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Como Supervisor de Hotelaria (texto 4)
Entenda
os profissionais de hotelaria
O pessoal do
estabelecimento reflete a real categoria de cada hotel. A forma como trabalham
e a atitude em relação aos clientes, não são menos importantes do que a
exuberância do interior ou os cuidados postos no menu. Os trabalhos comuns são
executados pelo recepcionista, empregadas de quartos, técnicos de manutenção,
cozinheiros, garçons, guardas de segurança e os seus respectivos Supervisores.
Grandes hotéis contratam animadores, médicos, massagistas, e atendentes de
bazar como empregados permanentes. É considerado elegante num hotel moderno,
ter uma especialista independente para relações públicas e um gerente de RP.
A questão da formação do pessoal de hotel é um assunto de grande importância. Hoje em dia, os estados mantêm ou subsidiam escolas hoteleiras e muitas universidades têm departamentos específicos, onde são treinados especialistas para a indústria hoteleira. Grandes redes hoteleiras criam escolas especiais para o estudo da hotelaria. Existem centenas de diferentes programas externos, que ajudam a obter capacitação nas diversas profissões desta indústria.
Os padrões modernos
de educação em hotelaria vêm das escolas francesas e suíças. Entre as
instituições eminentes para formação de pessoal, pode ser distinguida a Hotel
School de Lausanne, na Suíça. A gama de profissões que são ensinadas na
indústria hoteleira é bastante ampla e vai desde especialistas financeiros a
técnicos na área de spa, recrutamento e conversas por telefone. A quantidade de
funcionários que exercem atividades num hotel depende em grande parte do status
do estabelecimento e para isso existem recomendações da Organização Mundial do
Trabalho.
Não existe nenhuma
abordagem comum no campo salarial e o montante de cada cargo depende de uma
ampla gama de fatores: país, tipo do empreendimento ou da empresa, grande
corporação, sazonalidade, etc. Existem programas especiais para sistemas de
promoção, bónus e prémios de carreira em algumas grandes cadeias de hotéis.
Entre as aptidões
básicas para um profissional de hotelaria estão: a capacidade de lidar com
stress, o autodomínio, a circunspecção e a compostura, a cortesia e delicadeza,
a pontualidade, o conhecimento de línguas estrangeiras e a atenção aos
detalhes. Esses requisitos são universais, tanto para os quadros, como para o
pessoal de serviço.
A hotelaria é uma
indústria de prestação de serviços; dependente, portanto, na quase totalidade,
da atuação do elemento humano que a integra. O rendimento e qualidade dos
serviços prestados são, assim, bastante influenciados pelo comportamento do
pessoal ao serviço do estabelecimento.
Todos os
conhecimentos técnicos de gestão
esbarram na complexidade do problema das relações com o pessoal, as quais são, sem dúvida,
fundamentais para uma boa gestão. Não só o homem é a máquina mais complicada
que a hotelaria utiliza, como em certos momentos podemos ser levados a pensar
que é, também, a que mais riscos oferece, pela impossibilidade que apresenta de
um controle efetivo.
Se nos habituarmos à
ideia, de que neste tipo de negócio a pessoa é imprescindível, pois
consubstancia a fonte principal de matéria prima, aceitaremos melhor o lado
negativo que ela representa, tratando-a como o mais cara e a mais necessária
dos recursos, postos à disposição da gerencia.
Em todos os
estabelecimentos hoteleiros, os problemas de pessoal ocuparão a maior parte do
tempo e dos esforços do responsável pela gestão, para a qual é a única hipótese
válida, de atingir o fim que se propõe.
Conheça o possível pensar do indivíduo em relação á empresa
Ao entrar para uma
grande empresa, o trabalhador tende a sentir-se complexado e pensa em problemas
de trabalho que julga poder vir a encontrar, o que cria uma reação negativa.
Procurará resistir à sua integração com o grupo, receoso das consequências que
daí possam advir. Pode, por outro lado, ser um individualista: resistirá, do
mesmo modo, àquilo que ele pensa ser a dominação pelo grupo.
Qualquer destas
situações é desagradável para a empresa, porquanto o individualismo tem
repercussão no rendimento do grupo o que se reflete nos objetivos.
Podem ainda surgir
outros problemas, pelo que é aconselhável que os novos empregados sejam
acompanhados nos primeiros dias por alguns dos seus colegas mais antigos e
conhecedores do serviço. Estes deverão atuar não como mestres ou professores,
mas como companheiros e amigos. O novo empregado vencerá o seu receio inicial
de fracasso e integrar-se-á no grupo sem dificuldade, passando a dar pleno
rendimento.
O trabalho é quase
sempre um complemento da vida social do indivíduo, pelo que este deve encontrar
no local onde trabalha as satisfações básicas ao seu sentimento de membro de
uma sociedade moderna. Procurará ganhar o que julga necessário à manutenção da
posição social que o seu lugar lhe confere, bem como à segurança e estabilidade
do seu agregado familiar. Desejará alcançar a satisfação de poder realizar-se
profissionalmente no seu emprego, e de encontrar o reconhecimento do seu valor
e capacidade, bem como o prazer no trabalho efetuado. Procurará ainda
desempenhar o seu lugar visando o que é comummente aceite como os direitos do
indivíduo e os ideais do cidadão: liberdade, justiça e oportunidade de
valorização.
Nem sempre as
incompatibilidades entre os interesses do negócio e os do empregado, podem ser
solucionadas a contento deste. Cabe ao gerente encontrar os meios de, pelo
menos, criar uma plataforma de entendimento. As relações humanas são um meio. O
fim a atingir é o trabalho feito. Levar o empregado a isso, de acordo com as
necessidades do negócio, requer do responsável muita humildade, muita
experiência, muita persuasão e, sobretudo, muita honestidade. Um gerente nunca
deve prometer o que saiba de antemão não poder cumprir, tendo em vista apenas
solucionar um problema imediato, e o Supervisor deve partilhar este sentimento,
caso contrário os resultados futuros poderão ser catastróficos.
Continuaremos
na Próxima Postagem
Obrigado
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