segunda-feira, 14 de março de 2022

 



O Restaurante

Pressupostos para a montagem de um empreendimento

 

ESTUDO DE VIABILIDADE

Chama-se estudo de viabilidade todo o processo que antecede à tomada de decisão para pôr em marcha um empreendimento.

O primeiro acto de um estudo de viabilidade é a avaliação do mercado.

Com essa finalidade, efectua-se um estudo de mercado na área onde se pretende implantar o empreendimento, trabalho que se aconselha que seja feito por uma empresa especializada. Existem escritóros preparados para este trabalho, que já possuem nos seus arquivos muita da informação pertinente, ou têm os contactos necessários para obter a que faltar, bem como os acessos às entidades oficiais que normalmente intervêm no processo.

Os passos, ou procedimentos iniciais serão mais simples ou mais elaborados, conforme o tipo de estabelecimento que se pretende montar e o valor que se pretende investir.

Em qualquer dos casos, e porque é sempre bom ter uma noção daquilo que nos propomos fazer, vamos analisar, de forma sucinta, os elementos que basicamente devem ser considerados, para um estudo de mercado.

(No nosso caso, um restaurante ou bar, mas que podem ser aplicados a outro tipo de empreendimento).

 CARACTERIZAÇÃO DA ZONA E LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

 

Localização

-  Tipo de área ou local (conhecido, desconhecido ou pouco conhecido).

-  Acessos (trânsito fácil, ou difícil, estacionamento).

-  Saneamento Básico.

-  Abastecimentos.

-  Planos regionais ou governamentais para a área.

-  Pólos de interesse nas vizinhanças.

-  Outros de interesse a analisar.

 

Tipo da eventual clientela

-  Turistas.

-  Homens de negócios .

-  Famílias

-  Outros.

-  Quais os factores que determinam a análise final dos itens anteriores.

 

Análise da oferta existente

-  Número e características dos estabelecimentos Similares existentes.

-  Apreciação do tipo e qualidade dos serviços prestados.

-  Quais os preços praticados.

-  Qual a promoção e publicidade que têm feito.

-  Receitas aproximadas (média por cliente).

-  Qual a rentabilidade verificada.

-  Problemas verificados na exploração (pessoal, abastecimentos, outros).

 

Perspectivas de evolução da oferta e da procura

-  Factores que tenham condicionado a procura.

-  Evolução previsível.

-  Identificação de outros projectos para a área (novos ou de expansão dos existentes).

-  Quais os projectos ou decisões que podem influir nessa evolução.

-  Quais os segmentos de mercado ainda não trabalhados.

 

Conclusões finais, a partir das pesquisas anteriores, com uma idéia do tipo de estabelecimento mais aconselhável para o local.

Se o estudo de mercado determinar que o projeto é viável, o passo seguinte será o estudo da viabilidade, em si próprio. Ele vai estimar o investimento necessário e avaliar a sua rentabilidade. Quer se tenha de construir o edifício desde as fundações, quer se tenha de adaptar um imóvel alugado, os cuidados devem ser os mesmos antes de partir para um investimento, pois é sempre uma decisão de certo risco. 

Ainda que se trate apenas de adquirir um estabelecimento já em funcionamento, todos os pontos devem ser analisados: neste caso, até a análise da contabilidade dos últimos anos deve ser incluída no estudo prévio, de que atrás falámos.

Como todo este trabalho custa dinheiro, devemos a esta altura, ter já idéia se vale a pena ou não avançar com o projecto. Se no nosso espírito, surgirem dúvidas, podemos fazer uma avaliação, ainda que empírica, dos prováveis custos e receitas, visto que o resultado deste binómio é que vai,  no futuro, pagar os encargos contraídos.

Uma avaliação, ainda que superficial, do custo da obra, pode também ajudar neste momento: projecto de arquitetura ou decoração (ou ambos).

 

·      Equipamentos,

·      Móveis,

·      Utensílios, etc.

 

Se o resultado for positivo, a fase seguinte é: estudo da viabilidade final.

 

Descrição do Estabelecimento

 -  Áreas de cozinhas, salas, copas, vestiários, etc.

-  Equipamento a utilizar.

-  Pessoal.

-  Mobiliário e decorações finais.

Estudo do mercado (que já vimos atrás)

 

Tipo de organização e forma de gestão

 -  Quanto ao pessoal

-  Tipo de gestão (pelo próprio; próprio com um gerente ou director; próprio com assessoria externa; exploração por terceiros; gestão associada com terceiros, etc.; em qualquer dos casos, devem ser previstos os custos e os resultados do tipo escolhido).

 

Investimento

(descriminação por tipo de despesas)

 -  Preparação do terreno e construção (ou obras de adaptação se já estiver construído).

- Instalações eléctricas ou mecânicas (rede eléctrica, água, gás, telefones, ar condicionado).

-  Mobiliário e decoração.

- Equipamentos (cozinha, copas, refrigeração, etc.) não esquecendo o equipamento de  escritório.

-  Custos do projecto e da fiscalização da obra.

-  Despesas de pré-inauguração (pessoal pré-contratado, campanhas de promoção, despesas de primeiro estabelecimento).

-  Capital circulante.

-  Juros e encargos bancários (se houver financiamentos).

Cálculo de rentabilidade

Neste parágrafo, serão incluídas todas as análises previamente feitas sobre previsões de custos e de vendas, mas agora com mais apuro e cuidado.

Devem ser estabelecidas as contas provisionais de exploração, pelo que será de todo o interesse poder contar já com o plano de contas que vai ser utilizado na exploração.

 - Previsão de receitas por sector (comidas/bebidas/outros) tendo em conta a sazonalidade se houver

- Salários e encargos sociais (por secções)

- Indicadores para o cálculo de custos sobre a receita, tendo em conta o que dissemos acima, em “Previsão de receitas”

- Consumos Previsíveis, de água e energia; seguros; taxas de amortização; contribuições e impostos; comissões sobre as vendas; despesas de promoção e publicidade (normalmente atribui-se uma % sobre as vendas).

 CONTAS PREVISIONAIS DE EXPLORAÇÃO

Partindo do material indicado no item anterior, obtém-se um mapa ou balancete final que é de grande auxilio para a análise do cálculo da rentabilidade do empre- endimento e, também, do fluxo de caixa (cash-flow), bem como dos fundos líquidos gerados pelo negócio no futuro.

As contas de exploração são apresentadas globalmente; no entanto, é aconselhável que, para efeitos de gestão, se faça o que chamamos de “contabilidade analítica”, ou seja, análise por secções, das receitas e despesas, com detalhe dos vários itens de consumo. Este tipo de análise facilita a detecção de gastos excessivos ou de desperdícios e ajuda, também, quando for necessário elaborar novos preços.

 Uma conta de exploração engloba:

+ receitas (alimentação + bebidas + outras).

- despesas variáveis (mercadoria, água, energia, salários).

-  despesas fixas (seguros, encargos financeiros, amortizações e aluguer).

= lucro de gestão.

- impostos.

= lucro final da exploração (ou líquido de impostos)

 Análise de Sensibilidade

 Chama-se “sensibilidade” às reações do negócio perante as dificuldades que se vão apresentando e que originam diferenças de rentabilidade do empreendimento em relação às bases de cálculo dos lucros e custos iniciais. Um empreendimento é tanto mais sensível, quanto menos consegue reagir positivamente para enfrentar essas dificuldades. Os pontos a ter em conta são: as variações de clientela que podem ser devidas a múltiplos factores e influem sempre na receita. As variações de custo que podem ser causadas por aumento de preço dos produtos ou má compra. Por exemplo: legumes, no Inverno, frutos, no Verão, falta de pesquisa de mercado, etc. Os custos fixos que são exagerados em relação ao movimento total do negócio.[1]

O restaurante é um negócio de economia muito sensível que requer atenção aos mínimos detalhes para bons resultados da exploração.

ORÇAMENTO DE TESOURARIA

Plano Financeiro

 Um orçamento de tesouraria elabora-se através das previsões de receitas, tendo em conta, também, os pagamentos previsíveis; estes devem ser escalonados de forma a não coincidirem, evitando complicações por falta de um fluxo de caixa correspondente. Assim, aos fornecedores, devem ser marcadas datas para as quais não estejam previstos pagamentos de impostos ou salários e vice-versa, de forma a que o bom nome da firma não venha a sofrer as conseqüências de uma má programação.

 Os pagamentos normais, de uma unidade, são:

Em datas a escalonar com os anteriores

 
Fornecedores.

Outros pagamentos.

O plano financeiro estabelece a aplicação dos fundos próprios da empresa, ou seja, lucros do negócio, capital e financiamentos (se houver), com descrição programada, dessa aplicação, que tanto pode ser em novos empreendimentos, como reembolso de financiamentos anteriores a vencer.

As informações dadas devem ter esclarecido, sucintamente, o assunto que nos propusemos tratar.

Mas, como nunca é de mais conhecer os pormenores, daremos, ainda, alguns conselhos adicionais sobre este assunto.

No caso de construção nova, é bom ter em conta ao comprar e, ao construir:

-  Média do metro quadrado de terreno, na área escolhida.

-  Média do metro quadrado de construção, na mesma área.

 

Em equipamentos, o mais barato sai sempre mais caro; escolher o melhor e procurar quem o venda mais barato.

O mobiliário e a decoração são itens que tendem a passar de moda, a menos que se opte por um estilo rústico ou clássico. Ao escolher o tipo de decoração, deve ser analisado o ponto indicado e, se a decisão for mobiliário e decoração modernos, escolher razoável mas não muito caro, tendo em conta que dentro de cinco ou seis anos, deve ser trocado pois ficará desactualizado.

 

O Que se Espera do Empreendimento e a Que Clientela se Destina

 

A resposta a esta questão está implícita no texto anterior, pois o estudo de mercado faz, simultaneamente, uma análise da clientela e, a menos que ele reflita a tendência para dois tipos de clientela com a mesma capacidade de garantir o êxito do negócio, obrigando o responsável a ter que optar, o mais sensato será seguir as conclusões do estudo, ainda que não sejam as que mais nos satisfariam. Se esta decisão for demasiado traumatizante, resta ainda a hipótese de pensar noutro local, onde a clientela se ajuste melhor ao tipo de empreendimento que havíamos idealizado.

Não é sensato impor decisões contra a corrente neste tipo de negócio, pois só muito raramente se consegue que elas tenham sucesso e, mesmo assim, à custa de grande investimento publicitário.

Um restaurante não é uma boîte, que as pessoas procuram. Procurar um restaurante, só em certos casos de “griffe” como atrás falámos.

As necessidades de determinada comunidade em relação aos serviços de comidas e bebidas são difíceis de determinar, pois podem ter em conta apenas os residentes na área ou contarem, também, com uma percentagem de visitantes de outras cidades, ou de outras áreas da cidade.

Para determinar essas necessidades, devem ser visitados os concorrentes da área e analisada a sua actividade.

Com uma lista pré-elaborada das firmas principais, clubes e associações das redondezas, pode fazer-se, também, um número de visitas a estas entidades, para avaliar a forma como estão a efectuar, no momento, as suas reuniões ou banquetes, com que frequência ou grau de satisfação e se essa freqüência pode aumentar com a presença de uma nova unidade.

Se existem na área, fábricas ou escritórios de negócios, a sua presença não deve ser negligenciada, pois esse tipo de empresa tem, normalmente, muitos visitantes do exterior (o que não quer dizer estrangeiros), que podem, eventualmente, ser incluídos na lista dos prováveis clientes.

 

O EQUIPAMENTO VERSUS SERVIÇO PRETENDIDO

 

Ao seleccionar o equipamento, deve ter-se já uma idéia exacta do tipo de serviço que se pretende e da carta que vai ser usada, pois cada tipo de serviço e cada tipo de carta pressupõem o correspondente equipamento.

Em linguagem simbólica, diremos que, ninguém faz uma embalagem antes de conhecer o produto pois é em função deste que se estuda a embalagem, a qual reforçará a sua aceitação junto ao público.

A cozinha e o seu equipamento são comparáveis à embalagem, visto que o produto, neste caso, é a Carta. É esta que será apresentada ao público e é esta, portanto, que importa estabelecer ou, pelo menos, idealizar, para que todo o investimento em equipamento seja coordenado. Devemos ter em linha de conta que a cozinha deve ser o mais funcional possível e que não é o exagero de equipamentos que a torna mais funcional. A cozinha-laboratório será sem dúvida excelente para mostrar nos casos de visitas às instalações, mas terá resultado prático duvidoso, com máquinas e aparelhos em excesso, sobretudo num restaurante “à la carte”, onde as porções são individuais e se necessita mudar de utensílio a cada vez que se inicia a preparação de um novo prato.



[1] Custos fixos, como iremos exemplificar noutra parte do trabalho, são aqueles que se originam sem interferência do volume dos clientes, pois fazem parte do próprio negócio. A água, a electricidade, o telefone, os impostos, os salários do pessoal, etc.

quarta-feira, 9 de março de 2022

 

ESTABELECIMENTOS DE Restauração


ESTABELECIMENTOS DE Restauração 

e similares

 Historicamente, restaurante refere-se apenas a lugares com mesas onde as pessoas se sentam para tomar uma refeição, geralmente servidas por um empregado. Com o aparecimento e a ascensão de restaurantes fast food e take-out, o antigo restaurante "padrão" foi em muitos países renomeado, como restaurante sit-down ou "restaurante sentado" a designar um restaurante com serviço de mesa, em contraposição ao restaurante fast food, onde o alimento aparece num balcão. Restaurantes sit-down são muitas vezes indicados como "estilo familiar" ou "formais".

Em inglês britânico, o termo restaurante quase sempre significa um estabelecimento com serviço de mesa, de modo que a qualificação sit-down não é geralmente necessária. Os locais de fast food e takeaway (ou take-out) com serviço de balcão, não são normalmente referidos como restaurantes. Fora da América do Norte, os termos restaurant fast, casual dinner, family style, e informal meals, não são usados.

Vários tipos de restaurante sofreram queda na preferência do público, enquanto outros subiram. Isto modificou a forma de coligir a sua classificação na indústria, a qual normalmente tem como base os estilos de menu, os métodos de preparação e os preços. A forma como o alimento é servido ao cliente, também ajuda a determinar a classificação.

A evolução da sociedade determinou mudanças nos tipos de restaurantes, levando a serviços diferentes, rápidos e menos sofisticados denominados fast food, que apresentam comida pré-preparada, aquecida em fornos de microondas e os serviços de sanduíches, de que são representativos, os Wimpy e os MacDonald’s.

Entre estes e o grande restaurante, temos o restaurante-grill; o restaurante modesto, para famílias; o restaurante típico; o coffee-shop; o coffee-shop com balcão; o snack bar, (dito “lanchonete” no Brasil), o self-service, (dito “bandejão” no Brasil), os restaurantes de comida a quilo e, por último, o sandwich-bar.

No Brasil são comuns, ainda, as churrascarias e pizzarias, que se enquadram no tipo de restaurante para grande público.

Cada um destes tipos de serviço pressupõe um enquadramento especial, que deve ser considerado.


Tal como no dos hotéis, também no ramo dos restaurantes encontramos formas de exploração diversas.  Os tipos mais usuais, são:

- Restaurante Tradicional

- Restaurante Típico

- “Grill-Room”

- “Coffee-Shop”

- “Self-Service”

-  Restaurante de Comida Pronta

- Restaurante “Drive-In”

- Restaurante de Estrada (Restoroute)

 

Restaurante Tradicional

Por restaurante tradicional, queremos designar aquele que tem serviço apenas de comida, sem proporcionar qualquer outra distração. É o restaurante clássico, com serviço “à lista”, à la carte, “de mesa redonda”, ou com ambos. Mais ou menos luxo, maior ou menor categoria, de acordo com o tipo de estabelecimento.

 

Restaurante Típico

Restaurantes que, pela cozinha, mobiliário, decoração e, eventualmente, pela exibição de folclore, apresentam no todo, um ambiente característico de um país, ou de uma região. Têm várias categorias, segundo os pratos e o serviço que apresentam, podendo ir desde o luxo até ao popular.

 

“Grill-Room”

Tipo de restaurante em que se servem, sobretudo, iguarias grelhadas, ou no espeto, preparadas à vista do cliente. Este fato obriga-os a manter um pessoal de cozinha especializado, sendo geralmente restaurantes muito caros e de uma clientela selecionada. A decoração e o ambiente são requintados. O serviço deve ser, sempre, de classe superior.

 

“Snack-Bar”

Em princípio, são estabelecimentos mistos de bar e restauração em que se servem refeições ligeiras (quentes ou frias), de preparação rápida e a qualquer hora. O verdadeiro snack-bar não tem mesas mas sim balcões longos, onde toda a clientela se senta. Respondendo à necessidade de preços reduzidos e serviço acelerado, a carta é limitada, de maneira a poderem servir-se refeições preparadas antecipadamente. Neste tipo de restaurante, as iguarias vêm já empratadas da cozinha.

 

“Coffee-Shop”

Tipo de estabelecimento para todo o serviço, inventado na América e onde se serve tudo, a qualquer hora, desde o pequeno-almoço, ao coquetel, terminando com a ceia. O serviço é semelhante ao do snack, mas com mesas, podendo existir um serviço ao balcão, para os mais apressados.

 



“Self-Service”- (Auto Serviço)

Tipo de restaurante para refeições simples e baratas, designado no Brasil por “bandejão”. O serviço nas mesas é assegurado pelo próprio cliente, que se serve a si mesmo, transportando a comida escolhida sobre uma bandeja. Os empregados limitam-se a abastecer o balcão com os pratos do dia, enquanto outros levantam as mesas. O pagamento é feito logo ao caixa, que geralmente se situa no fim do balcão abastecedor. Nestes estabelecimentos, o principal centro é o balcão, onde estão expostas as iguarias que o cliente pode selecionar. Os pratos devem ser apresentados de maneira impecável (a boa apresentação de um prato atrai o cliente) e os géneros bastante frescos.

O sistema de controlo e de pagamento deve ser rápido e eficaz, visto que as principais características do self-service são: rapidez e economia.

Restaurante de comida pronta - Fast-food

Os restaurantes de Fast-food enfatizam a velocidade de serviço e o baixo custo sobre todas as outras considerações. Uma característica comum dos restaurantes de fast-food mais recentes que os distingue da tradicional lanchonete é a abolição de talheres ou louças; o cliente é induzido a comer o alimento directamente do recipiente descartável em que é servido, apenas com o uso dos seus dedos.

Existem vários tipos de restaurante de fast-food:

 

Ø a pessoa recolhe os alimentos de um expositor e paga, senta-se e começa a comer (como em um restaurante Self-Service ou lanchonete);

Possibilidades do serviço:

·      ·a pessoa colecta porções prontas

·      ·a pessoa serve-se de recipientes

·      ·a pessoa é servida no balcão

 

Ø a pessoa recolhe os alimentos em um expositor, mas primeiro paga no balcão recolhe um cupom e, em seguida, vai para o expositor de alimentos, onde recolhe a comida em troca do cupom.

 

Ø a pessoa faz o pedido no balcão; após a preparação do alimento toma conhecimento do valor e paga imediatamente ou depois de comer.

 

Drive-in ou Drive-through

É um tipo de restaurante de fast-food onde os clientes recebem os seus alimentos nos próprios carros e têm um estacionamento de carro para comer.  A maioria dos restaurantes de fast-food porém, oferece o serviço take-out: com alimentos prontos em embalagens descartáveis para o cliente comer fora do local.

 

Restaurante de Estrada (Restoroute)

Restaurante de serviço simples e rápido, situado sempre ao longo das estradas, sobretudo nas autoestradas e vias rápidas; os automobilistas podem tomar aí uma refeição ligeira e económica ou um simples lanche, a preços moderados. Estão, quase sempre, anexos a um posto de serviço e, às vezes, a um pequeno hotel ou estalagem. Eles correspondem aos desejos dos automobilistas apressados, que pretendem fazer grandes percursos numa só tirada, reduzindo ao mínimo as despesas da viagem.

 

Outros Tipos de Estabelecimentos de Alimentação

 

Cantina, Pizzaria, Snack-Bar ou Lanchonete, Sanduíche Bar, Sushi Bar, Temakeria, Comida a Quilo e Cervejaria

 

Cantina

A palavra “cantina” é muito usada em Itália para designar os restaurantes baratos, com serviço simples, onde se servem bebidas e, também alguma comida. Com a emigração italiana para o Brasil, o termo divulgou-se neste país, sendo aplicado com o mesmo significado. (Em português, poderiamos designar este estabelecimento como “taberna”).

 

Pizzaria Tal como o seu nome indica, este estabelecimento é especializado em pizzas, servindo também bebidas. A pizza está muito divulgada no Brasil, sendo um prato comum de alimentação. Este tipo de comércio está tão desenvolvido que, poderemos afirmar, é mais fácil comer boas pizzas em São Paulo, do que na própria Itália.

 

Lanchonete

Lanchonete é o aportuguesamento, feito no Brasil, para o termo “snack-bar”, dado que o tipo de serviço prestado se assemelha muito.

 

Sanduíche-Bar: - Pequeno local com serviço especializado de sanduíches e bebidas, servidos ao balcão.

 

Sushi Bar - ´Restaurante especializado em comida sushi

(Veja o que dizemos sobre o sushi no capítulo próprio)

 

Temakeria – Estabelecimento de pequeno porte especializado em Temaki, uma variedade de sushi muito desenvolvida em todo o mundo.

(Veja o que dizemos sobre o temaki no capítulo sobre sushi )

 

Comida a Quilo

Têm-se desenvolvido muito, nos últimos anos, este tipo de estabelecimentos, semelhantes no funcionamento ao Self-Service. Só que, nestes restaurantes, o cliente escolhe a sua comida numa mesa de buffet e, uma vez completada a escolha, passa por uma balança, onde o prato é pesado, pagando de acordo. O preço é estabelecido por quilo de comida, independentemente do item escolhido.

 

Cervejaria

Estabelecimentos voltados inicialmente à venda exclusiva de cerveja (ou cerveja e mariscos), passaram, em certos casos, a ser, ao mesmo tempo, um restaurante e um estabelecimento de bebidas. A maioria abre cedo, às 6:00 ou 7:00 horas da manhã, e fecha muito tarde, servindo ceias. Não são estabelecimentos luxuosos e, quando trabalham como restaurante, a composição do ementa é sempre bastante simples.

 

Diferenças entre os vários tipos de Serviço

 

Fast food

Os fast food enfatizam a velocidade de serviço, e as operações vão desde fornecedores de pequena escala, com carros de rua, até megaempresas como a McDonalds. Este tipo de restaurantes são também conhecidos como um QSR ou “restaurante de serviço rápido”.

 

Ocasional - Casual

Um restaurante ocasional, é um restaurante que serve comida a preço moderado, numa atmosfera despretenciosa. Com excepção dos restaurantes de estilo buffet, os restaurantes de refeições ocasionais normalmente fornecem serviço de mesa. Este stilo de negócio engloba um segmento de mercado entre os estabelecimentos de fast food e os restaurantes mais elaborados. Costumam ter um bar completo, com o pessoal do bar separado, um menu maior de cerveja e uma carta de vinhos limitada. São frequentemente, mas não necessariamente, parte de uma ampla cadeia, em particular nos Estados Unidos.

Ocasionais RápidosFast Casuals

Os restaurantes fast casuals não oferecem serviço de mesa, mas podem oferecer ​​pratos e talheres não descartáveis. A qualidade dos alimentos e os preços tendem a ser mais elevados do que os de um restaurante de comida rápida convencional, mas pode ser mais baixa do que os de casual dinner.

 

Estilo Famíliar

Restaurantes de estilo familiar são um tipo de restaurantes para refeições ocasionais onde os alimentos são muitas vezes servidos de terrinas e travessas para os pratos, e os comensais podem escolher entre um prato simples ou um serviço table d’hôte.

 

Restaurantes gastronómicos

Bons restaurantes, com serviço completo e menus específicos de pratos delicados. A decoração desses restaurantes tem materiais de alta qualidade, a visar a "atmosfera" desejada pelo restaurateur. A equipa de mesa é sempre altamente treinada e muitas vezes usa traje mais formal. Restaurantes requintados são quase sempre pequenas empresas e geralmente com um local único de operações. As porções de alimentos são visualmente atraentes. Restaurantes deste tipo têm certas regras de serviço, que se espera sejam aceites e seguidas pelos utentes.

 

Outras Variantes

A maioria dos estabelecimentos a seguir, podem ser considerados subtipos de restaurantes fast casual ou restaurantes para refeições casuais.

 

Brasserie e Bistrô

A brasserie evoluiu a partir da designação em francês de cervejaria, como um tipo de restaurante que serve refeições saudáveis de inspiração francesa, com preços moderados, num ambiente despretensioso. Os bistrôs, normalmente, têm decoração mais refinada, menos tabelas, alimentos finos e preços mais altos. Quando usado em inglês, o termo bistrô geralmente indica um menu continental.

 

Buffet

No Brasil, “bufês” são estabelecimentos especializados em serviços de banquetes e grandes reuniões de pessoas, com música e dança ou atracções. No entanto, os buffets segundo um critério mais amplo, são restaurantes que oferecem uma selecção de alimentos por um preço fixo. A comida é apresentada em bandejas em torno de balcões, a partir das quais os clientes se servem. A selecção pode ser modesta, ou mais extensa, com  menus elaborados divididos em categorias, como sopa, saladas, acepipes, entradas quentes, pratos frios, sobremesas e frutas. As variedades de cozinha podem variar também segundo o restaurante que as apresenta, e serem  ecléticas, ou concentradas num tipo específico, como comida caseira, chinesa, indiana, ou sueca (o real smörgåsbord) . O papel do empregado ou empregada de mesa, neste caso, limita-se à remoção de pratos usados, e às vezes ao pedido de bebidas.

Nos Estados Unidos, a Buffets, Inc. , é uma grande cadeia de buffets que administra a Old Country Buffet, a Buffet Country, e a Buffet Home Town . A Buffet Home Town popularizou o "buffet disperso", que apresenta os alimentos separados por pavilhões. Outras cadeias de restaurantes americanos conhecidas pelos seus buffets incluem a Golden Corral, que apresenta os alimentos em panelas, Souplantation e Sweet Tomatoes, conhecidas  em especial pelas suas sopas e saladas, a  Pizza Gatti , a Pizza de CiCi, a Fresh Choice (um competidor menor da Souplantation), o Buffet mexicano Pancho , a Ryan e Ponderosa Steakhouse, e a Sizzler  um restaurante de destaque que oferece um buffet.

 

Café Restaurante

Os “Cafés” já foram tradicionalmente locais de encontro para saborear a clássica bebida. Hoje são também restaurantes informais que oferecem uma variedade de refeições quentes e sanduíches.

São assim, restaurantes casuais com serviço de mesa limitado, que enfatizam  o café e outras bebidas, mas têm normalmente uma selecção restrita de alimentos e frios, como bolos e sanduíches. A sua característica distintiva é que eles permitem aos clientes relaxar e socializar nas suas instalações por longos períodos de tempo, sem pressão para deixar imediatamente o lugar depois de comer, pelo que são frequentemente escolhidos como locais para reuniões. Muitos cafés abrem para o pequeno-almoço e em algumas áreas oferecem assentos ao ar livre.

Lanchonetes, embora semelhante aos cafés restaurante, diferem destes pelo facto de não terem serviço de bebidas quentes.

 

Cafetaria

A cafetaria é um restaurante que serve comida pronta, disposta atrás de um balcão. Não há serviço de mesa. Tipicamente, o cliente pega uma bandeja e empurra-a ao longo de uma pista em frente ao balcão. Dependendo do estabelecimento, as porções podem ser encomendadas através de atendentes, seleccionadas de porções já prontas em travessas, ou auto-servidas por escolha pessoal. As cafetarias são comuns em hospitais, empresas e instituições educacionais.

No Reino Unido, uma cafetaria pode também oferecer uma grande variedade de comida quente, semelhante ao restaurante americano fast ocasional, e o uso do termo cafetaria é preterido em favor de restaurante self-service.

 

Cooking Tabletop

Os clientes ficam sentados como em um ambiente casual. Os itens alimentares são preparados pelo estabelecimento para cozinhar em fogões a gás embutidos e fogões de indução, ou grelhadores a carvão, o cliente tem controlo sobre o poder de aquecimento do aparelho.

 


Churrasco Mongol

Apesar do nome, a forma de restaurante “churrasco  mongol”, não é na verdade mongol, mas derivada de Taiwan e inspirada no japonês teppanyaki. Os clientes abastecem uma tigela com uma variedade de ingredientes crus apresentados na forma de buffet. A tigela é então entregue ao cozinheiro, que frita o alimento numa frigideira grande e devolve-o numa travessa ou numa tigela para o consumidor.

 

Pub

Oriundo do Reino Unido e países influenciados pela cultura britânica, um pub (redução de public house) é um bar que, às vezes, serve pratos simples de alimento. Tradicionalmente, os pubs eram estabelecimentos de bebidas, com os alimentos em uma posição secundária, mas muitos pubs modernos baseiam o seu negócio em alimentos, chegando ao ponto de os gastropubs serem, muitas vezes, estabelecimentos requintados reconhecidos pela sua comida de alta qualidade, e com preços elevados. Um típico pub tem sempre uma grande selecção de cervejas e cervejas de torneira.

 

Teppanyaki  grill

Muitos restaurantes especializados em culinária japonesa oferecem o teppanyaki  grill, que é baseado num tipo de fogão de carvão, chamado no Japão shichirin. Neste restaurante, também conhecido como Hibachi, os clientes sentam-se em torno da “barra”, enquanto um cozinheiro prepara os seus pedidos de comida na sua frente. Muitas vezes, esse cozinheiro é treinado para entreter os clientes com técnicas especiais, que incluem quebrar um ovo a girar no ar, formar um vulcão de fatias de cebola de tamanho diferente, e lançar pedaços de camarão grelhados na boca dos presentes, além de vários outros truques.

 

Vagão restaurante

O vagão-restaurante (em inglês dos USA), ou transporte restaurante (em inglês britânico), é um veículo de passageiros de ferrovia que serve refeições na forma de um full-service, ou restaurante sentado.

É diferente de outros veículos de ferrovia com food service, que não apresentam o serviço completo de restaurante, mas apenas alimentos exibidos num balcão para serem consumidos  dentro do vagão ou em outras partes do combóio. Os Vagões Grill, onde os clientes se sentam em banquetas no balcão e consomem alimentos cozinhados numa grelha atrás deste, são geralmente considerados como um tipo de "intermediário" do vagão-restaurante.

Nos modernos veículos de dois níveis, para refeições, da Amtrak Superliner, USA assentos de ambos os lados de um corredor central, ocupam quase toda a parte superior, sendo a parte inferior usada para os serviços; os alimentos são enviados para o nível superior por um elevador.

 

Os vagões restaurante melhoraram a experiência do uso do restaurante, tornando-o bfamiliar, com o entretenimento único da visão em constante mudança. Embora sejam menos comuns hoje do que no passado, tendo sido em alguns casos totalmente substituídos por outros tipos de vagões de alimentação, eles continuam a desempenhar um papel significativo no transporte ferroviário de passageiros, especialmente em combóios de média e longa distância.

Noutros combóios de curto percurso, o “vagão buffet” é um local onde lanches e bebidas podem ser comprados ao balcão e consumidos. Normalmente, os passageiros não podem utilizar algo que tenham trazido, junto com os alimentos e bebidas do local, e só são, portanto, autorizados a consumir nesta área, o que ali tiverem adquirido.

Hoje, um grande número de turistas utiliza as ferrovias que oferecem excursões com alimentação, as quais usam este recurso como forma de capitalizar sobre o fascínio do público com a experiência do vagão restaurante.

 


A linha de eléctricos U76/U70 entre as cidades alemãs de Düsseldorf e Krefeld, oferece um Bistrowagen  (vagão restaurante em alemão), onde os passageiros podem pedir bebidas e lanches. Esta prática vem desde o início do século 20, quando os eléctricos interurbanos incluíam um vagão-restaurante. Apesar da introdução de unidades de eléctricos modernas, quatro linhas ainda tem um Bistrowagen e operam nos dias úteis.

Na Suécia, os vagões restaurante são apenas de autoatendimento. A pessoa escolhe os seus alimentos, paga, e aquece estes num  microondas, após o que faz a sua refeição.

 

Delicatessen e produtos gourmet

Delicatessen é um termo que designa "iguarias" ou "alimentos" especiais, e representava originalmente, em inglês, apenas essa comida especialmente preparada. Com o tempo, porém, a loja onde os alimentos eram vendidos, passou a ser conhecida, também, como delicatessen, e o novo sentido da palavra acabou por ser encurtado para deli. É uma palavra alemã, que apareceu “de empréstimo” no idioma inglês, pela primeira vez em 1889, como a forma plural de delicatesse. Em alemão, onde também era, originalmente, um termo francês “de empréstimo”, delicatessen indicava "coisas deliciosas (para comer)". A raiz da palavra é o adjectivo do latim delicatus, que significa "dar prazer, agradável, delicioso".

A versão alemã escrita, Delikatessen, deve ter dado suporte à etimologia popular, pois o essen da palavra corresponde ao verbo alemão Essen, “para comer”, ou ao substantivo das Essen, “o alimento”. Esta análise sugeria que a palavra era uma junção das palavras alemãs delikat “delicioso” e Essen “para comer”, e a palavra acabou por ficar com esse significado, para indicar estabelecimentos especializados num tipo de comida, especial ou sofisticado, tendo assim entrado no circuito mundial.

As Delicatessens em muitas partes do mundo vendem a retalho, por peso, produtos como carnes e queijo curados, salsichas e presunto, foie-gras, salame e outros frios, frango e costeletas fritos, lombo de porco assado, frios e saladas, pickles vegetais e molhos, pães e azeitonas. Um supermercado pode ter o seu próprio deli de comida, ou mesmo operar uma delicatessen no local.

Grandes lojas Delicatessen, ou lojas Deli, além de venderem frios e carnes cozinhadas, podem ter também uma divisão de alimentos de luxo, e incluir confeitaria, pastelaria, espirituosos e vinhos finos, queijos exclusivos e paté trufado, caviar e foie gras de alta qualidade, grãos de café e de frutas, especiarias e ervas, pães especiais, doces exclusivos, bolachas e mel, chá e chocolate artesanal de luxo.

A famosa Eliseevsky, loja de alimentos no centro de Moscovo, assemelha-se a um armazém de charcutaria no sentido europeu, com uma exuberante decoração fin de siècle. Esse estabelecimento histórico da era czarista foi preservado pelos soviéticos e foi usado para servir como uma peça de exposição da indústria alimentar russa, exibindo as iguarias mais difíceis de obter.

As Delicatessens podem também fornecer alimentos especializados de outros países e culturas, que não estejam disponíveis em lojas correntes de alimentos.

Nos Estados Unidos, uma loja de delicatessen, ou deli, é um tipo de negócio que poderia ser descrito como uma síntese de supermercado e restaurante fast-food, com a vantagem de oferecer um menu mais amplo e mais fresco do que os encontrados nessas cadeias de restaurantes. A delicatessen raramente utiliza máquinas de fritar (com exceção de frango), mas prepara, rotineiramente, sanduíches por encomenda, e pode também servir alimentos quentes mantidos numa mesa de vapor, como uma cafetaria. Vende frios a peso e prepara cestas de pic-nic.

A fim de proporcionar oportunidades para uma refeição completa, as delicatessens oferecem também uma grande variedade de bebidas, como refrigerantes, café, chá, leite, etc. Batatas fritas e produtos semelhantes estão disponíveis em variedades pré-embaladas, ou feitas na loja e acondicionadas em celofane.

Paralelamente a estes produtos indicados para almoço e jantar, as delicatessen podem também oferecer uma série de itens adicionais voltados para o pequeno-almoço, incluindo crepes, bacon, salsichas, waffles, omeletas e assados, doces, biscoitos, torradas e iogurte. Os menus desses estabelecimentos variam por região e diversidade étnica. Enquanto delis urbanas dependem de pratos típicos ou regionais, como pastrami, corned beef e salame, outras no interior do país dependem mais de carnes embaladas para venda na loja, principalmente frango, peru e presunto, que pode não ser encontrado em delis judaicas, onde a carne comum é mais procurada.

Os equivalentes americanos das delicatessens ao estilo europeu são conhecidos como “lojas de produtos gourmet”.

 

ESTABELECIMENTOS DE BEBIDAS

 

Cervejaria

Estabelecimentos voltados inicialmente à venda exclusiva de cerveja (ou cerveja e mariscos), passaram, em certos casos, a ser, ao mesmo tempo, um restaurante e um estabelecimento de bebidas. A maioria abre cedo, às 6:00 ou 7:00 horas da manhã, e fecha muito tarde, servindo ceias. Não são estabelecimentos luxuosos e, quando trabalham como restaurante, a composição do ementa é sempre bastante simples.

 

Bufete

Estabelecimentos muito complexos que se encontram nas gares de caminho de ferro. Pertencem às companhiasferroviárias, que dão a exploração a um particular.

Fecham depois do último combóio e abrem para o primeiro. Algumas vezes, ficam abertas toda a noite. Os seus serviços são também utilizados pelos moradores da localidade, sobretudo quando esta é do interior e de pouco movimento. Neste caso, o bufete da gare é o centro social do pequeno burgo.

 

Bar(Cocktail Bar):

Os estabelecimentos conhecidos por Bar ou Cocktail Bar tiveram a sua origem nos Estados Unidos, sendo um cópia sofisticada dos pubs ingleses.  origem desse nome vem do facto de quase todos esses estabelecimentos terem uma barra junto ao balcão, à qual os clientes se apoiavam. Em inglês, a palavra “barra” diz-se “bar”. Daí a extensão dessa designação ao estabelecimento em si.

O Bar americano é um estabelecimento confortável com mesas baixas e cadeiras estofadas ou tamboretes.

O ambiente deve ser repousante e confortável, portanto, com decoração sóbria e pouca luz.

A sua principal actividade é a venda e preparação de bebidas, inclusive compostas e coquetéis. O bar pode funcionar como unidade independente, ou agregado a outra exploração hoteleira, sobretudo hotel. Neste último caso, é sempre aconselhável ter um acesso fácil à rua, de forma a captar, também, a clientela de fora, os chamados “passantes”. (No livro “Manual do Barman e do Escanção”, fazemos descrição pormenorizada de como funciona e se equipa um bar).

 

Café

Os antigos estabelecimentos destinados à venda de café em chávena e bebidas alcoólicas tinham uma sala e um balcão, sem bancos. Na sala, várias mesas eram servidas por empregados que faziam o transporte das bebidas, em bandejas. Não são estabelecimentos muito luxuosos, mas têm, por vezes, uma decoração agradável. Esta categoria de cafés não é muito elevada e a tendência destes estabelecimentos é para acabar.

O antigo café era um lugar de reunião e informação. Nalguns casos, o lugar de refúgio das pessoas que não têm ambiente familiar, pelo que as mesas eram ocupadas por longos períodos, sem consumo correspondente. Para conseguirem uma melhor receita, muitos cafés possuem uma esplanada. Outros ainda são, ao mesmo tempo, Café-Restaurante e Bar.

Em Itália, no Brasil e muitos outros países, os estabelecimentos que servem café já não têm mesas. A chávena de café é servida ao balcão, contra talão, por pagamento prévio e o café é tomado em pé. Só assim é possível conseguir rendimento neste tipo de negócio. (Veja também em “Os vários tipos de Estabelecimentos de Alimentação”)

 

Casa de Chá (Tea-Room)

As casas de chá estão a cair em desuso no nosso país. Eram lugares de reunião, destinados sobretudo a senhoras, as quais não queriam ir ao bares, ou cafés.

Funcionam:

- Isoladamente

- Num hotel com porta directa para a rua.

- Anexas a um estabelecimento de cafetaria.

A clientela era distinta, a disposição de móveis e a decoração muito agradáveis, dando um aspecto de intimidade. Tinham, geralmente, musica suave, não havendo grande movimento de bebidas alcoólicas. Alterações nos hábitos e costumes levaram a que as senhoras utilizem, hoje, sem qualquer acanhamento, os bares ou cafés, deixando de lado a casa de chá.

 

ESTABELECIMENTOS DE DIVERSÃO

 

Bar de Música (Music Bar)

Locais onde se servem, bebidas, com apresentação de música,  por orquestra, e onde, eventualmente, se dança.

 

Boate (Boîte)

Estabelecimento nocturno, idêntico aos night clubs, mas para uma clientela mais jovem. Às vezes não tem orquestra, a qual é substituída por discos. Neste caso, toma a designação de “discoteca”. Os franceses designam por “caveau”, as boates situadas em caves, onde uma densa fumarada cria um ambiente muito especial e “sui generis”.

 

Cabaré

Estabelecimentos nocturnos, com ambiente muito luxuoso, pintados de cores quentes, de iluminação fraca e providos com pista de dança. Abrem, normalmente, muito tarde (21:30, 22:00 horas). Se têm restaurante, as refeições são “à carta” e, por vezes, o consumo é compulsório. Têm, obrigatoriamente, espectáculos de categoria excepcional e sempre muito caros, com mínimo estabelecido de despesa por pessoa.

 

Dancing

São estabelecimentos tipo “cabaré”, mas sem exibição de grandes espectáculos. Têm uma orquestra e uma pista de dança, maior que a dos “cabarés”, onde eventualmente se exibem artistas. Não servem, normalmente, refeições, mas apenas bebidas, podendo garantir, em casos especiais, pequeno serviço de ceias.

 

“Night Club”

Estabelecimentos nocturnos, mais ou menos luxuosos. A iluminação mínima é fraca. Abrem muito tarde (22:30, 23:00horas), têm uma boa orquestra e pode-se dançar. Servem todas as bebidas. Não têm espectáculo como os cabarés. Quando muito, uma ou duas atracções. Os night clubs, são menores que os dancings, sendo a clientela seleccionada e, por vezes, restrita.

 

Piano Bar

Tipo de bar onde um pianista empresta ao ambiente um tom romântico ou, de certo modo, atractivo.

 

Restaurante Dançante

Estabelecimento onde, além do serviço normal de restaurante, é dado aos clientes a oportunidade de ouvir música, por boas orquestras e, eventualmente de dançar. São normalmente estabelecimentos caros.

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