quinta-feira, 27 de dezembro de 2018



A INOVAÇÃO – 2

CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES SOBRE QUALIDADE

Todos gostam de dizer que foram pobres na infância e que esse foi o período mais feliz das suas vidas. Todavia, depois de conhecerem conforto e outro modo de vida, não fazem nada para voltar ao que eram nesses  tempos de felicidade. Eram  felizes, porque não conheciam nada melhor!

O mesmo acontece com a qualidade.

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A causa dos problemas não está sempre com os outros. É preciso aceitar que alguns problemas  podem ser causados  pela  própria direcção ou pelas chefias, para poder começar com acções correctivas .

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Atitude: eis uma palavra-chave. Há que mudar atitudes. Criar espírito positivo. Pensar  Qualidade.

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O  mais importante, não é o que se descobre, mas as providencias que se tomam para sanar os erros.
Qualidade é um resultado final, sem erros.

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A maioria  das pessoas aprendem no passado para repetir no futuro.
Nada pode ser repetido, tudo evolui.
Devemos ter o espírito aberto às novidades e a argúcia de verificar o que acontece em nosso redor. E de evoluir com o que constactarmos.
No momento presente, devemos aceitar que qualquer aprendizagem terá uma validade provável de cinco anos, tendo em conta a evolução técnica e social ao noso redor. Se não houver reciclagem, tudo o que foi aprendido ficará obsoleto.
Quem disser “Eu sei” deve estar consciente disso.

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As boas coisas só acontecem quando planeadas. As más é que acontecem sempre por conta própria.
A qualidade vem como resultado de um bom planeamento e do afinco na aplicação dos métodos.
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É bom que nos lembremos sempre, que a realidade é o critério definitivo.
Uma coisa é planear e instituir um novo procedimento, outra é observar o seu resultado.
O resultado final é sempre o verdadeiro aferidor dos métodos ou  processos utilizados.

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 Na educação para a qualidade, é conveniente aceitar que as pessoas atrasam subconscientemente o seu  próprio desenvolvimento intelectual, porque se baseiam em clichés e hábitos.
Talvez progridam na organização, talvez sejam ambiciosas e activas, talvez até trabalhem mais do que todos os outros, mas já não aprendem, quando perderam a capacidade de ver na aprendizagem a chave para o avanço profissional.
Os  preconceituosos, os de mentalidade estreita, os obstinados e os permanentemente optimistas deixaram todos de  aprender. .
Temos de reconhecer que há pessoas que simplesmente não se interessam por aprender algo que possa modificá-las.
Na educação para a qualidade, o acento tónico da formação deve ser colocado no produto, no serviço e no cliente; o resultado obtido deve ser apresentado como uma fonte de satisfação, pela alegria do dever cumprido.
Procuraremos  assim, atingir também os indivíduos apontados, mas tendo o cuidado de apresentar as formações ministradas, de forma a que não apareçam como uma mera aprendizagem. .
Na  educação para a qualidade, ocorrem, como é óbvio, progressos em alguns dos intervenientes.
Se alguém comentar que a  sua personalidade  se desenvolveu, esse tipo de convicção deve ser encorajado, mas não devemos enfatizar nunca o desenvolvimento pessoal, como objectivo da educação para a qualidade.

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Ao  atender uma reclamação ou estudar um problema por  escrito, devemos procurar sempre imaginar que a pessoa está sentada na nossa frente e devemos agir, como se assim acontecesse. Com o tempo ganharemos  prática, e os nossos problemas serão menores, se conseguirmos que o cliente acredite na sinceridade da  nossa mensagem.

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A  qualidade  de um produto, mais do que um problema legal é um problema ético. Ninguém pode ter respeito por quem tenta vender um produto de qualidade duvidosa .
O respeito do consumidor pelo nosso produto, gera respeito para nós mesmos, além de satisfação pessoal .
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A lição mais difícil de aprender é a que ensina: que demora algum tempo, para alcançar o resultado desejado.
A  urgência da  necessidade, a evidência da causa e a clareza da solução, pouco têm a ver com os  processos de endireitar as coisas .
Devemos ser objectivos, persistentes e ter paciência.

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Muitas  vezes, os resultados parecem distantes ou não se conseguem de nenhuma maneira. Aponta-se sempre qualquer motivo para os fracassos, mas raramente esse motivo é o verdadeiro.
A verdade, é que as  pessoas devem ser conduzidas lentamente, mas para um objectivo que elas próprias considerem, correcto. Caso contrário, não cooperarão.
Nada persiste na sociedade, se não tiver o apoio do  povo. O povo,  no  nosso caso,  é  o  pessoal.
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 O director e o supervisor têm como obrigação, exigir da sua operação contínua melhoria de qualidade.
Seja qual for o tipo de negócio, o responsável deve manter uma liderança atenta e imaginativa, colhendo sempre os frutos daquilo que tiver semeado. É impossível usar de expedientes, na tentativa de não se envolver .
Mais cedo ou mais tarde, qualquer pessoa se aperceberá, se ele é ou  não sincero. As técnicas de fazer com que um grupo de pessoas execute um trabalho e se orgulhe dele muitas vezes não melhoram a qualidade, o interêsse, ou a produtividade, porque as pessoas se apercebem quando estão sendo usadas.
Sabemos que é sempre problemático introduzir numa empresa programas de melhorias de qualquer tipo.
O responsável receia que os outros  não estejam a  favor, o que é normal, pois ninguém gosta de fazer exigências, a menos que esteja certo de ser bem recebido.
Segundo a nossa experiência, os esforços desenvolvidos no sentido de melhorias, se correctamente explicados, são sempre bem recebidos pelo pessoal.
A prática correcta de uma forma continuada, exige algum esforço no período inicial, mas depois torna-se um hábito e  deixa de aparecer como uma obrigação tornando-se o modo normal de fazer as coisas. O gestor deve concentrar as suas atenções em encorajar o seu pessoal a perseguir o hábito de fazer bem feito e a sentir prazer nisso, com o cuidado de passar correctamente a mensagem  a  todos os membros do  pessoal .
O supervisor deve compreender que ao problema de utilizar a força de trabalho acresce o facto de que as pessoas não se interessam por fazer alguma coisa apenas porque foram mandadas. É preciso estabelecer a comunicação e reforçá-la continuamente, a fim de manter os empregados informados e dispostos a participar.
Não basta planear uma tremenda operação: é preciso convencer as  pessoas a entrarem no processo e encorajá-las a alcançar os resultados  desejados .
As ordens emitidas para  serem obedecidas talvez  voltem com perguntas que requerem respostas. Compete ás direcções, fazer tudo para que haja respostas .
Há que explicar aos empregados o que é o cliente e o que ele representa para a continuidade do negócio. A maior parte das empresas promove a formação sobre tudo, sem nunca falar no cliente.
 Todas as formações devem começar pela explicação do que é o cliente e do seu valor para a empresa.
Habitue os seus empregados a agirem com solidariedade às necessidades e aos problemas dos clientes. Mostre-lhes que os clientes são seres humanos, com defeitos e qualidades inerentes a qualquer ser humano e que não há diferença nenhuma entre eles e nós próprios.
Instrua os seus empregados a agirem com inteligência e criatividade em todos os momentos da interação com o cliente, os momentos da verdade. Ensine-os a compreender a importância do momento da verdade  para o cliente e para o hotel.
Para o cliente, um hotel conta sempre pelo que produziu nos últimos  trinta  minutos. Se foi  bom, óptimo, se foi  mau, tanto pior.

Os resultados de uma empresa aparecem com o trabalho do seu pessoal.

Mas precisamos acreditar que esses resultados são impulsionados pelo trabalho da sua Gerência, conhecida como Direcção.

A boa manutenção do motor é que facilita a condução do veículo e lhe dá força para vencer os obstáculos.

Boa Sorte a todos os Gestores


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