sábado, 10 de setembro de 2022

 

A CRIATIVIDADE, COMO PIVÔ DE MOTIVAÇÃO E QUALIDADE

 


ELA É UMA BASE IMPORTANTE DA QUALIDADE

 

Criatividade gera Inovação. A criação não acaba na concepção da ideia. Colocá-la em prática é parte essencial do processo criativo, numa fase chamada de inovação. Afinal, o mundo não teria acesso às ideias de Leonardo da Vinci se ele não se tivesse disposto a pintar suas obras, ou à imprensa, se Gutemberg não tivesse posto em prática o mecanismo que inventou para imprimir livros. Na vida cotidiana, a inovação pode ser o desenvolvimento de uma peça publicitária, a implementação de um novo processo na empresa ou a publicação de um bom texto nas redes sociais.

Ken Johnson (Será que as escolas matam a Criatividade)

 

A gestão de pessoal a qualquer nível, implica dos responsáveis, quer sejam diretores, chefes de serviços, ou simples supervisores, certas responsabilidades, entre as quais tem papel preponderante a motivação.

Motivação gera satisfação pessoal e esta, gera qualidade. Quem faz com prazer, faz melhor. Quem faz melhor, aumenta o nível de qualidade final.

Para gerar motivação, existem certas técnicas, que poderemos estudar progressivamente.

Aqui, veremos que uma das causas de possível motivação do indivíduo, pode ser o desenvolvimento da sua criatividade. Mas antes de entrarmos verdadeiramente no tema proposto, será bom fixarmos uma máxima de grande valor para quem dirige pessoas, a qual aconselhamos seja fielmente seguida:

“É mais fácil desmotivar do que motivar.”

Cuidado pois; se não puder motivar, não desmotive!

 

A maior parte doa gestores na atualidade, preocupa-se bastante em melhorar as suas técnicas de administração, deixando de lado as que os ajudariam a tirar mais partido da colaboração do seu pessoal, E esta vem junto com a participação,  que pode  influenciar a criatividade.

Todos os seres humanos pensam. Logo, todos podemos ser criativos. A criatividade, como qualquer outro dote pessoal, pode ser desenvolvida; pode-se aprender a ser criativo, como se aprende a falar, ou a tocar um instrumento. Claro que uns serão mais criativos que outros; como em tudo na vida, os seres humanos não são todos iguais.

Para que os chefes possam desenvolver a criatividade, tanto em si próprios como nos seus subordinados, necessitam primeiro saber, o que é criatividade, onde se situa e como lidar com ela.

Voltemos ao pensamento humano! Existem duas formas de pensamento: o Reflexivo e o Criativo.

O pensamento Reflexivo é formal; é o pensamento que usamos no dia-a-dia, para a resolução dos nossos problemas.

É um pensamento estruturado, impessoal e, diz-se reflexivo, porque ele nos é imposto pela sociedade, pelas necessidades e formas de contacto com os outros, pela própria educação recebida. É o reflexo do ambiente em que vivemos. Nós somos assim e , nós pensamos assim.

O pensamento Criativo é informal; exatamente o oposto do pensamento reflexivo, portanto mais pessoal e não estruturado. Apenas, porque não utilizamos o pensamento criativo, ele está adormecido e necessita ser treinado.

Uma das formas de treinar e desenvolver o pensamento criativo é aprender a analisar os factos e os fatores, de uma maneira informal, ou seja, procurando o menos usual ou o menos evidente; o que está escondido.

Cabe aqui, um pequeno aviso. Ninguém deve ficar impressionado, com o que possa acontecer neste estágio. “O pensamento criativo é caótico, até ao momento que deixa de ser”, disse Newton, se não me engano.

O que, pelo Pensamento Reflexivo, classificaríamos de asneira, pode acontecer, sobretudo na fase inicial que analisaremos mais adiante. Mas, porque não falamos ainda sobre isso, o que é criatividade?

Criar é fazer nascer, produzir, gerar, inventar, fazer aparecer, segundo qualquer dicionário.

Criatividade é portanto, a combinação de elementos já existentes, para formar um terceiro que seja novo e útil, dando a este útil um conceito relevante.

Chegamos ao ponto em que verificamos que criatividade é: a capacidade de produzir ideias e soluções para problemas, de forma diferente do normal; logo, ideias e soluções novas, quiçá brilhantes e nunca ocorridas ou tentadas, antes.

É neste último parágrafo que se encontra a razão porque aconselho criatividade a todos os chefes, proporcionando aos seus funcionários pequenas reuniões para estudar problemas por eles apresentados sobre o serviço: como conceito e como técnica

Como conceito - Porque os levará a encontrar novas formas de alterar as coisas. “Novas soluções para velhos problemas”, alguém já disse antes.

Como técnica - Porque ela conduzirá a que os seus funcionários encontrem satisfação na sua própria criatividade e, pessoas satisfeitas, produzem melhor.

Haverá melhoria de ambiente, do produto e da qualidade de vida. As ideias são como chispas, que brotam do choque de dois ou mais elementos; neste caso, de duas ou mais, outras ideias.




Chegou portanto o momento de analisarmos as várias formas de produzir ideias.

 

-  A Associação de Idéias

-  A Técnica de Liberação de Idéias

-  O Processo Criativo

 

Associar ideias - Existem quatro maneiras:

-  A contiguidade = Em que se usam imagens ou palavras associadas; uma imagem leva á outra (colher/sopa)

-  A semelhança = (Gato/Tigre)

-  A sucessão = (Trovão/Tempestade; Carnaval/Música; Cinema/Publicidade)

-  O Contraste = (Preto/Branco; Amor/Indiferença; Frio/calor)

 

Liberação de idéias – As técnicas são as seguintes:

 

          Brainstorm (também chamado tempestade de idéias)

          Reverse brainstorm

          Synecticos

          Brainstorm Individual

          Centros Criativos

 

Brainstorm - Técnica onde várias pessoas da mesma área, se juntam e vão soltando as suas idéias, mesmo disparatadas, sem se preocupar com as consequências ou com o julgamento dos outros. O que importa é juntar um bom número de idéias para avaliar depois.

É a busca de uma forma ou solução, ainda não encontrada. Nestas reuniões, é absolutamente proibido fazer críticas, quer durante a reunião quer posteriormente, para evitar retraimento. Todos falam livremente, todas as déias são anotadas. Noutra reunião, as idéias serão avaliadas.

 

Reverse  Brainstorm - É uma técnica de procura de problemas, em vez de soluções. Por que funciona? Funciona bem ? Haverá outras maneiras?

 

 Synecticos -  É o Brainstorm com pessoas de áreas diferentes, complementando-se em busca da solução que interessa a todos. Esta reunião, tem um escopo mais abrangente, com um padrão mais elevado.

Os participantes, têm mais informação e mais especialização, mas têm também uma maior dificuldade em encontrar criatividade, por falta de distanciamento crítico.

 

Brainstorm Individual - É a busca de idéias por um indivíduo só. Em que ele se fecha, com os seus pensamentos, revendo as várias hipóteses de solução para um problema. É a abordagem de um problema reflexivo, com um pensamento criativo.

 

Centros Criativos - É o convívio, entre pessoas com a mesma área de preocupação, onde as respostas serão mais ou menos semelhantes, mas sempre evolutivas, porque trabalhadas umas em cima das outras.

Um, impulsiona ou influencia o outro ou, uma idéia é lançada para se atingir uma outra, já com avanço maior de criatividade. Estão neste caso, as reuniões e convenções, as associações de classe e os círculos.

 

O Processo Criativo

Este processo desenvolve-se em sete etapas ou ações, para montar respostas ou solução para qualquer coisa:

 


·         Identificação

·         Preparação

·         Incubação

·         Aquecimento

·         Iluminação

·         Elaboração

·         Verificação


 Identificação -  A identificação do problema é essencial, mas é mais essencial ainda que se escreva, pois enquanto este não estiver totalmente identificado por escrito, haverá maior dificuldade em resolvê-lo.

 “A  formulação do problema, pode ser mais importante que a formulação da sua solução.”  (Einsten)

“Problema escrito é problema 50% resolvido”.   (Einsten)

“ Se você não sabe, para onde está atirando, não acertará nunca.” (Autor desconhecido)

“O problema real  muitas vezes, esconde-se atrás de outro aparente, mas que é muito mais pequeno”.

 

A identificação do problema é pois, condição essencial para a sua solução.

 

Preparação -  Recolha de informações sobre o problema a resolver. Se não temos essas informações, precisamos buscá-las:

 

- de uma forma directa – obtendo ou consultando, tudo o que possa ajudar a solucionar o problema ou,

- de uma forma indireta – procurando informações colaterais sobre o mesmo.

Esta fase pode levar algum tempo, dependendo do problema em si.

Podem ser necessárias estatísticas, avaliações, comparações, desenhos, etc.

Quando algumas, ou todas essas informações já estão absorvidas, tudo roda mais rapidamente na cabeça e os resultados são mais rápidos.

É por isso que pessoas com maior grau de instrucão, ou com melhor e mais completa informação, conseguem encontrar soluções mais rapidamente que outros menos informados. Eles já guardam no seu arquivo de memória, as informações necessárias à resolução de muitos problemas.

 

Incubação - Algumas vezes, com problemas mais difíceis, apesar de toda a informação guardada ou obtida através de pesquisa, a solução não aparece e o problema fica arquivado, momentaneamente, aguardando o momento da sua resolução. Esta é a incubação que,  claro, não pode ser longa. A Empresa não permitiria e a própria mente não aguentaria. A não-solução do problema em mente, gera angustia e tensão.

Uma das formas usadas nesta fase é a de fazer parar a mente, deixando de pensar noutros assuntos. Concentrar-se, no problema, apenas.

 

Aquecimento - É a forma de provocar a reação da mente. Trocar idéias com outras pessoas, com outras atividades, numa busca consciente das soluções.

 

Iluminação - É o momento em que a solução surge. Não existe para ele, explicação científica. É o Eureka dos gregos. Absolutamente incontrolável. De repente, as coisas se juntam e a solução aparece.

Muitas pessoas, supersticiosamente, tentam provocar esta situação: Na casa de banho, em frente ao espelho, sentados, em pé, etc. Mas nestes casos, a reação obtida é mais de descompressão da mente que de aceleração do processo criativo.

 

Elaboração -  A solução aparece mas, na maior parte das vezes não vem inteira, completa, ou imediatamente aplicável. Necessita ser moldada, avaliada, ajustada. Usa-se por vezes o termo “arredondar a idéia” ou seja, torná-la aceitável ou utilizável.

 

Verificação -  Momento crítico. A apresentação da ideia a quem deve decidir. Muitas vezes ela é recusada, modificada ou mal julgada, porque o responsável pela análise não sabe usar a Criatividade. Quando o indivíduo tem uma mente criativa, vence também esta etapa, porque se sobrepõe a ela. Ele se habituou a não usar o pensamento reflexivo, quando necessário. Enfrentará a situação com criatividade.

Cabe aqui também, falar das dificuldades e problemas que enfrentam as ideias criativas, na maior parte da Empresas, para evitar possíveis desmotivações. Todas as ideias criativas geram problemas, pois aparecem como antagônicas. É preciso ter em conta, que:

 

A Empresa é reflexiva;

Os chefes são reflexivos;

A sociedade é reflexiva;

 

Logo, as ideias criativas são aparentemente antagónicas. O indivíduo criativo deve estar sempre preparado para a luta, na defesa ou implantação das suas ideias.

As ideias criativas são frágeis como tudo que nasce. Elas entram no meio ambiente da Empresa (de qualquer empresa), imbuído de formalidade. Ambiente vicioso e viciado em sentimento crítico, baseado apenas no formalismo.

Há que enfrentar esta situação com coragem e persistência, pois normalmente as críticas e resistências, são provocadas por:

Julgamento precoce das ideias que estão nascendo;

Reação negativa, provocada por tudo que é novidade;

 

Cabe a todos que detêm responsabilidade, fazer evoluir o pensamento humano e, com ele a sua criatividade e a forma de enfrentar, sem traumas, os problemas que surgem no dia-a-dia. Deixamos um desafio aos gestores.

 

ENCONTRAR OUTRAS DEFINIÇÕES para

SIMPATIA

 Em todos os estabelecimentos hoteleiros se procura criar no espírito do pessoal, um sentimento de boa vontade para com o cliente, que se traduza em algo visível por este. A isso se convencionou chamar simpatia.

Mas, o que é ser simpático? Há pessoas que são simpáticas naturalmente, pela sua expressão, pela sua figura, ou pelo seu trato. Outros, precisam forçar e muitos, não conseguem.

Ao longo dos muitos anos dedicados à hotelaria, consegui coligir alguns dados, que me permitem dizer que a melhor forma de demonstrar simpatia ao cliente é:

          Receber, ou atender, com um sorriso.

          Evitar dizer não, ou colocar dificuldades aos pedidos do cliente.

          Demonstrar boa vontade na prestação dos serviços a que este tem direito

          Demonstrar interesse nos desejos e necessidades deste, procurando colaborar para que estes sejam plenamente satisfeitos.

          Demonstrar solidariedade para com os problemas do cliente, ajudando a minimizá-los ou a solucioná-los, se isto estiver ao nosso alcance.

 

Não adiantará que os funcionários sejam sorridentes, informais, amáveis, delicados e, cheios de salamaleques, se, no momento em que o cliente precisa fica, sozinho.

 

Simpatia é, Solidariedade, Interesse, Boa Vontade.

E uma demonstração positiva de Empatia

 

CRIATIVIDADE É UMA FORMA DE LUTA

CONTRA A ESTAGNAÇÃO, IMOBILIDADE E MARASMO

“ESTÁ BOM PORQUÊ MEXER?”

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