Ao Começar vamos pelo Começo
Qual é a origem do garçom?
Desde
a taverna romana ao uso de robots para o serviço de mesa, miríades de
situações terão acontecido, mas não existe um histórico escrito que nos permita
criar uma História do Serviço de Garçon.
O Empregado de mesa,
(português europeu) ou garçom (português brasileiro) (do francês garçon,
"rapaz") é um profissional da área de restauração, que trabalha em
restaurantes ou bares servindo comida e bebida aos clientes. Em alguns países,
o seu salário provém mormente de gorjetas. Nosso sentido moderno de garçom
(“empregado encarregado de servir as pessoas em restaurantes, cafés, coquetéis,
residências etc.”, na definição do Houaiss) passou a ser usado em francês em
meados do século XVIII, segundo o Trésor de la Langue Française, e entre nós no
último quarto do século XIX, tempo dos galicismos em função do grande contato brasileiro com a França,
devido aos Barões do Café e, sem dúvida a Santos Dumont. Embora a robótica
esteja no Mundo em um estágio inicial, em um país do terceiro mundo como o
Paquistão, há um restaurante onde robôs andam e atendem os clientes em vez de
garçons humanos.
Localizada em uma rua
movimentada no nordeste da cidade de Multan, na província de Punjab - a cerca
de 500 quilômetros (310 milhas) da capital da província, Lahore, esta pizzaria
é a primeira do gênero neste país muçulmano do sul da Ásia. Usama Aziz, de 24
anos, filho do dono do restaurante, é o idealizador dessa nova forma de
alimentação no Paquistão e planeja fazê-lo em maior escala.
Depois de se formar
em engenharia elétrica pela Universidade Nacional de Ciência e Tecnologia
(NUST) em Islamabad --uma das renomadas universidades do Paquistão-- Aziz
decidiu usar sua experiência de uma maneira única que citamos pelo seu
ineditismo. Mas para continuar no nosso propósito, diremos que os garçons
apareceram pela primeira vez na década de 1620 em tavernas que serviam bebidas.
Nosso conceito moderno de “comer fora” se originou com a abertura do primeiro
restaurante em Nova York na década de 1820. Antes disso, na maioria das
culturas, esperava-se que as mulheres preparassem e servissem a sua preparação
de alimentos.
Quando você comeu
pela última vez em um restaurante ou café, como foi o atendimento? Lento ou
rápido, atento ou mais relaxado? Todos nos lembramos de experiências boas e
ruins em restaurantes - mas talvez devêssemos pensar sobre aqueles que
trabalham nessas funções.
“Esperar” é uma
profissão que remonta a séculos. Todos já sentimos isso na pele e sabemos bem o
que são “filas”. Mas há mais no simples ato de trazer comida e bebida para a
mesa do que você imagina.
Os garçons seguem regras e diretrizes determinadas pelo tipo de restaurante ou bar em que trabalham. A equipe de garçons realiza muitas tarefas diferentes, como trazer comida de e para os clientes, cumprimentar os que chegam, limpar e preparar as mesas antes dos novos clientes, polir pratos e talheres.
Durante tudo isso,
espera-se que os garçons sejam educados, corteses e amigáveis.
Em alguns
restaurantes, os garçons são encarregados de vender mais, incentivando os
clientes a pedir alimentos adicionais ou específicos.
A maioria dos
primeiros garçons eram homens e usavam
luvas brancas para mostrar que seus dedos não haviam tocado a comida. Muitos restaurantes
serviam comida com serviço de prata - e os garçons transferiam a comida de uma
travessa para o prato do convidado.
Hoje em dia, existe
uma grande diferença entre ser empregado de mesa (garçon) num hotel de 5
estrelas ou restaurante de prestígio e ser empregado de mesa (garçon) num
pequeno café local.
Em alguns países, ser
garçom ou garçonete é um trabalho usado por estudantes, trabalho flexível e
fácil enquanto estuda ou se prepara para outros empregos.
Em outros países
porém, garçom ou garçonete é ser um profissional, com um nível de serviço
alcançado após muitas horas de treinamento e aperfeiçoamento de habilidades.
Em alguns países, a
gorjeta é comum - uma forma essencial para os garçons complementarem sua renda
ou ajudá-la a atingir padrões aceitáveis. Em outros países, a gorjeta é
incomum.
Para alguns, servir
pode parecer um trabalho bastante simples, mas não é para todos. Artistas e
escritores retrataram restaurantes, garçons e garçonetes de várias maneiras:
quando querem refletir sobre o autêntico trabalho manual ou comentar sobre as
diferenças de gênero e status entre garçons e clientes.
Como um mordomo ou
uma gueixa, um garçom já teve a incrível capacidade de prever todas as nossas
necessidades e silenciosamente atendê-las. Copo vazio? Mais vinho está aqui em
60 segundos, no máximo. Longo dia? O foie gras é a coisa certa para
acalmar seus nervos em frangalhos. Natureza chamando? Ele está lá para nos
direcionar ao banheiro. Claro, estávamos prestando atenção, mas no que diz
respeito aos relacionamentos, este foi muito satisfatório.
Marcar uma boa mesa
nunca foi fácil. O sagrado Livro de Reservas abria com 30 dias de antecedência,
e os candidatos a assentos ligavam freneticamente e rezavam. Aqueles que não
conseguiam eram forçados a tentar a sorte como substitutos, apenas para serem aceites
por um anfitrião tão impassível quanto Gibraltar.
Com o sistema de
castas VIP e os não comparecimentos prejudicando os resultados financeiros, os
donos de restaurantes deram um ponto final ao livro. Eles optaram por uma rota
sem reservas, agressivamente democrática. Não está disposto a comer às 6h30,
quando as portas se abrem? O host recebe um nome e envia mensagens de texto
quando uma mesa é aberta. Diga, na próxima terça-feira? Tudo Bem?
O termo
"garçom" originou-se da palavra francesa antiga "gaiteor",
que significa "aquele que espera" ou "atendente". Este
termo acabou evoluindo para "waiteour" no inglês médio, referindo-se
a alguém que serve mesas ou presta serviço em um ambiente de comidas.
Nos tempos medievais,
as famílias nobres empregavam criados conhecidos como "garçons"
para atender seus convidados durante as refeições. Esses homens cuidavam, serviam
comida, serviam bebidas e atendiam às necessidades dos comensais. Com o tempo,
o termo "garçom" tornou-se mais comumente usado para descrever
indivíduos que prestavam serviços em restaurantes, hotéis e outros
estabelecimentos gastronômicos, pois na França significa “rapaz” e evitava aos
comensais ter que chamar o empregado pelo nome.
O papel de um garçom
envolve receber pedidos, servir alimentos e bebidas e garantir uma experiência
gastronômica agradável para os clientes. O termo "garçom"
tornou-se amplamente aceito e reconhecido no contexto da indústria de serviços,
principalmente em relação ao serviço de mesa, em toda a França.
Eis uma perspectiva
do século 19 para o século 20, para esclarecer. Em 1902, John B. Goins, um garçom
afro-americano de Chicago, escreveu um manual, The American Colored
Waiter. Essa não era apenas a sua instrução básica de “como servir
comida”. Com notas sobre tudo, desde códigos de vestimenta até esculturas para
“Buffets” , e desde preparar um banquete até “por que não se deve aceitar
gorjetas”, Goins tentou cobrir tudo. Duas cópias deste livro ainda estão em
bibliotecas públicas. Em 1908, ele produziu uma segunda edição, raramente
encontrada em bibliotecas, que continha instruções de serviço para hotéis
americanos.
Inicialmente, (por
volta de 1200) o verbo inglês wait
significava "vigiar com intenção hostil, esperar, conspirar contra".
Como verificamos, houve um longo caminho a percorrer antes de chegarmos a
alguém que traz comida e bebidas à sua mesa. Com o tempo porém, o aspecto
hostil do significado desapareceu e passou a significar simplesmente coisas
como "defenda, e cuidado".
Assim, no século XIV,
um garçom era “um vigia, um atendente”. E isso pode ser comparado a uma palavra
holandesa watcher, que significa o mesmo.
De garçom a atendente
geral, foi um pequeno passo para que a palavra evoluísse novamente, assumindo
um significado mais específico (especialização, e logo profissionalismo) como
alguém que atende você em um restaurante. Este uso foi atestado pela primeira
vez na década de 1660.
A palavra garçonete
foi formada posteriormente (século XIX) com o sufixo feminino -ess na
Inglaterra e -ete em França.
(Como uma nota
lateral diremos: um vigia também fica parado por muito tempo no mesmo lugar. Foi
a partir desse significado que nosso verbo atual “esperar” como em “permanecer
no mesmo lugar” evoluiu separadamente.)
A coleção History
of Food & Drink cobre muitos tópicos e tem mais do que alguns
manuais. Até recentemente, porém, a maioria deles era variedade doméstica,
destinada a senhoras e mulheres jovens. “The American Waiter” de 1914 é
uma boa peça de companhia para uma adição de 2010 às Coleções Especiais, The
Expert Waitress (1896). Os manuais para grupos específicos de pessoas são
um pouco novos para nós, mas totalmente relevantes. É tão importante saber a
história de quem estava servindo e fazendo a comida quanto saber quem está no
comando da comida.
Que livro sonoro e interessante
quando diz! “Meu padrasto era um Goldmeister europeu transplantado para os EUA.
Durante a Grande Depressão, ele realizava qualquer tipo de trabalho, incluindo
mesa e garçom. Encarava tudo o que fazia com argúcia profissional, e fazia
questão de que um bom garçom observasse todas as regras de cortesia e atenção,
além de estar sempre de terno escuro, camisa branca e paletó, e levar sempre
uma toalha branca pendurada no braço para cuidar de qualquer derramamento, limpar
os copos antes de servir o vinho, etc.” ... “Hoje em dia, a maioria dos garçons
nem sabe onde colocar os talheres ou os copos”.
... “Quanto às
gorjetas – infelizmente, a maioria dos donos de restaurantes hoje em dia paga
um salário mínimo e conta com gorjetas para completar a renda de seus
funcionários. Este é um trabalho muito difícil e cansativo - por isso, recebemos
gorjeta de acordo com o esforço e o serviço, mas tentamos reservar pelo menos 10%
para o melhor. Às vezes, mais em circunstâncias especiais ou desempenho
exemplar. Você ainda pode encontrar “profissionais” por aí, mas eles são poucos
e distantes entre si!”...
John Goins foca
o mesmo ponto, tal como Lee. Embora ele possa ver a gorjeta como um “suborno”,
ele também diz que isso é esperado em muitos lugares porque os salários não
atendem às necessidades…
Nos restaurantes e
cafés do século XIX, as gorjetas dos clientes forneciam a renda de um número
crescente de garçons e garçonetes. Os empregadores não apenas se abstinham de
pagar um salário fixo aos funcionários em serviço, como estes tiveram que
compartilhar as despesas gerais de seus empregadores, enquanto alguns até
tiveram que pagar uma taxa pelo privilégio de trabalhar. Explorando jornais,
panfletos, relatórios e fontes sindicais, o artigo discute de forma comparativa
como e por que essas práticas foram implantadas em Amsterdã, Bruxelas, Viena,
Londres e cidades francesas e alemãs. Como resultado da superlotação do mercado
de trabalho em hospitalidade, a contratação de trabalhadores tornou-se não
apenas uma transação gratuita, mas também se transformou em uma fonte de renda.
Os funcionários pagavam pela oportunidade de receber gorjetas, mesmo que seu
número crescente reduzisse a renda individual. No entanto, como resultado do
sistema de gorjetas, esses funcionários muitas vezes conseguiam obter “salários”
mais altos do que normalmente receberiam.
Percorrendo jornais e
fontes sindicais a propósito do serviço de mesa no longo século XIX, esquece-se
facilmente que alguns dos empregados dos cafés e restaurantes eram mulheres. A
maioria das informações sobre gorjetas se refere aos homens, embora vários
panfletos denunciando seus efeitos desmoralizantes dediquem um parágrafo ao
fato de que em alguns casos a linha entre garçonetes e mulheres envolvidas na
prostituição era muito tênue. Um panfleto discutindo a condição de garçonetes
em Berlim na década de 1890 chegou a dedicar todo o seu estudo ao Animierkneipen,
(onde se esperava que as garçonetes bebessem com os clientes relacionados com o
seu empregador) no sector da restauração.
No entanto, com
exceção da Alemanha, faltam informações concretas e precisas sobre o número de
mulheres servindo à mesa na Europa Ocidental. Com base no que se sabe sobre as
proporções de gênero no setor hoteleiro alemão, pode-se concluir que a
distribuição de gênero entre os funcionários variou de acordo com a região, o
nível de urbanização, o tamanho da cidade e o tipo de estabelecimento.
Excluindo chefes de mesa (maitres) e aprendizes, os dados de uma
investigação realizada em 1893 revelam que 48,3% dos servidores eram mulheres,
mas havia diferenças regionais notáveis: enquanto a proporção de mulheres era
de 17,5%, 39,3% e 44,4% por cento no noroeste, nordeste e centro da Alemanha,
respectivamente, era de 77,2 por cento no sul do país. Em geral, a proporção de
garçons aumentava com o tamanho do estabelecimento (e provavelmente seu
prestígio), enquanto os hotéis tinham uma proporção maior de homens do que os
restaurantes. As cidades grandes tinham menos servidores do sexo feminino
(34,8%) do que as cidades médias (50,7%) e pequenas (68,3%), mas também aqui as
diferenças regionais devem ser levadas em consideração: em Berlim, apenas
25,6%. dos empregados eram mulheres, mas em Munique o número correspondente era
de 85,8%. Garçonetes bávaras para feiras de atiradores no verão e Bockbierfeste
(Festa da Cerveja Bock) no inverno, tornaram-se cada vez mais populares em
outras partes da Alemanha também.
É tentador apontar
para a França, e Paris em particular, como os locais de origem das práticas
associadas ao sistema de gorjetas na hospitalidade. Embora os comentaristas
franceses não citassem exemplos estrangeiros, seus colegas de outros países
sugeriram que a França, e Paris em particular, desempenhou um papel
predominante em sua proliferação internacional. Em 1891, o jornal de Bruxelas Le
Soir, por exemplo, culpou os garçons franceses pela piora das condições de
trabalho dos garçons de Bruxelas. Antes da Guerra Franco-Prussiana de 1870 a
1871, argumenta o artigo, os garçons de Bruxelas recebiam 30 a 60 BEF (franco
belga) por mês; eles receberam dicas, mas estas foram insignificantes. No
entanto, quando os garçons franceses fugiram de seu país e vieram à procura de
trabalho na capital belga, eles supostamente ofereceram pagar a seus
empregadores um droit de tablier, superando assim seus colegas belgas.
Um panfleto holandês publicado em 1903 não tinha dúvidas sobre onde trabalhar e
as condições originais do setor hoteleiro: “a peste”, como era chamada, veio de
Paris, e forasteiros a impuseram aos holandeses. Mas houve mais.
Um provocativo
disparo de um míssil no Mar do Japão, e imediatamente após o disparo, uma discussão
urgente tece comentários sobre a surpreendente falta de segurança; em torno desta
cita-se a consequente possibilidade de espionagem. Embora não haja provas de
que algum garçom estivesse espionando o resort, a especulação floresceu.
A história do #SpyWaiter
há muito se afastou dos noticiários. No entanto, faz uma comparação
interessante com a política britânica cem anos antes. Embora emergindo de
cenários amplamente diferentes, ambas as narrativas de espionagem podem ser
vistas como respostas a eventos políticos que ameaçam a identidade nacional ao
minar o poder de uma economia líder. Um século atrás, a ansiedade da
Grã-Bretanha sobre seu futuro como uma grande potência desafiada por uma
potência em ascensão, a Alemanha, cristalizou-se em temores aparentemente
paranóicos de que os muitos garçons alemães em Londres e outras cidades fossem
agentes hostis. Trabalhadores de catering imigrantes, muitas vezes lutando nas
margens econômicas, eram bodes expiatórios para a ansiedade pública sobre a
segurança nacional, em vez de verdadeiros agentes de espionagem ou sabotadores.
É num período de crescente retraimento e nacionalismo que o tema dos “garçons
espiões” – ainda que meio de brincadeira – voltou a aparecer nos noticiários.
Na Lisboa de 1950, os
garçons dos cafés do Rossio, não sei se pagavam para trabalhar, mas ao atingir
o limite de idade, cobravam dos que apresentavam à entidade patronal para
substituí-los, uma taxa de trespasse de cargo.
No Brasil, o garçom
também é conhecido como empregado de mesa, apto a trabalhar no ramo de
restaurantes e hotelaria, servindo comida e bebida aos clientes. Esta é uma
profissão em alta, pois é bem absorvida pelo mercado de trabalho. Quanto à
remuneração deste profissional, esta se constitui em um valor específico por
hora, além das gorjetas ofertadas por clientes que foram bem atendidos. Daí a
extrema necessidade de saber atender o cliente para que este fique satisfeito e
volte ao estabelecimento onde foi prontamente atendido.
“Após a acomodação do
cliente, o garçom ou o maître, deve apresentar o cardápio ao cliente. A
apresentação do cardápio é feita pela direita, primeiro para as senhoras,
depois homens e, por último, ao anfitrião”. O garçom também ajuda os clientes
em suas preferências e lhes dá sugestões para auxiliá-los nas escolhas de
pratos e bebidas. A função do garçom, é garantir que o cliente fique satisfeito
com os serviços e produtos que ele oferece. Ele deve ainda garantir a limpeza da mesa e organização
do ambiente, preparar mesa de refeições, dispondo em ordem pratos, copos,
talheres e guardanapos. Cortar porções de carnes, aves ou peixes e preparar
saladas e outros pratos junto à mesa dos comensais. Executar outras tarefas de
mesma natureza e nível de complexidade associadas ao ambiente organizacional.
O mercado de trabalho
do garçom não apenas é amplo, mas está sempre em crescimento. Este profissional
pode atuar em restaurantes, bares, cafés, e lanchonetes, realizando as funções
normais da profissão, ou se especializar, realizando cursos para se tornar maitre,
barman, somellier ou mesmo chef.
Sem intuitos comerciais, gostaria de sugerir aqui o meu livro “Manual do Restaurante e do Bar”, que considero uma excelente base de Aprendizado. Ou o “ Introdução a Hotelaria” com o mesmo fim.
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