Graus de
Gestão
Nas empresas
hoteleiras, existem normalmente três graus de gestão:
superior; intermediário e supervisão.
Estes patamares
podem também variar de empresa para empresa, mas vamos avaliar uma equipa de
direcção de hotel, tomando por base a definição apresentada.
O director
geral e o subdirector, estão no patamar dito superior.
Todos os
directores de departamento e chefes executivos, preenchem o nível
intermediário.
Os cargos de
gestão ou chefia abaixo destes, estão na posição dita de supervisão.
Esta definição académica de supervisor,
indica os cargos com gerência ou supervisão de um ou mais grupos de pessoas,
mas em boa verdade, todos os escalões da pirâmide têm em maior ou menor grau
funções deste tipo, pois todos gerenciam o seu trabalho e supervisionam o
resultado dele.
A função de supervisionar é no entanto a
única que não deve nunca ser delegada pelos quadros gerenciais, pois só cada um
sabe o que quer e como quer.
Princípios básicos de gestão
Muitos dos
princípios básicos da gestão, são conhecidos. Ainda que alguns tenham sido
modificados, para acompanhar a evolução da sociedade, das empresas, dos conceitos
de gestão ou da mudança de visão nas empresas, os que representam a espinha
dorsal ou as colunas de sustentação do gerenciamento, continuam os mesmos.
Os mais
relevantes são os seguintes:
•
Conceito
de autoridade: - os gerentes devem ser capazes de dar ordens que sejam
cumpridas.
•
Hierarquia organizacional: - a
linha de comando e autoridade, deve passar pelos vários níveis até à base da
pirâmide.
•
Disciplina:
- os empregados devem conhecer e respeitar as regras e normas que regulam a
empresa.
•
Unidade
de comando: - cada empregado deve ter apenas um superior a quem prestar contas.
•
Unidade
de direcção: - deve ser usada apenas uma directriz para atingir os objectivos.
•
Bem
comum acima de tudo: - são os interesses da empresa que garantem a
sobrevivência de todos; logo, devem ser sempre defendidos, acima dos interesses
individuais ou dos interêsses de grupos.
•
Reconhecimento:-
os empregados devem ser reconhecidos pelo seu esforço e pelas suas qualidades.
•
Descentralização:
- dentro do possível, alguns processos de gestão devem ser descentralizados.
•
Divisão
de tarefas: - os empregados devem estar aptos a preencher todos os cargos do
seu sector, para poderem auxiliar-se sempre que necessário.
•
Concordância:
- os empregados devem ser colocados nos lugares de que mais gostam, ou que
estejam mais de acordo com a sua personalidade.
•
Estabilidade:
- muita rotatividade de pessoal, tem como resultado: ineficiência e baixa produtividade.
•
Liberdade
de iniciativa: - os empregados devem ter alguma liberdade para desenvolverem e
implementarem planos de trabalho.
•
Espírito
de equipa: - quando os empregados trabalham unidos, a empresa beneficia-se.
•
Delegação
cuidada: - todos os empregados devem ter bom conhecimento dos cargos que ocupam
e responsabilidades inerentes, para poderem ser responsabilizados pelo
resultado do seu trabalho.
ANÁLISE
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
DE DIRECÇÃO
Autoridade
Definição do
poder que uma empresa, entidade ou organização dá a um director, gerente, ou
supervisor, para que este cumpra determinada tarefa ou mande cumprir
determinada tarefa. Por exemplo, um chefe tem autoridade para designar as
tarefas dos seus funcionários, o ecónomo tem autoridade para comprar, ou
contratar serviços em nome da empresa. A autoridade tem sempre alguns limites,
estabelecidos para cada cargo, e pode ser formal, ou informal: a formal, é a
que é conferida pelo cargo, a informal, é aquela que o indivíduo adquire pelas
suas qualidades, capacidades, idéias ou conhecimentos. A autoridade pode ainda
advir da personalidade, ou carisma.
Delegação
É o acto de
passar a outra pessoa, uma tarefa que normalmente seria sua. A autoridade
também pode ser delegada, se isso for necessário ao bom cumprimento de uma
tarefa.
Como ninguém tem
a capacidade física da omnipresença, a delegação é um componente importante da
função gerencial em hotelaria. Procede-se assim quando se define que um
funcionário é responsável por um cargo, dentro de um hotel, e assume total
responsabilidade por ele. Devemos partir do princípio que o diretor-geral é o
principal responsável por todos os cargos, bem como pela correcta execução em
cada um deles. Ao designar uma pessoa a quem atribui essa responsabilidade, ele
está a delegar.
Assim sendo, para
delegar correctamente, devem ter-se os seguintes cuidados:
- Qualidade de
formação: o empregado deve
receber formação relativa à tarefa que lhe é entregue, ou delegada.
- Boa informação:
o empregado deve conhecer bem, o resultado que se espera dessa tarefa, e deve
saber correctamente qual é a posição da direcção sobre o cargo que vai ocupar.
-
Responsabilização: depois de uma boa formação e de estar bem informado sobre o
cargo que vai ocupar, o empregado deve ter total liberdade e não deve haver
interferência, no trabalho que lhe foi delegado.
Se tudo correr
bem, deve ser reconhecido. Se cometer algum êrro, o funcionário deve ser
incentivado a tentar novamente, para melhorar a sua execução (apresentaremos um texto desenvolvido sobre
este assunto).
Responsabilidade
Quem assume uma
autoridade formal, torna-se responsável pelo bom uso dessa autoridade.
Quem aceita um
cargo de direcção ou supervisão, aceita tacitamente a responsabilidade que o
cargo acarreta.
Do bom uso ou
abuso dessa responsabilidade e dessa autoridade, sairão os bons ou maus
resultados da gestão.
RESULTADOS
DE GESTÂO
Um dos grandes
objectivos do gestor é o resultado final do empreendimento colocado sob sua
responsabilidade. Não há dúvida que são muitos os factores que influenciam esse
resultado, mas o mais preponderante é o resultado financeiro do empreendimento,
que em essência é influenciado pelo bom ou mau trabalho levado a cabo em todos
os outros. O resultado financeiro determina a rentabilidade do capital
investido, pelo que é sempre importante ter uma avaliação desse ponto.
Análise de Sensibilidade
Denomina-se sensibilidade,
a variação de rentabilidade do empreendimento em relação às bases de cálculo
das receitas, custos e lucros, devidas a causas ou choques externos. Essas
bases de cálculo estão normalmente condensadas no documento denominado
orçamento.
As variações de
ocupação e clientela, podem dever-se a choques económicos, ao estado do tempo
ou a períodos de férias, dependendo da localização do hotel.
As variações de
custo, podem ser influenciadas pelo aumento dos preços, pelo mau uso dos
géneros, ou pelo descuido nas compras.
Um hotel é
negócio em que a economia é muito sensível, e em que se requer muita atenção
aos resultados de exploração.
Dois elementos
importantes, além dos relatórios de exploração, são: o orçamento de tesouraria
e o plano financeiro.
O orçamento de
tesouraria: elabora-se através de previsões de receitas e tendo em conta os
pagamentos previsíveis, os quais devem ser escalonados de forma a não
coincidirem, para evitar complicações por não haver fluxo de caixa
correspondente. Assim, aos fornecedores devem ser marcadas datas para as quais não sejam previstos pagamentos
de impostos ou salários, ou vice-versa, de forma a que o bom nome da firma não
venha a sofrer as conseqüências de uma má programação.
O plano financeiro: estabelece a aplicação dos fundos próprios da
empresa, ou lucros do negócio, capital e
financiamentos (se os houver), com discriminação programada dessa aplicação,
que tanto pode ser em novos empreendimentos, como em depósitos bancários e
fundos, ou ainda para reembolso de financiamentos anteriores a vencer.
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