A
Gênese da Gastronomia Francesa
Posicionamento da Cozinha como seu dinamizador
Marie-Antoine Carême,
(que em português seria António Maria) de nome conhecido Antonin Carême, (nascido em 8 de junho de
1784, Paris, França - falecido em 12 de janeiro de 1833, Paris), foi um grande chef
francês que serviu à realeza da Europa, escreveu várias obras clássicas sobre
culinária e avançou a noção de cozinha como uma arte e uma ciência. Ele é
frequentemente citado como o fundador da gastronomia francesa e foi um pioneiro
da grande cozinha.
Carême nasceu em uma
família pobre. Começou sua carreira aos 15 anos como ajudante de cozinha em um
restaurante parisiense, mas logo passou a trabalhar em uma confeitaria da moda,
ou pâtisserie, frequentada por Charles-Maurice de Talleyrand. As confecções
elaboradamente esculpidas de Carême chegaram à mesa do próprio Napoleão e o
tornaram o chef de Talleyrand (por 12 anos), do príncipe regente (o futuro
George IV) da Grã-Bretanha (por 2 anos) e em seguida, sucessivamente, do czar
Alexandre I da Rússia, da corte de Viena, da corte britânica embaixada em
Paris, o príncipe de Württemberg, o marquês de Londonderry e a princesa
Bagration. Ele então passou sete anos com o barão de Rothschild na sua
propriedade em Ferrières.
A cozinha de Carême
era famosa pela sua apresentação decorativa e elaborada, aproximando-se do
grandioso, e condizente com a velha sociedade da Europa. Mas também escreveu
livros. Seus principais trabalhos incluem Le Cuisinier parisien; ou, L'art
de la cuisine française au dix-neuvième siècle (1828; “O cozinheiro
parisiense; ou, a arte da culinária francesa no século 19”), Le Pâtissier
royal parisien (1828; “The Royal Parisian Pastry Chef” ), Le Pâtissier
pittoresque (1842; “The Picturesque Pastry Chef”), e Le Maître d'hotel
français: traité des menus à servir à Paris, à Saint-Pétersbourg, à
Londres, et à Vienne (1820; “The French Head Garçon: uma seleção de menus para
servir em Paris, São Petersburgo, Londres e Viena”).
As ideias de Carême -
que incluíam uma ênfase na apresentação artística dos pratos e no uso de
ingredientes frescos - pegaram nos restaurantes de toda a Europa, especialmente
na França, onde a Revolução Francesa contribuiu para o desenvolvimento de
restaurantes, com os quais cozinheiros da aristocracia deposta, buscavam
desenvolver o seu trabalho perante uma nova
classe social que se formava. E Carême ajudou a criar uma nova ética
culinária, condizente com a nova França e dignificou uma nova classe até então
um pouco esquecida.
Livros de culinária (receitas de cozinha)
O livro de receitas, coleção de receitas, instruções e informações sobre a preparação e o serviço de alimentos, também se desenvolveu com a emancipação dos cozinheiros. Na melhor das hipóteses, um livro de receitas também é uma crônica e um tesouro da fina arte de cozinhar, e uma arte cujas obras-primas - criadas apenas para serem consumidas - seriam perdidas.
A gastronomia do início da China foi resguardada em vários tratados, um dos mais interessantes dos quais é chamado “As coisas importantes a saber sobre comer e beber”, de Huou, chefe de cozinha da corte imperial de Kublai Khan (1215-1294). A coleção de Huou consiste principalmente em receitas de sopas, mas também é uma enciclopédia útil de informações domésticas.
A Europa medieval também produziu livros de receitas. Entre os primeiros em inglês está The Form of Cury (a palavra cury é um termo inglês obsoleto para comida cozinhada), compilado no século XII. É composto por 196 receitas, muitas das quais revelam sua origem francesa em nomes como “Blank Manng” e “Payn Fondewe”. Um dos primeiros livros franceses, chamado Le Ménagier de Paris, foi publicado em 1394 e continha receitas de iguarias como sapos e caracóis. Na Inglaterra ficou conhecido como “The Good Wife’s Guide.
Julia Child e das francesas Simone Beck e Louisette Bertholle; James Beard's American Cookery (1972), do especialista culinário americano James Beard; e Gordon Ramsay's Passion for Flavor (1996), do chef e restaurador escocês Gordon Ramsay.
Os livros de
culinária tornaram-se um dos pilares do mundo editorial, com edições produzidas
anualmente por chefs amadores e profissionais, escolas de culinária e
departamentos de alimentação dos principais produtores de alimentos e revistas
populares. Em Portugal, o autor deste escrito, que trabalhou muito tempo em
restaurantes, presenciou inúmeras discussões entre cozinheiros e maîtres, pois
os escritos usados eram franceses e espanhóis, e cada um traduzia à sua
maneira. Decidiu então fazer um dicionário de Culinária em português, para
acabar com esta situação, e assim nasceu o Manual de Gastronomia, que teve a
aprovação dos profissionais portugueses e, mais tarde foi também editado no
Brasil com o título de Manual de Cozinha e Copa, mas depois nas edições
seguintes, voltando ao seu título original que se mantém até hoje. Existiam já
alguns livros de Cozinha, mas destinados às donas de casa, que incluíam
quantidades dos vários itens da receita, coisa que os profissionais não
precisam, pois as quantidades variam de acordo com o número de pessoas.
Cozinhar, é o ato de
usar o calor para preparar alimentos para consumo. A culinária é tão antiga
quanto a própria civilização, e os observadores a consideram uma arte e uma
ciência. Sua história lança luz sobre as próprias origens do assentamento
humano, e sua variedade e tradições refletem influências sociais, culturais e
ambientais únicas. As Novas Postagens traçam a evolução da culinária até ao
advento das cozinhas nacionais. Procure expandir o seu conhecimento também sobre
culinária; grande cozinha; nova cozinha; Gastronomia molecular; e seções de
cultura de diversos artigos de países.
Sobretudo
o Manual de Gastronomia, que é um excelente Dicionário de Culinária e um ótimo
auxiliar dos Cozinheiros e dos Maîtres, para a construção de Cardápios e
Banquetes.
Pena
é que os Cozinheiros e Maîtres Brasileiros não tenham a mesma ânsia de
conhecimentos que se arrasta por todos os países do Mundo, auxiliando o
desenvolvimento da Gastronomia nacional.
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