sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

 

Você Como Supervisor de Hotelaria (texto 6 )

 


Conheça os graus de necessidade

De acordo com o que apresentámos nas postagens anteriores, podemos graduar as necessidades humanas do seguinte modo:

- necessidades fisiológicas básicas: alimentação, abrigo, proteção.

Estas necessidades são satisfeitas pelo salário e melhoram à medida que este melhore;

– segurança e assistência: garantia de proteção económica, contra atos arbitrários ou de favoritismo, que façam perigar o seu lugar, assistência na doença e ajuda na velhice, ou na incapacidade;

– afetos e contatos sociais: compreensão, simpatia, auxílio, proteção, amizade, são atenções que todos desejam obter. Criar ou fazer parte de um clube. Ter uma roda de amigos ou uma tertúlia; pertencer a um grupo excursionista, são necessidades deste grau.

– posição, reconhecimento, prestígio, respeito, comando: grau já bastante elevado, mas a que não podem furtar-se todos os que atingiram o anterior, pois as próprias condições preparam o indivíduo para acalentar esse ideal.

– realização pessoal: último grau da motivação. Aquele que leva o indivíduo a utilizar toda a sua energia e capacidade de forma a apresentar o melhor de si próprio. Só pode ser utilizado como elemento motivador depois de todos os outros graus terem sido atingidos.

Avalie outras motivações

Embora de um modo geral, tenhamos apresentado as motivações a que um  gestor pode recorrer para obter melhor rendimento, outras ainda estão à disposição, se necessário:

- prémios: (em dinheiro ou benefícios): por vezes obtêm-se muito bons resultados criando prémios pecuniários, férias adicionais, estágios financiados, etc., aos empregados com maior índice de aproveitamento ou ao representante da secção com melhores resultados.

- emulação: afixação dos resultados ou médias obtidas pelas várias secções do hotel.

- remuneração extra: em certos escalões, pequenos subsídios extra de acordo com o fim que se pretende atingir, dão por vezes bons resultados. 

Saiba o que é MORAL – mola real das relações humanas

O resultado das relações humanas numa empresa pode ser medido como todos os outros resultados de uma gestão. Não podemos, claro, estabelecer um critério para essa medida, nem avaliá-la em reais ou centavos.

Se as relações humanas, no seu contexto, se apresentam vagas e abstratas, por se relacionarem com o ego de cada um, os seus resultados têm forçosamente de ser medidos pelo procedimento de cada pessoa, procedimento esse que assenta na moral, na autoconfiança e na satisfação que se exterioriza.

Um indivíduo ou um grupo moralizado são capazes de atingir resultados mais elevados dos que se estiver desmoralizado e com falta de confiança.

Seguem-se algumas  formas de medir o moral de um grupo:

-  quantidade de faltas ao trabalho,

-  chegadas tardias,

-  quantidade de demissões.

Um grupo pode estar desmoralizado por causa do chefe que o orienta, neste caso o chefe de secção. Mas também se pode tratar de um estado de espírito com raízes mais profundas:

-  más condições de trabalho,

-  falta de reconhecimento dos superiores,

-  pagamento inadequado,

-  falta de identificação com os objetivos da empresa, etc.

De um modo geral, o grau de satisfação que um empregado de hotel encontra no seu trabalho estabelece o nível de moralização. Quando os objetivos da empresa têm em conta as necessidades do empregado, o moral é elevado. Quando o salário é baixo, o lugar sem estabilidade ou segurança e as satisfações do indivíduo não são respeitadas, o moral sofre e, com ele, todos os resultados programados.

Frustrações contínuas, conduzem o empregado a cada vez menos esforço a favor da empresa. Se o gestor der atenção às relações humanas e tiver por trás de si uma administração capaz de compreender a importância dessas questões, pode estar certo do seu êxito.

Estude algo sobre PERSONALIDADE – AMOR-PRÓPRIO – AUTO-ESTIMA

Para gerenciar pessoas com resultados, deve-se estar consciente dos pontos que aqui apresentamos, que fazem parte das muitas facetas do carácter do ser humano e que, se desconhecidos, podem complicar as coisas num relacionamento. Muitas pessoas tomam decisões ou emitem opiniões, como uma definição ou demonstração da sua personalidade. Nada mais errado. Personalidade não é o que nós achamos de nós próprios, mas a imagem que passamos aos outros. Essa fotografia é que é a nossa imagem. Por outro lado, todos temos amor-próprio, que deve ser cultivado e que é muito importante preservar no nosso pessoal. O amor-próprio é muitas vezes confundido com orgulho, quando afinal este é uma exacerbação daquele e deve ser evitado por todos os meios, pois é prejudicial ao relacionamento entre pessoas. O amor-próprio dos empregados, deve ser preservado e estimulado, pois é um precioso auxiliar para atingir metas e resultados.

A auto-estima, deriva do amor-próprio e corresponde ao grau de valorização que o indivíduo dá a si próprio. Empregados com baixa auto-estima são, sem disso se aperceberem, complicativos, pois se sentem sempre preteridos ou injustamente tratados. Tanto os gerentes como os supervisores, devem estar atentos a este ponto e ajudar esses empregados que são até, muitas vezes, úteis e prestativos.

 

Continuaremos na Próxima Postagem

Obrigado

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