Empirismo
Conhecimento e Ciência
Como
Encontrar os caminhos
De repente, fui
despertado pelo interesse dos muitos que terminam cursos de profissionalização,
em escrever artigos científicos como trabalhos de fim de curso, que são chamados
normalmente “Monografias”.
Pode ser uma ideia
valiosa de como designar uma recordação que irá guardar um momento
significativo da Vida ou da Carreira, mas a meu ver, nesse momento, os
estudantes não estarão ainda a abordar os assuntos de uma forma científica,
embora ao escrevê-los, já estejam produzindo conhecimentos, o que equivale a
Ciência tout court. Embora qualquer teoria só possa ser adicionada ao
Rol da Ciência, depois de comprovada.
Como ajuda para o
esclarecimento da minha opinião, resolvi escrever este texto que pode também
servir como objeto de estudo, para avanço do Conhecimento em geral, coisa que
tanto defendo junto dos profissionais.
Basicamente, o
empirismo defende que todo o conhecimento advém da experiência prática que
temos cotidianamente, ou seja, que as nossas estruturas cognitivas somente evoluem
através da vivência e das apreensões de nossos sentidos.
O empirismo é uma
corrente filosófica, referente à teoria do conhecimento, que tem suas origens
na filosofia aristotélica. O termo empirismo advém da palavra grega empeiria,
que significa experiência. Na Modernidade, quando a possibilidade do
conhecimento se tornou central para a produção filosófica, a corrente empirista
foi impulsionada por filósofos como Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.
O empirismo defende
que toda a nossa estrutura cognitiva é formada com base na experiência prática,
de modo que, quanto mais vastas, intensas e ricas as nossas experiências, mais
amplo e profundo se torna o nosso conhecimento. Aristóteles já defendia que o
conhecimento advém da experiência, contrariando as teses platônicas, que eram
essencialmente inatistas.
John Locke, um dos
principais empiristas da Modernidade, afirmou que o ser humano é uma tábula
rasa. A tábula era um instrumento romano de escrita, feito com cera. As pessoas
escreviam na cera com uma espécie de estilete e, quando queriam apagar, bastava
raspar ou derreter esse material.
Quando a tábula
estava sem inscrições, era chamada de tábula rasa. Esta pode ser comparada a
uma folha em branco. Isso significa que o ser humano nasce sem nenhum
conhecimento e este é preenchido de acordo com as vivências ou estudos que ele
adquire. O empirismo moderno foi defendido por filósofos como Thomas Hobbes,
Francis Bacon, John Locke e David Hume, o que pode classificá-lo como,
essencialmente, britânico.
O empirismo é
caracterizado pelo conhecimento científico, quando a sabedoria é adquirida por
percepções; pela origem das ideias, por onde se percebem as coisas,
independente de seus objetivos ou significados.
Com a valorização das
experiências e do saber científico, o homem passou a buscar resultados
práticos. Essa postura levou o empirismo a assumir uma metodologia científica
rigorosa donde todas as hipóteses e teorias deveriam ser testadas
experimentalmente.
A importância do
mundo material para os empiristas aproxima suas reflexões de teorias dos
pensadores da ciência experimental, que obteve muitos avanços no mesmo período.
Francis Bacon, considerado o fundador do método científico moderno, deixou
claro que a experiência é o elemento fundacional do conhecimento.
A ciência representa
todos os conhecimentos obtidos a partir de estudos e práticas, para encontrar
solução de algum problema. Para ser científico, o conhecimento deve ser
validado e demonstrado através de investigações e experimentações.
A
ciência, é o método científico do conhecimento
E sendo assim, a
ciência representa todos os conhecimentos obtidos a partir de estudos e
práticas, para encontrar a solução de algum problema.
É baseada em
evidências e comprovações, e não entra senso comum ou achismo nesta área. A
diferença destes dois termos é que o empirismo pode estar certo algumas vezes,
mas sem a comprovação científica de nada vai adiantar.
O método empírico é
um método criado para testar a validade de teorias e hipóteses em um contexto
de experiência. O método empírico gera evidências, uma vez que aprendemos fatos
através das experiências vividas e presenciadas, para obter conclusões.
O surgimento do
empirismo ajudou na consolidação da ciência, pois se passou a buscar o
conhecimento por meio da observação e da experimentação, o que refletiu
significativamente na mudança da natureza da investigação científica. Vários
pensadores e estudiosos marcaram com suas teorias este desenvolvimento da
ciência.
E
o que vem a ser conhecimento?
O conhecimento é a
capacidade humana de entender, apreender e compreender as coisas, mas além
disso ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. A partir do que
for apreendido, pode-se criar em todos os campos, como fazem as ciências e as
artes.
Significado de
conhecimento
A palavra
conhecimento tem origem no latim cognoscere, que significa "ato de
conhecer", acompanhado do radical "gno", presente na
língua latina e no grego antigo, da palavra "gnose", que significa
conhecimento ou "gnóstico" ou seja, “aquele que conhece”.
Conhecer é o ato de
apreender, ser capaz de abstrair leis do entendimento e entender algo.
Conhecimento é o atributo de quem conhece, isto é, é aquilo que resulta do ato
de conhecer, entender etc.
O conhecimento é
possível apenas ao ser humano. Os animais, pelo seu lado, desenvolvem
mecanismos de aprendizagem por meio da experiência prática e da repetição de
experiências, porém o conhecimento complexo, efetivo e racional somente é
apreendido por nós.
Isso ocorre, porque o
conhecimento bem estruturado que desenvolvemos só pode ser elaborado,
organizado, codificado e decodificado pela linguagem e por nossos mecanismos
racionais (linguagem e raciocínio são elementos necessariamente interligados,
sendo impossível determinar qual tenha surgido primeiro no ser humano, visto
que há uma interdependência entre ambos).
Quais os tipos de
conhecimento
Desde que a linguagem
foi desenvolvida, o ser humano busca mecanismos para conhecer e estabelecer
relações entre o mundo e as suas experiências com ele, tentando desmistificar e
entender a complexidade da existência. Por isso, desenvolvemos, ao longo de mais
ou menos dez milênios, variadas formas de entender o mundo, o que atesta a
existência de diversos tipos diferentes de conhecimento.
Conhecimento de
senso comum
Este é um dos tipos
mais abrangentes do conhecimento humano, pois está baseado nas vivências
particulares e sociais, partilhadas por meio de trocas de experiências e das
relações hereditárias. O conhecimento de senso comum parte da sabedoria popular
e da manifestação de opiniões, podendo ter um valor e uma importância especial por
estar intimamente ligado à formação cultural.
O conhecimento de
senso comum também pode manifestar crenças e opiniões verdadeiras, porém é
necessário ter cuidado com esse tipo de conhecimento quando se quer algo para
se embasar e afirmar com certeza, pois o conhecimento de senso comum não requer
nenhum tipo de validação ou método que ateste o seu sentido lógico racional ou
a sua veracidade. Existem quatro tipos de conhecimento, que também são
conhecidos como quatro dimensões do saber, são eles:
·
empírico;
·
religioso;
·
científico;
·
e
filosófico.
E qual é o conhecimento que leva à ciência?
Ciência é o
conhecimento que explica os fenômenos, obedecendo a leis verificadas por
métodos experimentais. A ciência baseia-se na regularidade, na previsão e no
controle de fenômenos que podem ser observados. Por meio dos seus métodos e
instrumentos, a ciência nos permite analisar o mundo ao redor e ver além do que
os olhos podem enxergar. O empreendimento científico e tecnológico do ser
humano ao longo de sua história é, sem dúvida alguma, o principal responsável
por tudo que a humanidade construiu até aqui.
Os
Diversos Tipos de Conhecimento (não as suas dimensões)
Conhecimento
científico
Engloba todas as
informações e fatos que foram comprovados com base em um método composto por
análises e testes científicos. Para isso, no entanto, o objeto analisado deve
passar por uma série de experimentações e análises que atestam ou refutam
determinada teoria.
O conhecimento
científico está relacionado com a lógica e o pensamento crítico e analítico.
Representa o oposto do conhecimento empírico (senso comum).
Conhecimento
teológico (religioso)
Esta forma de
conhecimento está baseada na fé religiosa, acreditando que esta possui verdades
absolutas, que apresentam as explicações para os mistérios que rondam a mente
humana. Não há a necessidade de verificação científica para que determinada
"verdade" seja aceite sob a ótica do conhecimento religioso.
O conhecimento
religioso se fundamenta em dogmas, verdades inquestionáveis orientadas pela fé.
Em geral, esses dogmas estão representados em escrituras sagradas para os
variados crentes, como a Bíblia, a Torá, o Alcorão, etc.
Conhecimento
empírico
É o chamado
"conhecimento vulgar" ou senso comum. Esse tipo de conhecimento surge
a partir da interação e observação do ser humano com o ambiente que o rodeia.
Por ser baseado nas experiências, o conhecimento empírico não costuma
apresentar a legitimidade da comprovação científica.
Ao contrário do
conhecimento científico, não há uma preocupação em refletir criticamente sobre
o objeto de observação, limitando-se apenas à dedução de uma ação.
Justamente por ser
adquirido unicamente por observação e com base em deduções simples, o
conhecimento empírico é um conhecimento superficial e, muitas vezes, suscetível
a erros.
Conhecimento
filosófico
Representa um
meio-termo entre o conhecimento científico e o empírico, pois nasce a partir da
relação do ser humano com o seu cotidiano, mas baseado nas reflexões e
especulações que este faz sobre todas e quaisquer questões.
Este tipo de
conhecimento foi construído devido à capacidade do ser humano de refletir
lógica e racionalmente. Mesmo sendo de natureza racional, o conhecimento
filosófico dispensa a comprovação científica, uma vez que não está submetido a
um método específico.
É graças ao
conhecimento filosófico que são construídas ideias, conceitos e juízos, que
buscam explicar, de modo racional, as diversas questões que surgem, sobre o
mundo e a vida humana.
Alguns estudiosos
também consideram o conhecimento filosófico um intermédio entre o conhecimento
científico e o conhecimento teológico (religioso).
Tal como o
conhecimento empírico, o conhecimento tácito baseia-se nas experiências
vivenciadas individualmente por cada pessoa ao longo da vida.
Este é um
conhecimento particular do indivíduo, um saber para si mesmo, sendo a sua
explicação ou transmissão para outras pessoas através de métodos didáticos
convencionais, difícil ou impossível.
A palavra tácito se
originou no latim tacitus, que significa "silencioso" ou
"não expresso em palavras".
O conhecimento tácito
é, portanto, difícil ou impossível de explicar e ensinar para outras pessoas
por métodos didáticos tradicionais.
Por se tratar de uma
qualidade ou habilidade individual, o conhecimento tácito só consegue ser
retransmitido através do convívio cotidiano e experimental, ignorando qualquer
tipo de explicação formalizada.
Um exemplo de
conhecimento tácito é nadar ou flutuar, tirar conclusões, etc. pois se trata de
algo que é aprendido apenas a partir da experiência e tentativa, sendo
desnecessário o uso de instruções escritas ou orais.
O conhecimento tácito
pode ser subdividido em cognitivo e técnico. Como técnico, entende-se todas as
habilidades informais do chamado know-how de cada indivíduo.
O conhecimento tácito
cognitivo é basicamente a percepção de mundo criada por cada pessoa ao longo
dos anos, suas crenças, filosofias, etc.
Tipo de
Conhecimento Base do Conhecimento Quem o Transmite?
Mítico Credo
Rapsodos (poetas
ou trovadores)
Religioso Crença (Fé) Teólogos / Líderes Religiosos
Senso Comum
(empírico) Convicção Pessoa Comum
Científico Razão Cientista
Tácito Vivência Indivíduo
A palavra “ciência” é
derivada do latim scientia, traduzida como “erudição ou sapiência”. A
ciência possui como objetivo a descrição, a explicação e a previsão de
fenômenos por meio da aplicação do método científico, o qual significa “ser
verificado e reproduzido”.
A ciência permite à
humanidade compreender um pouco mais sobre a natureza, e é importante na nossa
vida pois nos ajuda a ter uma qualidade de vida melhor. Através da ciência
muitas doenças foram eliminadas. A ciência possibilita avanços na saúde,
alimentação, energia e outros. Bem como o desenvolvimento da tecnologia.
As divisões do
conhecimento nessas áreas são:
·
Ciências Exatas e da Terra.
·
Ciências Biológicas.
·
Engenharias.
·
Ciências da Saúde.
·
Ciências Agrárias.
·
Linguística, Letras e Artes.
·
Ciências Sociais Aplicadas.
·
Ciências Humanas
Como classificar a ciência?
A partir do momento em que as ciências se tornam
autônomas, passam a ser classificadas em ciências formais, ciências da natureza
e ciências humanas. As ciências formais recebem esse nome porque seus objetos
de estudo não têm existência concreta, como a matemática e a lógica.
Como é que se faz ciência?
Debater, descobrir, fazer, discutir, refazer,
percorrer caminhos, considerar e concluir, sem mesmo em alguns momentos chegar
a conclusões, são etapas necessárias do processo de fazer ciência. Ciência essa
que entendemos não somente como aquela produzida nos laboratórios e sim toda a forma
de produção do conhecimento concreto, pela sua análise e estudo formal.
[i] 1
implícito, subentendido, subjacente, inexplícito, latente, velado.
Mantido em segredo:
2 escondido, encoberto, secreto, oculto, ignorado,
recôndito, esconso, escuso.
Sem som ou ruído:
3 silencioso, calado, mudo, quieto, calmo, sossegado,
tranquilo, silenciado, silente.
Num ambiente de trabalho é muito importante ter uma
equipe formada por pessoas que consigam aprender diariamente coisas novas, que
consigam aprender com os próprios erros, e que adquiram experiências e
habilidades durante suas jornadas.
Assim, a empresa deve sempre oferecer treinamentos e
capacitações, que são os modos mais diretos e eficazes para compartilhar o
conhecimento explícito, mas também ela deve estimular e incentivar os seus
colaboradores a adquirirem conhecimento tácito dentro de sua jornada pessoal.
O desafio de implementar o conhecimento tácito
compartilhado
Não adianta uma empresa possuir colaboradores ricos em
conhecimento se estes mesmos conhecimentos não puderem ser replicados para toda
a equipe. Assim, vem à tona novamente o maior desafio das empresas, que é
colocar em prática ações de compartilhamento do conhecimento tácito.
Por ser baseado em experiências particulares, é
realmente um desafio para uma empresa sistematizar o compartilhamento deste
tipo de conhecimento. Tende a não ser eficiente ou inteligente sistematizar o
conhecimento tácito de uma empresa, colocando, por exemplo, em um banco de
dados.
Porém, a dinâmica de capacitação em grupos pequenos,
como em duplas, pode acabar tendo o efeito desejado com resultados mais ricos.
Um novo funcionário, por observação, vai conseguir receber todo o conhecimento
necessário para desenvolver um trabalho mais rico e produtivo que se ele
tivesse somente assistido uma palestra ou uma aula teórica.
A gestão do conhecimento é a chave para o sucesso.
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