FORMAÇÃO
EM HOTELARIA
Motivação (Gestão por Objectivos)
Uma das grandes responsabilidades do supervisor é conseguir mais e melhor produtividade. Este problema é universal e não se confina ao mundo do trabalho. Achamos que ele seja dificuldade inerente a todos os que têm como responsabilidade conseguir que outros produzam algo.
É comum aos pais, mestres ou professores e governantes.
A resposta é conseguir motivação.
Todas as pessoas têm alguma necessidade, algum desejo ou
alguma emoção que uma vez encontrada e satisfeita o leve a lavar mais pratos ou
a cozinhar melhor. A grande proposta é encontrar a força motivadora, pois a
chave varia, de indivíduo para indivíduo e de tempos em tempos varia no mesmo
indivíduo, dependendo da situação.
Os estudiosos da matéria estabeleceram a chamada
hierarquia de necessidades, partindo do princípio que o homem das cavernas
começou com as necessidades simples ou primárias: abrigo, alimento e segurança
contra os inimigos.
A dificuldade em preencher essas necessidades
mantiveram-no ocupado.
Uma vez que as necessidades básicas estão preenchidas,
outras necessidades ou outros desejos aparecem.
Essas necessidades secundárias, variam com o indivíduo,
sendo fruto e reflexo do ambiente social em que o mesmo vive.
As necessidades secundárias não são as mesmas em África,
em Portugal, no Brasil ou nos Estados Unidos. Na maior parte dos países, porém,
com o advento do trabalho assalariado, o homem substitui a sua busca por
alimento e abrigo pelo dinheiro. O salário cobre essas necessidades, pelo que
elas deixam de ser motivações. É claro que sempre que o salário melhora,
permite a satisfação de outras necessidades secundárias, podendo assim ser, em algum momento, uma
motivação, mas nem sempre.
Um empregado aceita, por vezes, trocar de lugar para
ganhar menos porque, no seu conceito, o novo cargo se apresenta como uma
promoção social.
Cada trabalho tem o seu tipo de pessoas e nem para todas
se aplicam as mesmas formas de motivação.
O facto de que as necessidades secundárias não são tão
prementes por não serem básicas para a sobrevivência, tornam-nas mais difíceis
de classificar ou identificar no indivíduo.
A necessidade de comida é motivadora para todos. Mas a
necessidade de louvor, elogios ou reputação já não é tão necessária para
tantos.
Um psicólogo conhecido, H. Maslow, classificou as necessidades,
dando-lhes uma ordem de prioridade que, de certo modo, ajuda os que nisso
estiverem interessados.
Segundo ele, cada nível de necessidade só pode ser
activado quando o nível anterior estiver completamente, ou quase preenchido.
Por outro lado, uma necessidade preenchida não actua
mais como motivadora.
Assim sendo, o responsável que pretenda motivar os seus
subordinados deve conhecer bem o seu carácter e o seu estilo de vida,
estabelecendo a partir dessa análise, as necessidades motivadoras criadas, ou a
criar.
A lista de Maslow coloca as necessidades físicas em
primeiro lugar. Altos níveis de motivação precisam esperar pela satisfação das
necessidades básicas. Por exemplo: um empregado fatigado por fazer horas extra
porque tem um segundo emprego, embora a meio tempo, não poderá ser motivado
para mais nada enquanto não conseguir algum repouso, ou um trabalho que lhe
permita mais repouso. Porque ele já está a conseguir mais dinheiro, embora
sacrificando uma necessidade básica.
Para maior compreensão, apresentamos, a lista
classificativa das necessidades:
1o - Necessidades fisiológicas básicas
(alimentação, abrigo, repouso).
2o - Segurança (futuro, prepotência, actos
arbitrários, mudanças, desemprego).
3o - Actividade social, repouso e distracção,
ser notado (clubes, amigos, reuniões, cinema, etc).
4o - Respeito próprio e reconhecimento.
5o – Realização.
Uma vez conseguida a motivação, o responsável pelo
estabelecimento deve estabelecer os objectivos do grupo de trabalho e propor
metas a atingir. Essas metas não devem ser muito ambiciosas inicialmente, para
não parecerem difíceis de atingir, desmotivando. É preferível dividir os prazos
em períodos mais curtos, quinzenais ou mensais, por exemplo, em vez de
estabelecer um objectivo de mais longo prazo.
Depois, no final de cada período, comparar os
objectivos, e se não foram totalmente alcançadas as metas propostas, propor um
incentivo para que o sejam no período seguinte, em vez de uma crítica severa
com rrsultado desmoralizador.
Rotatividade e Absenteísmo
Existem empresas antropófagas, que dilaceram os seus
executivos e empregados até que deles nada reste aproveitável; na maior parte
das vezes, a única culpa dos responsáveis é não se terem apercebido, do que
estava a acontecer.
Esta situação é motivada, quase sempre, por uma falta de
análise do problema.
Mas isso acontece também com o cidadão que perde amigos,
apenas por não ser capaz de analisar o que eventualmente esteja errado no
relacionamento. Continua a ser uma boa pessoa, mas não tem capacidade de motivar
uma amizade pura.
No trabalho, o relacionamento deve ser motivado e todos
devem estar empenhados num alvo comum – o resultado final.
Ele começa como uma descrição de secções e postos de
trabalho, para depois se desdobrar noutros organogramas menores, referentes às
secções, onde, por sua vez, os postos de trabalho se desdobram em posições, e
estas passam a ter um nome, “o da pessoa que ocupa a posição”.
A função do organograma é estabelecer o quadro do
pessoal e respectivas hierarquias (é semelhante, à árvore genealógica, numa
família), quem é quem na empresa. E a quem corresponde, directamente,
determinada posição ou determinado posto de trabalho. Em termos de organização
e preenchimento de vagas, o organograma é um precioso instrumento de trabalho,
cujo valor não deve ser menosprezado.
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