quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

 

Você Como Supervisor de Hotelaria (texto  4)


 

Entenda os profissionais de hotelaria

O pessoal do estabelecimento reflete a real categoria de cada hotel. A forma como trabalham e a atitude em relação aos clientes, não são menos importantes do que a exuberância do interior ou os cuidados postos no menu. Os trabalhos comuns são executados pelo recepcionista, empregadas de quartos, técnicos de manutenção, cozinheiros, garçons, guardas de segurança e os seus respectivos Supervisores. Grandes hotéis contratam animadores, médicos, massagistas, e atendentes de bazar como empregados permanentes. É considerado elegante num hotel moderno, ter uma especialista independente para relações públicas e um gerente de RP.

A questão da formação do pessoal de hotel é um assunto de grande importância. Hoje em dia, os estados mantêm ou subsidiam escolas hoteleiras e muitas universidades têm departamentos específicos, onde são treinados especialistas para a indústria hoteleira. Grandes redes hoteleiras criam escolas especiais para o estudo da hotelaria. Existem centenas de diferentes programas externos, que ajudam a obter capacitação nas diversas profissões desta indústria.

Os padrões modernos de educação em hotelaria vêm das escolas francesas e suíças. Entre as instituições eminentes para formação de pessoal, pode ser distinguida a Hotel School de Lausanne, na Suíça. A gama de profissões que são ensinadas na indústria hoteleira é bastante ampla e vai desde especialistas financeiros a técnicos na área de spa, recrutamento e conversas por telefone. A quantidade de funcionários que exercem atividades num hotel depende em grande parte do status do estabelecimento e para isso existem recomendações da Organização Mundial do Trabalho.

Não existe nenhuma abordagem comum no campo salarial e o montante de cada cargo depende de uma ampla gama de fatores: país, tipo do empreendimento ou da empresa, grande corporação, sazonalidade, etc. Existem programas especiais para sistemas de promoção, bónus e prémios de carreira em algumas grandes cadeias de hotéis.

Entre as aptidões básicas para um profissional de hotelaria estão: a capacidade de lidar com stress, o autodomínio, a circunspecção e a compostura, a cortesia e delicadeza, a pontualidade, o conhecimento de línguas estrangeiras e a atenção aos detalhes. Esses requisitos são universais, tanto para os quadros, como para o pessoal de serviço.

 Conheça a Hotelaria e a mão-de-obra que a integra

A hotelaria é uma indústria de prestação de serviços; dependente, portanto, na quase totalidade, da atuação do elemento humano que a integra. O rendimento e qualidade dos serviços prestados são, assim, bastante influenciados pelo comportamento do pessoal ao serviço do estabelecimento.

Todos os conhecimentos técnicos de gestão  esbarram na complexidade do problema das relações com o  pessoal, as quais são, sem dúvida, fundamentais para uma boa gestão. Não só o homem é a máquina mais complicada que a hotelaria utiliza, como em certos momentos podemos ser levados a pensar que é, também, a que mais riscos oferece, pela impossibilidade que apresenta de um controle efetivo.

Se nos habituarmos à ideia, de que neste tipo de negócio a pessoa é imprescindível, pois consubstancia a fonte principal de matéria prima, aceitaremos melhor o lado negativo que ela representa, tratando-a como o mais cara e a mais necessária dos recursos, postos à disposição da gerencia.

Em todos os estabelecimentos hoteleiros, os problemas de pessoal ocuparão a maior parte do tempo e dos esforços do responsável pela gestão, para a qual é a única hipótese válida, de atingir o fim que se propõe.

 A hospitalidade inscreve-se num círculo humano compacto, que congrega todos os intervenientes: gerencia, pessoal e clientes. Somos assim levados a admitir, que um gerente experiente tem de dedicar uma atenção especial ao estudo das relações humanas, como forma de minimizar os seus problemas.  

Conheça o possível pensar do  indivíduo em relação á empresa

Ao entrar para uma grande empresa, o trabalhador tende a sentir-se complexado e pensa em problemas de trabalho que julga poder vir a encontrar, o que cria uma reação negativa. Procurará resistir à sua integração com o grupo, receoso das consequências que daí possam advir. Pode, por outro lado, ser um individualista: resistirá, do mesmo modo, àquilo que ele pensa ser a dominação pelo grupo.

Qualquer destas situações é desagradável para a empresa, porquanto o individualismo tem repercussão no rendimento do grupo o que se reflete nos objetivos.

Podem ainda surgir outros problemas, pelo que é aconselhável que os novos empregados sejam acompanhados nos primeiros dias por alguns dos seus colegas mais antigos e conhecedores do serviço. Estes deverão atuar não como mestres ou professores, mas como companheiros e amigos. O novo empregado vencerá o seu receio inicial de fracasso e integrar-se-á no grupo sem dificuldade, passando a dar pleno rendimento.

 Conheça os interesses do empregado – E os interesses da empresa

O trabalho é quase sempre um complemento da vida social do indivíduo, pelo que este deve encontrar no local onde trabalha as satisfações básicas ao seu sentimento de membro de uma sociedade moderna. Procurará ganhar o que julga necessário à manutenção da posição social que o seu lugar lhe confere, bem como à segurança e estabilidade do seu agregado familiar. Desejará alcançar a satisfação de poder realizar-se profissionalmente no seu emprego, e de encontrar o reconhecimento do seu valor e capacidade, bem como o prazer no trabalho efetuado. Procurará ainda desempenhar o seu lugar visando o que é comummente aceite como os direitos do indivíduo e os ideais do cidadão: liberdade, justiça e oportunidade de valorização.

Nem sempre as incompatibilidades entre os interesses do negócio e os do empregado, podem ser solucionadas a contento deste. Cabe ao gerente encontrar os meios de, pelo menos, criar uma plataforma de entendimento. As relações humanas são um meio. O fim a atingir é o trabalho feito. Levar o empregado a isso, de acordo com as necessidades do negócio, requer do responsável muita humildade, muita experiência, muita persuasão e, sobretudo, muita honestidade. Um gerente nunca deve prometer o que saiba de antemão não poder cumprir, tendo em vista apenas solucionar um problema imediato, e o Supervisor deve partilhar este sentimento, caso contrário os resultados futuros poderão ser catastróficos.

 

Continuaremos na Próxima Postagem

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