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Como Supervisor de Hotelaria (texto 5 )
Saiba
tudo sobre horários e turnos
O ponto onde mais
vezes se chocam as necessidades da indústria e do pessoal é o ciclo de
trabalho: 24 horas. Legal e tradicionalmente, a hotelaria é uma indústria de laboração
contínua, que não se compadece com horas, dias, feriados ou fins-de-semana.
Troca de folgas, troca de turnos, trabalho de noite, horários partidos ou
desencontrados, são razões pelas quais muito pessoal qualificado abandona a
hotelaria e outros a não buscam, preferindo indústrias que envolvam menos
sujeição.
A vida familiar e por
vezes, a saúde, ressentem-se da irregularidade e inconstância dos turnos da
hotelaria. Se há os que gostam de trabalhar de noite, a maior parte detesta
esse turno, e verificamos na prática que esse é o período de pior rendimento do
pessoal.
Uma distribuição
equitativa dos turnos, é a melhor solução para o problema. A promoção ou a
mudança para turnos melhores logo que a ocasião se apresente, é prática
aconselhável.
As boas relações não
alteram a dificuldade do trabalho, nem significam que não possam haver
conflitos, mas podem ajudar a manter satisfeito um bom empregado num turno
difícil.
Conheça
bem o que são os grupos e os líderes
Uma das dificuldades
que se apresentam aos gestores de uma
unidade hoteleira é a dos grupos e dos líderes. Os grupos podem formar-se à
base de etnias, religião, interesses comuns, regiões de origem ou tipos de
trabalho. Por vezes, os grupos formam-se entre empregados de várias secções,
com o fim de trocarem entre si, serviços, alimentos ou favores. Mas nem tudo é
malícia. O grupo pode ter outros interesses, aceitáveis e até produtivos para a
empresa, dos quais a argúcia e o tacto dos respobsáveis, podem tirar partido.
Nem sempre as pessoas
que orientam e/ou comandam, são as mais indicadas para a liderança. Os líderes
ou chefes, podem ser nomeados ou não.
No primeiro grupo,
enquadram-se os que são donos do negócio, os que representam a empresa ou os
que são nomeados por escolha da gerencia, para o preenchimento do lugar.
Compete ao chefe
nomeado, encontrar os meios de se fazer aceitar pelo grupo que comanda, de
forma a que o seu trabalho seja produtivo através do rendimento do grupo.
Todo o chefe que
atribui culpas ao seu pessoal, pela
falta de resultados do grupo que está sob as suas ordens, não é um líder na
verdadeira acepção da palavra, muito embora tenha sido nomeado para esse cargo.
Os líderes não
nomeados aparecem por auto-imposição, por aceitação, ou por escolha do grupo. O
primeiro tipo é o do líder nato que diz e faz tudo sempre com convicção, que
leva os que os rodeiam a reconhecer-lhe mérito e capacidade, aceitando o seu
arbítrio sempre que surge qualquer questão ou problema.
O segundo tipo é o
que dialoga, que traz com frequência novidades ou arranja assuntos engraçados
para contar. Pouco a pouco, vai congregando à sua volta um grupo que já não o
dispensa. A sua opinião começa a ser aceite e é sempre válida.
Quanto ao terceiro, o
mais perigoso, é o do indivíduo que nunca está de acordo e que reclama em todas
as situações, tenha ou não razão. Normalmente acaba por ser escolhido como
líder, pela sua audácia aparente e pela facilidade com que se revolta contra a
disciplina e organização estabelecidas.
O responsável deve
estar atento à atuação dos líderes não nomeados que, em muitos casos, e mercê
da sua influência sobre o grupo, podem ser úteis à gestão e à obtenção de
resultados válidos, mas noutros podem ser prejudiciais. O conhecimento das
pessoas e das relações humanas pode transformar um líder não nomeado e o seu
grupo, num válido instrumento de trabalho. Casos há, porém, em que este tipo de
líderes deve ser afastado do grupo onde impõe a sua vontade, seja por
transferência de secção, seja por outras formas.
A escolha ou nomeação
por parte da gerencia de um líder ou chefe, já previamente aceite pelo grupo,
pode ter vantagens consideráveis, sempre que a ocasião se apresente. Compete
aos responsáveis ponderar os prós e os contras dessa modalidade e tomar a
resolução que se apresentar mais válida.
Saiba
o que são objetivos e conheça as motivações
O maior problema que
se apresenta ao responsável pela gestão, em relação ao seu pessoal, é o de
conseguir mais e melhor trabalho. Não se trata de um problema particular, mas
de uma necessidade universal que já preocupava os nossos avós e os nossos pais,
ao pretenderem que lhes apresentássemos melhores notas nos estudos.
Objetivos: as
modernas técnicas de relações humanas aconselham os responsáveis a estudar os
seus empregados, a encontrar as suas necessidades imediatas a motivá-los ou
estimulá-los, estabelecendo ao mesmo tempo objetivos. Estes objetivos não podem
ser inicialmente muito ambiciosos para não impedir que os funcionários os
possam tentar alcançar. Deverão ser ampliados gradualmente, à medida que os objetivos menores forem sendo
atingidos, sempre na busca de manter o desafio de conseguir mais e melhor.
Logo que os objetivos
parciais tenham sido atingidos, deve ser louvado o mérito dos que para tal
contribuíram, de forma a que o seu amor-próprio se sinta lisonjeado, garantindo
a adesão à nova etapa.
Motivações: é
bastante complexo o esquema em que se baseiam as motivações de cada indivíduo,
já que nem todas as pessoas têm as mesmas necessidades, e nem todas reagem ao
mesmo tipo de motivação. Por outro lado, as razões que levaram um indivíduo a
aceitar determinada motivação, baseada numa necessidade que deixou de existir,
podem modificar-se com o tempo, sendo entretanto substituídas por outras.
É missão do
responsável, estar atento às evoluções de carácter e procedimento do empregado,
para encontrar, através dos seus modos de atuar, a necessidade, o desejo ou a
emoção, que o pode levar a produzir mais: a fazer mais camas, ou lavar mais pratos.
Necessidades: o
ambiente social, a educação e o próprio carácter do indivíduo determinam as
suas necessidades. Assim, estas variam de indivíduo para indivíduo. Estudos
efetuados por psicólogos, nesse sentido, classificaram as necessidades humanas
em dois escalões:
- necessidades
básicas ou primárias: imediatas, relacionadas com a sobrevivência.
- necessidades
secundárias: as que nascem, depois de todas as primárias estarem garantidas.
Poderemos tornar esta
primeira classificação um pouco mais completa, apresentando os vários graus de
necessidades. Devemos acrescentar que, de acordo com os estudos a que atrás nos
referimos, cada grau só pode ser utilizado como motivador, desde que o anterior
esteja completamente preenchido. Um indivíduo com fome não tem grande interesse
em ir ao cinema. Daqui resulta que uma necessidade satisfeita já não produz
grande incentivo, não sendo, portanto, passível de motivação. No entanto,
convém ainda notar que este estado pode não se manter para sempre: a qualquer
altura, pode voltar a mesma necessidade, e ser possível usá-la para incentivar
o indivíduo.
Continuaremos na Próxima Postagem
Obrigado
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