domingo, 26 de novembro de 2023

 

BEBIDAS ALCOÓLICAS DESTILADAS


A Destilação

A destilação de bebidas no Ocidente é creditada aos gregos, que usaram a fórmula 20 anos depois de Cristo aproximadamente, ainda que em data não definida. Os Romanos partilharam sem dúvida dessa descoberta, pois fabricavam a grappa, uma bebida à base de uvas semelhante à Bagaceira, com equipamentos de destilação eventualmente copiados de outros existentes em países do Oriente Médio, que haviam ocupado nas suas lutas pela expansão do império Romano. Diz-se que os árabes, usavam uma bebida destilada que denominavam al khôl, de onde derivaria o álcool dos ocidentais.

 

A bebida alcoólica obtida por destilação de vinho, chama-se aguardente. Por extensão, aquelas que não sendo extraídas dessa base são obtidas por fermentação e destilação de grande número de plantas, raízes ou tubérculos, frutos e sementes, são também, conhecidas, por esse nome. Entre outras, citaremos as obtidas da cidra, cereja, ameixa, cana de açúcar, beterraba, cereais, figo, medronho, zimbro, batata, etc.

As aguardentes contêm, geralmente, menos de 70% de álcool e podem ser aromatizadas pela adição ou destilação em presença de: bagas, folhas ou caules de certas plantas.

A maneira corrente de tratar as aguardentes, transmitindo-lhes sabor agradável, e tornando-as uma bebida branda e aceitável pelo palato, consiste no seu envelhecimento em cascos de carvalho.

Algumas aguardentes têm nomes próprios, que definem a base de destilação. Assim, enquanto a aguardente propriamente dita é a bebida destilada do vinho ou da fermentação do engaço do mesmo, as aguardentes destiladas da fermentação de grãos, chamam-se uísques, (embora a vodka tenha a mesma base), as obtidas do açúcar rums, e aquelas que se extraem de certas bagas selvagens, gins ou genebra.

 

Procuraremos, seguindo o critério que nos levou a escrever este texto, definir cada uma destas bebidas espirituosas.

Aguardente

Tendo dado a descrição, do que significa a palavra aguardente, acrescentaremos algo da sua história. Sendo a mais antiga das bebidas de alto teor alcoólico, pode também ser reconhecida como a mais pura. Na farmacopeia é denominada Spiritus Vini; os latinos, chamavam-lhe aqua vitae (água da vida), mantendo ainda os franceses, a designação de eau-de-vie, que se aproxima daquela. Na região demarcada como Ibéria, os nativos preferiram usar o designativo de acqua ardens, do qual derivaria, o hoje utilizado ‘aguardente’. Durante muitos séculos foi usada como remédio, sendo ministrada em todos os casos onde uma reação rápida do corpo era necessária.

Aguardente de Frutas

O Kirsch, o Slivovitz, o Himberergeist, o Barack Palimka e outras ainda, são aguardentes de frutas que, pela sua apresentação, são quase sempre citadas como Licores.

Applejack

Aguardente de maçã, preparada por destilação dos resíduos de fermentação da cidra (Veja CALVADOS).

Aquavit

Bebida bastante comum nos países escandinavos, a Aquavit é preparada pelos processos usados para o gim, sendo no entanto o cereal substituído pela batata, cuja produção é abundante naquelas regiões.

Cada país tem a sua maneira própria de preparar, e faz isso de acordo com o seu gosto. O Aquavit na Dinamarca, é mais seco que o da Noruega e o da Suécia, sendo este o mais doce de todos. Internacionalmente, o Taffel Aquavit de fabricação dinamarquesa é, porém, considerado o melhor.

A produção é estritamente controlada aqui  pelos governos, pois a Escandinávia é uma região onde o abuso do álcool não é permitido.

Serve-se gelado como a Vodka, sem no entanto colocar o gelo em contacto com a bebida. Gela-se a garrafa e o copo.

Arrack

Bebida Havaiana, produzida por destilação de polpa de arroz fermentada e melaço, com adição de água de coco. Engarrafado normalmente com 45°, o Arrack é envelhecido em cascos e diz-se ser de origem chinesa, possivelmente devido à interveniência do arroz na sua fabricação.

Arack

Batavia Arack ou, Arack rum, é um tipo especial de rum bastante aromático, produzido em Batavia, na ilha de Java, e muito usado na Holanda e Escandinávia.

Bastante seco e muito oloroso, nada tem de comum com os runs cubanos ou jamaicanos. Citamo-lo aqui, para evitar confusões entre os nomes Arrack e Arack, os quais designam, bebidas que diferem entre si, muito embora o Arack também seja, como aquele, fruto da fermentação de melaço, com massa de arroz vermelho de Java.

Denominações de bebidas nos países do Oriente, tais como Araki, podem levar profissionais menos avisados a confusões evitáveis, pelo que convém estar atento.

Bagaço ou Bagaceira

A aguardente bagaceira, extraída do bagaço do vinho, é bastante comum em Portugal. Os franceses chamam-lhe Marc e, os italianos, Grappa; e produzem-na do mesmo modo que os camponeses Lusitanos. Não é uma bebida fina, mas tem apesar disso, um número grande de fiéis apreciadores. Aguardentes de figo, de medronho de maçã e de pera, são também produzidas e, embora o seu sabor peculiar não seja agradável para os iniciados, ele se constitui num prazer para os entusiastas, com o decorrer do tempo e do consumo.

Barack Palinka

Aguardente de peras, amoras e damascos (às vezes tidas como Licores).

Borovicka

Fabricado em Vizovice, na Checoslováquia, o Borovicka é uma aguardente branca, não envelhecida, que bastante se assemelha ao Gim, podendo ser servida como substituto daquele. Tem, graduação alcoólica que ronda os 45°, e serve-se como o gim ou a vodka

Brande

O Brande é apenas uma aguardente envelhecida em casco, depois de corrigida. Muito embora se queira fazer prevalecer, como designativo de uma variante, o vocábulo Brandy, ele não é mais que uma palavra inglesa, para designar a aguardente de vinho, que os franceses apelidam eau-de-vie.

Cachaça

Aguardente de cana produzida no Brasil, para a qual os brasileiros conseguiram o reconhecimento internacional de características e designação, tornando a palavra Cachaça, uma representação de bebida, igual ao Rum.

Calvados

Nome por que é conhecida, a excelente aguardente de maçã, fabricada na região do mesmo nome, na Normandia, França. (Veja também Applejack).

Conhaque

Se na produção dos vinhos, a região tem papel predominante pelo carácter do seu solo, isso não acontece com as aguardentes, cuja qualidade depende muito da maneira como são preparadas e envelhecidas. Existem em França, no entanto, duas regiões famosas pela sua produção de aguardente, cuja qualidade provém, a nosso ver, tanto da forma de destilação, quanto da qualidade dos mostos. São elas, o departamento de Carântono (Charentes) onde se situa a cidade de Conhaque (Cogñac) e o Gers e as Landes, com as suas famosas encostas de Armanhaque (Armagnac).

Na primeira, certas delimitações existem para classificação e definição de qualidade. Vamos dá-las pela ordem decrescente e utilizando a nomenclatura francesa: Grande Champagne, Borderies, Fins-Bois, Bons-Bois, Bois-Ordinaires e Bois-Communs.

No Armanhaque, Nogaro, Cazanbon e Gabaret, do chamado baixo Armanhaque, produzem aguardentes de qualidade superior, análogas aos “Fins-bois” de Carântono.

Sem serem comparáveis às que acabamos de descrever, as aguardentes de Hérault, no Languedoc, e as de Marmande, no Lot-et-Garonne, são, contudo, dignas de citação.

Genebra (Giniver)

Também conhecida pelo nome de Gim Holandês (Dota ou Holands Gin), a genebra foi originalmente fabricada na Holanda, de uma mistura de bagas de zimbro e outros aromáticos, com cevadas maltadas, que depois era destilada, pouco mais ou menos pelo processo do uísque. A bebida, bastante aromática, ácida e amarga, é sem dúvida estupenda para fins medicinais, dizendo-se ser um ótimo remédio para o lumbago.

Devido no entanto à impossibilidade da sua mistura com outras bebidas, a genebra só pode ser tomada simples, e nunca serve de base a um coquetel. Os poucos apresentados, são simples curiosidades não recomendáveis para apreciadores. As genebras mais famosas, todas de fabrico holandês, como não podia deixar de ser, são as das marcas Fockink, Bols e Hulstkamp.

Gim

Esta bebida, que aparentemente não tem relação com a genebra, tal a grande diferença de paladar, é no entanto manufaturada com os mesmo ingredientes daquela. A designação de London Gin, (pois a Genebra é conhecida por Hollands Gin) é uma demonstração disso, sendo a diferença de paladar, fruto dos processos de fabrico. Os London Gins sofrem uma dupla destilação que lhes afina o gosto, sendo apresentados nos tipos doce (Old Tom) ou seco (Dry), brancos ou amarelos. Os Gins mais conhecidos, são: Booth, Gordon, Holloway, Gilbey`s, Tower of London e Beefeater. O Seagram’s Golden é um excelente Gim amarelo, pouco conhecido, no entanto.

Himbeergeist

Aguardente húngara de medronhos.

Kirsch

Aguardente de cereja, erradamente classificada como licor.

Mirabelle

Aguardente francesa, muito amarga, destilada das ameixas conhecidas como “rainhas cláudias”.

Okolehao

Tendo por base os mesmos ingredientes do Arrack, e como este originário do Hawai, o Okolehao difere daquele no entanto, pelo processo de tratamento e pela adição ao líquido, de sumo de taro, uma planta indígena da ilha que, no Arrack, é substituída por água de coco. Sendo envelhecido em cascos de carvalho, apresenta-se com uma cor amarela, que contrasta com o branco do Arrack, semelhante ao Gim ou à bagaceira nova.

Quetsch

O mesmo que Mirabelle.

 


Rum

Tendo em linha de conta a sua origem, o rum pode ser designado como um sub-produto da indústria do açúcar, pois se é certo que ele pode ser feito de suco fermentado de cana de açúcar, na maior parte das vezes ,porém, a sua manufatura processa-se através da destilação do melaço de cana, o xarope concentrado, escuro e muito viscoso, que subsiste nos tanques, após a cristalização do açúcar. A este melaço é adicionado, o resíduo de prévias destilações, sendo a mistura fermentada e destilada.

No caso do rum cubano, a fermentação é provocada pela adição de um fermento ou levedura artificial. No rum jamaicano, a fermentação obtém-se pela exposição da massa ao ar, do qual ela absorve os fungos que lhe provocam a fermentação. Sendo um processo mais lento do que o usado no rum cubano, leva no entanto à obtenção de uma bebida inteiramente diferente, em corpo e características.

O rum Bacardi (cubano) é produzido em dois tipos, Carta Branca e Carta de Ouro. Tradicionalmente, o Carta de Ouro é mais doce, mais pesado e envelhecido durante mais tempo, razão por que também é mais caro.

Um outro Rum cubano, menos conhecido, marca Varadero, engarrafado por Corporación Cuba Ron, SA, de Havana, apresenta-se em garrafas de 70cl. e, com permanência de 7 anos em barris de carvalho, exibe uma cor âmbar, e tem um sabor agradável.

Atualmente, é prática utilizada, adicionar caramelo em maior ou menor quantidade, para dar cor e paladar ao rum, razão por que se não deve falar em rum velho, e não se justifica a diferença de preço, atendendo ao baixo custo do caramelo em relação ao envelhecimento natural.

O rum Carta Branca é, por excelência, o indicado para coquetéis, simples ou complicados, devido às suas características e sabor.

Outros países produzem rum. O Haiti, Barbados, Porto Rico, Brasil, Guiana Inglesa, Ilhas Virgínias e Martinica com o famoso Negrita da casa Bardinet, são os principais. O México, tem uma grande variedade, mas sofre neste capítulo do mesmo problema dos queijos em Portugal, pois tão depressa o rum é excelente, como inacreditavelmente se transforma numa bebida intragável: o Berreteaga, fabricado em Tabasco, é sem dúvida o mais constante.

Slivovitz

Aguardente de ameixas bravas, que se diz ser muito apreciada pelos israelitas. Em França, é bastante comum uma derivação desta bebida, apesar do seu sabor pouco agradável. Vende-se sob os nomes de Questsh ou Mirabelle.

Tequilha (Tequilla)

Esta bebida, considerada, como a bebida nacional mexicana, provém de uma planta comum no México, o agave ou cacto do deserto, designado pelo nome nativo de magué.

Por meio de golpes, a seiva da planta é extraída e guardada em recipientes onde fermenta. Dado que a fermentação se processa muito rapidamente, podendo alterar a qualidade da bebida, a seiva é tratada com imenso cuidado. Do suco fermentado do magué, obtém-se uma bebida, a pulqua, a qual é, por sua vez, destilada para a fabricação de tequilla, espécie de aguardente muito olorosa e de sabor menos agradável, bastante alcoólica. Há um rito especial que acompanha o ato de beber tequilla, o qual consiste, em colocar na língua, uma pitada de sal e algumas gotas de suco de limão. A mistura, produz um soluto ácido hidroclorídrico que tem, sem dúvida, a finalidade de evitar que o cheiro desagradável de bebida, causando náuseas, desencoraje o bebedor.

Depois de ingerida, a tequilla atua como qualquer outra bebida de alto teor alcoólico, desenvolvendo na sua catalização enorme poder calórico. Não cremos que a tequilla possa alguma vez, ser apontada como componente aceitável de um coquetel, muito embora nos Estados Unidos, durante a lei seca, fosse usada como substituto de emergência para o Gim.

Uísque

Bebida que dia a dia aumenta de consumo em todo o mundo, o uísque teve a sua origem nas regiões gaelo-celticas, as terras altas, da Irlanda e Escócia. O “Usquebaugh”, bebida primitiva dos montanheses, era uma espécie de ponche, feito de aguardente de cevada, especiarias e açúcar.

Com a emigração dos irlandeses e escoceses, para o Novo Mundo, nasceu no continente Americano a manufatura desta bebida, elevando-se para quatro, os tipos de uísque conhecidos, os quais são:

O Escocês, (dito Scotch pelos americanos), feito à base de cevada maltada, seca em fornos após fermentação;

O Irlandês que, embora fabricado pelo mesmo processo, não tem, o característico sabor a fumo, (comum àquele e tão do agrado dos apreciadores), obtido pelos escoceses nos “Kilns” (fornos) onde, aquando da secagem, os maltes se impregnamdo fumo da turfa, pelo contacto direto;

Os uísques Americanos e Canadianos, conhecidos por “Rye Whisky”, feitos à base de centeio, e os “Bourbons”, fabricados com grãos de milho, tanto nos Estados Unidos (Kentucky), como no Canadá (Ontário).

Estes dois últimos, são designados por “Whiskeys” (em vez de Whisky), em razão de,proteção de marca e definição de origem.

Descritos os diversos tipos de uísque e as bases em que assenta a sua fabricação, queremos frisar que nunca, corretamente, se pode dizer que qualquer deles tenha maior ou menor categoria, quando em confronto com os restantes, pois isso depende muito da preferência, ou hábito, do consumidor. Claro que ao fazermos esta afirmação, referimo-nos aos tipos e não às marcas, as quais são influenciadas pelo cuidado, ou critério, dos fabricantes.

Antes de nos alongarmos noutras explicações, relativas à bebida de que estamos tratando, queremos chamar a atenção, para duas palavras que se vêm inscritas nos rótulos de uísque, sendo que nos ditos “Scotch”, uma mais frequentemente do que a outra. Essas palavras, “straight” e “blended”, dão-nos a característica do produto e têm, a seguinte explicação:

Até há cerca de cem anos, tanto os uísques escoceses, como os irlandeses, eram fabricados apenas com cevada maltada, destilada após fermentação. Mais tarde, por necessidade de concorrência e devido ao grande consumo, um novo processo de fabrico foi descoberto e adoptado, pois se verificou que a bebida assim obtida era mais barata, embora de características ligeiramente diferentes. Por este novo processo, a cevada não era maltada antes da fermentação. No entanto, com o desejo de manter a bebida, tanto quanto possível, dentro das suas características normais e iniciais, achou-se uma dosagem de mistura do líquido obtido pelos dois processos, a qual satisfazia plenamente. Assim, a designação de “straight” (puro) aplica-se aos uísques maltados, sem mistura; “blended” (misturado), indica que a bebida tem, em percentagens controladas, uísque de cevada maltada e não maltada. Queremos acentuar que, atualmente, o uísque straight é quase desconhecido, sendo esta palavra, encontrada apenas nos rótulos dos Bourbons que, como já dissemos, não são feitos com cevada e não estão, portanto, abrangidos pelas normas e designações dos outros uísques indicados neste texto.

Uma das leis que regem o fabrico do uísque, assegura que só os dois tipos da mesma bebida atrás citados, podem ser misturados entre si, não sendo admitidos outros produtos, ou matérias corantes, como ervas, caramelo, etc. Evidentemente que, por necessidade de correção na graduação alcoólica, o uísque é por vezes adicionado de álcool, ou água destilada, consoante a necessidade, até atingir os 90º Proof, normalmente indicados na etiqueta e que correspondem aproximadamente a 45º de graduação alcoólica. A prova de que todas estas normas são respeitadas, e de que, o uísque obedece ao estabelecido, é dada por uma frase, também obrigatoriamente aposta, nos rótulos das diversas marcas, a qual diz: “bottled under Government control”.

As misturas intervenientes na dosagem, são envelhecidas, antes ou depois da sua junção. Nenhum uísque com menos de três anos pode ser posto à venda, sendo os melhores aqueles que atingiram sete anos, ou mais. Com doze anos, um uísque pode considerar-se “velho”, embora os de quinze ou mais, sejam os melhores.

Vodca

Nas estepes russas e nas grandes planícies polacas, os camponeses criaram e aperfeiçoaram, de acordo com o gosto próprio, a bebida que hoje é considerada como representativa da região e que, por snobismo ou prazer real, está sendo cada vez mais consumida e fabricada em todo o mundo. Se procurarmos dar, uma ideia exata do tipo desta bebida, diremos que ela é um uísque, muito embora tal possa parecer inverossímil. Com efeito, sendo produzida como aquele, à base de um cereal (cevada, centeio ou milho), ela leva sempre, também, a adição de um pouco de malte. Como única diferença, temos que a vodka não é envelhecida em cascos, sendo engarrafada, ou conservada, em recipientes de vidro, imediatamente após a destilação. Ela não adquire assim, cor ou paladar, guardando ao mesmo tempo todo o seu teor alcoólico.

É uma excelente base para coquetéis, pois devido à sua falta de sabor pode misturar-se com qualquer outra bebida sem se lhe sobrepor, o que é enormemente vantajoso em misturas. Quando tomada simples, deve estar bem gelada, ingerindo-se de um só trago, e nunca em pequenos sorvos. Como todas as bebidas de alto teor alcoólico, a vodca não visa satisfazer o paladar, mas sim à obtenção de calorias para o organismo, através de sua ingestão. Não é portanto, uma bebida de prazer, mas sim de, necessidade; o famoso gesto cossaco que muita gente interpreta como uma demonstração de valentia, não é mais do que a maneira normal, e compreensível, de fazer chegar diretamente ao estomago, uma bebida que poderia fazer empolar, se aí se detivesse na passagem, todos os tecidos da boca.

A marca de vodka, internacionalmente mais conhecida é a Smirnoff. Uma outra variedade, dita Zubrowka, deve o seu nome à erva utilizada para a infusão que a caracteriza, aromatizando-a

Um pouco de história da Vodca

Tal como o uísque, cuja origem é disputada pela Escócia e Irlanda, a Vodca também tem a sua procedência, pleiteada tanto por Russos como Polacos, que reivindicam para si, a “invenção” da bebida. Há séculos, discussões intermináveis sobre a qual dos países pertence a paternidade da vodca, têm criado correntes de opinião. A palavra vodca é, originária do russo voda ou do polonês zhiznennia voca, que têm o mesmo significado: “água da vida”. Esta definição, para bebida destilada, já era usada no idioma francês, para designar uma aguardente “eau de vie”, e dado o reconhecido pendor da corte russa pela França,(o francês era a língua falada na corte russa), não fica difícil aceitar a interferência que possa ter havidonessa denominação. Uma corrente de estudiosos do assunto, afirma que a bebida nasceu na Rússia no século XVI, e a partir daí popularizou-se na Polónia. Há quem afirme porém, que ao contrário, ela teria surgido no século XV em terras polacas e conquistado os russos um século depois.

O registro mais antigo que se conhece, sobre a Vodca na Rússia, vem do século XII e indica que, nesse tempo, se produzia ali um tipo de álcool com essas características, para fins medicinais. Os monges do Kremlin, em Moscou, vendiam uma bebida de alto teor alcoólico, como antisséptico bucal, que ressaltava o sabor dos alimentos. (Tomei esta informação de um artigo romeno). A verdade é que no século XIV, os povos eslavos já conheciam a Vodca e, independente da origem: Russa ou Polaca, a bebida conquistou e vem aumentando o seu espaço, na preferência de quem aprecia uma boa bebida, seja pelo facto de não alterar o gosto dos ingredientes utilizados na elaboração de coquetéis, seja por tornar mais forte qualquer outra mistura ou ainda, pelo sua conhecida faculdade, de não acentuar o hálito de quem bebeu.. Pura, bem gelada, ou misturada a sucos de frutas, a Vodca ajuda a compor inúmeros e deliciosos coquetéis.

No século XIV, a vodka fabricava-se, de uma forma comum, tanto na Rússia como na Polónia. Nesse tempo, o consumo ainda não estava difundido, e a bebida era utilizada sobretudo, em serviços religiosos. A partir do século XVII porém, a vodka já fazia parte dos banquetes imperiais, e o seu consumo foi-se generalizando. O Kremlin aparece assim como o incentivador do consumo de Vodca, na Rússia. (É a partir daqui, que a vodka se torna mais conhecida e, disputada).

A produção se fazia de batata, mas pode ser obtida da destilação de diversos outros produtos: trigo, cevada, centeio, beterraba, etc; era fabricada com baixo teor de álcool, sendo depois filtrada por carvão vegetal.

Petru cel Mare, reconhecido como um dos maiores consumidores de vodka, da Rússia, é apontado como um personagem caricato, e faz parte do folclore da vodca, sobretudo nos bares de São Petersburgo.

Na Polónia e na Rússia, as bebidas alcoólicas são comuns fabricadas em quase todos os lares, e existem em grande variedade e em muitas versões, aromatizadas com ervas, frutas e especiarias; Na Polónia, uma das vodcas mais famosas é aromatizada com uma erva muito semelhante à nossa cidreira e, conta a lenda, que a descoberta dessa erva se deve a um boi.

Mesmo as vodcas não aromatizadas, possuem um ligeiro sabor de matéria-prima, deliberadamente mantido pela destilação, e realçado pelo envelhecimento.

Ao contrário do que é corrente se pensar, a vodca não é boa apenas pelo grau de neutralidade de seu sabor. A vodca sem sabor é, apenas, um tipo de vodca.

Tanto na Rússia, como na Polónia, é grande a popularidade das vodcas aromatizadas, mas não há dúvida que, foi o facto de ser possível encontrar um destilado muito puro e sem sabor, que consagrou a vodca, como base de coquetéis.

A vodca é a única bebida, sem cor específica, sem sabor e sem aroma.

É possível que o objetivo dessa purificação, fosse o de produzir uma bebida que não congelasse nas baixas temperaturas, típicas do clima daquela região. O álcool congela a uma temperatura mais baixa que a água, e  foi esse o raciocínio que gerou a bebida mais forte hoje comercializada, a vodca Polish Pure Spirit (80%). A maioria das vodcas porém, tem 44º de álcool, e a popularidade da Smirnoff, como símbolo das vodcas neutras, parece ter sido a base da disputa existente entre polacos e russos, sobre a origem da bebida, pois a Smirnoff é procedente da cidade de Lvov, polaca, durante a maior parte de sua história, mas anexada pela antiga União Soviética. 

Suécia, Finlândia e Brasil, produzem vodcas de excelente qualidade. As melhores marcas são: a sueca, Absolut, a russa, Stolichnaya, a polaca, Wyrobowa, a finlandesa, Finlândia. A Smirnoff (do grupo United Destillers & Vintners ), é fabricada no Brasil, e líder do mercado neste país. A Smirnoff, rótulo preto, importada da Rússia, é destilada três vezes, de modo artesanal. A vodca deve ser tomada sempre, gelada (mas sem gelo dentro do copo), de preferência em um cálice pequeno e estreito. É recomendável, comer alguma coisa entre os goles.

A Vodca na sociedade russa

Vodca e política misturam-se, na Rússia. A vodca é uma instituição nacional russa, com um importante papel político, pois é difícil subestimar, o lugar da vodca na vida dos russos.

Analisando o  bom e o ruim deste facto, verificamos que, mais do que simplesmente a bebida nacional, a vodca tem sido considerada,  há séculos, como símbolo do que há de bom e, de ruim, na sociedade russa.

O lado positivo, apresenta-se como a bebida sendo, um símbolo de celebração.

O lado negativo, corresponde aos níveis crônicos, de alcoolismo e problemas relacionados ao consumo excessivo da bebida, como o declínio nos níveis de expectativa de vida.

Além disso, a vodca também desempenhou, um importante papel político, nos últimos anos.

O ex-presidente da ex-União Soviética, Mikhail Gorbatchov, deixou muitos russos irados, ao introduzir leis contra o consumo de álcool, logo após chegar ao poder, em 1985.

A situação, pendeu para o extremo oposto, quando o presidente Boris Yeltsin alterou as regras, e o álcool foi produzido, em boa parte, de forma barata e perigosa, sendo disponível quase de graça.

O gosto declarado de Yeltsin pela vodca,  levou-o a embaraçar publicamente os russos, em muitas ocasiões.

"Vodca para todos", foi o slogan do político nacionalista, Vladimir Zhirinovsky, que concorreu à presidência em 1996, e incluiu em seu programa de governo, uma cláusula que estabelecia "vodca barata para todos".

O líder comunista Gennady Zyuganov revelou ao candidatar-se que, se fosse eleito presidente nas eleições,  introduziria o monopólio estatal, na produção da bebida.

Vladimir Putin, ordenou o aumento do preço da vodca, mas espera que a maioria da população, interprete esse aumento no preço da bebida, como um sinal de que ele quer que a economia russa, funcione direito. Será que é sem bebedeiras?

As novas gerações porém, começam a valorizar a saúde e a tendência russa, para o excesso de bebida, tem tendência a se tornar uma recordação do passado.

 


quinta-feira, 23 de novembro de 2023

 

CulináriA INGLESA



Mas tambÉm da Escócia E Irlanda

 

A culinária da Inglaterra foi formada principalmente pelas diversas interações com outros países europeus e a importação de ingredientes da América do Norte, China e Índia durante o período do Império Britânico, e como resultado da imigração ocorrida no período pós-guerra. Os ingleses, devido talvez ao seu temperamento ou às condições climáticas do seu habitat, foram sempre, segundo nos é contado, de extraordinária frugalidade. Isso não obstou a que, nos tempos dos reis normandos e Plantagenetas, o cozinheiro tivesse grau de grande personagem, comandando o serviço de cozinha, duma cadeira altamente colocada, de onde, com o auxílio de uma comprida colher, provava os diferentes pratos. Muitos ingredientes utilizados nas comidas típicas inglesas têm origem remota. É o caso dos cozidos à base de carne, o pão, as tortas assadas, o queijo, e os peixes. Os britânicos adotaram diversos alimentos para compor sua gastronomia, como as batatas fritas, tortas, purê de batatas, e os peixes.

De maneira geral, porém, os cozinhados na Grã-Bretanha são simples e pouco condimentados, devendo todo o seu sucesso às excelentes qualidades da matéria base: boa carne, boa manteiga, bom leite. A carne de porco é excelente, contribuindo para tal, as raças de Berkshire, Large Black, Tanwort e Yorkshire, ou ainda os Sussex, Dorset e Essex.

O carneiro, é dos melhores do mundo, sendo famoso o de Gales (Welshmutton), os de Dartmoor e Cumberland (Herdwick).

Entre as raças de bovídeos dignos de menção, os Herefords, Devons, Galloways, Aberdeen-Angus, West Highlanders e Pembrokes, fornecem a base, dos famosos Roast-beefs, e combinam as duas principais bases de boa alimentação, boa carne e bom leite. Com rios e costas abundantes de peixes, florestas de boa caça, e raças seleccionadas de animais reprodutores, a Inglaterra é, sem dúvida, paraíso dos cozinheiros e dos gastrónomos.

É também a terra do pudim: spotted dick (pudim com uvas passas e groselha), plum duf (ameixas) e syllabub (prato medieval feito com creme, vinho branco e suco de limão). O creme de chá inglês é servido em qualquer casa de chá, principalmente na costa sul. Geralmente, o chá é servido com pães, geléia e manteiga. Há muitas padarias tradicionais, com panquecas da Inglaterra do Norte e Escócia, pudins escoceses de bolo de passas, o bolo Bakewell, coberto com geléia, amêndoas e sorvete, assim como todos os tipos de pão. Alguns dos pratos mais tradicionais têm origens antigas, como os pães e queijos locais, carnes assadas e guisados, tortas de carne de caça e peixes de água doce e salgada. O livro de culinária inglesa do século XIV, Forme of Cury, da corte de Ricardo II, contém receitas de alguns destes pratos. Além de estar democratizada, a cozinha inglesa moderna conseguiu unir referências tradicionais nos pratos com um toque de sofisticação. Nos restaurantes mais elegantes, por exemplo, é possível provar uma carne de cordeiro (bem típica da Inglaterra), servida com maçãs caramelizadas, ou um salmão com croquetes recheados de ricota e legumes.

 



O tradicional almoço de domingo é um dos melhores pratos da culinária britânica. Simples e gostoso, o Sunday roast é composto por 3 tipos de carne: o Gammon (tipo de presunto assado), o beef (carne bovina) e o Turkey (Peru). as vezes servem também o carneiro.As carnes são servidas com vários tipos de verduras, Yorkshire pudding (uma espécie de pãozinho inglês assado e feito a base da gordura da carne assada), e molhos para acompanhar as carnes.

O principal molho é dito “gravy”, feito do suco natural da carne assada ou dos vegetais, mas também servem juntamente com esse prato outros molhos: molho de cranberry para acompanhar o peru, o molho de maçã para acompanhar o gammon, o molho de menta para acompanhar o carneiro, o molho de raiz forte para acompanhar as verduras. Outros pratos mais conhecidos da cozinha inglesa são o Roastbeef, o Cornish pastry (patê de carne com cebola e batata), Grilled Chops (costeletas na grelha) e short breads (biscoito usado no chá das cinco). Uma das minhas especialidades favoritas são os deliciosos scones (pãezinhos doces) com geléia de morango e creme (esqueçam a palavra dieta!). Os scones fazem parte do bom e famoso cházinho da tarde que é uma tradição inglesa, mas tá valendo a qualquer hora.

Curiosidade

O sanduíche foi inventado na Inglaterra, na cidade do mesmo nome. John Montagu foi o seu criador, pois queria inventar uma refeição pequena que pudesse ser levada e comida com apenas uma mão, para não precisar parar de jogar poker enquanto comia.

 Bangers and Mash

Este prato típico inglês, composto por salsichão e purê de batatas, pode ser encontrado em diferentes versões. Pode ser preparado com um tipo de salsicha mais apimentado, à base de ervas ou com outras variedades. Esta refeição costuma ser servida com um molho de cebolas.

Cornish Pasty

Este pastel, teve origem na Cornualha, região sudeste do país. A massa é tradicionalmente feita com farinha, batata e cebola. O recheio de carne, completa a receita.

Fish and Chips

Tiras de peixe frito e batatas fritas, talvez um dos pratos ingleses mais conhecidos do mundo.

Este prato é tradicionalmente conhecido por ser uma comida de rua e rápida. A primera aparição dele foi em 1860, apresentado em fogareiros por desempregados, nas portas dos Pubs – em 1910 já existiam mais de 25.000 lojas de Fish and Chips espalhadas por todo o Reino Unido. O peixe e a batata que eram entregues em sacos cónicos enrolados feitos com jornais, primeiro se tornou popular entre a classe trabalhadora inglesa, mas logo conquistou todo mundo.

Hoje as lojas de Fish and Chips estão espalhadas por Londres, mas pode-se encontrar o prato no menu de pubs e restaurantes. As tiras de peixe foram sugstituidas por postas e empanadas ou passadas por ovo.

Normalmente, utiliza-se bacalhau ou haddock, porém pode-se também encontrar outros tipos e como acompanhamento, além das batatas, pode ter purê de ervilhas e battersausage – linguiça empada e frita.

Hotchpotch (archaic)

Sopa de caldo de Carneiro, com ervilhas e arroz ou cevada.

Irish Stew (Cozido Irlandês)

1/2 kg de alcatra limpa em cubos; 170 gramas de Bacon picado; 3 colheres (sopa) de azeite de oliva; 12 cebolas pequenas sem casca; 18 cogumelo-de-paris; 1 alho-poró cortado ao meio; 3 cenouras grandes em pedaços; 12 dentes de alho amassados; 2 colheres (sopa) de salsa (ou salsinha) picada; 1 colher (sopa) de tomilho; 2 xícaras de vinho tinto;     2 xícaras de caldo de carne; 1/4 xícara de manteiga; 1/2 xícara de farinha de trigo; sal a gosto,  pimenta-do-reino a gosto.

Numa panela grande, frite a alcatra e o bacon no azeite até dourar. Reserve. Na mesma panela, coloque as cebolas, o cogumelo e o alho-poró e tempere com sal e pimenta. Frite rapidamente.

Junte o alho, a salsa, o tomilho e a carne reservada.

Cubra com o vinho e o caldo de carne e cozinhe até que a carne esteja cozida

Aqueça a manteiga em uma pequena frigideira e adicione a farinha.

Retire o cozido da panela deixando apenas o molho.

Adicione a mistura e cozinhe até o molho ficar homogêneo.

Recoloque o cozido no molho e sirva acompanhado das batatas assadas.

Oxtail Stew (Ensopado de Rabo de Boi)

A rabada é servida com osso, mas se quiser pode facilmente retirar os ossos da carne antes de servir.

Tempo de cozimento 3 horas

Porções 4 a 6 porções

Rabo de boi (1,3 kg) com juntas separadas; ; Sal Kosher e pimenta preta moída na hora; 1 colher de sopa de azeite de oliva extra virgem e mais para assar os vegetais; 1 cebola amarela média picada; 1 cenoura grande picada; 1 ramo de aipo picado; 3 dentes de alho inteiros, descascados; 1 folha de louro;   Pitada de tomilho; (475 ml) 2 xícaras de caldo (frango ou carne); (475 ml)  2 xícaras de vinho tinto; 2 cenouras, cortadas em segmentos de 2,5 cm, pedaços grandes também cortados no sentido do comprimento; 2 pastinacas[i], cortadas em segmentos de 1 polegada, pedaços grandes também cortados longitudinalmente; 2 nabos ou rutabagas[ii] cortados em pedaços de 2,5 cm; Salsinha.

Potted Char

O char, peixinho saboroso tipo manjuba dos lagos de Westmoreland, foi comido no passado tanto quanto comemos camarões hoje, com torradas crocantes, mas não sobreviveu. Era preparado como se mostra abaixo.

 
Roast Beef

A carne assada é mais um exemplo de comida típica da Inglaterra. O tipo de carne utilizada na receita deve ser Contrafilet de vaca, mas pode variar, e é comum encontrar este prato feito com porco, pato, cordeiro ou peru, indicados como tal: Roasted Pork, etc. Geralmente servidos com batatas, vegetais e molhos.

Ingredientes

1 kg de carne do contrafilé; 2 ovos; 125 g de farinha; 120 ml de leite/ 30 g de gordura de carne ou porco

sal e pimenta à gosto

Tempere a carne com sal e pimenta e asse em forno pré-aquecido a 200°C durante aproximadamente 50 minutos.

 Roasted Pork Salad (Salada de carne de porco assada)

 

Misturar a carne de porco, batatas, beterraba, pepinos e alcaparras. Temperar com sal e pimenta. Reservar.

Colocar as folhas de alface nas bordas de um prato grande. No centro do prato, colocar a mistura com a carne de porco e por cima, a maionese. Em volta, colocar intercalados, o salaminho e o limão. Decorar com as azeitonas e servir

Scotch Egg

Não se sabe ao certo a origem deste petisco que consiste em ovo cozido envolto em uma massa de linguiça empanada e frita.

Hoje em dia, é possível encontrar esta delícia em vários locais como supermercados, quiosques, food trucks, pubs e até a versão gourmet em alguns restaurantes.

Scotch Haggis

Um bucho de carneiro, ou de cordeiro, voltado, lavado e marinado em água, com sal e cebola; recheado com um picado de vaca, cebolas e miudezas de carneiro, refogados. Adicionar flocos de aveia, sal, pimenta, noz-moscada, sumo de limão e molho de carne. Depois de recheado, fechar com agulha e fio; cozer em água salgada. Picar antecipadamente, com um garfo, para evitar que rebente. Tampouco deixar muito cheio, pois, caso contrário, a farinha, ao crescer, rebentará o invólucro. Como regra, serve-se o Haggis sem molhos.(Cozinha da Escócia).

Scotch Oat Cakes

Flocos de aveia, farinha de trigo, açúcar, manteiga, bicarbonato de sódio, sal, leite e uma pitada de ácido tartárico. Amassar tudo, fazendo uma massa algo consistente, mas não muito grossa. Abaixar muito fina e enrolar, como um rolo, da grossura de um dedo. Cozinhar no forno. Manejar estes bolos com cuidado, pois quebram-se facilmente. (Cozinha da Escócia).

Scotch Shortbread

Farinha amassada com manteiga, açúcar e amêndoas doces, branqueadas e picadas. Formar bolos pequenos de forma quadrada. Decorar no topo, com casca de laranja cristalizada. Cozinhar no forno. (Cozinha da Escócia).

Squab Pie

Pescoço de carneiro, colocado numa caçarola ou pie-dish. com rodelas de maçã e cebola, puré de champignons, açúcar, sal e pimenta. Cobrir com água. Tapar com massa de tarteleta e cozinhar no forno (O pie-dish é um utensílio de porcelana vulgarmente designado por canoa, na gíria da cozinha).

Steak and Ale Pie

A torta de bife e cerveja é um prato tradicional britânico onde uma massa de massa perfeitamente cozida é recheada até as vigas com um bife tenro cozido lentamente, molho e vários vegetais. As primeiras versões deste alimento básico britânico foram registradas pela primeira vez no século 18, onde um pudim de bife era combinado com sebo.

Steak and Kidney Pie

1 colher (café) de água; 1 colher (sopa) de óleo; 1 pacote de massa folhada (aprox. 500 gramas)/ 175 gramas de rins de boi, limpos e em cubos; 300 ml de caldo de carne ou de água; ½ quilo de músculo em cubos; Sal e pimenta-do-reino; 30 gramas de manteiga; 1 cebola média fatiada; 200 ml de cerveja preta; Farinha de trigo; 1 gemade ovo.

Temperar as carnes com sal e pimenta-do-reino e envolver em farinha de trigo. Em uma panela, dourar as carnes na manteiga com um fio de óleo para não queimar. Acrescentar a cebola, a cerveja preta, o caldo de carne ou água e deixar ferver em fogo baixo até as carnes ficarem macias (umas 2 horas aproximadamente). Mexer de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Acertar o tempero, desligar o fogo e deixar esfriar. Colocar as carnes com o molho do cozimento em um tabuleiro, cobrir com massa folhada, pincelar a massa com uma mistura de gema e água e levar ao forno até assar a massa.

Wellington Beef

Existem algumas teorias acerca deste prato. Uma delas sugere que seu nome venha do primeiro duque de Wellington. Outras dizem que o nome foi dado por um chef inglês patriótico. Independente da origem, este é um exemplo de prato típico da Inglaterra que merece destaque nesta lista. Sua receita tem como ingredientes principais filé de vaca, cogumelos, massa folhada e patê.

Yorkshire Pudding

2,5 dl de leite, 2 ovos, 4 colheres bem cheias de farinha e sal, tudo bem misturado, numa massa não muito espessa. Colocar numa fôrma untada com manteiga, muito bem aquecida previamente. Dar uma passagem sobre a chapa do fogão, para cozer o fundo; depois, deixar cozinhar o pudim, frente ao fogo e nunca dentro do forno. (Servido como guarnição do Roast-beef).

 




 [i] A cherovia ou pastinaca, é uma raiz que se usa como hortaliça. Relacionada com a cenoura, embora mais pálida e com sabor mais intenso do que esta, tem cultivo que remonta a tempos antigos na Eurásia. Antes da introdução da batata, a cherovia era um dos alimentos que ocupavam o seu lugar

[ii] O que é rutabaga em português?

Botânica (Brassica napus napobrassica) planta de cultura, híbrida, da família das Crucíferas, resultante do cruzamento do nabo com a couve, é usada na alimentação, sendo também conhecida por nabo-da-suécia, raba, etc.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

 

O Uso das Palavras


E o contexto das Ações

Ignorância, Arrogância, Teimosia, Estupidez

 

A falta de razão em nossas ações e no uso das palavras, muitas vezes nos causa problemas, que poderiam muito facilmente ser contornados ou evitados. A intolerância é um mal que nos atinge interiormente, e o que sobra são péssimos sentimentos e revides negativos. A convivência tem seus tributos e devemos pagá-los sem arrogância ou desdém, pois vivemos num Mundo partilhado. É importante prestarmos atenção aos atos e atitudes que nos apresentam para terceiros como uma demonstração do nosso caráter e de nossas ações. Se não tivermos cuidado, estes podem tornar-se uma parte da nossa identidade social. Por outro lado, se as nossas aspirações apontam para cargos de responsabilidade no futuro, devemos estar conscientes de que existe uma contra-mão, e admitir que os seres humanos aceitam naturalmente os seus valores, devendo ser nós como responsáveis, os facilitadores do convívio e da harmonia na coexistência para o trabalho ou para o contato social.

A teimosia, por exemplo, é uma qualidade ruim, pois o apego obstinado às próprias ideias, gostos etc., impede-nos de perceber quando desistir, e que essa decisão pode representar a libertação de um comportamento em que se perde um tempo precioso, e que muitas vezes traz infelicidade, mágoas, exaustão emocional, estresse psicológico e até depressão. As pessoas por vezes confundem obstinação ou persistência com teimosia e dizem: “foi isso que lhe garantiu aquele emprego”, ou: “o atleta superou suas dificuldades, provando que a sua teimosia não tem limites”.

Mas isso é resiliência.[i] Pessoa persistente é aquela que: Não desiste diante de obstáculos; reavalia e insiste, ou muda seus planos para superar objetivos;

Confundir persistência com teimosia é um grande equívoco. Persistir é manter seus objetivos sempre no foco, mesmo nas maiores dificuldades ou enfrentando obstáculos que poderiam se tornar intransponíveis, é você resistir e continuar. Ser resiliente tem a ver com resistir e recuperar. Já ser persistente tem a ver com insistir. Portanto, podemos entender que resiliência é a capacidade de superar um obstáculo, se recuperar e voltar à sua mesma forma. Por outro lado, a persistência é a capacidade de se manter firme e insistir no objetivo. Que tem a capacidade de recuperar após um revés ou de superar situações de crise, adversidade ou infortúnio;

Como a história tem demonstrado, as pessoas podem fazer a coisa certa permanecendo firmes nas suas crenças. É conhecido o caso do General Charles de Gaulle, que se recusou a admitir a derrota depois que a Alemanha nazista invadiu a França. Contra todas as probabilidades, ele convenceu os franceses de que acabariam por prevalecer. A sua crença inabalável na grandeza do seu país ajudou-o a transformar a sua visão em realidade. A persistência, quando usada como um sentimento de insistência na obtenção de objetivos, pode até ser um valoroso auxiliar.

A teimosia porém, quando se combina com a arrogância e a ignorância torna-se tóxica, pois estas duas são qualidades negativas que deveríamos eliminar do nosso armazém de atitudes e, os que têm responsabilidades de Gerencia ou Supervisão, do seu arsenal de liderança. A arrogância é um senso exagerado da importância ou das habilidades de alguém. Ignorância é a falta de informação, conhecimento, compreensão ou educação.

Muitas vezes, arrogância e ignorância andam de mãos dadas. A arrogância pode levar uma pessoa a ignorar algo importante, e a ignorância das habilidades e talentos dos outros, também pode tornar uma pessoa arrogante.

Ao procurar a mistura certa para exercer a liderança, a ignorância e a arrogância devem ser removidas, para permitir a quantidade certa de consistência das atitudes.

Somos os donos do nosso estilo de liderança e, como todos os grandes cozinheiros, precisamos de usar os ingredientes certos nas quantidades perfeitas.

Embora a ignorância e a estupidez sejam frequentemente usadas de maneiras semelhantes, elas têm nuances diferentes. A ignorância pode ser apenas falta de informação, mas pode significar falta de conhecimento, seja em geral ou sobre um assunto ou tema específico. Uma Ignorância intencional (não aprender porque acha que já sabe) é o mesmo que estupidez!

Qual é a diferença entre ignorância e ignorante?

A ignorância é por vezes caracterizada como falta de conhecimento, e descrita como um estado de desinformação. Não saber por impossibilidade ou circunstância, não significa necessariamente uma incapacidade de aprender ou de saber. Mas ser ignorante por escolha – existir num estado de ignorância – não é necessariamente uma condição de estado estacionário, precisamos admitir.

A ignorância intencional coloca uma ênfase particular na educação. Se você tem acesso à informação e capacidade de processá-la, mas escolhe ignorá-la, você é estúpido. Se lhe falta acesso à informação e, portanto, capacidade para processá-la, você pode ser ignorante; mas você não é estúpido. Estupidez refere-se à falta de um nível normal de inteligência, sagacidade ou rapidez mental.

Há muitos anos, em início de carreira, tive uma conversa passageira com um colega, que me deixou obcecado com o significado de estúpido. Fiz uma declaração sarcástica: “Ele não disse nada abertamente, mas eu me desculpei, dizendo: desculpe, acho que errei, mas não quis ser estúpido!” Meu colega concordou amigavelmente. Sentindo-me envergonhado, acrescentei: “Tenho muitas outras falhas de caráter, pois ainda não aprendi a me controlar”. Meu colega me corrigiu: “A estupidez não é uma falha de caráter”, comentou, “é apenas genética”. Passamos para outros tópicos, mas continuo pensando se ele estava correto ou não.

Considero estupidez, uma ignorância intencional. Por esta definição, a estupidez é uma falha de caráter. Numa rápida pesquisa de dicionários on-line, porém, meu colega parece ser a maioria. As definições apresentadas citam lentidão para processar informações ou apreender conceitos.

Na verdade, lembro-me de proibir meus filhos de chamar alguém de estúpido. Tratei isso como o seu equivalente de seis letras, idiota. Mantenho minha proibição, já que tais xingamentos nunca ajudaram nos relacionamentos entre irmãos - ou entre pessoas. Na época, eu disse a eles que poderiam dizer que alguém fez algo estúpido, mas não deveriam chamar a pessoa em questão de estúpida.

Se eu aplicasse minha definição atual, permitiria que acusassem um irmão irritante de um ato de ignorância intencional, mas não de um estado contínuo de ignorância intencional. Lembro-me claramente do meu mantra: “ninguém nesta família é estúpido!” Em retrospecto, eu quis dizer que eles tinham bons cérebros e podiam aplicá-los para um bom uso: uma definição diferente.

Tendo percebido a minha própria inconsistência, pergunto-me o que está em jogo na definição? A ignorância intencional coloca uma ênfase particular na educação. Se você tem acesso à informação e capacidade de processá-la, mas escolhe ignorá-la, você é estúpido. Se lhe falta acesso à informação e portanto, capacidade para processá-la, você pode ser ignorante; mas você não é estúpido.

Como alguém profundamente empenhado no acesso à educação, penso que deveríamos identificar aqueles que correspondem à minha definição de estupidez – a ignorância intencional. Aqueles que têm acesso à educação nos níveis mais elevados, mas optam por ignorar o conhecimento disponível, sugam recursos daqueles que anseiam desesperadamente por informação e pela oportunidade de aumentar a sua função cognitiva (independentemente do ponto de partida) através da prática e da adaptação criativa.

 

Em vez de despendermos os nossos esforços para discernir quem é “suficientemente inteligente” para merecer o nosso investimento educacional, procuremos quem quer aprender. Para moldar nossos programas e sistemas educacionais de acordo, e usar os meios ao nosso dispor, para difundir conhecimento e ajudá-los na sua luta por uma carreira decente.

Aqueles que nunca procuraram alargar, aprofundar e aguçar as suas mentes, e ratificar a sua capacidade inata com um pedaço de papel e um emprego bem remunerado, demonstrariam a ignorância deliberada das vantagens académicas.

Eles são estúpidos, NÃO por falta de capacidade mental, mas como resultado da sua recusa inaceitável, em empregar as habilidades que possuem.

 


O Idiota e o Imbecil que citamos

Ficaram ainda por analisar os termos Idiota e Imbecil que não são “em si” termos próprios de xingamento, ainda que muitas vezes sejam empregados para afrontar mesmo.

Estas palavras designam debilidades intelectuais graves, sendo o idiota pior que o imbecil, pois não elabora a mais primária faculdade intelectual, que é a de perceber, sem embargo de que a imbecilidade, ou impossibilidade de interpretar, também a segue como grave.

O idiota é aquele que não vê o sentido, e não percebe a objetividade exterior a si mesmo. Pode estar diante de uma coisa sem a perceber. Normalmente, há que se lhe falar várias vezes para que ele “perceba” que lhe estão falando, e ainda mais várias vezes para “perceber o que lhe estão dizendo”.

A percepção em si, é o acolhimento da realidade, a qual, para ser propriamente recebida, necessita de um processo ativo/atento do recebedor. O idiota recebe-a passivamente (muitas vezes disperso) o que leva a que várias insistências, repetições, reiterações, ênfases, etc. … precisem lhe ser feitas.

Outra característica inerente ao idiota, é ele achar que aquilo que ele não alcança (ou de que nunca teve conhecimento) não existe em boa verdade.

O imbecil, percebe a alteridade, mas capta-a em níveis de superfície. Tem insegurança para penetrar mais fundo que a camada das aparências, o que lhe exigiria interpretar sentidos, mas ele se “afasta” disso, razão porque fica estacionado nos degraus iniciais da compreensão.

A etimologia latina de imbecil vem de “sem apoio”, indicando alguém que entende algo, mas é fraco, desapoiado, e não sabe medir as coisas, não fica de pé por si só, optou por ficar como iniciante. Ele não “se representa”, e não interpreta porque interpretar exige decidir, caso em que ele passaria a ser ele próprio. O seu esquema de debilidade consiste em submeter todo o seu “eu” na ordem, no comando e na instrução, a um esquema de dependência quase vital. Não raro, o imbecil assume ares circunspectos de sisudez orgulhosa em seu rigor para com a literalidade.

 

Idiota do grego "idiotes" significava "pessoa leiga, sem habilidade profissional", por oposição àqueles que desenvolviam algum trabalho especializado. Na acepção grega original, idiota designava literalmente o cidadão afastado e longe dos outros, alguém que se dedicava apenas aos assuntos particulares, em oposição ao cidadão que ocupava algum cargo público ou participava dos assuntos de ordem pública. O escritor russo Leon Tolstoi, escreveu um livro com este título, onde o personagem principal está magnificamente apresentado.

O termo evoluiu de forma depreciativa para caracterizar uma pessoa ignorante, simples, sem educação e significa hoje, tolo ou pateta. Popularmente, um idiota é um indivíduo tolo, imbecil, desprovido de inteligência e de bom senso. Idiotice é o produto daquele que é idiota, e o afastamento deixou de ser uma opção, tornando-se uma razão de necessidade

Na Psiquiatria, o idiota é aquele que sofre de "idiotia", o diagnóstico atribuído ao indivíduo mentalmente deficiente, com grau avançado de atraso mental, ligado a lesões cerebrais. No estado de idiotia profunda, o portador desta patologia tem suas capacidades vitais reduzidas a um estado semelhante ao coma.

 


“A ignorância e a estupidez se disfarçam sob o nome de simplicidade e inocência”

“A verdade deve ser dita com amor, mas o amor nunca pode impedir a verdade de ser dita”.

⁠A nossa perfeição consiste em saber, que não somos perfeitos.

A verdade é como um leão; você não precisa defendê-la. Deixe-a solta, e ela se defenderá a si mesma.

Santo Agostinho

 




[i] Muito usada para descrever o comportamento do ser humano, a palavra resiliência significa que a pessoa supera seus problemas com mais tranquilidade, passando por eles com leveza e sabedoria. Para a Psicologia, uma pessoa resiliente tem maior resistência e equilíbrio frente às adversidades.

domingo, 12 de novembro de 2023

 

O Impossível


Onde está e Porque Sempre nos Foge

 A comunicação eficaz é essencial no mundo globalizado de hoje, e muitos defendem que um aspecto crucial dela é ter gramática e estrutura de frases adequadas. Quer você seja um estudante, um profissional ou alguém que deseja melhorar as suas habilidades, a capacidade de corrigir as suas frases de forma a serem entendidas é vital. Neste texto, apresentamos uma frase muito usada, com opiniões que podem ajudá-lo a aprimorar a construção dos seus escritos e a se comunicar de maneira mais eficaz.

É certo que a prática leva à perfeição. Mas a correta forma de apresentar o “pensamento”, por vezes não aparece numa frase gramaticalmente bem apresentada. A aplicação contínua dessas estratégias em sua escrita corrigirá erros, mas por si só, não desenvolverá a sua capacidade de construir frases coerentes e precisas.

A minha atenção foi hoje alertada por uma frase de São Francisco de Assis, monge italiano, grande Pensador e Fundador da Ordem dos Franciscanos, ao qual tanto o Brasil como os seus indígenas devem tantos benefícios Reais, apresentada por um outro participante do LinkedIn. Não pretendo gerar controvérsia, mas apenas mostrar como há frases que usamos corriqueiramente, sem que elas nos conduzam a resultados evolutivos e apenas ficam empedernindo o nosso “Pensamento” com conceitos de franca nulidade. A frase original é “fazendo o possível” que, em boa verdade, não nos ensina nada. Podemos perfeitamente substituir por “estou trabalhando em”, ou “estou tentando conseguir”...

 


Eis algumas opiniões: "A política é a arte do possível", o que significa: "Não se trata do que é certo ou do que é melhor. É sobre o que você realmente pode fazer". Está associado à Realpolitik, uma filosofia política que coloca o pragmatismo acima dos seus objetivos ideológicos. Conseguir tudo o que se deseja é impossível e, muitas vezes, você precisa fazer concessões severas para conseguir o que deseja. E no final, recusar-se a fazer concessões significa que você não receberá absolutamente nada.

“O termo “arte do possível” às vezes é generalizado no sentido de evitar o perfeccionismo. O objetivo é conseguir algo que seja bom o suficiente e seguir em frente, em vez de ser levado à completa imobilidade pelo desejo de ser perfeito”. Diz Joshua Engels no Quora.

Em boa verdade, fazer o possível é fazer o que está ao alcance e não representa esforço algum em mudar o “Status Quo”. E o “possível” não é o mesmo para todas as pessoas, pois nem todos têm as mesmas capacidades. Será um erro pensar que ao fazer o possível, você estará algum dia a fazer o “impossível”, porque isso não será verdade. O impossível nós não sabemos o que é, e se ao tentar o “impossível”, nós conseguirmos chegar mais longe, esse será o novo “possível, mas o impossível continuará existindo. Ninguém nunca fará o impossível, mesmo quando ultrapasse o que parecia ser o “seu limite”, pois o impossível continua lá, mas ficou apenas aparecendo mais adiante.

Parece-nos que o mais verossímil, seria usar o termo “estou tentando o impossível”, em vez do atual “estou  fazendo o possível”, mas não vamos propor tal coisa, pois em nada iria ajudar os nossos propósitos. Apenas queremos conseguir, que não se diga em qualquer construção escrita ou dialogal, “estará fazendo o impossível”, pois isso não será verdade. Os limites foram mudados nesse caso, mas o “impossível” continuará nos desafiando”, pois é uma prerrogativa só possível a Deus.

 



 

  TERMOS DE COZINHA E GASTRONOMIA  - SUA DEFINIÇÃO - A branco ( A Blanc ) Cozinhar “a branco” é cozinhar em caldo, sem quaisquer con...