional que possa apoiá-los a se tornarem mais resilientes em um ambiente atualmente turbulento e desafiador.

 Use o Aprendizado permanente

Nunca pare de estudar

Use uma Gestão de equipe, híbrida

Seja um líder empático

Ajuste o seu estilo de comunicação

Construa uma rede de apoio

Seja realisticamente otimista e defina metas pelo estilo SMART, um conjunto de critérios para conduzir a definição de metas e objetivos em diversas áreas, como gestão de projetos e avaliação de desempenho pessoal e profissional

Delegue e simplifique para otimizar a eficiência

Desenvolva hábitos saudáveis ​​dentro e fora do local de trabalho

Estude um plano de desenvolvimento profissional

 Vamos dar uma olhada nesses passos tão importantes para se tornar um líder resiliente e como implementá-los.

 Agilidade e resiliência em tempos difíceis

 A crise do COVID-19 criou o epítome dos ambientes negativos: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade. Nessas circunstâncias, o que é necessário é a capacidade de reagir rapidamente às mudanças, demonstrando flexibilidade e agilidade na fusão das atividades planejadas com as adaptadas ou na mudança total de rumo.

 Líderes resilientes demonstram uma atitude positiva e previsão para lidar com o esperado e o inesperado, muitas vezes trabalhando com orçamentos recém-cortados. Como todos os líderes sob pressão, é claro que eles precisarão ser capazes de redefinir as prioridades em um piscar de olhos, sem perder de vista o quadro geral. Eles também precisarão entender que, às vezes, a melhor estratégia de liderança é admitir não ter todas as respostas, sabendo quando trazer os especialistas para garantir que as decisões de negócios sejam baseadas em informações sólidas e não em viés de liderança cognitiva.

 Em vez de cair no desespero ou se esconder dos problemas com estratégias de enfrentamento pouco saudáveis, as pessoas resilientes enfrentam as dificuldades de frente.

Elas são imperturbáveis ​​diante de situações intensas e estressantes, mesmo aquelas totalmente inesperadas ou fora do comum.

Elas possuem uma alta tolerância à ambiguidade e incerteza e são capazes de se adaptar rapidamente a essas novas circunstâncias.

Elas cuidam de seu próprio bem-estar mental e físico - sabendo que precisam de um bom estado de saúde para ter um desempenho no nível ideal.

Elas são comedidas e confiantes na forma como se comunicam em todos os momentos, o que infunde confiança em sua liderança.

 Torne-se um aprendiz permanente

Segundo a Forbes, um dos 15 hábitos diários identificados em grandes líderes é reservar um tempo diário para ler. Num artigo explica: "Salvo um desastre que deva ser tratado imediatamente, esse tempo [de leitura] não é negociável e ficará fora dos limites para qualquer outra atividade".

 E mais adiante diz: "Adotar intencionalmente uma mentalidade de aprendizado cria espaço para abertura e curiosidade e permite que você se mostre como um aprendiz incansável", - Palena Neale, Ph.D,

 Tornar-se um líder resiliente exige que você esteja em constante evolução com os tempos, e isso inclui um conjunto de habilidades e todo o seu sistema de crenças. Ao tornar-se conscientemente um aprendiz ao longo da vida, graças à leitura, pesquisa, realização de cursos ou certificados profissionais ou simplesmente falando com outras pessoas, você está se permitindo crescer e evoluir organicamente.

 

Gerenciando equipes híbridas

Embora as restrições amenizadas possam fazer com que muitos funcionários voltem ao trabalho, o período generalizado de trabalho em casa provavelmente terá um impacto duradouro. Esperamos ver mais empresas acomodando o trabalho remoto em vários graus e maior flexibilidade no que diz respeito ao horário de trabalho. Acrescente a isso o significado da economia gig,[1] e fica claro que a gestão de funcionários abrigará novos desafios após o COVID-19.

Para que isso funcione com sucesso, protegendo a produtividade e a eficiência, os líderes precisarão saber como promover equipes fortes e coesas, apesar da óbvia lacuna entre os membros da equipe no escritório e aqueles que trabalham em casa. Os fatores facilitadores podem incluir um local de trabalho adaptado com áreas de trabalho mais comuns, em vez de espaços de mesa designados, ou processos reimaginados para equipes virtuais e híbridas. Em suma, isso requer um estilo de liderança totalmente novo e mais flexível.

 Comunicando-se com franqueza

Em momentos como estes, tanto as pré-condições para os negócios quanto o espectro de resultados realistas destes, estão sujeitos a mudanças rápidas. Isso impulsiona a comunicação para a vanguarda das atividades operacionais, com o objetivo de manter os acionistas e todos os colaboradores externos atualizados. Tanto na comunicação interna quanto na externa, os líderes são, portanto, chamados a se comunicar de forma eficaz com diferentes propósitos e públicos-alvo em mente.

O antídoto para o turbilhão de informações e circunstâncias mutáveis ​​é simples: informações claras, sinceras, consistentes, confiáveis ​​e baseadas em fatos. Quando a ansiedade e o cinismo são grandes, não há lugar para meias verdades enganosas ou otimismo irresponsável. Muito menos uma ausência de informação geral. Isso exige certa humildade, autoconsciência, abertura ao feedback e um fluxo constante de comunicação tanto on-line quanto off-line.

 Relacionamentos genuínos através da empatia

Despertar o entusiasmo pelos negócios diários entre funcionários exaustos e isolados, exige sensibilidade e inteligência emocional. O COVID-19 deixou as pessoas em estado de luto - figurativamente, se não literalmente - e precisando de conexão e compreensão humanas. Os líderes devem permanecer atentos ao impacto a longo prazo do bloqueio, seja por problemas de saúde mental que possam ter surgido ou pela perda de paixão pelo trabalho.

Mostrar empatia aos funcionários pode ser tão fácil quanto ouvir com interesse genuíno. Pode envolver, oferecer encorajamento ou incentivos. Em alguns casos, pode incluir o encaminhamento de funcionários para aconselhamento ou a decisão de interromper uma reunião para acomodar a necessidade da equipe de mudança de ritmo ou de ar fresco. Líderes que entendem como cultivar relacionamentos significativos com a sua equipe são mais propensos a construir boas vontades.

 Construa sua rede de apoio

Dizem que nenhum homem [ou mulher] é uma ilha, o que significa que ninguém é 100% autossuficiente e os melhores líderes sabem que não podem alcançar a grandeza sozinhos. Esta asserção se refere a mais do que apenas habilidades de trabalho em equipe. É claro que trabalhar como parte de uma equipe e organização é uma habilidade essencial em todos os níveis de negócios, mas isso se refere em particular a uma rede de indivíduos na qual você confia, para ser a sua rede de suporte. Tornar-se um líder resiliente não significa fazer com que os seus problemas desapareçam, significa simplesmente que você lida com os problemas de uma maneira melhor. Portanto, compartilhar os seus problemas com colegas, amigos, cônjuge ou membro da família pode ajudá-lo, não apenas a se sentir melhor com eles, mas também a sentir que tem alguém ao seu lado.

 Além disso, a sua rede de suporte pode fornecer informações e conselhos valiosos, com uma variedade de perspectivas alternativas e você pode usá-las como caixa de ressonância para novas ideias.

 Seja otimista com metas realistas

Líderes resilientes tendem a ter um ar de confiança e otimismo em tudo o que fazem, e o otimismo é um ingrediente vital na liderança. O cofundador da Intel, Robert Noyce, disse uma vez que o otimismo é “um ingrediente essencial da inovação. De que outra forma o indivíduo pode acolher a mudança em vez da segurança, ou a aventura em vez de ficar em lugares seguros?". Quando o ambiente macroeconômico não parece ótimo, os líderes resilientes têm o poder de olhar além dele e buscar as oportunidades para prosperar. Eles vêem o quadro geral, jogam a longo prazo e tendem a ter a capacidade de inspirar aqueles ao seu redor a compartilhar essa visão para o futuro.

 No entanto, para se tornar um líder resiliente, o otimismo, por um lado, deve ser sustentado pelo realismo, no outro. De acordo com a plataforma de trabalho, definir metas difíceis, mas realistas, “garante que líderes e equipes prosperem ao atingir suas metas e sintam uma sensação de realização”. Eles continuam explicando que as metas devem ser S.M.A.R.T (específicas, mensuráveis, atingíveis, relevantes, e baseadas no tempo).

 Procure oportunidades para aumentar a eficiência

Pensar que você tem que fazer todas as tarefas sozinho é conhecido como microgerenciamento – e isso não é uma característica da liderança resiliente. Muitos líderes são resistentes à delegação, pois temem perder o controle sobre tarefas importantes, perder prazos críticos, ou ver uma redução na qualidade - mas, ao contrário, ajudar os membros da equipe a se destacarem por conta própria é um elemento-chave para eles, permitindo que você floresça como líder.

 Aprender a delegar é uma das habilidades mais importantes que qualquer líder pode adquirir. Mas nem toda tarefa pode ser delegada:  então, saber quais tarefas delegar, quando e para quem é algo que leva tempo para se absorver. A delegação bem-sucedida libera os líderes de tarefas operacionais que podem ser demoradas e/ou repetitivas, podendo colocar esse tempo de volta no pensamento estratégico e em outras tarefas não delegáveis. É bom no entanto saber, que  simplesmente despejar as suas próprias tarefas mundanas na mesa de outra pessoa, não é delegar.

De acordo com a Mind Tools, ao criar uma estrutura em torno de suas tarefas delegadas, você ainda pode manter algum controle:

 Discutir formas e prazos.

Combine um cronograma de pontos de verificação, nos quais você revisará o progresso dos projetos.

Faça ajustes conforme necessário.

Reserve um tempo para revisar todos os trabalhos enviados.

Dê crédito à pessoa certa, para que o trabalho desta seja reconhecido.

Desenvolva rituais saudáveis

 As questões de equilíbrio entre vida profissional e pessoal tornaram-se mais proeminentes desde o início da crise global da saúde, pois esta trouxe à tona como o trabalho híbrido pode ajudar as pessoas a desenvolverem um estilo de vida saudável em torno de seu trabalho. Seja atendendo ligações de negócios durante uma caminhada matinal ou treinando para uma maratona, os líderes resilientes sabem que precisam manter o corpo e a mente em ótimas condições para ter o melhor desempenho nos negócios.

 De acordo com um artigo da Forbes sobre os hábitos diários de grandes líderes, integrar uma rotina diária de condicionamento físico prepara os líderes para os desafios mentais e intelectuais que enfrentam.

 Como criar um plano de desenvolvimento profissional

A lição número um deste ponto, é que uma verdadeira liderança resiliente significa ter a consciência de que você mesmo não é um produto acabado; há sempre espaço para aprender, evoluir e crescer profissionalmente. Benjamin Franklin disse uma vez: “um investimento em conhecimento sempre rende os melhores juros”. Dedicar um tempo para criar um plano de desenvolvimento profissional dá estrutura a esse crescimento e mantém você no caminho certo.

 Em primeiro lugar, o que é um plano de desenvolvimento profissional (PDP)? De acordo com a plataforma de gerenciamento de trabalho Asana, um PDP é "um documento em constante mudança, que avalia o seu conjunto de habilidades no momento, e ajuda você a definir metas de carreira, criar estratégias e descobrir recursos que ajudarão você a alcançá-las".

 Para construir o seu próprio plano de desenvolvimento profissional, você precisa realizar uma autoavaliação da sua situação profissional atual, definir as suas metas e, em seguida, mapear as etapas que devem ser seguidas para alcançá-las. Considere os recursos que você precisará utilizar, incluindo opções de educação executiva e o cronograma em que você trabalhará. Lembre-se que, tal como a liderança resiliente está centrada em ser adaptável às mudanças, o seu PDP também deve ser um documento em evolução. Reserve algum tempo periodicamente para revisá-lo e alterá-lo, além de medir o seu progresso até esse momento.

 Os negócios, cada vez mais exigem líderes resilientes, para enfrentar tempestades inevitáveis; eles também precisarão de uma generosa ajuda de criatividade e inovação humana. Respirar vida de forma sustentável na economia exigirá soluções criativas impulsionadas por líderes resilientes. Então vá em frente e fique confortável num ambiente que está ficando desconfortável.

Nunca se julgue um super-homem só porque está conseguindo atingir as suas metas, os acidentes acontecem mais facilmente, quando existem excessos de confiança ou momentos de distração.

 




[1] O Dicionário de Cambridge considera “gig economy” como um arranjo alternativo de emprego. “Uma forma de trabalho baseada em pessoas que têm empregos temporários ou fazem atividades de trabalho freelancer, pagas separadamente, em vez de trabalhar para um empregador fixo”

domingo, 3 de julho de 2022

 

Como manter Qualidade com falta de pessoal

 


Sobreviver às Dificuldades

 Nenhuma empresa está imune à escassez de pessoal, neste momento que atravessamos. Quando os funcionários saem ou tiram uma folga, pode ser difícil manter o mesmo nível de serviço ao qual os seus clientes estão acostumados.

Mas teremos que encontrar Saídas

 Comunicar efetivamente

Familiarize os funcionários com as ramificações da falta de pessoal, bem como as mudanças esperadas na forma como as funções serão afetadas. Acompanhe os seus clientes e mantenha-os atualizados também, destacando quaisquer mudanças esperadas no serviço. Usar uma comunicação clara e concisa ajudará a garantir que todos estejam na mesma página e que seus clientes tenham uma expectativa realista das mudanças a que formos forçados pela situação.

 Delegar tarefas

Nem todas as tarefas precisam ser executadas por um membro sênior da equipe. Atribua tarefas com base na capacidade e disponibilidade para aproveitar ao máximo os recursos que você tem. Isso ajudará a garantir que todas as tarefas sejam concluídas de maneira oportuna e eficiente.

 Defina metas e expectativas realistas

É importante definir metas e expectativas realistas quando há falta de pessoal. Tentar fazer muito com muito pouco pode levar à frustração e ao esgotamento. Seja claro sobre o que você espera de seus funcionários e forneça-lhes os recursos necessários para atender a essas expectativas. Isso ajudará todos a manter o foco e o caminho para que você mantenha um bom nível de serviço.

 Mantenha-se organizado e priorize

Manter-se organizado e priorizar o que pode ser priorizado, ajudará a aproveitar ao máximo os recursos que possui e garantir que todas as tarefas sejam concluídas no prazo. Crie um cronograma ou lista de prioridades para que todos saibam o que precisa ser feito e quando. Isso ajudará a manter as coisas funcionando sem problemas e evitar confusão ou frustração.

 Mostre apreço à sua equipe por seu trabalho duro

É importante mostrar apreço à sua equipe. Eles estão trabalhando duro para manter um bom nível de serviço, apesar da falta de pessoal. Um pouco de reconhecimento pode ajudar bastante a elevar o moral e manter todos motivados.

Estas são algumas maneiras de manter oseu nível de serviço, quando há falta de pessoal. A implementação dessas dicas ajudará a garantir que sua empresa funcione sem problemas, mesmo diante de circunstâncias desafiadoras.

E já que entrámos neste assunto, gostaríamos de acrescentar algo mais.

 


O processo de gestão de pessoas precisa de um dinamismo contínuo, tal como um organismo vivo. Gerenciar pessoas é  o constante objetivo de manter a organização com pessoas certas nos lugares certos e na hora certa.

Usar os processos mais indicados ou aconselháveis, para agregar os colaboradores, torná-los conscientes e aplicados. Saber escolher os processos de desenvolver pessoas, mantê-las interessadas e conscientes das suas responsabilidades, Saber monitorar e recompensar as pessoas pelo seu interesse e colaboração.

A gestão de pessoas é composta de processos com subsistemas interdependentes que se interagem de forma variável. O pleno conhecimento da forma como utilisá-los, é o princípio fundamental de uma boa liderança, a qual se completa com o saber analisar:

 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS EXTERNAS

Leis e regulamentos legais

Sindicatos

Condições econômicas

Competitividade

Condições sociais e culturais

 INFLUÊNCIAS AMBIENTAIS INTERNAS

Missão organizacional,

Visão,

Objetivos e estratégia

Cultura organizacional

Natureza das tarefas

Estilo de liderança

Processos de Gestão

 RESULTADOS FINAIS DESEJÁVEIS

Produtos e serviços competitivos e de alta qualidade

Qualidade de vida no trabalho

Práticas éticas e socialmente responsáveis

domingo, 26 de junho de 2022

 

A COZINHA DE SALA

 

              

Ou SERVIÇO DE RÉCHAUD

 Réchaud é o conjunto de duas peças (fogareiro e frigideira) de que os profissionais de restaurante se servem, para preparar ou manter quentes junto à mesa, certos pratos da Ementa. Por vezes, os “banho-maria” usados nos Buffets, são também ditos réchauds, embora erradamente.

O “Serviço de Réchaud”, pelo aparato de que se reveste todo o trabalho e pelo espetáculo que proporciona, sempre exerceu um certo fascínio sobre os profissionais e sempre atraiu a clientela, que gosta de sentir a valorização de um prato exclusivo, com a aliciante de ser preparado à vista, na sua presença.

Este trabalho, hoje usado apenas nos restaurantes de luxo, não é difícil, mas requer uma certa perícia e conhecimentos, sobretudo na utilização dos temperos e tempos de cozedura, sem o que o resultado final será desastroso.

Por outro lado, a mise-en-scéne ou aparato de apresentação, bem como a elegância dos gestos durante a preparação, tem muito a ver com o sucesso deste tipo de serviço.

Cozinhar não é uma mera ocupação; é uma arte!  Para executar este trabalho, tem que haver muito bom gosto pelo que se faz; tem que haver carinho pelo que se produz; tem que haver preocupação quanto ao resultado final.

O profissional que executa o serviço de réchaud, não pode ficar apenas agitando o ‘sauté’ e misturando os ingredientes, sem graça e sem interesse, dele ou dos clientes.  Antes pelo contrário, deve transformar esta preparação num espetáculo onde cada gesto é medido, e cada ato valorizado pela elegância dos movimentos e aparato da atuação.

Durante a preparação deve ir conversando com os clientes, interessando estes pela receita e fornecendo explicações sobre o prato que está sendo preparado. O prazer da mesa é composto de muitas subtilezas e, entre elas, está a preparação do palato, através da salivação, para a devida degustação da comida que se ingere.
O profissional de restaurante, tem muito a ver com isto.

Por outro lado, uma das grandes técnicas de vendas é saber utilizar a publicidade.  Quanto mais aparato rodear a preparação de um prato de ‘réchaud’, mais publicidade se fará sobre este tipo de serviço, com o interesse de maior número de clientes pelo mesmo. Isto pressupõe, também, uma valorização do profissional que o executa.

Não se é bom, só porque se faz um trabalho. Outros podem fazê-lo.  Só se começa a ser bom, quando se consegue fazer o mesmo trabalho com resultados acima da média.
Um homem só pode ser considerado alto, quando a sua cabeça aparece acima da cabeça dos outros.

Para o serviço de réchaud utilizam-se os tradicionais fogareiros (réchauds) a álcool, ou os mais modernos carrinhos especiais, com fogareiro a gás embutido, e as frigideiras ditas (Sautés).

O ‘réchaud’ de álcool é normalmente montado sobre um carrinho de serviço ou um guéridon (mesa de apoio), tendo o cuidado de o colocar sobre uma bandeja de metal, sem qualquer pano ou guardanapo, para evitar que, em caso de derrame do álcool, um incêndio se origine, criando pânico ou mal-estar entre a clientela.

Todos os ingredientes que vão ser utilizados, devem ser colocados, também, no guéridon.  De um lado, os temperos, molhos e bebidas, do outro lado, os restantes componentes.

As guarnições só devem vir para a sala no momento de servir, pelo que um pouco antes de terminar a confecção, a cozinha deve ser avisada, e enviada para o transporte, a pessoa encarregada desse serviço.

O lume do réchaud deve ser mantido médio ou de acordo com a necessidade, mas nunca muito forte, para que o tempo de cozedura seja suficiente sem queimar a iguaria, apurando os molhos.

O tempo médio de preparação da maior parte dos pratos é de 30 minutos, para pratos cozinhados.  Outros pratos demoram menos, caso de coquetéis ou saladas.

Não se deve prolongar em demasia e desnecessariamente o tempo de preparação.

Esta, deve ser feita com eficiência, para não impacientar o cliente.

Aconselhamos a servir o prato já feito, depois de montado no (guéridon), pela direita do cliente, mas sugerimos que, em certos casos e se o profissional se sentir suficientemente seguro para isso, as peças sejam preparadas e servidas diretamente do ‘sauté’ para o prato, com aparato e elegância, sendo as guarnições servidas imediatamente a seguir, por outra pessoa.  Cuidado, porém, com os salpicos de molho, pois os pratos de ‘réchaud’ são caracterizados por muito molho.

São muitos, os pratos que podem servir para a “cozinha de sala”, desde as entradas ou acepipes até às sobremesas, passando pelos peixes, mariscos, carnes, molhos e saladas.

Desejamos boa sorte a todos aqueles que se dedicarem a este belo trabalho, que sempre nos deu muita alegria durante os anos da carreira que passamos no restaurante.

 Bons pratos fazem bons amigos!  E o empregado de mesa (garçon), felizmente, pode fazer muitos e bons amigos.

 Queremos deixar aqui um aviso aos profissionais, para o facto de que o ‘molho’ não pode ferver. Em muitos momentos da sua atuação, o profissional sentirá a necessidade de atrasar um pouco a cocção ou evitar que a peça se queime demasiado.

Como não pode estar sempre a mexer na lamparina para subir e descer a chama, esse resultado obtêm-se da seguinte forma: segurar firmemente o cabo do ‘sauté’ com a mão esquerda, e usar esta para o afastar da chama o que for necessário, enquanto com a direita vai mexendo o molho ou voltando a peça para que não queime ou para que cozinhe por igual.

 





 Receitas para Preparação na Sala

Serviço de réchaud (ou Cozinha de Sala)

 ACEPIPES

(Hors D´Oeuvre ou Antipasto)

 

Conchas de Frutos do Mar  (Coquilles de Fruits de Mer)

Junta-se em partes iguais, uma variedade de mariscos já preparados, com o molho seguinte: Maionesa 2/3, Catsup 1/6, natas 1/6, sal, pimenta, mostarda e parmesão ralado; depois de tudo muito bem misturado enchem-se as coquilhas, que depois se cobrem com uma camada fina de maionesa e parmesão ralado. Podem ser servidas frias ou quentes; no segundo caso, levam-se ao forno a gratinar.

Nota: Esta preparação serve também para lagosta, a qual se serve na própria casca.

 Coquetel de Camarão (Cocktail de Crevettes)

a) Misturar natas com catsup, adicionando pimenta de Caiena e aguardente velha. Cobrir os camarões já previamente preparados

b) Como a anterior, adicionando um pouco de Maionesa.

c) Dissolver em catsup, uma colher de mostarda e Molho inglês (Perrins). Juntar um pouco de aguardente velha e Porto seco. Bater muito bem e juntar natas. Cobrir os camarões.

 

NOTA: Normalmente serve-se o coquetel de camarão em taça com pé, mas achamos no entanto que é mais vistoso servir numa taça sem pé, que por sua vez se ajusta dentro de um recipiente um pouco maior (vidro ou metal), cheio de gelo picado. Deve-se ter também o cuidado de servir o Molho bem gelado e pôr os camarões sobre uma camada, não exagerada, de Juliana de alface muito fina,.

 Coquetel de Lagosta (Cocktail de Langouste)

O mesmo que o Coquetel de Camarão, usando Lagosta.

 Coquetel de Ostras (Cocktail d’Huîtres)

a) As ostras, na própria concha, colocadas sobre gelo picado. Regar com um molho feito de 3 colheres da água das ostras, 3 colheres de vinagre de estragão; Molho Inglês (Perrins) e aguardente velha (conhaque), uma colher de cada; algumas gotas de angostura, sal e pimenta. (Inglês “Oyster Cocktail”).

b) As ostras, sem as conchas, colocadas numa taça. Cobrir com o molho anterior, ligado, com uma colher de Maionesa, outra de natas, e um pouco de catsup. Nós, preferimos esta forma de servir este prato. A apresentação final pode ser a que indicamos para o Coquetel de Camarão).

 Coquetel de Melão (Cocktail de Melon)

Melão bem gelado, feito em bolas, com a colher das pommes noisete. Colocar as bolas numa taça com pé e cobrir com um molho feito de sumo de limão, gin, maraschino ou kirsch e açúcar, bem batidos com uma pedra de gelo. (Se o serviço permitir, servir como indicamos para o Coquetel de Camarão).

 Crepinetes de Sardinha (Crépinettes aux Sardines)

Usar sardinhas em conserva, sem pele nem espinha. Passar estas, num molho já preparado de maionesa, catsup, cebola picada muito fina, mostarda, sal e pimenta. Colocar as sardinhas, envoltas no molho, em folhas de crepe, muito finas. Enrolar os crepes, tendo o cuidado de fechar nas pontas, para que o molho não saia. Cozinhar no réchaud, com cuidado para não desmanchar, em um molho feito com, manteiga, catsup, vinho Madeira, sal e pimenta. Servir, enfeitado com um filete de anchova, sobre cada crepe, cobrindo com o molho, ligado com natas.

 Fondue de Lagosta, sobre Canapés (Fondue d´Homard sur canapé)

Prepara-se lagosta, na média de 0,100 grs. por pessoa, picando-a muito miúda (o mais possível) e junta-se em partes iguais com o molho seguinte: Maionesa 3/4, Catsup 1/8, natas 1/8, mostarda uma colher de chá, molho inglês (alguns pingos), sal e pimenta, misturando muito bem. Preparam-se canapés com aproximadamente 10 cm. de lado, na proporção de 2 por pessoa e distribui-se sobre eles a mistura acima, enfeitando depois com uma rodela de tomate e um medalhão de lagosta, sobrepostos, tendo em volta gema de ovo cozido, ralado.

 Salada de Vitela à Húngara (Salade de Veau à l´Hongroise)

Numa taça grande, de vidro, preparar um molho com azeite, vinagre de estragão, sal, pimenta, cebola, picada muito fina, cerefólio, gotas de vinho Madeira e conhaque. Misturar bem e, adicionar maionesa, batendo. Juntar ovos cozidos, picados, sem bater.

Pegar, lâminas de mãozinhas de vitela, já cozidas e envolver bem no molho. Servir em pratos rasos, deitando por cima o que sobrar do molho e polvilhar com salsa picada. Acompanhar com fatias de pão de centeio e manteiga.

 Tosta de Parmesão (Toast à la Crème Parmesan)

Esfregar o sauté, com alho e deitar dentro, manteiga e cerveja, em partes iguais. Quando começar a ferver, juntar queijo parmesão ralado e mexer até que esteja um creme forte; temperar com sal, pimenta e um pouco de colorau, para dar cor, antes de ter atingido a consistência final. Servir sobre tostas de pão de forma levemente torradas, enquanto está bem quente.

 PEIXES E CRUSTÁCEOS

(Poissons et Crustacés)

 Camarões Marinara

2 colheres de sopa de manteiga, 1 colher de sopa de farinha, 1/2 pimento verde, picado, 1/2 cálice de Jerez, 2,5 dcl. de natas, 1/2 frango em pedaços, 50gr. de champignons picados, 50 gr. de amêndoas branqueadas, 1/2 pimento encarnado em tiras,  ¼ de colher de chá de caldo de galinha em cubo, sal e pimenta.

Derreter a manteiga. Fora do lume, misturar muito bem a farinha. Juntar o pimento verde e saltear. Adicionar o Jerez  e as natas; depois de bem misturado o frango com os restantes ingredientes, excepto as amêndoas. Deixar cozinhar e servir em pastelões folhados (Vol-au-Vent) com algumas amêndoas picadas no topo.

 Camarões à Mary Stuart ( Crevettes Mary Stuart)

Fazer um molho com manteiga, mostarda, salsa picada e gotas de limão, temperando com sal e

pimenta. Colocar os camarões, de preferência crus e deixar cozinhar. Flamejar com vodka e conhaque, ligando muito bem com natas.

Servir com arroz de champignons.

 Caril de Lagosta à Ceilão (Curry de Langouste Ceylon)

Fazer um molho com manteiga, gotas de limão, cebola bem picada, alho, gengibre, pó de caril já dissolvido em vinho branco, curcuma e cravinho. Cozinhar medalhas de lagosta, neste molho e flamejar com conhaque. Temperar o molho com canela, sal, pimenta, açúcar, tabasco, leite de coco ou coco ralado e acertar a consistência do molho, com fumet e farinha de arroz levemente torrada, de forma a que este não fique nem muito solto, nem muito espesso.

Pode-se acompanhar com Arroz Pillaw ou Créole.

 Conchas de Frutos do Mar  (Coquilles de Fruits de Mer)

Veja em Acepipes

 Delícias de Peixe Envoltas (Délices de Poisson Enrobées)

Cortar lombos de peixe (Robalo ou Pescada de preferência) e escalfá-los em leite. Panar 1igeiramente com pão ralado e fritar em manteiga. Enrolar em fatias de presunto, também escalfadas em leite. Cobrir com um pouco de maionesa, polvilhar com queijo ralado e mandar alourar no fomo.

Servir com arroz branco ou batata natural.

 Filetes de Linguado Alice (Filets de Sole Alice)

Na Cozinha, cozer os filetes, em Fumete de Peixe, com manteiga. Mandar para a sala, tal qual. À parte, ostras cruas e uma concha contendo cebola picada, tomilho moído e bolacha de água e sal moída.

Na sala prepara-se um molho com manteiga e liga-se este com limão, um pouco de conhaque sal e pimenta e termina-se com natas. Passar os filetes de peixe no molho e servi-los cobertos com o mesmo. Servir com arroz ou batata sauté.

 Filetes de Linguado à Brasileira (Filets de Sole Brésilienne)

Como Alice. Cozinhar metades de banana no molho e colocar estas sobre os filetes de linguado, antes de cobrir com este. Servir com arroz, adicionado de coco ralado e passas de uva.

 Filetes de Linguado ao Champanhe (Filets de Sole au Champagne)

Como o Linguado Alice, mas adicionar ao molho um pouco de vinho de Champanha.

 Filetes de Linguado à Brás Cubas (Filets de Sole à la Brás Cubas)

Como Alice, mas adicionar ao molho, um pouco de vinho branco e, colocar sobre os filetes, fatias finas de presunto cru e metades de banana, cozinhadas no molho dos filetes.

 Filetes de Linguado ao Madeira Velho (Filets de Sole au Vieux Madère)

A mesma preparação dos Rolinhos ao Champanhe, substituindo este por Madeira de boa qualidade.

 Filetes de Linguado à Piccadilly (Filets de Sole à la Picadilly)

Cozer o linguado na cozinha em Fumete de Peixe com cebolas, chalotas e estragão, picados. Mandar para a sala, com uma molheira do caldo da cocção.

Na sala, retiram-se os filetes de linguado, enquanto o caldo reduz sobre o réchaud. Flameja-se com aguardente velha (conhaque) e whisky, juntam-se algumas gotas de Molho Inglês (de frasco), levanta-se com manteiga e cobrem-se os filetes, já colocados no prato do cliente.

 Filetes de Linguado à Souvaroff (Filets de Sole Souvaroff)

Como Alice, substituindo o conhaque, por Vodca.

 Lagosta à Albano (Langouste à la Albano)

Cortar a lagosta, já cozida, em pedaços e saltear com manteiga, azeite, aguardente velha, mostarda, champi- gnons e pedacinhos minúsculos de presunto cru. Juntar catcsup e aromatizar com vinho da Madeira. Sal e pimenta. Ligar com natas. Servir com arroz branco. (Do autor).

 Lagosta à Cigana (Langouste Tziganne)

Corta-se a lagosta em cubos de 2cm de lado e salteia-se em manteiga, com tomate concassé e champignons; junta-se depois, ao molho, mostarda, sal, pimenta, cayenne, vinho Madeira e um pouco de natas. Serve-se com arroz branco.

Lagosta ao Vinho Verde (Langouste au Vin Verde)

Cortar a lagosta, já cozida, em pedaços e saltear com manteiga, azeite e aguardente velha, mostarda, cebola brinjida, bem picada, champignons, coentros picados e vinho verde. Juntar catsup e aromatizar com vinho da Madeira. Sal e pimenta. Ligar com natas. Servir com arroz branco.

 Lagosta ao Whisky (Langouste au Whisky)

Cortar a lagosta, já cozida, em pedaços e saltear com manteiga, azeite e aguardente velha, mostarda, cebola brinjida, bem picada, orégano e fumet de lagosta. Aromatizar com whisky. Sal e pimenta. Ligar com creme de leite. Servir com arroz branco.

 Medalhões de Pescada à Portuguesa (Medaillons de Colin à la Portugaise)

Preparam-se medalhões de pescada, de tamanho não muito grande (2 por pessoa) e fritam-se em manteiga, à qual se junta, vinho verde branco em quantidade não exagerada, sal, pimenta, um pouco de mostarda e umas fatias de presunto que  depois, se põem sobre os medalhões, antes de lhes deitar o molho por cima. Servem-se com batatas e cebolinhas estufadas.

 Rolinhos de Peixe ao Champanhe (Paupiettes de Poisson au Champagne)

Fazem-se, com filetes de peixe de fácil secção, paupiettes que se põem a fritar num sauté, em manteiga com um pouco de limão, à qual se junta depois, Champanhe, sal e pimenta, na quantidade desejada. Pode-se terminar com natas, ou não, à vontade. Servir com arroz branco.

 Salmonetes à Setubalense (Rougets Façon de Setúbal)

Salmonetes grelhados inteiros na cozinha, sem lhes tirar as tripas.

Na sala, abrem-se, tiram-se-lhes as tripas, separando-as do fel. Refogam-se estas com cebola finamente picada, manteiga e vinho branco. Adicionar sumo de limão, reduzir e cobrir os salmonetes com o molho obtido.

 Santola Recheada (Crabe Farcie)

a) (Fria). Retirar as carnes da casca e desfiar. Preparar um molho frio, com Maionesa, natas, molho inglês e um pouco de catsup. Misturar as carnes com este molho e servir dentro da casca, enfeitado com beterraba, salsa, ovos cozidos picados, etc.

b) (Fria). Picar as carnes e misturá-las, com miolo de pão, ensopado em leite. Ligar a mistura, com o molho anterior, adicionado de vinho da Madeira e um pouco de aguardente velha. Decorar como a anterior

c) (Fria). Misturar catsup com mostarda, maionesa e o líquido da santola. Sal e pimenta. Ligar com natas. Misturar a carne da santola, bem picada, adicionada em partes iguais, com miolo de pão, ensopado em leite e espremido. Repor dentro da casca e enfeitar como a). (Receita do Autor).

 Scampi Fritti

Lagostins, gambas grandes ou Pitu, descascados, temperados com sal e pimenta e passados por farinha, ovo batido e queijo ralado. Fazer no réchaud, um molho com manteiga e gotas de limão e fritar os crustáceos, preparados como indicado.

Quando estiverem fritos, colocam-se num prato, sobre um guardanapo, para enxugar algum excesso de gordura. Muito rapidamente, para que estes não arrefeçam, completa-se o molho, com pimenta, tabasco ao gosto, vinho do porto seco e queijo ralado, cozinhando até ficar cremoso. Adicionar natas para que o molho não fique muito grosso e servir sobre os crustáceos, em prato raso, acompanhado de Arroz Branco.

 MIUDEZAS

(Abatis)

 

Fígado de Vitela Flamejado (Foie de Veau au Flambé)

Preparar um molho, no réchaud, com, manteiga, óleo, mostarda, e gotas de limão, juntando cebola brinjida, bem picada. Cozinhar o fígado, ao ponto e flamejar com conhaque. Retirar o fígado para o prato onde vai servir e, rapidamente, ligar o molho com, vinho madeira, alho, sal e pimenta, um pouco de natas e deixar reduzir. Colocar sobre o fígado e polvilhar com salsa picada. Acompanha Arroz Branco ou batata sauté.

 Rim Flamejado (Rognon Flambé)

 (Rim de vitela). Sem gordura e temperado. Cozinhar na cozinha, inteiro, numa caçarola com manteiga, durante 15 minutos.

Terminar na sala, sobre a lamparina (Réchaud). Aproveitando o molho que já existe da cocção do rim, retira-se este, adiciona-se um pouco de manteiga e limão e molha-se com brande ou aguardente velha. Flamejar (flamber) e deixar reduzir para metade. Adicionar manteiga, sumo de ¼ de limão e salsa. Cortar o rim em agulhetas, e aquecer um pouco, servindo com o molho. Acompanhar com Arroz Branco.

 Rim de Vitela ao Madeira (Rognon de Veau au Madère)

Como Rim Flamejado, mas acrescentar ao molho, vinho da Madeira e ligar o molho com natas.

 Rim de Vitela ao Armagnac (Rognon de Veau à l´Armagnac)

Como Rim de Vitela ao Madeira, usando Armagnac e acrescentando mostarda, alho e champignons, terminando com um pouco de páprica.

 AVES E CARNES

(Volaille et Viandes)

 Bife à Americana (Steak Américaine)

Carne de lombo, muito fresca, picada. Mistura-se numa saladeira, com gema de ovo, alcaparras, cebola picada, azeite, sumo de limão, sal e pimenta; um pouco de mostarda. Tudo bem ligado. Dar a forma de um tornedó. (Este bife, que os franceses chamam Filet Américaine, é erroneamente chamado, entre nós, Bife Tártaro).

 Bife Apimentado (Steack Poivrade)

Polvilhar o bife com bastante pimenta do moinho. Deixar repousar 15 minutos. Fritar em manteiga, com demi-glace, sobre uma chama pouco forte, até estar semi-cozinhado. Adicionar brande e flamejar.

(Pode servir-se com manteiga de alho sobre o bife.)

 Bife Diana (Steak Diana)

Preparar um molho com manteiga, limão, cebola brinjida, bem picada e cozinhar nele, os bifes. Juntar sal, pimenta, champignons e demi glace, deixando ferver para apurar.Adicionar vinho da Madeira e flamejar com conhaque. Como este molho não é ligado com natas, deve ser bem trabalhado, para conseguir um bom paladar final. Servir com Arroz branco ou batatas Suflés. Pode também ser servido com Batatas Ponte Nova, ervilhas ou vagens na manteiga, pois não tem guarnição definida.

 Bife Poivrade (Steak Poivrade)

Bife de lombo, cortado pouco grosso e polvilhado dos dois lados com sal e pimenta do moinho. Saltear em manteiga e aveludado de carne. Molhar com vinho da Madeira e juntar mais pimenta do moinho. Ligar com Demi-glace e natas. Acompanhar com Arroz Branco.

 Bife à Strogonoff (Boeuf à la Stroganoff)

1 kg. de lombo em tiras, manteiga, cebola picada, l lata de champignons, sumo de 1 limão, 2 colheres de sopa de farinha, l dcl. de sumo de tomate, demi-glace, sal, pimenta, natas azedas e Jerez.

Salpica-se a carne com o sumo de limão. Saltear as cebolas e champignons em manteiga. Retirar e colocar na frigideira, a carne com o Jerez. Alourar. Juntar as cebolas, champignons e restantes ingredientes e terminar com as natas. Servir com arroz ou batata sautée.

 Bife Sukiyaki

2 colheres de sopa de gordura, 750 gr. de carne de bifes, 2 cebolas grandes, 1 dcl. de consomé,1 dcI. de molho de soja, l dcl. de vinho branco, 25 grs de açúcar,1 colher de sopa de demi-glace, champignons, l maço de espinafres. Derreter um pouco de gordura na frigideira. Passar nela, fatias muito finas de carne, voltando para dourar dos dois lados. Juntar rodelas de cebolas, espinafres, champignons e molho de soja. Cobrir e deixar cozinhar os legumes. Juntar o açúcar e os restantes ingredientes, terminando a cocção. Servir com arroz.

 Escalopes de Vitela à São Petersburgo (Escalopes de Veau St.Petersbourg)

Pegam-se dois escalopes muito finos e bem espalmados (ou só um, comprido, que se dobra), temperam-se com sal e pimenta e colocam-se, entre eles, uma fatia fina de queijo Gruyère. Passam-se depois por farinha e gema de ovo, panam-se e fritam-se em manteiga.

 Brochette à l'Orientalle ou Brochette Tartare

Brocheta  mista, grelhada, servida com Molho tártaro preparado na Sala.

 Bisteca Napolitana

Bife grosso, de Contrafilé, no qual se pratica uma incisão profunda, formando saco, onde se coloca uma fatia de queijo, uma de presunto e uma folha de louro; esfrega-se depois com alho, passa-se por azeite e frita-se em manteiga, com um pouco de mostarda e vinho branco. Guarnição à vontade, mas um bom esparguete será aconselhável.

 Frango à Arquiduque (Poulet Archiduc)

Saltear, em manteiga, sem corar. Refrescar com Jerez, vinho do Porto, whisky. Juntar natas e Molho Aveludado de carne, adicionado de Brunesa de legumes e trufas. Servir com Arroz Branco.

 Frango à Beira Tejo (Poulet Rive du Tage)

Trincha-se o frango e põe-se a marinar em conhaque, uns instantes, enquanto se prepara o molho no rèchaud, com manteiga, mostarda, pasta de champignon e catsup; depois de misturado, coloca-se o frango dentro e deixa-se cozinhar juntando um pouco de vinho Madeira Seco. Deve ter-se o cuidado de ir mexendo sempre, pois o molho é susceptível de "pegar". Depois de terminada a cozedura do frango, junta-se um pouco mais de Madeira e natas. Serve-se sobre canapé untado de foie-gras e à parte, legumes variados.

 Frango Flamejado (Poussin Flambé)

(pode sertambém  feito com perdiz ou galinha):

Trincha-se o frango em cru e passa-se a carcaça no sauté; faz-se depois um molho, no qual se cozinha o frango, com mostarda, demi-glace e os fígados, picados; tempera-se com sal e pimenta, junta-se um pouco de Madeira Seco para aromatizar, junta-se conhaque ao molho e flambeia-se.

Termina-se o molho com natas. Serve-se sobre crostões, barrados de pasta de fígado e previamente passados no molho e tiras de bacon grelhadas, terminando com o molho por cima.

Guarnição, à parte.

 Franguinho ao fogo de Armanhaque (Poussin au Feu d'Armagnac)

(Pode ser feito com  perdiz):

O frango vem já assado da cozinha, acompanhado do seu suco em uma molheira. Sobre um réchaud com um pouco de manteiga, rega-se com um bom Armanhaque ou Conhaque e deixa-se flamejar, para reduzir, com o suco e gordura do frango; vai-se regando o frango (para facilitar este trabalho, se se pretende servir o frango inteiro, devem-se espetar garfos de trinchar um de cada lado nos orifícios da cabeça e cauda) depois, com a redução, prepara-se um molho (enquanto outra pessoa trinchará o frango muito rapidamente). Para esse molho, junta-se um pouco de mostarda, mais manteiga e conhaque, se necessário, liga-se muito bem e serve-se com o frango.

 Frango Tatrazzini

Na Cozinha, cozer 250gr. de esparguete, durante 4 minutos. Escorrer e cozinhar com 2,5 dcl. de sumo de tomate, até que o líquido esteja completamente absorvido. Adicionar 100 gr.de champignons, l frango em pedaços, 100 gr.de queijo ralado.

Na Sala, misturar manteiga e farinha, mantendo sobre o lume  até que esta última esteja cozinhada. Juntar a esta preparação, 2 dcl.de fundo de aves, l dcl. de natas, sal e paprika. Misturar ao esparguete. No momento de servir, polvilhar com 150 gr. de fiambre em minusculos cubos.

Galeto ao Fogo de Armanhaque (Poussin au Feu d´Armagnac)

Pegar um galeto já assado na cozinha e, muito rapidamente, trinchá-lo, retirando os ossos da carcaça. Colocar os pedaços no réchaud, em um molho já preparado de manteiga com limão e fumet de carne, adicionando, mostarda, sal e pimenta, Armagnac e natas para terminar. Ter o cuidado de não deixar ferver, depois de juntar o creme.(Galeto é o nome por que é designado no Brasil o Franguinho Primavera)

 Galinhola Flamejante (Bécasse Flambée)

Assar, na cozinha, deixando em sangue.

Na sala, trinchar. Com o fundo do assado, preparar um molho, ao qual se adiciona, aguardente velha e as vísceras da galinhola, picados. Juntar ao suco da carcaça, que se espreme, um pouco de Fumete de Caça, sumo de limão, caiena e manteiga. Passar os pedaços, ligeiramente, neste molho, regando-os depois com ele. (Esta preparação deve ser começada na cozinha e, normalmente, ser terminada na sala).(Pode ser feita com Galeto. Neste caso, em vez das vísceras, adicionar ao molho, um pouco de paté de fígado).

 Galinhola com Fumete (Bécasse au Fumet)

Assada na cozinha, deixando em sangue.

Na sala, trinchar e manter em calor brando. Barrar um ou mais crostões, com um puré

feito das vísceras, pouco condimentado. Com o suco da carcaça, fazer um molho a que se junta manteiga, suco de caça, vinho tinto ou porto, aromáticos, sal e pimenta. Flamejar, com boa aguardente velha. Empratar, os filetes de peito e as pernas, sobre os crostões, cobrindo com o molho. (Este prato pode ser feito com Galeto. Neste caso, substituir as vísceras por paté de fígado).

 Lombo de Vaca ao Molho de Cerveja (Mignon de Boeuf à la Bière)

Bife de lombo, preparado em um molho onde os vinhos são substituídos por boa cerveja, que não esteja morta, outros ingredientes do molho são: manteiga, sal, pimenta e mostarda ao paladar.

 Componentes:

Medalhas de lombo da vaca; cerveja fresca; manteiga; 1/2 limão ; aguardente velha;  natas ; Sal, pimenta, mostarda, Molho Inglês; gotas de madeira  e Arroz branco.

Preparação:

Leva-se um 'sauté' ao lume no 'réchaud' e quando estiver bem quente, flameja-se para queimar alguns resíduos de gordura que tenham ficado de anteriores preparações apesar da lavagem, com risco de rançar.

Deita-se a manteiga, a mostarda e gotas de limão, colocando as medalhas para alourar e deixa-se reduzir, fervendo lentamente.

Flameja-se com aguardente velha e tempera-se com sal, pimenta, o Molho Inglês, e o Madeira. Liga-se com as natas e serve-se.

Como servir:

Na metade do prato voltada para o cliente, colocam-se as medalhas e na outra metade, o arroz em meia-lua. Serve-se pelo lado direito do cliente.  Faca e garfo de carne.

 Paillard Fromagé

Componentes:

2 bifes de vazia, espalmados muito fino; manteiga; vinho branco; parmesão ralado 1/2 limão; Sal, pimenta, azeite; mostarda “Savora”; Molho Inglês; 1 dose de aguardente velha; 1 colher de chá, de alho em pó. Guarnição à escolha.

 Preparação: O “paillard” é um bife muito fino, cuja característica principal é ser servido muito mal passado. Atenção pois a este ponto.

Tempera-se o bife com sal e pimenta. Leva-se um “sauté” ao lume, no 'réchaud' e, quando estiver bem quente, flameja-se com aguardente, para mise en scene e para queimar alguma gordura que eventualmente exista apesar da lavagem, correndo o risco de rançar. Deita-se, em seguida, um pouco de manteiga e uns pingos de limão, azeite, sal, pimenta, molho Inglês, bem como o alho em pó, o vinho branco e a aguardente velha. Liga-se bem o molho e deixa-se apurar o paladar. Quando o molho estiver pronto, passa-se o bife, muito rapidamente, apenas para tomar o paladar e cozinhar pela parte de fora, com uma leve capa.

Coloca-se o bife num prato raso, bem quente,

polvilha-se com o parmesão ralado e cobre-se com o molho.

Como servir:

Na metade do prato, voltada para o cliente, coloca-se o paillard e na outra metade,  arroz branco ou batata sauté, em meia-lua. Serve-se pelo lado direito do cliente.  Faca e garfo de carne.

 Pato Flamejado ao Absinto (Canard Flambé à l'Absinthe)

Pato preparado na mesma maneira do Frango Flamejado, mas substituindo na preparação do molho, o Conhaque por absinto, o que dá um agradável paladar ao prato.

 Pato à Havaiana

Fritar em manteiga uma cebola picada até que esteja cozinhada. Adicionar l colher de sopa de farinha, misturada com 2 colheres de sopa de caril em pó. Juntar 2,5 dcl. de fundo de aves, l dcl. de sumo de ananaz e cozinhar até engrossar. Neste momento, mistura-se na composição 300 ou 400gr. de carne de pato já cozinhada e 4 fatias de ananaz, tudo cortado em cubos. Deixar ferver um pouco e servir com arroz, mango chutney e coco ralado.

 Pato Prensado (Caneton à la Presse)

Assar, deixando mal passado. À parte, o molho do assado.

Preparação na sala: O trinchador ou o chefe, retira as coxas e manda grelhá-las; corta as agulhetas (aiguillettes, fatias finas do peito) e coloca-as sobre um prato quente, temperando-as com sal, pimenta do moinho e sumo de limão. Prensa depois a carcaça para lhe retirar o sangue. Numa frigideira preparada para esse fim, flameja um pouco de aguardente velha (conhaque) e adiciona o suco do assado e o sangue do pato; liga tudo bem, sem deixar ferver. Depois do molho pronto, regar com ele, as agulhetas do peito. (Caso o sangue conseguido seja pouco, pode-se adicionar um pouco de vinho tinto, para lhe acentuar a cor. Mas só em último caso).

 Peitos de Frango à Varanda (Suprêmes de Poulet Verandah)

Desossar os peitos de frango e polvilhar com sal. Alourar num pouco de manteiga. À parte, fazer um fundo com margarina, molho de tomate e duas colheres de sopa de consomé. Juntar o suco obtido ao alourar os peitos, temperar com sal e pimenta em grão, adicionando um pouco de vinho branco seco. Deixar  cozinhar lentamente em fogo brando. No momento de servir, juntar ao molho, que deve ser passado e rectificado, um cálice de brande e outro de Porto ou Madeira.

Servir com arroz branco.

 Perdiz à Douglas (Perdreaux à la Douglas)

Estufada na cozinha.

A perdiz é trinchada na sala e o peito e as asas são aquecidos no réchaud, com um molho de manteiga e demi-glace fina e flamejados com aguardente velha (conhaque) no momento de servir. Servidos sobre torrada, previamente barrada com um molho, feito em manteiga, das vísceras e pasta de fígado (foie gras). Acompanhar com Arroz Branco e ervilhas na manteiga.

 Saltimbocca alla Romana

Componentes:

Escalopes finos de vitela; fatias finas de presunto; 4 folhas de sálvia (há quem use hortelã, na falta daquela, mas o sabor é diferente); manteiga; demi-glace; farinha; 1/2 limão; natas frescas; 1 dose de Afonso III; 1 dose de aguardente velha; sal, pimenta, Molho Inglês, mostarda "Savora”, alho em pó;

 Preparação:

Numa tábua própria, espalmam-se os escalopes, o mais fino possível e temperam-se com sal, pimenta, alho em pó, mostarda e uns pingos de limão. Colocam-se sobre um escalope, duas folhas de sálvia e sobre estas, uma fatia de presunto, colocando depois outro escalope a "fechar”, com os temperos para dentro. Bate-se com a faca, para que fiquem bem unidos, aparam-se as pontas ao redor, de forma a uniformizar a peça, que se passa por farinha e se deixa a descansar.

 Nota: Este trabalho, sendo mais fácil de executar do que a preparação dos Escalopes à São Petersburgo, deve ser tentado pelos profissionais com menos experiência, como uma forma de irem adquirindo prática na preparação frente ao cliente, para que mais tarde possam, com plena confiança, evoluir para  outra preparação mais trabalhosa.

Leva-se um ”sauté” ao lume no 'réchaud' e, quando estiver bem quente, flameja-se com aguardente velha, para mise en scene e para queimar alguma gordura que subsista de anteriores preparações, apesar da lavagem, com risco de rançar. Em seguida, deita-se a manteiga, uns pingos de limão, para que esta não queime e alguma mostarda e salteiam-se os escalopes, alourando-os de um lado e outro.

Flameja-se com aguardente velha e adiciona-se o Afonso III, deixando reduzir um pouco. Tempera-se com sal, pimenta, alho em pó e Molho Inglês; junta-se a Demi-glace e, depois de ferver um pouco, ligam-se as natas, tendo o cuidado de não deixar levantar fervura.

 Como servir:

Em prato raso, quente, colocando o escalope na metade que fica voltada para o cliente e as guarnições (que podem ser batata frita e arroz crioulo), na outra metade, dividindo o espaço entre si. Colocar o prato à frente do cliente pelo lado direito, com a mão direita. Faca e garfo de carne.

 Tornedó Flamejante (Tournedos Flambé)

Preparar um molho com manteiga, mostarda e gotas de limão, cozinhando nele os tornedós, sem deixar cozinhar demais. Adicionar Juliana muito fina de presunto cru e champignons picados, tabasco e demi glace, apenas o necessário, Flamejar com conhaque e juntar madeira seco. Ligar com natas sem deixar ferver e servir.

Sugerem-se as seguintes guarnições, à escolha: Couve-flor; vagens; ervilhas à inglesa; batata Ponte Nova; Batata Palha; Batata Souflé.

 MASSAS

(Pâtes)

  Esparguete à Bolonhesa (Spaghetti alla Bolognese)

Derreter um pouco de manteiga, com óleo e limão e adicionar o esparguete, já cozinhado “al dente” e um pouco de noz moscada. Adicionar carne moída muito fino, molho de tomate e catsup, sal, pimenta e molho inglês. Um pouco de orégão. Não deixar cozinhar demais. Servir quando estiver bem apurado, em prato de sopa, acompanhado de garfo do lado direito e colher de sopa do lado esquerdo. Polvilhar com queijo ralado, ou deixar que o conviva o faça.

 Substituindo os molhos, podem fazer-se:

 Esparguete à Pizzaiola(Spaghetti alla Pizzaiola) - molho de tomate, cebola e anchovas pisadas com alho.

 Esparguete ao Vongole (Spaghetti alle Vongole) – molho de tomate, cebola e amêijoas sem casca.

 Esparguete ao Alho e Óleo (Spaghetti al aglio i olio) – alho picado, frito em azeite, misturado com o esparguete.

 Podem também usar-se, com as mesmas receitas, outros tipos de massa, tais como: talharim; talhatele; nulhes (fettucine),etc.

 Pizza de frigideira (Pizza à la Poëlle) Preparação rápida que pode ser feita com queijos se for para uma refeição ou com chocolate e amendoím para sobremesa.

 1 pão pita normal por pessoa, 2 colheres de sopa de queijo parmesão ralado e 3 fatias de queijo bola ou mussarela fatiadas, seja qual for o tipo de pizza seleccionado. Os outros ingredientes de acordo com o gosto.

 Para pizza doce

Chocolate granulado, pasta de avelãs, pasta de amendoim, açúcar mascavo e mel.

 Para pizza salgada

Queijo tipo gorgonzola picado, orégano, manjericão, sal, pimenta, azeite e malagueta ralada ou paprika.

 

Usar uma frigideira anti-aderente ou placa de ferro aquecida em fogo baixo. Deixar aquecer bem. Separar os ingredientes de acordo com o tipo de pizza que for preparar.

 Colocar o pão na frigideira, aquecè-lo e virar do outro lado.

 Espalhar sobre ele o queijo parmesão ralado e assim que começar a derreter cobrir com duas ou três fatias do queijo bola. Este queijo também vai derreter aos poucos; normalmente começa a partir das bordas. Acrescentar os recheios doces se for para sobremesa. Para refeição, espalhar por cima um refogado de cebola e tomate, os temperos indicados, com utros tipos de queijo se assim preferir. Em qualquer dos casos, aguardar até que estejam cozinhados e servir em um prato raso, mesmo que  tenha optado pela pizza de sobremesa. (Pita é o pão árabe redondo semelhante a uma tortilha).

 SOBREMESAS

(Desserts)

  Cerejas Jubileu (Cérises Jubilée)

 (Quente). Descaroçar. Cozer em xarope, reduzir e ligar, com araruta (arrow-root). Colocar em pequenos timbales ou tarteletas. Regar com kirsch e inflamar. Servir a flamejar.

 Crepes Alaska (Crepes Alaska)

Preparar os crepes, como para Suzette, mas sem os dobrar. Num prato de sobremesa, colocar um biscoito redondo e, sobre ele, uma bola de sorvete de baunilha. Cobrir a bola de sorvete e o biscoito, com dois crepes, de forma a envolver estes, na totalidade. Rapidamente, lançar o molho da preparação e, após este, um pouco de chocolate grosso, não muito quente. Servir rápido, para o sorvete não derreter.

 Crepes Havaianos (Crepes Hawaiennes)

Preparar como Suzette, mas, no momento de dobrar, colocar dentro, um triangulo de abacaxi. Servir os crepes, em volta de uma bola de sorvete, de framboesa, cobrindo com o molho.

 Crepes Surpresa (Crêpes Surprise)

Para 2 pessoas Componentes:

4 ou 6 folhas de crepes, terminadas de fazer; 4 bolas médias de sorvete de baunilha; Geleia de frutas; 'chantilly'; Mussa de chocolate.

Preparação:

Sobre o ‘guéridon’, ou mesa de apoio, colocam-se dois pratos de sobremesa frios e, em cada um deles, faz-se a seguinte operação: estendem-se, uma por uma, as folhas de crepe e recheiam-se com um bola de sorvete e geleia de frutas, encostando-as depois, duas a duas ou três a três, em cada prato, como charutos. Cobrem-se estes com 'chantilly' no sentido do comprimento, e sobre o ‘chantilly’ desenham-se pequenas riscas com mussa de chocolate.

Como servir:

Serve-se frio, colocando o prato pela direita do cliente, com a mão direita. Colher e garfo de sobremesa.

 

Crepes Suzette

Fazer um molho, com manteiga, açúcar, suco de laranja e uma casca da mesma, onde se vão passando os crepes, dobrados. Regar com curaçau, aguardente velha (conhaque) e deixar flamejar polvilhando, ao mesmo tempo, com açúcar em pó. Serve-se com o molho por cima. (Receita usada nos restaurantes; fazem-se outras variantes com mais ou menos licores que não são Crepes Suzette; estes mesmo não devem ser considerados como tal).

 Frutas Flamejantes (Fruits Flambés)

 (Quente). (Pês.; Banana.; Ananaz.). Cozer o fruto, cortado em fatias, lentamente, num molho idêntico ao que se indica para os “Crepes Suzette” (Receita dos Restaurantes). Adicionar, já no fim, um pouco de canela.

 Frutas Salteadas (Les Fruits Sautées)

Aquecer manteiga, na frigideira e, saltear pêssegos, ananaz e bananas, em pequenos dados, com passas de uvas e cerejas, até que estejam cozinhadas. Adicionar um pouco de sumo de laranja e de ananaz, misturados com uma colher de sopa de Maizena. Deixar ferver, lentamente, mexendo até engrossar. Regar com rum e Grand Marnier. Flamejar e servir sobre sorvete.

 Maçã Tirolesa (Pomme à la Tirolienne)

Preparar um molho como para os crepes Suzette. Cozinhar, dentro, rodelas finas de maçã. Adicionar vinho do Porto e flamejar com Rum. Polvilhar com canela e servir ao redor de uma bola de sorvete de baunilha, regado com o molho.

 Pêssegos Flamejantes (Pêches Flambées)

Preparar pêssegos, flamejados e servi-los, depois, sobre sorvete, flamejantes e polvilhados com amêndoas torradas, picadas.

 Pêssegos Olga (Pêches Olga)

(Quente). Cozer o fruto, cortado em metades, lentamente, no mesmo molho indicado para os Crepes Suzette (Receita dos Restaurantes). Adicionar canela. Depois de cozido, tratar com cuidado, para não desmanchar a fruta. Encher a cavidade, com Sorvete de Chocolate. Cobrir com o molho. (Receita do autor).

 Rodelas de Maçã à Céltica (Tranches de Pomme à la Cèltique)

Cortar em rodelas, tantas maçãs quantas sejam necessárias, depois de bem lavadas, mas sem descascar. Passá-las em manteiga, sobre  lume brando, até que estejam cozinhadas. .Polvilhá-las com açúcar e nozes picadas. Colocar sobre sorvete de baunilha, cobrindo com natas previamente batidas com  whisky.

 CREMES RÁPIDOS PARA SOBREMESA

 Em certos momentos, o profissional é colocado perante o dilema de desejar ter uma atenção maior para com o seu cliente, mas não dispor de muito tempo para a sobremesa. Ou em outras circunstancias, não ter nenhuma sobremesa que satisfaça o cliente, e precisar encontrar uma solução que resolva o problema a contento daquele. Existe ainda a situação do restaurante com pouco movimento ou localizado fora dos grandes centros, onde as situações de emergência são constantes, pois os clientes aparecem sempre quando menos se espera.

Os cremes que vamos indicar, podem servir para cobrir bolos secos, bolachas torradas ou bolachas Maria, biscoitos champanhe, biscoitos de manteiga ou de canela e, em alguns casos, para cobrir sorvete.

Se houver tempo para gelar no frigorífico ou no congelador, podem até servir-se simples, polvilhados com canela ou noz moscada.

 Creme Fofo: - Leva-se um pequeno caçarolete ao réchaud e flameja-se. Deitam-se dentro, 2dl. de leite, uma pitada de baunilha e levemente, sal. Junta-se uma colher de sopa de maizena e açúcar ao gosto (1 colher de sopa chegará). Por último, adicionam-se 2 claras de ovo batidas em castelo, batendo sempre. Este creme fica pronto em 5 minutos.

 Creme Parisiense: - Leva-se um pequeno caçarolete ao réchaud e flameja-se. Deita-se dentro, uma mistura, bem batida, de: 2 colheres de sopa, de açúcar; 3 gemas de ovos; 1,5dl. De vinho branco; uma pitada de canela. Continuar a mexer sempre, até que fique num creme meio espesso, quando estará pronto para servir.

 Creme Fofo de Chocolate: - Leva-se um pequeno caçarolete ao réchaud e flameja-se. Colocam-se duas doses do licor desejado, 1 colher de sopa de açúcar e uma dose de chocolate grosso, feito no fogão. Quando estiver ligado, misturam-se 2 claras de ovo batidas em castelo.

Pode servir para cobrir brioches torrados cortados em fatias, deixando repousar um  pouco para que estes amoleçam, ou como cobertura para sorvete.

 Creme com Rum: - Batem-se a frio os seguintes componentes: 2 gemas de ovos; 2 colheres de sopa, de açúcar; 2 cálices de rum; 1 pitada de canela. Quando todos os elementos estiverem bem batidos e a formar um creme, cobrem-se com ele os bolos a que se destina.

Pode também ser usado para rechear bolos vulgarmente chamados de pão-de-ló, ou seja, Massa Genovesa.

 MOLHOS PARA SALADAS

Os molhos para saladas são sempre preparados numa taça grande, onde se possam misturar os ingredientes à vontade, sem risco de salpicar.

Essa taça é normalmente colocada sobre um guardanapo em cima de um prato raso.

 French Dressing

Vinagre, azeite, mostarda, sal e pimenta.

 Horseradish Sauce

Rábano em pó, bem misturado com sumo de limão, sal, açúcar e natas.

 Molho Cremoso ( Sauce Crème )

Natas batidas com sal e sumo de limão, ligados com maionesa e mostarda.

 Molho de Mostarda (Sauce de Moutarde ).

Azeite, vinagre, sal e pimenta, bem misturados com mostarda.

 Molho Roquefort ( Sauce Roquefort )

Azeite, vinagre de estragão, sal, mostarda e pimenta.  Ligar bem com manteiga, e natas.

 Molho Russo à Antiga ( Old Russian Sauce )

Maionesa e natas em partes iguais, misturadas com vinagre de estragão e molho inglês.

 Damos acima, idéias para alguns molhos mas, claro, a lista poderia ter continuação.  São muitos os molhos que servem para saladas e deixamos à imaginação e criatividade dos profissionais, complementar os que acima indicamos.

Tomando como base o French Dressing acima indicado e adicionando outros  elementos, muitos molhos podem ser conseguidos.

 Como elementos possíveis de adicionar, citaremos os seguintes:

Natas, gema de ovo; cebola picada; ‘catsup’; anchovas pisadas; queijo ralado; ovas de peixe; presunto muito picadinho; aipo picado; maionesa; ovo cozido bem pisado, etc.

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