Funções de um Director Geral
São obrigações do mandato gerencial, coordenar o trabalho de todas as
equipas do hotel e articular com os supervisores ou gestores de área, a melhor
forma de atingir as metas e objectivos a que o hotel se propõe, bem como a
qualidade do produto.
Isso inclui planear, organizar, dirigir e controlar, todas as
actividades administrativas, estratégicas e operacionais da unidade,
entendendo-se por actividades estratégicas, todas as Políticas e Procedimentos
aplicáveis á sua área de actuação.
Manter operacionais e profissionalizados, todos os esquemas de
comunicação interna, a formação o treinamento e o desenvolvimento do pessoal, os
processos técnicos e administrativos, o planeamento de recursos humanos e de
remuneração do pessoal, as relações trabalhistas, as relações com a comunidade,
as actividades operacionais de limpeza, higiene, manutenção, a qualidade do
serviço e atendimento, a interacção com o hóspede, a satisfação do pessoal, o aspecto
e o funcionamento das instalações e dos equipamentos, vigiar stocks, as compras, as reposições e os inventários,
incrementar as receitas, incentivar a promoção e as vendas, etc. Estas
obrigações podem ser apresentadas de acordo com o seu ministério no todo
gerencial, separando-as por contexto.
TAREFAS DE ADMINISTRAÇÃO E DIRECÇÃO
Supervisão e Direcção de Pessoal
• Dirigir, controlar e
supervisionar, as actividades de todos os departamentos do hotel.
• Acompanhar o recrutamento e
selecção de pessoal, procurando manter as políticas da empresa.
• Desenvolver e manter, planos
de formação, gerais e sectoriais, tanto no ambiente de trabalho, como em aulas
ou seminários.
• Incentivar a promoção e o
recrutamento interno para novos cargos, bem como o remanejamento e a
polivalência.
• Acompanhar, controlar e
incentivar a evolução da estrutura organizacional, e os processos de delegação
de autoridade e responsabilização a todos os níveis.
• Acompanhar e medir o grau de
motivação do pessoal dos vários sectores e tomar as medidas inerentes ao
resultado das pesquisas.
• Analisar e sugerir, sobre
problemas específicos da administração de pessoal.
• Familiarizar e reciclar as
chefias e supervisores em geral, sobre a aplicação de políticas, técnicas e
procedimentos de recursos humanos.
• Resolver situações de
emergência.
•
Garantir que a delegação
dos vários cargos seja feita de uma forma eficaz.
Planeamento
• Coordenar a implantação e
desenvolvimento de técnicas operacionais das diversas áreas.
• Criar e orientar os aspectos
tácticos e operacionais, inerentes aos objectivos, metas e planos estabelecidos
para a sua unidade.
• Coordenar, em conjunto com a
administração, as estratégias para implantação e manutenção dos projectos de
desenvolvimento organizacional, comercial, operacional e de resultados, do seu
hotel.
• Analisar o comportamento da
exploração, face aos vários indicadores, internos ou externos, buscar soluções
e planear alternativas, de acordo com as informações obtidas.
• Analisar e sugerir, sobre
problemas específicos, inerentes aos vários sectores do hotel, propondo formas
de resolver os mesmos.
Planear a distribuição dos
gastos com reposições de roupas, louças, equipamentos, utensílios ou
manutenção, de forma a que estes possam ser incluídos nos orçamentos mensais,
sem distorção das metas e da rentabilidade operacional.
Previsão e Controlo
• Analisar detalhadamente
os relatórios analíticos enviados pela direcção administrativa, de forma a ter
sempre uma clara noção da evolução das receitas, custos e resultados, tomando
as decisões inerentes ou propondo medidas adequadas, através de sugestões.
• Fazer estudos, sobre
melhores ou mais racionais aplicações dos gastos nas compras.
• Avaliar as necessidades de
compra e possibilidades de armazenagem, de forma a manter os stocks, coerentes com as necessidades
operacionais.
• Coordenar as compras ou
outras acções inerentes, com os seus chefes e supervisores, transmitindo-lhes
conhecimentos que permitam a estes conhecer e montar as suas próprias
estratégias, visando metas e objectivos.
• Acompanhar o orçamento, a
previsão e as várias médias ou índices, estabelecidos para os diferentes
factores que influenciam os resultados, mantendo estes bem controlados.
• Acompanhar as vendas,
reservas e receitas, procurando que estas se mantenham nos patamares previstos,
tomando a tempo as acções correctivas inerentes, sempre que necessário.
• Avaliação do funcionamento
dos Serviços do Hotel.
• Inspeções internas de
Qualidade (sectoriais e totais).
TAREFAS DE EXECUÇÃO
• Supervisão geral de todos os
departamentos, quanto à qualidade do produto, Políticas, Normas e Procedimentos.
• Garantia do desempenho, das
chefias e supervisores.
• Gerenciamento da Qualidade
Total.
• Incentivar a criação de
Grupos Setoriais de Qualidade.
• Motivação do pessoal, para
as Metas e Objectivos.
• Antecipação dos problemas e
necessidades operacionais.
• Visão acurada, dos
acontecimentos da unidade.
• Acompanhamento dos processos
burocráticos, (faturamento e cobrança),
(controlo
de stocks), (inventários e materiais
operacionais), etc.
• Acompanhamento dos processos
operacionais, em todos os sectores.
• Acompanhamento social, da
interacção com os hóspedes.
• Acompanhamento social, da
interacção com a comunidade.
• Acompanhamento da interacção
com órgãos públicos e entidades oficiais.
• Acompanhamento da interacção
com fornecedores.
• Visita a todos os sectores e
departamentos, para interacção com o pessoal.
Estilo de gestão
Este tema pode
parecer supérfluo, mas vale a pena falar dele, pois os vários estilos de gestão
influem os conceitos e decisões tomados no dia-a-dia, bem como o comportamento
do pessoal e o resultado final do exercício.
São muitos os
casos que causam situações constrangedoras no âmbito da gestão, os quais não
são estudados ou analisados nas escolas da especialidade. Há muitas situações
sem precedentes, com as quais se pode lidar com maior ou menor facilidade,
dependendo do estilo adoptado.
Um bom estilo, pode dizer-se, é aquele em que as pessoas, com bom
controlo de si próprias, são capazes de raciocinar de modo criativo e, ao mesmo
tempo, por as suas idéias em prática, e manter-se isentas para prever e evitar
os obstáculos que forem surgindo.
Parte do estilo é
congénito. Mas outra grande parte pode também ser aprendida .
Mais adiante
apresentamos uma lista de dez aspectos que podem ser úteis para definir um
estilo de gerência correcto.
Cada um pode avaliar o seu estilo, de acordo com o
número de aspectos que já inclui no seu desempenho diário, procurando estudar e
assimilar os que lhe faltarem, desde que os considere úteis, ou necessários.
É importante
procurar saber se se é um profissional médio, bom ou excelente. Conforme a sua
avaliação, deve decidir as providencias a tomar.
As vantagens de
analisar o estilo de gerência de cada um e corrigi-lo, se necessário, residem
na possibilidade de determinar o que é necessário fazer para o seu
aperfeiçoamento.
Para ter êxito é
preciso ser melhor e ter maior capacidade do que os concorrentes.
A avaliação
permite estabelecer comparações, colher benefícios das vantagens, ou corrigir
as desvantagens.
A integridade, a
compreensão e a humanidade, são facetas vitais do carácter de cada um, que
podem ajudar a vencer nesta área, embora
não sejam determinantes.
Reais características de um
estilo de gestão
- Ouvir,
- Cooperar,
- Ajudar,
- Comunicar
objectivamente,
- Criar e fazer
crescer,
- Pôr em prática,
- Aprender para
ensinar,
- Liberalizar,
- Impor,
- Fazer de conta,
quando necessário.
CONSELHOS
AOS CANDIDATOS A
FUNÇÕES DIRECTIVAS
Quem pretender assumir responsabilidades no âmbito da gestão em
hotelaria deverá, a noso ver:
- Acreditar que o individualismo poderá ser uma
qualidade importante, mas que uma equipa, com objectivos e uma filosofia comum
sobre o sucesso, atinge este mais rapidamente.
- Acreditar que em hotelaria, cada dia é um novo
dia, com novos desafios, novos conhecimentos, novas necessidades, falhas e
sucessos.
- Acreditar que tudo o que está à nossa volta
muda e que, por isso, o que foi bom ontem pode ser obsoleto amanhã.
- Acreditar que nunca se deve ceder, quando está
em jogo a qualidade do produto.
- Acreditar que uma boa organização é necessária,
mas que todo o excesso de papel é desperdício e como tal deve ser analisado.
-
Acreditar
que a sua missão principal é aprender, para ensinar aos outros, logo, não deve
ser centralizador, ensinando e delegando o mais possível.
- Gostar daquilo que faz e ensinar aos outros a
forma de proceder de igual modo.
- Não se preocupar com o tempo empregado com os
detalhes, se eles forem úteis para que tanto os clientes como o pessoal sintam
neles a diferença.
- Acreditar que delegação acompanhada é uma
obrigação grerencial.
- Acreditar que a hotelaria tem por base três
princípios fundamentais, aos quais se
deve dar a maior atenção: formação, supervisão e disciplina.
-
Acreditar
que o tempo passado a estudar ou a resolver problemas operacionais não é tempo
perdido, pois pode poupar sacrifícios ao pessoal envolvido, ou resultar na
maior satisfação do cliente.
-
Acreditar
que a transmissão de conhecimentos é obrigação de quem os detém e que
partilhá-los, é como fazer um investimento, que dá sempre retorno.
-
Acreditar
que não se comanda pela voz mas pelo exemplo, e que o respeito não vem pelo
medo, mas com o reconhecimento. Ser líder, não é mandar, ser líder é merecer o
respeito dos comandados, obtendo deles resultados, pela satisfação em ver as
metas atingidas.
-
Acreditar
que mandar é uma técnica ultrapassada. Comandar, partilhando opiniões com os
subalternos conduz a melhores e mais rápidos resultados.
-
Acreditar
que não há bom nem mau pessoal, há sim, bons ou maus chefes, e que se há
pessoas que precisam trabalhar, elas o farão, com tanta ou mais boa vontade,
quanto for efectiva a sua moralização e o respeito pelo seu trabalho.
-
Acreditar
que conduzir pessoas requer humildade, tacto e muita sabedoria.
-
Acreditar
que os resultados de uma boa liderança são sempre positivos para o bom lider.
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