terça-feira, 25 de dezembro de 2018





 

Graus de Gestão


Nas empresas hoteleiras, existem normalmente três graus de gestão:
superior; intermediário e supervisão.
Estes patamares podem também variar de empresa para empresa, mas vamos avaliar uma equipa de direcção de hotel, tomando por base a definição apresentada.
O director geral e o subdirector, estão no patamar dito superior.
Todos os directores de departamento e chefes executivos, preenchem o nível intermediário.
Os cargos de gestão ou chefia abaixo destes, estão na posição dita de supervisão.    

Esta definição académica de supervisor, indica os cargos com gerência ou supervisão de um ou mais grupos de pessoas, mas em boa verdade, todos os escalões da pirâmide têm em maior ou menor grau funções deste tipo, pois todos gerenciam o seu trabalho e supervisionam o resultado dele.
A função de supervisionar é no entanto a única que não deve nunca ser delegada pelos quadros gerenciais, pois só cada um sabe o que quer e como quer.

Princípios básicos de gestão


Muitos dos princípios básicos da gestão, são conhecidos. Ainda que alguns tenham sido modificados, para acompanhar a evolução da sociedade, das empresas, dos conceitos de gestão ou da mudança de visão nas empresas, os que representam a espinha dorsal ou as colunas de sustentação do gerenciamento, continuam os mesmos.

Os mais relevantes são os seguintes:

          Conceito de autoridade: - os gerentes devem ser capazes de dar ordens que sejam cumpridas.
          Hierarquia organizacional: - a linha de comando e autoridade, deve passar pelos vários níveis até à base da pirâmide.
          Disciplina: - os empregados devem conhecer e respeitar as regras e normas que regulam a empresa.
          Unidade de comando: - cada empregado deve ter apenas um superior a quem prestar contas.
          Unidade de direcção: - deve ser usada apenas uma directriz para atingir os objectivos.
          Bem comum acima de tudo: - são os interesses da empresa que garantem a sobrevivência de todos; logo, devem ser sempre defendidos, acima dos interesses individuais ou dos interêsses de grupos.
          Reconhecimento:- os empregados devem ser reconhecidos pelo seu esforço e pelas suas qualidades.
          Descentralização: - dentro do possível, alguns processos de gestão devem ser descentralizados.
          Divisão de tarefas: - os empregados devem estar aptos a preencher todos os cargos do seu sector, para poderem auxiliar-se sempre que necessário.
          Concordância: - os empregados devem ser colocados nos lugares de que mais gostam, ou que estejam mais de acordo com a sua personalidade.
          Estabilidade: - muita rotatividade de pessoal, tem como resultado:  ineficiência e baixa produtividade.
          Liberdade de iniciativa: - os empregados devem ter alguma liberdade para desenvolverem e implementarem planos de trabalho.
          Espírito de equipa: - quando os empregados trabalham unidos, a empresa beneficia-se.
          Delegação cuidada: - todos os empregados devem ter bom conhecimento dos cargos que ocupam e responsabilidades inerentes, para poderem ser responsabilizados pelo resultado do seu trabalho.


ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

DE DIRECÇÃO


Autoridade

Definição do poder que uma empresa, entidade ou organização dá a um director, gerente, ou supervisor, para que este cumpra determinada tarefa ou mande cumprir determinada tarefa. Por exemplo, um chefe tem autoridade para designar as tarefas dos seus funcionários, o ecónomo tem autoridade para comprar, ou contratar serviços em nome da empresa. A autoridade tem sempre alguns limites, estabelecidos para cada cargo, e pode ser formal, ou informal: a formal, é a que é conferida pelo cargo, a informal, é aquela que o indivíduo adquire pelas suas qualidades, capacidades, idéias ou conhecimentos. A autoridade pode ainda advir da personalidade, ou carisma.

Delegação

É o acto de passar a outra pessoa, uma tarefa que normalmente seria sua. A autoridade também pode ser delegada, se isso for necessário ao bom cumprimento de uma tarefa.
Como ninguém tem a capacidade física da omnipresença, a delegação é um componente importante da função gerencial em hotelaria. Procede-se assim quando se define que um funcionário é responsável por um cargo, dentro de um hotel, e assume total responsabilidade por ele. Devemos partir do princípio que o diretor-geral é o principal responsável por todos os cargos, bem como pela correcta execução em cada um deles. Ao designar uma pessoa a quem atribui essa responsabilidade, ele está a delegar.
Assim sendo, para delegar correctamente, devem ter-se os seguintes cuidados:

- Qualidade de formação:  o empregado deve receber formação relativa à tarefa que lhe é entregue, ou delegada.
- Boa informação: o empregado deve conhecer bem, o resultado que se espera dessa tarefa, e deve saber correctamente qual é a posição da direcção sobre o cargo que vai ocupar.
- Responsabilização: depois de uma boa formação e de estar bem informado sobre o cargo que vai ocupar, o empregado deve ter total liberdade e não deve haver interferência, no trabalho que lhe foi delegado.
Se tudo correr bem, deve ser reconhecido. Se cometer algum êrro, o funcionário deve ser incentivado a tentar novamente, para melhorar a sua execução (apresentaremos um texto desenvolvido sobre este assunto).

Responsabilidade

Quem assume uma autoridade formal, torna-se responsável pelo bom uso dessa autoridade.
Quem aceita um cargo de direcção ou supervisão, aceita tacitamente a responsabilidade que o cargo acarreta.
Do bom uso ou abuso dessa responsabilidade e dessa autoridade, sairão os bons ou maus resultados da gestão.

RESULTADOS DE GESTÂO


Um dos grandes objectivos do gestor é o resultado final do empreendimento colocado sob sua responsabilidade. Não há dúvida que são muitos os factores que influenciam esse resultado, mas o mais preponderante é o resultado financeiro do empreendimento, que em essência é influenciado pelo bom ou mau trabalho levado a cabo em todos os outros. O resultado financeiro determina a rentabilidade do capital investido, pelo que é sempre importante ter uma avaliação desse ponto.

Análise de Sensibilidade


Denomina-se sensibilidade, a variação de rentabilidade do empreendimento em relação às bases de cálculo das receitas, custos e lucros, devidas a causas ou choques externos. Essas bases de cálculo estão normalmente condensadas no documento denominado orçamento.
As variações de ocupação e clientela, podem dever-se a choques económicos, ao estado do tempo ou a períodos de férias, dependendo da localização do hotel.
As variações de custo, podem ser influenciadas pelo aumento dos preços, pelo mau uso dos géneros, ou pelo descuido nas compras.
Um hotel é negócio em que a economia é muito sensível, e em que se requer muita atenção aos resultados de exploração.
Dois elementos importantes, além dos relatórios de exploração, são: o orçamento de tesouraria e o plano financeiro.

O orçamento de tesouraria: elabora-se através de previsões de receitas e tendo em conta os pagamentos previsíveis, os quais devem ser escalonados de forma a não coincidirem, para evitar complicações por não haver fluxo de caixa correspondente. Assim, aos fornecedores devem ser marcadas datas  para as quais não sejam previstos pagamentos de impostos ou salários, ou vice-versa, de forma a que o bom nome da firma não venha a sofrer as conseqüências de uma má programação.

O plano financeiro: estabelece a aplicação dos fundos próprios da empresa, ou  lucros do negócio, capital e financiamentos (se os houver), com discriminação programada dessa aplicação, que tanto pode ser em novos empreendimentos, como em depósitos bancários e fundos, ou ainda para reembolso de financiamentos anteriores a vencer.


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