domingo, 29 de outubro de 2023

 

Empirismo Conhecimento e Ciência

 

Como Encontrar os caminhos

De repente, fui despertado pelo interesse dos muitos que terminam cursos de profissionalização, em escrever artigos científicos como trabalhos de fim de curso, que são chamados normalmente “Monografias”.

Pode ser uma ideia valiosa de como designar uma recordação que irá guardar um momento significativo da Vida ou da Carreira, mas a meu ver, nesse momento, os estudantes não estarão ainda a abordar os assuntos de uma forma científica, embora ao escrevê-los, já estejam produzindo conhecimentos, o que equivale a Ciência tout court. Embora qualquer teoria só possa ser adicionada ao Rol da Ciência, depois de comprovada.

Como ajuda para o esclarecimento da minha opinião, resolvi escrever este texto que pode também servir como objeto de estudo, para avanço do Conhecimento em geral, coisa que tanto defendo junto dos profissionais.

Basicamente, o empirismo defende que todo o conhecimento advém da experiência prática que temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas cognitivas somente evoluem através da vivência e das apreensões de nossos sentidos.

O empirismo é uma corrente filosófica, referente à teoria do conhecimento, que tem suas origens na filosofia aristotélica. O termo empirismo advém da palavra grega empeiria, que significa experiência. Na Modernidade, quando a possibilidade do conhecimento se tornou central para a produção filosófica, a corrente empirista foi impulsionada por filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.

O empirismo defende que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática, de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais amplo e profundo se torna o nosso conhecimento. Aristóteles já defendia que o conhecimento advém da experiência, contrariando as teses platônicas, que eram essencialmente inatistas.

John Locke, um dos principais empiristas da Modernidade, afirmou que o ser humano é uma tábula rasa. A tábula era um instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas escreviam na cera com uma espécie de estilete e, quando queriam apagar, bastava raspar ou derreter esse material.

Quando a tábula estava sem inscrições, era chamada de tábula rasa. Esta pode ser comparada a uma folha em branco. Isso significa que o ser humano nasce sem nenhum conhecimento e este é preenchido de acordo com as vivências ou estudos que ele adquire. O empirismo moderno foi defendido por filósofos como Thomas Hobbes, Francis Bacon, John Locke e David Hume, o que pode classificá-lo como, essencialmente, britânico.

 Qual é a relação entre empirismo conhecimento e ciência?

O empirismo é caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas, independente de seus objetivos ou significados.

Com a valorização das experiências e do saber científico, o homem passou a buscar resultados práticos. Essa postura levou o empirismo a assumir uma metodologia científica rigorosa donde todas as hipóteses e teorias deveriam ser testadas experimentalmente.

A importância do mundo material para os empiristas aproxima suas reflexões de teorias dos pensadores da ciência experimental, que obteve muitos avanços no mesmo período. Francis Bacon, considerado o fundador do método científico moderno, deixou claro que a experiência é o elemento fundacional do conhecimento.

A ciência representa todos os conhecimentos obtidos a partir de estudos e práticas, para encontrar solução de algum problema. Para ser científico, o conhecimento deve ser validado e demonstrado através de investigações e experimentações.

 O que diferencia o empirismo da ciência?

A ciência, é o método científico do conhecimento

E sendo assim, a ciência representa todos os conhecimentos obtidos a partir de estudos e práticas, para encontrar a solução de algum problema.

É baseada em evidências e comprovações, e não entra senso comum ou achismo nesta área. A diferença destes dois termos é que o empirismo pode estar certo algumas vezes, mas sem a comprovação científica de nada vai adiantar.

O método empírico é um método criado para testar a validade de teorias e hipóteses em um contexto de experiência. O método empírico gera evidências, uma vez que aprendemos fatos através das experiências vividas e presenciadas, para obter conclusões.

O surgimento do empirismo ajudou na consolidação da ciência, pois se passou a buscar o conhecimento por meio da observação e da experimentação, o que refletiu significativamente na mudança da natureza da investigação científica. Vários pensadores e estudiosos marcaram com suas teorias este desenvolvimento da ciência.

E o que vem a ser conhecimento?

O conhecimento é a capacidade humana de entender, apreender e compreender as coisas, mas além disso ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. A partir do que for apreendido, pode-se criar em todos os campos, como fazem as ciências e as artes.

Significado de conhecimento

A palavra conhecimento tem origem no latim cognoscere, que significa "ato de conhecer", acompanhado do radical "gno", presente na língua latina e no grego antigo, da palavra "gnose", que significa conhecimento ou "gnóstico" ou seja, “aquele que conhece”.

Conhecer é o ato de apreender, ser capaz de abstrair leis do entendimento e entender algo. Conhecimento é o atributo de quem conhece, isto é, é aquilo que resulta do ato de conhecer, entender etc.

O conhecimento é possível apenas ao ser humano. Os animais, pelo seu lado, desenvolvem mecanismos de aprendizagem por meio da experiência prática e da repetição de experiências, porém o conhecimento complexo, efetivo e racional somente é apreendido por nós.

Isso ocorre, porque o conhecimento bem estruturado que desenvolvemos só pode ser elaborado, organizado, codificado e decodificado pela linguagem e por nossos mecanismos racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente interligados, sendo impossível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano, visto que há uma interdependência entre ambos).

Quais os tipos de conhecimento

Desde que a linguagem foi desenvolvida, o ser humano busca mecanismos para conhecer e estabelecer relações entre o mundo e as suas experiências com ele, tentando desmistificar e entender a complexidade da existência. Por isso, desenvolvemos, ao longo de mais ou menos dez milênios, variadas formas de entender o mundo, o que atesta a existência de diversos tipos diferentes de conhecimento.

Conhecimento de senso comum

Este é um dos tipos mais abrangentes do conhecimento humano, pois está baseado nas vivências particulares e sociais, partilhadas por meio de trocas de experiências e das relações hereditárias. O conhecimento de senso comum parte da sabedoria popular e da manifestação de opiniões, podendo ter um valor e uma importância especial por estar intimamente ligado à formação cultural.

O conhecimento de senso comum também pode manifestar crenças e opiniões verdadeiras, porém é necessário ter cuidado com esse tipo de conhecimento quando se quer algo para se embasar e afirmar com certeza, pois o conhecimento de senso comum não requer nenhum tipo de validação ou método que ateste o seu sentido lógico racional ou a sua veracidade. Existem quatro tipos de conhecimento, que também são conhecidos como quatro dimensões do saber, são eles:

·         empírico;

·         religioso;

·         científico;

·         e filosófico.

 


E qual é o conhecimento que leva à ciência?

Ciência é o conhecimento que explica os fenômenos, obedecendo a leis verificadas por métodos experimentais. A ciência baseia-se na regularidade, na previsão e no controle de fenômenos que podem ser observados. Por meio dos seus métodos e instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável por tudo que a humanidade construiu até aqui.

Os Diversos Tipos de Conhecimento (não as suas dimensões)

Conhecimento científico

Engloba todas as informações e fatos que foram comprovados com base em um método composto por análises e testes científicos. Para isso, no entanto, o objeto analisado deve passar por uma série de experimentações e análises que atestam ou refutam determinada teoria.

O conhecimento científico está relacionado com a lógica e o pensamento crítico e analítico. Representa o oposto do conhecimento empírico (senso comum).

 

Conhecimento teológico (religioso)

Esta forma de conhecimento está baseada na fé religiosa, acreditando que esta possui verdades absolutas, que apresentam as explicações para os mistérios que rondam a mente humana. Não há a necessidade de verificação científica para que determinada "verdade" seja aceite sob a ótica do conhecimento religioso.

O conhecimento religioso se fundamenta em dogmas, verdades inquestionáveis orientadas pela fé. Em geral, esses dogmas estão representados em escrituras sagradas para os variados crentes, como a Bíblia, a Torá, o Alcorão, etc.

Conhecimento empírico

É o chamado "conhecimento vulgar" ou senso comum. Esse tipo de conhecimento surge a partir da interação e observação do ser humano com o ambiente que o rodeia. Por ser baseado nas experiências, o conhecimento empírico não costuma apresentar a legitimidade da comprovação científica.

Ao contrário do conhecimento científico, não há uma preocupação em refletir criticamente sobre o objeto de observação, limitando-se apenas à dedução de uma ação.

Justamente por ser adquirido unicamente por observação e com base em deduções simples, o conhecimento empírico é um conhecimento superficial e, muitas vezes, suscetível a erros.

 

Conhecimento filosófico

Representa um meio-termo entre o conhecimento científico e o empírico, pois nasce a partir da relação do ser humano com o seu cotidiano, mas baseado nas reflexões e especulações que este faz sobre todas e quaisquer questões.

Este tipo de conhecimento foi construído devido à capacidade do ser humano de refletir lógica e racionalmente. Mesmo sendo de natureza racional, o conhecimento filosófico dispensa a comprovação científica, uma vez que não está submetido a um método específico.

É graças ao conhecimento filosófico que são construídas ideias, conceitos e juízos, que buscam explicar, de modo racional, as diversas questões que surgem, sobre o mundo e a vida humana.

Alguns estudiosos também consideram o conhecimento filosófico um intermédio entre o conhecimento científico e o conhecimento teológico (religioso).

 Conhecimento tácito[i]

Tal como o conhecimento empírico, o conhecimento tácito baseia-se nas experiências vivenciadas individualmente por cada pessoa ao longo da vida.

Este é um conhecimento particular do indivíduo, um saber para si mesmo, sendo a sua explicação ou transmissão para outras pessoas através de métodos didáticos convencionais, difícil ou impossível.

A palavra tácito se originou no latim tacitus, que significa "silencioso" ou "não expresso em palavras".

O conhecimento tácito é, portanto, difícil ou impossível de explicar e ensinar para outras pessoas por métodos didáticos tradicionais.

Por se tratar de uma qualidade ou habilidade individual, o conhecimento tácito só consegue ser retransmitido através do convívio cotidiano e experimental, ignorando qualquer tipo de explicação formalizada.

Um exemplo de conhecimento tácito é nadar ou flutuar, tirar conclusões, etc. pois se trata de algo que é aprendido apenas a partir da experiência e tentativa, sendo desnecessário o uso de instruções escritas ou orais.

O conhecimento tácito pode ser subdividido em cognitivo e técnico. Como técnico, entende-se todas as habilidades informais do chamado know-how de cada indivíduo.

O conhecimento tácito cognitivo é basicamente a percepção de mundo criada por cada pessoa ao longo dos anos, suas crenças, filosofias, etc.

 

Tipo de Conhecimento          Base do Conhecimento  Quem o Transmite?

Mítico                                      Credo                               Rapsodos (poetas ou trovadores)

Religioso                                Crença (Fé)                     Teólogos / Líderes Religiosos

Senso Comum (empírico)       Convicção                       Pessoa Comum

Científico                               Razão                               Cientista

Tácito                                      Vivência                            Indivíduo

 Qual é o conceito de ciência?

A palavra “ciência” é derivada do latim scientia, traduzida como “erudição ou sapiência”. A ciência possui como objetivo a descrição, a explicação e a previsão de fenômenos por meio da aplicação do método científico, o qual significa “ser verificado e reproduzido”.

A ciência permite à humanidade compreender um pouco mais sobre a natureza, e é importante na nossa vida pois nos ajuda a ter uma qualidade de vida melhor. Através da ciência muitas doenças foram eliminadas. A ciência possibilita avanços na saúde, alimentação, energia e outros. Bem como o desenvolvimento da tecnologia.

As divisões do conhecimento nessas áreas são:

·         Ciências Exatas e da Terra.

·         Ciências Biológicas.

·         Engenharias.

·         Ciências da Saúde.

·         Ciências Agrárias.

·         Linguística, Letras e Artes.

·         Ciências Sociais Aplicadas.

·         Ciências Humanas

 

Como classificar a ciência?

A partir do momento em que as ciências se tornam autônomas, passam a ser classificadas em ciências formais, ciências da natureza e ciências humanas. As ciências formais recebem esse nome porque seus objetos de estudo não têm existência concreta, como a matemática e a lógica.

 

Como é que se faz ciência?

Debater, descobrir, fazer, discutir, refazer, percorrer caminhos, considerar e concluir, sem mesmo em alguns momentos chegar a conclusões, são etapas necessárias do processo de fazer ciência. Ciência essa que entendemos não somente como aquela produzida nos laboratórios e sim toda a forma de produção do conhecimento concreto, pela sua análise e estudo formal.

 




[i] 1 implícito, subentendido, subjacente, inexplícito, latente, velado.

Mantido em segredo:

2 escondido, encoberto, secreto, oculto, ignorado, recôndito, esconso, escuso.

Sem som ou ruído:

3 silencioso, calado, mudo, quieto, calmo, sossegado, tranquilo, silenciado, silente.

Num ambiente de trabalho é muito importante ter uma equipe formada por pessoas que consigam aprender diariamente coisas novas, que consigam aprender com os próprios erros, e que adquiram experiências e habilidades durante suas jornadas.

Assim, a empresa deve sempre oferecer treinamentos e capacitações, que são os modos mais diretos e eficazes para compartilhar o conhecimento explícito, mas também ela deve estimular e incentivar os seus colaboradores a adquirirem conhecimento tácito dentro de sua jornada pessoal.

O desafio de implementar o conhecimento tácito compartilhado

Não adianta uma empresa possuir colaboradores ricos em conhecimento se estes mesmos conhecimentos não puderem ser replicados para toda a equipe. Assim, vem à tona novamente o maior desafio das empresas, que é colocar em prática ações de compartilhamento do conhecimento tácito.

Por ser baseado em experiências particulares, é realmente um desafio para uma empresa sistematizar o compartilhamento deste tipo de conhecimento. Tende a não ser eficiente ou inteligente sistematizar o conhecimento tácito de uma empresa, colocando, por exemplo, em um banco de dados.

Porém, a dinâmica de capacitação em grupos pequenos, como em duplas, pode acabar tendo o efeito desejado com resultados mais ricos. Um novo funcionário, por observação, vai conseguir receber todo o conhecimento necessário para desenvolver um trabalho mais rico e produtivo que se ele tivesse somente assistido uma palestra ou uma aula teórica.

A gestão do conhecimento é a chave para o sucesso.

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