sábado, 3 de junho de 2023

O BAR E O SEU SERVIÇO



PEQUENA INTRODUÇÃO

 Se pretendermos fazer um histórico do serviço de bebidas remontando à Antiguidade, iremos encontrar como estabelecimento mais conhecido na prestação desse serviço, a taberna romana (que também existia na Grécia).

A palavra “taberna” é assim de origem latina.

Com a ocupação romana da maior parte do mundo conhecido nesse tempo, a definição ficou em quase toda a Europa, embora com algumas deformações, pois a palavra “taverna” foi incluída e mencionada na Ibéria, influenciada talvez pelos gauleses e pelos Celtas que adoptaram nos seus idiomas, respectivamente, as palavras “taverne”, e  “tavern”.

Na citada Ibéria, a designação foi mantida embora com modificação, mas na Inglaterra, por exemplo, esse nome evoluiu para “pub”, diminuitivo de “public house” e em França, depois da ocupação russa de Paris, o termo russo bistro (pronunciado bistrô) foi adoptado também. Bistro em russo significa “rápido”, palavra que os soldados russos usavam, para pedir que o serviço fosse imediato, pois tinham receio de ser vistos na taberna pelos seus superiores. Como os franceses não sabiam russo, passaram a aceitar bistro como uma nova definição de taberna, e a palavra ficou.

No período colonial e, mais tarde, no do desbravamento para Oeste, surgiram nos Estados Unidos, os “saloons”, misto de espectáculo, jogo, bebidas e prostituição, que perdurou por muitos anos.

Foi aliás nos Estados Unidos que a imaginação, e a criatividade, mais contribuíram para a criação de novos tipos de nomenclatura para estes serviços. É deles a designação de “bar”, tal como é conhecida, a qual analisaremos adiante, e bartender para barman.

Na Inglaterra, eram conhecidos os “private clubs” (com serviço de bebidas, mas comidas também, e acesso interdito a senhoras), onde os homens discutiam os seus assuntos pessoais, negócios e política.

Os “clubes privés”, embora o nome possa sugerir alguma ligação, nada têm a ver com aqueles, pois são apenas e, principalmente, lugares de prostituição.

O “piano-bar”, o “dancing-bar” e outras definições semelhantes, são formas de levar as clientelas a se decidirem pelo divertimento e pela bebida.

Nos hotéis, existe ainda o serviço de “self-bar”, também dito “mini-bar”, o qual permite ao cliente uma seleção de bebidas em pequenos frigoríficos nos quartos. 

Com a designação de “snack-bar”, foi desenvolvida na Europa uma modalidade de serviço que, tomando como base o que nos Estados Unidos se chama “coffee-shop” e no Brasil, “lanchonete”, evoluiu para um balcão de serviço de comidas e bebidas, eliminando as mesas.

 Analisando  porém a designação que verdadeiramente nos interessa aqui, verificamos que a palavra bar deriva de “barra” (bar em inglês) e designava, inicialmente, não o local onde se serviam bebidas, mas sim, o balcão desse estabelecimento. Era costume esse balcão ter uma barra a todo o seu comprimento, onde os clientes se seguravam ou encostavam. Essa barra foi adicionada ao balcão com o intuito de evitar que os clientes se debruçassem sobre este, mantendo-os de certo modo afastados.

Quando o cliente queria ir para o balcão, dizia: “vou para a barra”;(”go to the Bar”). Em Espanha, ainda hoje se utiliza esta forma de identificar o balcão do bar.

O tempo e o hábito foram validando esta designação, a qual, por extensão, se aplica hoje aos estabelecimentos que servem bebidas. Nos Estados Unidos, porém, é frequente, sobretudo nos hotéis, chamar-se “cocktail-lounge” ao que entre nós se convencionou chamar “bar” (diminuitivo ou encurtamento de “american bar”).

Neste último tipo de estabelecimentos, os hotéis, podemos ainda encontrar outro género de bar, o “banquet bar”, espécie de copa preparada para o serviço de bebidas, funcionando anexa ao Salão de Banquetes.

Dali saem as bebidas para aperitivo, quando há serviço de banquete e todas as outras, quando se trate de “cocktail parties”.

 

Instalação de um Bar

 Como para todos os outros departamentos da indústria hoteleira, não há regras imutáveis para a instalação de um bar e devemos também ter estar cientes de  que existem Pub Bar e Cocktail Bar.

Ao fazê-lo, deve-se porém ter em conta todos os fatores que podem influenciar o funcionamento futuro e as maiores ou menores facilidades que para o serviço possam vir das decisões tomadas. A eficiência do barman ou dos barmen será sempre influenciada pelas facilidades que lhes forem concedidas na instalação do seu sector de trabalho.

Um bar trabalha à base de frio. Logo, um bom balcão frigorífico é necessário. Amplo, com a maior capacidade possível. Uma máquina de cubos de gelo é também indispensável. Uma boa copa. Armários para arrumação de copos, garrafas e outros utensílios. Um bar-americano ou um Cocktail Bar não devem vender cerveja a copo (na nossa opinião) mas, em certos casos, tal prática pode ser necessária. Deve ter-se o cuidado de não ocupar lugar dentro do balcão com todo o equipamento de refrigeração. Além de fazer calor, ocupa espaço que é necessário para as próprias garrafas. Os compressores podem ser instalados em qualquer outro lugar. Pessoalmente, somos contra o lava-mãos  no balcão do bar. O lava-mãos, ou lava-louça, pode ser implantado na copa, bem como a máquina de sumos, a máquina de café, a batedeira eléctrica (se houver) e todos os outros aparelhos semelhantes.

Se possível, o balcão do bar deve ter uma entrada e uma saída. Entrada, junto à copa, onde os empregados que fazem o serviço de mesa podem deixar o material sujo. Saída, junto à máquina registadora ou PDV (POS).

A máquina registadora deve estar bem visível. Tal prática coloca o cliente e o barman à vontade. O lucro de um bar depende da forma como for analisada a sua instalação. Do sentido prático e económico, tanto do serviço como da decoração, iluminação e implantação. Esta última deverá ser analisada em relação ao local do edifício, se está englobada numa unidade hotel, ou em relação ao ponto da cidade (se é um estabelecimento independente). No caso de hotel, será sempre uma boa medida conseguir uma saída direta para a rua se tal for possível.

Quase sempre um bar representa um investimento razoável. É imperativo proteger esse investimento mantendo uma boa qualidade de serviço e de bebidas à altura da decoração e do capital gasto. Esta última parte é função do barman.

O sucesso de um estabelecimento deste tipo depende tanto de quem o monta como de quem o orienta.

 EQUIPAMENTO DE UM BAR

 A quantidade e a qualidade do equipamento de um bar, serão determinadas, respectivamente, pelo movimento de clientela e pela categoria do estabelecimento.

Assim, vamos apenas enumerar as peças em si, como ajuda à memória dos profissionais:

    1o. – Com que bater coquetéis                        Coqueteleira

   2o. – Com que mexer coquetéis                      Copo de cristal

   3º. - Algo com que passar a bebida                Passador

   4º. – Recipientes para gelo                             Balde grande para o balcão

                                                                           Baldes pequenos para levar às mesas

   5º - Com que segurar o gelo                           Pinças de gelo

   6º - Com que servir as bebidas                       Copos (falaremos deles mais adiante)

   7º - Algo onde pousar os copos na mesa        Pequenas rodelas de pano ou papel

                                                                               (nunca nada metálico).

  8º. - Acessórios diversos (para o serviço)

- espremedor de sumos manual.

-  facas de dois ou três tamanhos

-  saca-rolhas e abre-latas

-  quebra-gelo

-  passador de sumos

-  pá para absinto

-  colheres para coquetel e long drinks

-  bandejas para apresentar contas

-  bandejas para o serviço

  9.º - cinzeiros para o balcão e para as mesas

10º - saleiros, pimenteiros, moedor de noz moscada.

       11º.- acessórios pessoais do barman 

· isqueiro, corta unhas, informação detalhada  sobre a cidade, suas ligações aéreas e outras, lista telefónica, jornais diários, corta- charutos.

 E tudo o mais que o barman entenda necessário, pois não queremos de forma alguma tornar definitivo o que aqui dizemos.

 Gostaríamos de deixar também uma opinião sobre o caminho que está tomando no Brasil a designação dos empregados de bar, pois existe uma diferença entre Barman e Bartender e para explicar melhor essa diferença, preciso mencionar que existem duas escolas da coquetelaria mundial.

A escola Europeia (clássica) e a escola Americana, normalmente chamada de Free style.

O Barman Clássico segue o perfil da escola europeia e tem curso de coquetelaria (contemporânea e clássica), seguindo como base os coquetéis registrados pela IBA (associação internacional de bartenders) e domina com perfeição a arte de elaborar bons coquetéis. Normalmente são encontrados em hotéis, restaurantes, navios e bares renomados e são facilmente identificados pela vestimenta (terno e gravata), além é claro de seu atendimento diferenciado, buscando conhecer melhor o paladar de seu cliente para oferecer o melhor coquetel da casa. E para se tornar um bom Barman, o profissional além de cursos, tem que estar sempre atualizado sobre o que está acontecendo no mundo, (esportes, política, atualidades e etc..) já que uma de suas funções é ouvir e manter um bom nível de conversa com seus clientes. O uso da designação “Barman” é sobretudo British. (according to Oxford and MW dictionaries).

Bartender (Atendente de Bar) - Este profissional segue o perfil da escola americana. Normalmente é jovem, de perfil universitário e trabalha com festas, eventos, bares e casas noturnas. Este profissional, até pela idade e perfil de festas em que trabalha, tem um estilo um pouco mais descontraído e proporciona para o seu cliente um atendimento ágil e sem grande complexidade, com coquetéis mais fáceis ou doses. Pode não usar uniforme mas se usa, este se resume ao avental frontal jeans ou semelhante.

Bartender Free Style ou Performático - Este profissional, além das características mencionadas acima tem como grande diferencial o Entretenimento, ou seja, além de preparar os coquetéis, fazendo o Work Flair ou Flair (malabarismos com garrafas e utensílios de bar) divertindo seus clientes e apresentando um novo conceito de preparar coquetéis, também faz mágicas de balcão, apresentações de Pirofagia (arte com fogo) e Flag (Arte com tecidos).

Mixologista- Está começando a aparecer com muita frquência esta designação para o cargo. Mixologista vs. Bartender: Qual é a diferença?

Na cultura dos coquetéis, o termo “mixologista” refere-se a alguém que estuda a história das bebidas mistas, tem uma rica apreciação dos ingredientes e técnicas utilizadas e cria regularmente bebidas mistas novas e inovadoras.

O problema com a definição de “mixologia” é que a palavra é frequentemente usada de forma intercambiável com “bartending”. Há uma grande sobreposição no conjunto de habilidades necessárias para um grande bartender e um mestre mixologista, mas são papéis distintos. Um bartender geralmente trabalha em um bar fazendo coquetéis clássicos e especialidades da casa, ao mesmo tempo em que interage diretamente com os clientes de maneira semelhante a um servidor de restaurante. Os mixologistas podem trabalhar ocasionalmente como bartenders, mas seu cargo implica que eles façam uma parte significativa de seu trabalho nos bastidores, criando novos coquetéis artesanais e colocando seu toque de assinatura nos favoritos existentes.

Os mixologistas usam uma variedade de coberturas na indústria da hospitalidade. Muitos trabalham para uma diversidade de bares e grupos de restaurantes, enquanto outros possuem seus próprios bares. A maioria dos mixologistas cria receitas originais de coquetéis, e muitos brincam constantemente com receitas de bebidas para criar novas infusões e coquetéis artesanais criativos. Os mixologistas geralmente têm um conjunto completo de ferramentas de “barra padrão” à sua disposição e geralmente incorporam ferramentas não tradicionais para introduzir elementos exclusivos em suas bebidas.

Os melhores mixologistas ficam a par das tendências e inovações em coquetéis que ocorrem em todo o mundo. Se você é novo ma profissão observe os mixologistas e bartenders trabalhando, pois é uma ótima maneira de inspirá-lo a começar criamdo suas próprias tinturas e misturas.

Às vezes, trabalha atrás do bar e muitas vezes, um mixologista servirá como chefe de bar.

 Na maior parte do Mundo, o nome de quem se responsabiliza pelo serviço e orienta um Bar é chamado Barman. No bar, a figura do barman é como a do Maître no Restaurante.

A designação de Bartender, mais usada nos EEUU onde também por vezes se usa barkeep, barkeeper ou barback, significa portanto, Atendente de Bar ou cuidador dos serviços de Bar e é aplicada se quisermos ser corretos, para empregados menos qualificados que fazem o atendimento, tendo transitado dos tempos do Farwest, em que qualquer um podia ficar no Balcão ou nas mesas do Saloon.

É usada também para os que trabalham em serviços externos como banquetes ou Reuniões a céu aberto, ou em salões, com o serviço de bebidas compostas, como os garçons que servem Banquetes, mas nunca para um responsável pelo serviço de um Cocktail Bar. Esse deverá ser sempre, um Barman qualificado.

 Deixamos a Escolha com os profissionais, embora não concordemos com a generalização que está sendo feita com a palavra Bartender, sob influência dos EEUU.

 


 Regras do Barman

O bom barman deve ter sempre em mente que, sendo o responsável por um departamento de grande impacto social, que cria, na maior parte das vezes, senão sempre, a imagem do estabelecimento, os seus modos, gestos e atenções refletem-se nas vendas e estas, determinam a política da gerencia em relação ao futuro.

Sem pretender torná-las em “Decálogo” do barman, vamos enumerar as que julgamos, pertinentes:

1.         Após a bebida servida, o barman deve afastar-se delicadamente da mesa, ou do lugar que o cliente ocupa no balcão. Nunca dar a impressão de escutar conversas. Nunca se intrometer ou tomar parte nelas sem ser convidado.

2.         Cultivar uma boa memória, tanto para rostos como para preferências, sobretudo dos clientes habituais. Cumprimentar com agrado os clientes, quando eles chegam, mas sem familiaridade.

3.         Aceitar sugestões e reclamações com interesse e cortesia. O cliente sabe o que quer e, mesmo que tenha bebido demais, não se esquece da maneira como é tratado. Um bar pode ganhar reputação (ou perdê-la) rapidamente, tanto pelas bebidas como pela qualidade do atendimento.

4.         Nunca se deve dar a um cliente a ideia de que ele é visto com desagrado, porque bebe pouco (ou demais).

5.         Ao atender o telefone do balcão, fazê-lo com calma. Se a ligação é para um cliente, nunca dizer que o mesmo está sem obter a sua aprovação para tal. Em vez disso, dizer: “um momento, vou ver se está”. É o cliente quem deve decidir da resposta a ser dada.

6.         A apresentação da bebida conta muito para o efeito da venda. A maneira como os olhos a vêem é importante. O copo não deve ser cheio até ao bordo e, se a bebida é decorada, essa decoração deve ser feita com arte e bom gosto.

7.         O barman que se preza, deve ser capaz de encher vários copos de bebida, com movimentos certos; na medida exata e sem pingar no balcão. Aconselhamos os principiantes a praticar este ponto, até serem capazes de conseguir o “golpe de pulso” que classifica o barman. Um golpe que é, por si só, uma “medida”.

8.         Cada vez que preparar uma mistura, as garrafas devem voltar ao seu lugar. Poupa-se tempo e tudo estará no seu lugar quando for novamente necessário.

9.         Nunca servir uma bebida a um cliente de uma garrafa quase vazia; estes restos de bebidas podem servir para coquetéis ou, na pior das hipóteses, podem ser passadas para outras garrafas. É desagradável ser servido com restos.

10.      Todos os copos devem ser limpos. Todos os colegas devem ser tratados com cortesia e camaradagem.



quinta-feira, 1 de junho de 2023

BEBIDAS TRADICIONAIS NO MUNDO


A produção para consumo próprio e comércio

No Brasil, a cachaça, um destilado feito de cana de açúcar, é a bebida alcoólica nacional.  É produzida legalmente e particularmente, embora faltem números exatos, pois grande parte da produção é produzida por particulares para consumo próprio, o que não a apresenta como ilícita. Fora das destilarias, no entanto, estima-se que apenas 10% da produção são registados. Os restantes 90% são de cachaça não comercial.

No México, os álcoois tradicionais incluem a tequila o pulque e a aguardiente. Enquanto a tequila e a aguardente podem ser legalmente e ilegalmente produzidas, o pulque (fermentado da planta agave) é um tipo de bebida não comercial mais comumente encontrado em zonas rurais.

Na Zâmbia, os tipos mais populares de bebidas são as cervejas caseiras (cervejas opacas) e kachasu, um espirituoso destilado de sorgo, milho, cerveja azeda, açúcar e fermento.

O Samogon russo, bebida alcoólica com graduação semelhante à vodka, não é produzido comercialmente, sendo normalmente feito em casa.

Embora as Palinkas, aguardentes de frutas húngaras, possam ser produzidas e adquiridas comercialmente, são produzidas em grande parte como produtos não comerciais.

As bebidas tradicionais na Índia incluem o toddy, fermentado de flor de coco e outras palmeiras, urrack, um destilado a partir do fruto do cajueiro e Araca, destilado de trigo ou cascas deste.

Nas regiões mediterrânicas da França, Itália, Espanha, Grécia, Croácia e outros países, a produção doméstica de vinho é uma longa tradição.

Uma das bebidas mais antigas da terra é a chicha, uma bebida derivada do milho e preparada em vários países da América do Sul. Descobertas mostram que a chicha foi consumida há milhares de anos, desde o tempo dos Incas, embora hoje a sua popularidade tenha diminuído consideravelmente e apenas algumas aldeias no Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Costa Rica ainda a preparem e utilizem.  Os tradicionais fabricantes de chicha moem o milho e, em seguida, mastigam-no para hidratá-lo. Depois que a saliva humana divide o amido, as bolas de mistura mastigada são colocadas em cubas de argila grandes, e água quente é adicionada. Depois de vários dias de fermentação, a Chicha está pronta para ser consumida. Com apenas 1 a 3% de álcool, a Chicha deve ser a bebida alcoólica mais fraca conhecida.

Uma bebida popular hoje, no Reino Unido, é a chamada em gíria “carga de profundidade”. Esta bebida poderosa requer uma dose de whisky misturada num pint de Guinness Stout.  A chave para degustar a bebida é consumi-la rapidamente, antes que os ingredientes comecem a coagular.  Se isso acontecer, a “carga de profundidade” ficará cada vez mais difícil de beber.

O Kumis, muito popular entre as pessoas que vivem nas planícies da Ásia Central, é uma bebida fermentada feita a partir de leite de égua. Tal como a Chicha, o Kumis é descrito por Heródoto no século V a.C., o que o torna uma bebida muito antiga.  Para preparar este produto lácteo incomum, o leite de égua é fermentado por horas ou dias, sendo mexido para não coagular. O Kumis é feito hoje em cubas de madeira e, como o leite de égua é escasso, os produtores usam leite de vaca com sacarose adicionada. O Kumis não é uma bebida muito forte, contendo entre 0,7 e 2,5% de álcool.

 DESCRIÇÃO DE ALGUMAS DAS BEBIDAS  TRADICIONAIS NO MUNDO

 Albânia - Boza

O Boza, ou Bosa, é uma aguardente popular, típica da Albânia, Turquia, Bulgária, Macedónia, Montenegro e Kosovo, também consumida em partes da Lituânia, Roménia, Sérvia, Ucrânia e Polónia.

Na Albânia, o Boza é feito de farinha de trigo, farinha de milho, açúcar e água, sendo muito tradicional neste país.

 Bolívia - Cocoroco

Cocoroco é uma bebida alcoólica da Bolívia, notável pelo seu conteúdo extremamente alto em teor de álcool por volume, que chega a 96%. Vendido como "álcool de boca", quase sempre em recipientes de metal, o cocoroco que é feito a partir da cana de açúcar, participa com as folhas coca de um comércio ilegal que ocorre no Altiplano, entre comunidades “aimarás” que habitam no Chile e Bolívia. O cocoroco é ilegal em alguns países vizinhos como o Chile, em razão de que bebidas alcoólicas com mais de 55% de teor de álcool por volume não são permitidas.

 Brasil - Caipirinha

Cocktaill nacional do Brasil, a caipirinha, é uma mistura inebriante de suco de limão e cachaça, aguardente destilada do caldo de cana.

 Caribe - Planter's Punch

(Punch de Rum Caribenho)

Independente da origem, esta bebida de suco frutado tornou-se uma bebida popular do Caribe para servir aos clientes em todo o Mundo. As receitas variam muito, mas todas contêm rum, suco de limão e um adoçante ou outros sucos de frutas. Há versões de que foi criado pela esposa de um proprietário de plantação jamaicano, ou no Hotel Planter’s em St. Louis, Missouri.

 Cáucaso

Numa região das montanhas do Cáucaso é tradicionalmente preparado o kefir, com leite de cabra ou de vaca cru. O leite fresco, adicionado de grãos kefir, é deixado num saco de pele por 24 horas à temperatura ambiente, num processo de fermentação. Durante os períodos frios, o saco de pele é mantido ao sol durante os dias frios, mas ensolarados, ou pendurado perto de uma lareira. Quando o kefir é produzido em maior quantidade, fica armazenado em tonéis de madeira selados com tampas de barro, onde uma fermentação secundária, durante alguns dias, preserva a bebida deixando-a “curada”. Este kefir tem um gosto amargo moderado, textura cremosa e consistente, com teor alcoólico em torno de 5%. O Kefir curado fica guardado por períodos extensos, pois como amadureceu, criou um poderoso antioxidante que preserva a bebida nutritiva, sem necessidade de refrigeração. Porções do líquido são retiradas do barril para consumo imediato. O kefir foi usado durante muito tempo no passado, para reabastecer navios, pelas suas qualidades nutritivas e fácil conservação.

Chile - Pisco

Pisco é uma aguardente chilena com tipo semelhante ao brandy feito com uvas da casta Mascate que é encontrado no Peru. Apesar de o seu nome ser uma homenagem à cidade peruana, ambos os países afirmam o pisco sour como a sua bebida nacional.

 China – Kombucha e Baijiu

Bebida feita a partir da fermentação da planta aquática do mesmo nome, originária do Oriente, muito consumida na China. Para a fermentação é preparado uma infusão, normalmente chá preto ou verde, com uma quantidade generosa de açúcar branco refinado ou açúcar mascavo. Depois de pronto e arrefecido é colocada a Kombucha e inicia-se o processo de fermentação da bebida, que após alguns dias fica pronta a ser consumida.

A Kombucha evoluiu aparentemente de organismos da espécie vegetal, há 2,5 biliões de anos atrás, e há mais de 2000 anos que os habitantes das regiões onde ela se encontra, preparam essa espécie de chá fermentado para beber. Este é um suplemento alimentar probiótico e microbiológico, que ajuda a regenerar a flora intestinal e uma bebida popular que promove a saúde como um remédio popular natural. A Kombucha apresenta-se como uma levedura composta de micro-organismos aglomerados em uma massa de celulose parecida com um crepe, e recebe o nome português de “zoogleia”, embora depois de 2002 passasse a ser denominado “biofilme”.

Quando o “crepe” é colocado numa vasilha contendo a mistura do chá e do açúcar, transforma o líquido numa bebida refrescante levemente borbulhante, doce e ácida, com uma fragrância muito saborosa que fornece diversos ácidos e nutrientes, excelentes para a saúde. A produção da Kombucha baseia-se no açúcar, que se transforma noutras substâncias valiosas formadas na bebida: o ácido glucurónico, ácido glucônico, ácido láctico, vitaminas, aminoácidos, e substâncias antibióticas. O álcool de 0.5% a 1% também é produzido, mas não caracteriza a bebida como alcoólica. Esta, assim como o vinagre resultante da fermentação, possuem as mesmas propriedades em níveis diferentes, mas igualmente saudáveis e energéticas.

Alguns dos ingredientes principais encontrados no chá de Kombucha são: várias enzimas, ácido acético, ácido carbónico, ácido fólico, ácido glucónico, ácido glucurónico, L(+) láctico, ácido de Usnic, aminoácidos (vários), ácidos hidróxidos (vários), vitamina B1 (tiamina), vitamina B2(riboflavina), vitamina B3 (niacina, niacinamida), vitamina B6 (pyridoxina), vitamina B12 (cobalamina, cyanocobalamina), vitamina C (do ácido láctico).

Outros nomes são também dados à Kombucha, de acordo com as várias regiões da China: Kombuchia, chá do cogumelo, Cajnyj Kvas, Cha Gu, Heldenpilz, fungo do milagre, fungo mágico, elixir de vida, chá do gout, chá de Kombucha, fungo russo, cogumelo russo, esponja japonesa, o Tsche divino, vinho mongol, vinho indiano, japonicus fungus, levedura de Pichia, Cembuya Orientalis, Combuchu, Tschambucco, mola de Volga, Mo Gu, cogumelo da longa vida, Teekwass, Kwassan, chá de Kargasok, pseudo lichen, organismo de Kombucha, Olinka, cogumelo japonês, fungo japonês, o fungo do chá, fungo Indo-Japonês do chá, chá Kvas, TeaKwass, chá de Manchurian, scoby, Gerbstoffe, kambucha, chá da saúde, chá da levedura, e cura do chá.

A Kombucha, no entanto, não é um cogumelo, um fungo ou uma alga. Trata-se de uma zoogleia, ou um biofilme, resultado de uma simbiose complexa entre espécimes de bactérias e leveduras.

 Baijiu (em chinês; pinyin, báiji, ou shaojiu) é uma bebida alcoólica destilada chinesa, cujo nome significa literalmente "licor branco", "álcool branco" ou "espírito branco", muitas vezes erroneamente traduzido como "vinho" ou "vinho branco", quando é na verdade uma bebida destilada, geralmente com 80 a 120 proof aproximadamente, ou 40-60% de álcool por volume (apv). Baijiu é uma bebida clara, uma aguardente de sorgo, embora às vezes possam ser utilizados outros grãos. As variedades baijiu produzidas no sul da China são tipicamente feitas de arroz glutinoso, enquanto as do Norte da China são geralmente feitas de sorgo, trigo, cevada, milhete ou, ocasionalmente, outro cereal. A tradução japonesa é  (Paichuu).

Cingapura - Sling Cingapura

O Singapore Sling é uma bebida que foi inventada em Cingapura no início de 1900 e se tornou um cocktail tradicional entre os profissionais. Esta bebida popular consiste de gin, cherry brandy e Benédictine em partes iguais. É batida e servida num copo, cheio até ao gosto individual com club soda.

 Coreia do Sul - Soju  e Makgeolli

Soju é uma bebida destilada feita de arroz, originária da Coréia. A maior parte do soju moderno é atualmente produzida na Coréia do Sul, suplementando ou até mesmo substituindo o arroz por outros alimentos como batata ou batata doce. O seu teor alcoólico varia de 20% a aproximadamente 45%, sendo mais comum ter 20%.

O Soju, que é também consumido no Japão, faz parte das bebidas asiáticas produzidas com água de arroz fermentada. Estas bebidas contêm álcool inferior a 35%, conforme determinado pelos regulamentos do governo local. De acordo com os usos, estas bebidas são consumidas normalmente em momentos de confraternização, e a pessoa não deve servir o seu próprio copo, outros devem fazer isso para ela. Outro protocolo a seguir, é que quando se começa a beber, deve-se consumir até à última gota.

 Makgeolli (ou Makuly (takju) em coreano) também dito makkoli é um vinho de arroz típico da Coreia. É doce, de uma consistência leitosa e de uma cor branca suja. É preparado através da fermentação de uma mistura de arroz cozido e água, possuindo uma taxa de álcool de cerca de 6,5 a 7%.

Originalmente, era uma bebida bastante popular dos camponeses, recebendo o nome de nongju, que significa “licor do camponês”. O Dongdongju é uma bebida muito semelhante ao makgeolli, sendo ambas consumidas frequentemente com crepes coreanos chamados pajeon ou bindaetteok.

O makkoli é também usado em rituais ancestrais coreanos, e comercialmente vendido em pacotes e em garrafas. Por se tratar de uma bebida não filtrada, é normalmente agitado antes de ser consumido, para evitar que os sedimentos se depositem no fundo e deixem um líquido pálido e amarelo na parte de cima.

Cuba - Mojitos

Com rum cubano, limão e hortelã, o mojito é a resposta Cubana para o julep de hortelã dos Estados Unidos, perfeito para um dia quente de Verão. Os Mojitos existem desde meados de 1800 e foram, supostamente, uma das bebidas favoritas de Hemingway. De acordo com uma citação atribuída a ele, os do bar "La Bodeguita", em Havana, eram os melhores.

Equador - Cuáker

O Cuáker (bebida de farinha de aveia) é popular e saudável para crianças no Equador. O seu nome é a versão em espanhol do nome da empresa mais famosa pela venda de aveia, ou farinha de aveia. Bebidas com base na aveia são populares em toda a América Central e do Sul.

 

Espanha - Sangria

A sangria é o acompanhamento clássico espanhol para as refeições de Verão. Não é necessário usar um vinho caro, mas sempre se deve tentar usar algo espanhol. Um tempranillo funciona muito bem e os tempranillos do Douro são muito bons.

 Estados Unidos - Egg-nog, Mint-Julep e Sweet Tea, Eggs Cream

Egg-nog é uma Gemada à Americana.  Embora descendente do inverno europeu, esta bebida restauradora, ou "noggins", é uma invenção americana que apareceu no final do século XVIII. Ao longo dos anos, esta bebida rica e cremosa, adicionada de rum, tornou-se uma tradição americana no Natal.

O Mint Julep ou julep de hortelã é uma bebida favorita de longa data, em grande parte do Sul dos Estados Unidos. Tradicionalmente servido em copos prateados ou de estanho, esta mistura levemente doce, mentolada, e embriagante, é perfeita para uma noite do Sul, quente e húmida. Em New Orleans, esta bebida é tradicionalmente feita com hortelã, bourbon, açúcar e água, mas os métodos de preparação do Mint Julep podem variar consideravelmente de um local para outro. O julep de hortelã é a bebida tradicional do famoso Derby do Kentucky na Primavera.

Sweet Tea  (American Southern-Soul summer tea drink)

Chá doce, a bebida de chá do verão americano no Southern Soul, é basicamente um chá gelado regular, mas com muito açúcar e, muitas vezes, um pouco de limão espremido. Esta bebida fácil e barata é muito popular no sul dos Estados Unidos durante os meses de Verão, quentes e húmidos. Quando se pede um chá no Sul dos E.U.A., as pessoas muitas vezes pensam que se quer dizer chá doce.

Eggs Cream - New York

New York é provavelmente um dos lugares mais populares do mundo e uma das suas bebidas clássicas é chamada “creme de ovos”. É uma bebida composta de xarope de chocolate, leite e seltzer (soda). Esta bebida clássica começou a ser usada, provavelmente a partir do século XIX no Brooklyn. Interessante, porém, é que não contém ovos nem creme.

 Etiópia - Tej (vinho de mel etíope) Telba (bebida etíope de linhaça)

Tej, ou tejj, é um vinho doce etíope semelhante ao mead, feito de mel fermentado e um tipo especial de lúpulo chamado gesho. É tradicionalmente servido de um recipiente comprido chamado berele.

A Telba é uma bebida refrescante, cremosa e saudável, mas deve ser bebida com cuidado, pois é também um laxante suave.

 Filipinas – Lambanog

Os Filipinos são conhecidos pela sua vinificação nativa, e um dos vinhos nativos mais populares do país é o Lambanog. É destilado da água de coco e comumente descrito como coconut wine, vinho de coco, ou coconut vodka, vodka de coco.

 Grécia - Frappé

Café gelado à grega, o frappé (Φραπέ) é a bebida de verão favorita na Grécia. Durante o tempo quente, nos salões atenienses e nos cafés das ruas, os gregos lentamente sorvem um frappé e assistem à passagem dos transeuntes.

 Índia - Lassi e Masala Chai

Iogurte é uma das bebidas mais saudáveis do mundo. O Lassi é uma bebida popular e tradicional, originalmente usada na parte norte da Índia, feita pela mistura de iogurte com água, sal, pimenta, gelo e especiarias indianas. É por vezes também, aromatizado com cominho torrado. O Lassi Sweet é temperado com açúcar em vez de especiarias. Recentemente, lassis de frutas adoçados tornaram-se muito populares como bebida, na Índia e em todo o mundo.

O masala chai indiano, conhecido simplesmente como chai no mundo anglófono, deve ser picante, leitoso e forte. Não há nenhuma receita especial para o masala chai. As especiarias são ajustadas a cada gosto. Faz-se com qualquer chá preto, mas o Darjeeling ou o Assam são os melhores. Os vendedores de chá na Índia são conhecidos como chai wallahs.

 Irlanda - O Mead o Poitin e o Alcopops

Saído de moda desde os ataques Vikings na antiguidade, o mead teve um retorno de consumo nos últimos anos, como uma bebida alternativa entre as cervejas e os destilados. Combinando a doçura do mel com a mordida do álcool, os meads são popularmente bebidos depois do jantar. O total de variedades é quase desconhecido; alguns meads são semelhantes ao vinho ou à cerveja, outros são meio-aguardentes. 

Poitin

O Poitin é a mais irlandesa das bebidas e pode ser descrito como um destilado “do que estiver à mão”. Especificamente, a palavra refere-se a um espirituoso forte (como as aguardentes alemãs). Produzido durante séculos em alambiques “moonshine” por todo o país, o potin (ou pote) pode hoje ser comprado legalmente e sem os riscos para a saúde associados à maioria dos “sem licenças”. 

Para apresentá-lo sem rodeios, podemos dizer que poitín é uma forte bebida alcoólica irlandesa. A bebida propriamente dita é secular, como são, aliás, os hábitos em torno dela, que tem sido referida como moonshine ou “líquido benigno”.  Uma lei do Governo britânico em 1661 prejudicou todas as empresas irlandesas de alambiques, mas facilitou a vida dos pequenos produtores, dos quais era difícil cobrar o imposto. Os “fazedores” de Poitín floresceram por isso nas áreas mais remotas do país, e esta foi a primeira instância oficialmente registada de poitín, embora outra bebida alcoólica, chamada Uisce Beatha já fosse produzida na Irlanda quando os normandos a invadiram e adoptaram a bebida, corrompendo eventualmente o nome dela, de uisce para whisky. Em 1662, o produto da “pequena panela” o poitín, foi proibido, mas uma mistura alcoólica que variou de paróquia para paróquia e geralmente era de cerca de 40% ABV manteve-se em tempos difíceis, e os pântanos de Connemara, e as colinas de Donegal, foram inundadas com alambiques secretos. Só em 1997 o Revenue Commissioners irlandês retirou a sua oposição à venda do poitín na República da Irlanda, apesar de juridicamente a produção para exportação já haver sido permitida desde 1989.

O Mix Poitín é feito de cevada maltada. Ele é moído em farinha grossa e, em seguida, feito puré num líquido açucarado chamado wort. Fermento é adicionado para iniciar um processo de fermentação de dois dias. Resulta disto uma cerveja de malte, que é aquecida num processo de destilação para separar o álcool da água e gases. É destilado novamente, e o líquido resultante com cerca de 80% ABV, é um whisky de malte imaturo ou poitín.  Em alguns momentos no século XIX, ele foi feito de batata fermentada, e alguns poitín foram feitos de uma mistura de maçãs, de caranguejo e de cevada. Qualquer que seja a mistura, porém, ele foi e ainda é, uma das bebidas mais alcoólicas do mundo.

Um centro de produção do Poitín é na área de Connemara Sul, mas em lugares como Carna e Kilkieran, no Gaeltacht de língua irlandesa, podem-se encontrar alguns copos do benigno líquido, numa floresta obscura ou atrás de um balcão de pub. Outro dos últimos redutos é no Condado de Cork, ao norte. 

O Alcopops é a ruína da sociedade irlandesa e imensamente popular entre o público jovem. Basicamente, é uma mistura de água, açúcar, suco e álcool forte. Disponível em várias cores de acordo com o suco usado é garantido para apressar a intoxicação, pois o teor de álcool é sempre bastante elevado. Garante uma dor de cabeça na manhã seguinte, pelo que deve ser evitado a menos que se queira beber à irlandesa muito "na moda".

 Inglaterra - Mulled Wine

 O “vinho com especiarias” inglês conhecido como Mulled wine, é usado na Inglaterra, mas também é popular em toda a Europa do Norte no período do Natal. Na França, esta bebida de aquecimento de Inverno é conhecida como vin chaud, e na Itália como vin brûlé. Os alemães bebem Glühwein. O nome sueco para ele é glögg.

 Islândia – Brennivín

Licor escandinavo, feito de batatas macias e sementes de plantas fermentadas. Esta bebida acompanha geralmente os dois deliciosos pratos de antiga tradição  “carne de tubarão apodrecida”  (uma carne de tubarão decomposta, e em seguida, posta ao sol para secar e eliminar possíveis bactérias) e Hákarl (carne de tubarão fermentada). Os que puderem saborear esta bebida sem náuseas, serão mais fortes do que a maioria das pessoas da Islândia. Por mim, nunca provei.

 Itália – Bellini, e Limoncello

Este cocktail refrescante (de pêssego e espumante) foi primeiro servido no Bar Harry em Veneza, na Itália, em algum momento na década de 1930 ou 40, em homenagem ao artista renascentista Giovanni Bellini. É uma bebida colorida, tradicionalmente feita com pêssegos brancos, mas pêssegos regulares servem. Os Bellinis são a bebida perfeita para brunches ou outras celebrações.

O Limoncello é um licor italiano com sabor de limão, muito popular depois do jantar no Sul da Itália. É classicamente feito com limões da ilha de Capri, mas as famílias ao longo de toda a Costa Amalfitana fazem as suas próprias bebidas com limões de jardins e de quintal.

 Jamaica - Ginger Beer e Sorrel Punch (bebida de flor de hibisco)

A cerveja de gengibre é uma bebida muito popular na Jamaica e vai bem com frango picante ou carne de porco. Às vezes aparece fermentada, mas a versão mais simples, não alcoólica, é a mais usada. É feita pela infusão de gengibre.

O suco da flor de hibisco é uma bebida tradicional de Natal no Caribe. As flores de hibisco, conhecidas como sorrel na Jamaica, podem ser encontradas secas na maioria dos mercados do Caribe ou América Latina. Em latim, os mercados de flores de hibisco são conhecidos como jamaica, e esta é a bebida. Na África Ocidental, estas flores são conhecidas como roselle ou bissap e na Nigéria, esta bebida é chamada zobo. Não deve ser confundido com hibisco verde, de sabor mais acidulado.

 Japão – Sochu, Otoso e Saqué

Shochu (em japonês, Shōchū) é uma bebida destilada típica do Japão. Costuma ser destilada a partir da cevada, batata doce ou arroz, e tem uma graduação alcoólica de cerca de 25% (menos que o whisky ou a vodka, porém mais que o vinho e o saqué). Alguns shochus, que são destilados múltiplas vezes durante o processo, e costumam ser usados em misturas com outras bebidas, podem chegar a 35%.

Embora Kyushu seja tradicionalmente considerada a terra natal do shochu, ele é produzido em todo o país. A origem exata do shochu é incerta. Originalmente, bebidas alcoólicas tão fortes quanto o shochu eram chamadas araki, arak ou rambiki (alambique) no Japão; arak é um termo genérico usado para descrever diversos tipos de bebidas alcoólicas destiladas em todo o Oriente Médio, e no Oriente em geral. O termo, juntamente com as bebidas que ele designava, ter-se-ia originado na Pérsia, de onde se espalhou para a Europa, a oeste, e para a Índia, a leste, de onde passou para a Tailândia e chegou a Okinawa. Por volta da metade do século XVI, a técnica de fabricação do arak chegou a Kagoshima, onde teria nascido o shochu. A bebida destilada de Okinawa é conhecida como awamori.

Pelo que pode ser determinado nos registos históricos japoneses, o shochu parece ter sido fabricado desde o século XVI pelo menos. O missionário cristão São Francisco Xavier visitou a prefeitura de Kagoshima em 1549, e registou que "os japoneses bebem arak feito de arroz [...] porém não vi um único bêbado. Isto ocorre, porque uma vez que estejam ébrios eles imediatamente se deitam e dormem."

Um Grafite sobre o shochu, numa placa de madeira no telhado no santuário Kōriyama Hachiman, que tem uma forma mais legível do japonês moderno mostrada à direita, foi assinado por dois carpinteiros, e data de 11 de agosto do 2º ano do período Eiroku (1559), ele diz: "O sumo sacerdote é tão sovina que nunca nos deu shochu para beber. Que maçada!"

A partir desta época e ao longo do período Edo, o shochu passou a ser produzido por todo o país no tradicional método kasutori, com apenas uma etapa de destilação. No período Meiji o equipamento que possibilitava destilações sucessivas foi importando do Reino Unido, permitindo a produção em massa de um shochu com alto teor de pureza a preços acessíveis, num período em que havia uma falta crônica de arroz no mercado. O shochu feito da maneira tradicional ficou conhecido como o "shochu no estilo antigo", e o que era produzido com as novas máquinas tornou-se o "shochu no estilo novo".

Os Okinawanos gostam de beber sochu awamori, feito de arroz, e fermentado com um fermento escuro que faz com que a poção ferva literalmente, sendo os vapores condensados num álcool muito forte que é regado durante a fermentação para baixar o teor alcoólico até entre 25 e 48% de álcool. Todo o processo, desde preparar o arroz até estar pronto para beber, leva 16 dias.  O awamori tem sido tradicionalmente feito com arroz no Sudeste da Ásia. Alguns são consumidos frescos, outros, semanas ou meses depois da fabricação, muitos, com idade até 30 anos para remover a “mordida afiada”. Os awamori com três anos são chamados kusu. Os fabricantes de awamori estão fazendo a bebida com arroz tailandês esmagado que é envelhecida por 10 anos. Diz-se que quanto mais tempo o awamori fica armazenado mais rico é o gosto. 

 Otoso é a bebida do japonês tradicional durante a celebração do ano novo. Todos os anos, por três dias a partir de um de Janeiro, os japoneses bebem Otoso, uma bebida que se compõe de vinho de arroz japonês temperado, como parte da sua celebração do ano novo. Mas a maioria dos japoneses desconhece a raiz da palavra Otoso que significa literalmente, "algo que foi abatido e ressuscitado”. Isso pode representar que este nome, bem como as celebrações, têm raízes cristãs, e algo a ver com a morte e ressurreição de Jesus Cristo!

Saquê ou saqué (em japonês: nihonshu,日本酒, ou seishu清酒) é uma bebida alcoólica fermentada tradicional do Japão, produzida a partir de 3 ingredientes principais arroz (), água () e kōji (). O ponto importante para ser considerado saquê é que somente o arroz é fermentado no processo; nenhum outro grão ou açúcar participa da fermentação. A primeira produção de saquê de que se tem registro é datada no século III e ocorreu em Nara, antiga capital japonesa. Diversas regiões do país o produzem, mas a região que leva a fama de fabricar o melhor saquê é o distrito de Fushimi, em Kyoto. Atualmente, existem em torno de 1.200 fabricantes de saquê no Japão. E no Brasil existe a segunda fábrica mais antiga do mundo fora do Japão, a Azuma Kirin, que foi fundada em 1934, com o nome Tozan.

 México - Agua Fresca, Atole, Horchata, Michelada, e os tradicionais cafés

Aguas frescas são bebidas de fruta fresca, muito populares em todo o México. Estas bebidas refrescantes são normalmente servidas em recipientes de vidro com a forma de barril. Algumas das variedades mais tradicionais são melancia, melão e morango.

Atole ou Papa de milho quente, é uma antiga bebida mexicana com origem nos tempos pré-colombianos. Bebidas quentes semelhantes, engrossadas com farinha de milho, são encontradas em toda a América Central e são especialmente populares ao café da manhã. O Atole mexicano é tradicional nas celebrações do “dia de los muertos”, e a sua versão com chocolate, atole champurrado, é popular no Natal. A consistência do atole varia consoante o lugar, e vai desde as papas finas até uma bebida líquida para servir em copos.

A Horchata de Arroz é uma bebida doce, branca e leitosa, que foi introduzida na Espanha pelos mouros. A versão original espanhola é feita com nozes e é especialmente popular em Valência. Na América Latina, onde a noz não é comumente disponível, o arroz pulverizado é usado. No México, horchata é uma das mais comuns “aguas frescas”, e é retirada de frascos de vidro grandes, mantidos no gelo.

Michelada é uma cerveja picante mexicana usada para cocktail. Cervezas preparadas, ou "preparado de cervezas," são populares em todo o México. O que se coloca numa michelada varia por região, mas a versão mais simples usa o suco de limão e um molho picante para dar uma “relevada” na cerveja. Uma michelada com uma tigela quente de pozole é a cura perfeita para a ressaca. Às vezes chamada uma chelada, o nome é a gíria mexicana para "minha gelada”.

As bebidas mexicanas tradicionais mais esquecidas são os inúmeros cafés que o México tem. Há café de olla, café de chaleira, feito com sementes de anis, canela e piloncillo. O que ali se chama café Mexicano é uma bebida super forte temperada com tequila, mas o verdadeiro café mexicano, feito com chocolate e canela, é uma bebida asteca mais tradicional.

Sotol é uma bebida destilada feita da Dasylirion wheeleri (mais conhecida como “colher do deserto” ou, em espanhol, sotol), uma planta que cresce bravia no Norte do México, Novo México, West Texas e no Texas Hill Country. Ela é conhecida como a bebida do Estado de Chihuahua, Durango e Coahuila, e existem alguns exemplos comerciais disponíveis. É produzida de maneira semelhante aos mezcals artesanais, comuns no México central. Os habitantes locais, os índios Chihuahua, já preparavam com o suco do sotol fermentado, uma bebida alcoólica tipo cerveja, há 800 anos atrás. No século XVI, os colonizadores espanhóis introduziram técnicas de destilação europeias para produzir um espirituoso a que chamaram Sotol, que agora está começando a alcançar o reconhecimento internacional, acompanhando os seus primos, mezcal e tequila. A “colher do deserto” leva aproximadamente 15 anos para amadurecer e produz apenas uma garrafa de Sotol por planta, a cada florescência. Normalmente, ela cresce nas encostas rochosas dos prados no deserto Chihuahua entre 3.000 e 6.500 metros acima do nível do mar. Ao contrário do Agave, que floresce apenas uma vez na sua vida, os Sotols produzem um caule de flor a cada poucos anos. Uma vez que este amadurece, é colhido e tratado de forma semelhante às plantas do agave ao se fazer o Mezcal ou a Tequila. As folhas exteriores são removidas para revelar o núcleo central, que é levado para a destilaria, onde é cozido e recozido no vapor, moído, fermentado e destilado.

O mezcal e a tequilla são primos muito próximos, entretanto, o mezcal é produzido com um agave sem muitos aditivos químicos. A tequilla, em contrapartida, recebe carboidratos. Inclusive, mesmo que ambos utilizem a mesma planta, a espécie de cada uma delas é diferente.

Para a tequilla, é utilizado o agave azul, que possui um sabor e um aroma mais contido. O mezcal é feito a partir da Angustifolia Haw, um agave muito mais adocicado, o que o torna muito mais aromático. Muitas pessoas dizem que a diferença entre tequilla e mezcal é, simplesmente, que a tequila é um mezcal produzido com agave azul. De qualquer forma, ela é produzida em abundância em:

  • Mochiacán;
  • Guanajuato;
  • Nayarit;
  • Tamaulipas;
  • Jalisco.

Em Jalisco, inclusive, está localizada uma cidade chamada tequilla.

Em contrapartida, o mezcal tem sua produção difundida em, aproximadamente, nove regiões diferentes dentro do México. As quais são:

Em todas essas cidades, a produção de mezcal é extremamente abundante, beirando mais de 85% em produção.

 Nicarágua - Macuá e Pinolillo

O Macuá é a bebida nacional da Nicarágua, país da América Central, e considerada uma bebida para degustação. É um coquetel feito com sucos de frutas e rum branco, suco de limão e goiaba. O nome desta bebida popular vem de uma ave tropical nativa da Nicarágua.

O Pinolillo, também conhecido como pinol, é uma bebida de farinha de milho e cacau muito popular na Nicarágua. Tão popular de facto, que os nicaraguenses se referem muitas vezes a si próprios como pinoleros.

 

Nigéria

As bebidas a serem aqui consideradas incluem: vinho, zobo de Palma (refrigerante vermelho), um chá de flores secas roselle, também usado na Jamaica com o nome de sorrel punch, o kunun, ou kai kai (também chamado de ogogoro).

 

Peru – Pisco

Pisco é uma aguardente tipo brandy feita de uvas da casta Mascate, cujo nome é uma homenagem à cidade peruana que o originou, mas que também é encontrada no Chile, razão porque ambos os países afirmam o pisco sour como sua bebida nacional.

Polónia - Nalewka

Nalewka, ou nalɛfka é uma bebida alcoólica tradicional polaca, geralmente com 40 a 45% ABV (embora algumas possam chegar a75%), feita por maceração de vários ingredientes em álcool, geralmente vodka ou aguardente, cujo nome está sendo registado como bebida reconhecida da União Europeia. Ao contrário de outros licores comuns, os nalewkas são geralmente envelhecidos. O nome está a ser usado enganosamente para uma variedade de cocktails alcoólicos vendidos na Polónia, geralmente de baixa qualidade e baixo teor de álcool (não superior a 18%) pois pode ser confundido com o seu falso cognato do Leste Europeu, a nalivka ucraniana, muito popular na Rússia desde o século XIX, mas muito mais fraco (geralmente contendo no máximo 18 a 20% de álcool), não envelhecido, e contendo ácido cítrico como um dos principais ingredientes, enquanto os utilizados pelos Nalewka, são normalmente frutas, o anis (anyżówka); damascos (morelówka); groselhas (porzeczkówka); cerejas (wiśniówka); espinheiro comum (głogówka); cornus alba , pequeno arbusto da Sibéria (dereniówka); gengibre (imbirówka); Nozes verdes persas (orzechówka); Bagas de zimbro (jałowcówka) e absinto (piołunówka), ervas, especiarias, açúcar ou melaço.  

 Porto Rico - Coquito e Piña Colada

O coquito, preparado com rum e coco é uma bebida popular de Natal em Porto Rico. Tem semelhanças com um egg-nog, mas o uso de creme de coco ou de leite de coco dá-lhe um sabor original. Uma versão com ovos, conhecida como ponche crema, é dos favoritos na região, sobretudo Venezuela.

 Portugal – Água-pé

O água-pé é uma bebida tradicional em Portugal, e muitos dos pequenos produtores da província, que fazem vinho apenas para o seu consumo, têm por vezes mais preocupação com o “seu” água-pé, do que com o vinho propriamente. Esta bebida que corresponde a um vinho de baixa graduação alcoólica é obtida através de adição ao engaço de mais água, para uma segunda fermentação. A quantidade dessa água, é que define a qualidade do água-pé que muitas vezes é o orgulho dos pequenos produtores. 

Do Vinho do Porto falamos em Postagem especial.

 Roménia - Ţuică

Tendo ˈt͡sujkə como pronúncia romena, e sendo por vezes grafada tuica, tzuika, tsuika, tsuica ou tzuica esta bebida é uma aguardente tradicional romena que contém 45% a 60% de álcool por volume, (geralmente 52%). Normalmente é feita de frutas, e ţuică é o nome oficial para a bebida, quando preparada somente com ameixas. Bebidas idênticas, produzidas a partir de outras frutas ou de cereais, são chamadas rachiu ou rachie. O termo palincă para uma ţuică forte, não é aceite na nomenclatura oficial publicada pela ASRO. Tradicionalmente, a ţuică é preparada a partir do início de Outubro até ao início de Dezembro, e o processo deve estar concluído antes do Natal. Se utilizar ameixas, estas devem ficar em fermentação (macerare) por 6 a 8 semanas, em grandes barris (butoaie ou căldări). De acordo com a tradição e as normas romenas, a destilação deve ser feita em alambiques de cobre (cazan), usando um fogo tradicional que pode ser de lenha ou de carvão. A destilação pode ser feita num local construído com essa finalidade (como praticado principalmente na Olténia e Valáquia) ou ao ar livre, geralmente numa colina (como na Transilvânia).

Desse processo, resulta uma ţuică muito forte, e a primeira a sair com cerca de 55 a 60% de álcool por volume, é mais forte que a palinka sendo chamada făţată ou întoarsă dependendo da região. Após a destilação, a ţuică pode ser consumida imediatamente como "ţuică nova" ţuică proaspătă, ou deixada em barris de carvalho para envelhecimento por períodos que variam entre seis meses e dez anos, com o resultado de um amarelo perolado e um forte aroma, conhecido como "ţuică velho", ţuică bătrână, Uma variedade famosa é o ţuica fruct cu, uma garrafa de vidro de ţuică contendo um fruto inteiro (geralmente uma maçã ou uma pêra obtida pelo enforcamento de garrafas vazias em árvores, na primavera ou início do verão, e deixando a fruta crescer dentro da garrafa). Na maior parte da Roménia rural, ţuică é a bebida usual para fazer um brinde, em vez de vinho, que quase sempre é consumido no final das reuniões.

Rússia - Kvas

(bebida russa de centeio fermentado), o Kvas (квас) é uma bebida antiga e amada na Europa eslava. Embora seja basicamente uma cerveja de pouco-álcool, é apreciado como um refrigerante, até mesmo por crianças pequenas. Versões industrializadas já estão disponíveis há algum tempo, e muitos até são bem bons. Mas o hábito leva a que o “caseiro” sempre será o melhor. Muitas vezes é também escrito como "Kvass".

 Salvador - Atoles, e Atol de Elote

Os atoles são bebidas de milho muito populares em El Salvador com raízes na cozinha maia. Eles são um tipo de bebida espessa, tomada geralmente com uma colher. O Atol de Elote é baseado no milho fresco (elote) e tem um sabor muito agradável. Para melhor efeito final, pode ser servido em uma tigela feita de uma cabaça seca.

 Taiwan - Bubble Tea

O “chá de bolha” ou Bubble Tea de Taiwan é uma bebida popular que se originou na década de 1980 e se espalhou por outros países do Sudeste Asiático, nas regiões leste e Sudeste. Logo se tornou popular também no Canadá, EUA, Peru, Austrália, Nova Zelândia e Bélgica. Esta bebida de chá é famosa por conter bolas de tapioca (uma mistura de tapioca e carrageenan[1] em pó). É muitas vezes aromatizado com frutos ou ervas, como morangos e menta. 

 Venezuela – Piña Colada

A Piña Colada bebida de abacaxi e coco cujo nome significa simplesmente "abacaxi preso" foi inventada na década de 1950 ou de 1960 em San Juan, de Porto Rico, por Ramon Marrero no Caribe Hilton ou por Don Ramon Portas Mingat no Barranchina Bar, dependendo de em quem você acredita. Ambos merecem aplauso, pois a bebida é deliciosa.

Ela tornou-se popular na Venezuela.

 Vietnã - Sinh To Bo

O abacate vietnamita, macio, rico e cremoso, é a base dos batidos (shakes) doces favoritos dos vietnamitas como sobremesa ou lanche ao meio da tarde. O abacate, conhecido como "fruto de manteiga" no Vietnã, é usado como um ingrediente de sobremesa em todo o Sudeste da Ásia, e uma versão Indonésia de bebida batida, esapokat, com abacate, adiciona o xarope de café ou chocolate. Os brasileiros usam muito também o creme de abacate.


 [1] A Carragenina vem de algas ou de musgos alginosos, e pode ser usada como um agente espessante em vez de produtos animais como a gelatina, que é extraída a partir de ossos e peles de animais. Geralmente é derivada de uma alga vermelha, às vezes chamada “musgo irlandês”. Carragenina é um ingrediente comum em muitos alimentos e produtos lácteos, como iogurte ou chocolate de leite.

Pode-se fazer a carragenina própria, fervendo musgo irlandês em fogo baixo, por cerca de 20 a 30 minutos. Quando a mistura arrefece e o musgo é removido, fica-se com uma substância gel. Para muitas receitas que necessitam de um agente espessante, os vegetarianos utilizam carragenina em vez de produtos como gelatina, por esta ser 100% vegetal. 

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