O
Outro Lado da Missão 5
Gestão
e despojamento
Humildade
e despretensão
Ao
assumir qualquer cargo de condução de pessoas no seu trabalho, é importante estar
consciente de que todos os nossos atos, atitudes, decisões e conversas, são um
exemplo para os comandados, pelo que eles devem sempre ser utilizados como uma
forma de transmitir bons conhecimentos e condutas. Como base para isso é
importante exibir humildade e despretensão, como uma forma de transmitir a qualidade de ser modesto. Embora a humildade
também possa significar o estado de ser ou sentir-se menor, se a humildade de nossa
educação nos habituou a viver com simplicidade, a humildade refere-se apenas a
ter uma opinião modesta de si próprio.
Humildade
é uma qualidade, e ser modesto ou despretensioso é o sentimento que impede o
indivíduo de se apresentar como superior e se gabar de todos os lugares que já
viajou, e das muitas línguas que fala, bem como dos seus diplomas ou
capacidades. A verdadeira humildade é caracterizada pela modéstia e uma certa
quietude ou reserva.
Mostrar-se,
exagerar suas realizações e recusar-se a ouvir os conselhos e opiniões de
outras pessoas, são o oposto da humildade. Às vezes, esse substantivo também é
usado para significar um estado comum, mas sem qualquer conotação de inferioridade.
Gestão
e Liderança
O
papel da administração é controlar um grupo de profissionais para atingir um
objetivo específico. Liderança é a capacidade de um indivíduo de influenciar,
motivar e permitir que outros contribuam para o sucesso da organização.
A
função de liderança preocupa-se principalmente com a direção correta e o valor
das atividades da organização, enquanto a função de gestão promove a
estabilidade da ordem e a eficiência das atividades da organização.
O
local de trabalho moderno é dinâmico e desafiador. Para que qualquer empresa
seja realmente bem-sucedida, são necessários gerentes que possam planejar,
organizar e coordenar sua equipe e líderes que possam motivá-los e inspirá-los
a alcançar os melhores resultados possíveis.
À
primeira vista, liderança e gestão podem parecer sinônimos. Certamente, um
gerente encarregado de supervisionar as pessoas naturalmente também lidera.
Liderar e gerenciar pessoas não é apenas senso comum? Todos os líderes
bem-sucedidos não são gerentes eficazes e vice-versa? Infelizmente, nem sempre
é esse o caso.
Para
maximizar a produção de um indivíduo, equipe ou empresa – e, finalmente,
trabalhar em direção a uma visão organizacional compartilhada – é crucial
utilizar as habilidades distintas de liderança e gerenciamento.
Simplificando;
a principal diferença entre as duas, é que os líderes reúnem pessoas que os acompanham,
e os gerentes comandam pessoas que trabalham sob suas ordens. Embora as
principais atividades de gestão e liderança sejam desempenhadas de forma
diferente, ambas são essenciais para que uma organização prospere.
As
habilidades de gerenciamento sustentam o funcionamento eficaz do dia-a-dia de
uma equipe. Elas se concentram em administrar tarefas e atingir metas e
objetivos. Assim, a gestão engloba o desdobramento e desempenho de recursos
humanos, recursos financeiros, recursos tecnológicos e recursos naturais. As
habilidades de liderança, por outro lado, concentram-se no poder e na
capacidade de conduzir outras pessoas – o foco de um líder é motivar um grupo
de subordinados a atingir um objetivo comum, sem ter que monitorar todas as
tarefas menores que contribuem para isso.
Humildade e Gestão
Uma
das qualidades que podemos encontrar em gerentes excepcionais, é a capacidade
de manter os valores inerentes à autoridade e controle, sem perder as
qualidades que a humildade proporciona, na sua busca diária por acertos e
respostas às várias necessidades do ambiente de trabalho, através de um
entendimento de que todo ser humano é igualmente valioso: um reconhecimento de
que você não vale mais nem menos do que qualquer outra pessoa.
Por
que a humildade importa?
Uma
das razões pelas quais a humildade parece antiquada é que muitas vezes somos
levados a sentir que precisamos cuidar de nós mesmos, porque ninguém mais o
fará.
“É um mundo de cachorro comendo cachorro,
você sabe?!”
Esse
ponto de vista sugere que você precisa ser agressivo para conseguir o que
precisa na vida, o que, junto com o orgulho, talvez seja o oposto da humildade.
Nossos
pontos de análise sobre Assertividade[1], no entanto, defendem que
é mais adequado ser assertivo: ser capaz de defender a si mesmo e aos outros,
colocando seu ponto de vista com calma.
A
assertividade é definitivamente compatível com a humildade: ela reconhece que
todos têm o mesmo direito de serem ouvidos e permite que todos expressem seu
ponto de vista. De fato, é bem possível argumentar que não apenas a
assertividade é compatível com a humildade, mas a humildade é absolutamente
essencial para o desenvolvimento da assertividade.
Em
outras palavras, sem o reconhecimento de que você não é mais ou menos
importante do que os outros, é impossível reconhecer que todos têm o mesmo
direito de serem ouvidos ou, de fato, de ouvir os outros abertamente.
E
quanto ao ajuste entre humildade e autoestima?
Autoestima
é como você se sente em relação a si mesmo. Nossa definição diz que a humildade
leva a “uma opinião maleável”, o que claramente está intimamente ligado à
autoestima. Ser humilde, significa ter uma opinião capaz de aceitar as muitas
qualidades, bem como as limitações, reconhecendo que os outros também têm
qualidades e são igualmente valiosos.
Desenvolvendo
a Humildade
Para
muitos de nós, a humildade é uma das características mais difíceis de
desenvolver, porque deve começar com o reconhecimento de que nem sempre você
está certo, e de que não tem todas as respostas.
Também
requer uma aceitação de si mesmo que muitos de nós consideramos desafiadora.
É
relativamente fácil ser humilde quando você está na base da árvore, por assim
dizer: novo em um emprego ou muito júnior. Quanto mais sênior você fica, no
entanto, mais provável é que as pessoas o procurem em busca de respostas e mais
você acredita que pode ajudar.
Pode
chegar a altos cargos – E se você não for cuidadoso, pode aliar à posição sentimentos
de superioridade perniciosos, justamente no momento em que mais precisa de
humildade - acreditando que é mais ou menos infalível.
Para
tentar cultivar a humildade, você pode tentar uma ou mais dessas atividades:
Passar
algum tempo ouvindo os outros
Uma
qualidade fundamental da humildade é valorizar os outros e dar-lhes a chance de
serem ouvidos. Gastar tempo ouvindo e extraindo sentimentos e valores,
permitindo que os outros se expressem, é uma maneira muito poderosa de começar
a entender melhor tudo o que nos rodeia.
É
importante lembrar que você não está tentando resolver os problemas ou opiniões
deles: apenas ouça e lhes responda como um semelhante.
Uma
parte fundamental da atenção plena é aceitar o assunto tal como ele é, em vez
de julgar e comentar sobre isso. Um elemento importante da humildade é aceitar-se
com todos os seus defeitos, em vez de se julgar por suas deficiências. Isso não
significa que você não deva se esforçar para melhorar, mas positivamente, em
vez de se repreender por suas qualidades negativas, “ Seja grato pelo que
você já tem, e busque melhorar como gratidão por isso”.
Em
outras palavras, reserve um tempo para "contar também as suas
bênçãos" e seja grato por elas. É fácil ser sugado para uma espiral
negativa de “querer mais”, seja em si mesmo ou externamente. Reservar um tempo
para parar e lembrar aquilo pelo que você deve ser grato, é uma boa maneira de
cultivar um estado de espírito mais humilde e positivo.
Existe,
como muitos de nós reconheceremos com tristeza, uma forma de orgulho que reside
em “sermos capazes de resolver nossos próprios problemas”. A humildade,
portanto, consiste em reconhecer quando precisamos de ajuda e saber pedir
adequadamente.
Revise
suas ações contra a linguagem do orgulho
Orgulho
e arrogância, que também abrangem presunção, esnobismo e vaidade, são palavras
desagradáveis. Às vezes pode ser difícil evitar nos sentirmos um pouco
orgulhosos de nós mesmos, ou vaidosos, ou mesmo esnobes. Muitas vezes é
agradável sentir-se assim; por exemplo, se fizemos algo de bom e todos nos
elogiam. No entanto, deveremos evitar chamar esses sentimentos pelo nome,
porque as próprias palavras carregam conotações negativas, não devendo
transformar-se em estados de espírito contínuos, repetidos, frequentes ou
regulares.
Para
cultivar a humildade, analise seus sentimentos em relação às palavras: pergunte
a si mesmo 'isso foi esnobe?', 'eu estava sendo um pouco vaidoso então?' e seja
honesto sobre as respostas. Reconhecer e nomear esses sentimentos pelo que eles
são é um bom passo em direção à humildade.
A
humildade pode parecer antiquada, mas isso não significa que um pouco de
humildade não seja tão importante agora como foi sempre.
Em
uma época em que muitos lamentam o crescente foco do “egoísmo” e do “eu” no
mundo, talvez todos devêssemos nos esforçar para desenvolver uma abordagem mais
humilde.
.
Insista e procure ser diferente, com Humildade
[1] posicionamento,
objetividade, clareza, transparência, decisão, firmeza, autoconfiança,
autoestima, segurança.