COMO
GERENCIAR UM RESTAURANTE-
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Mesmo
nos estabelecimentos independentes, ao falar-se no restaurante a nossa mente
liga a palavra, à área onde o público é servido, isolando-a do resto.
Para
mim, restaurante é todo o conjunto de serviços que proporcionam refeições aos
clientes, os quais se dividem em:
• Bar
• Cozinha e Confeitaria
• Copa
• Cafetaria / Cave do Dia
• Almoxarifado, Despensa e (ou) armazém
Estas são as secções em que se subdividiria uma unidade independente. Num hotel, podemos ainda acrescentar o Room Service (serviço de refeições nos quartos) e os salões de Convenções.
Este
conjunto de serviços é usualmente designado por A&B (alimentos e bebidas)
para o distinguir do serviço de quartos.
Cozinha,
Confeitaria e Cafetaria são os locais de
produção
Copa,
Cave de Dia e Despensa, departamentos de apoio.
Cozinha/
Copas/ Confeitaria
Os
objetivos de um planejamento moderno de cozinha, devem ter em conta:
• Serviço rápido e eficiente
• Mínimo de pessoal possível
• Altos níveis de higiene e sanidade
• Controle adequado das mercadorias
• Bom equipamento de frio
• Composição da carta
• Número de lugares
• Clientela potencial (tipo de clientes)
• Período de maior procura
• Horas de operação (duração dos
períodos)
• Se a Confeitaria será feita, ou não,
nas instalações (ou fora).
• Posicionamento de entrada de
mercadorias
• Posicionamento das saídas de alimentos
(vulgo “roda”)
• Localização dos locais de lavagem e
seu dimensionamento
• Localização da despensa e seu
posicionamento
Neste
estágio, é sempre necessário que o arquiteto tenha a colaboração de quem
conheça a operação do restaurante, para ajudar na distribuição de áreas. Essa
experiência é necessária para bom planejamento dos vários circuitos, pessoal.
clientes e mercadorias sem se cruzarem, bem como das localizações dos vários
equipamentos e áreas de trabalho, dando a todas elas, condições equitativas de
bom funcionamento, seguindo o fluxo normal: recebimento de mercadorias;
armazenagem (nas câmaras, na despensa do dia, ou outros locais de utilização);
despacho; preparação; saída para consumo.
A
menos que se tenha uma grande familiarização, com a forma como decorrem os
serviços de “retaguarda”, é sempre possível esquecer ou descuidar pontos
importantes para o fluxo correto dos mesmos.
Quantas
vezes, num restaurante bem concebido e excelentemente decorado, o arquiteto
descurou espaço para as áreas de preparação e armazenagem de géneros ou, se
este existe está inconvenientemente localizado.
Quando
todos os técnicos se juntam desde o início da planificação, é possível
localizar a contento, colunas; esgotos; canalizações; pontos eléctricos;
escadas; elevadores ou outros itens que, na maior parte das vezes, em nada
prejudicam o “esquema arquitectónico”, ou a decoração, em razão da sua
localização, mas irão facilitar imenso, no futuro, o transito ou a qualidade do
serviço prestado, bem como o esforço do pessoal que o providencia.
Após
a especificação do material e a sua localização é importante também
calendarizar as entregas, de forma a que o fluxo de chegada dos equipamentos,
coincida com o avanço da obra, de forma a que esta não seja prejudicada por
atrasos de entrega, mas evitando também que os equipamentos cheguem cedo
demais, sofrendo as consequências de uma permanência longa, em locais onde a
poeira abunda e as pancadas são inevitáveis, com encurtamento da vida útil dos
aparelhos.
Cada
projeto tem suas dificuldades e peculiaridades, sendo sempre pouco, o espaço atribuído
nas construções para as cozinhas e serviços de apoio. Por essas e outras
razões, a discussão prévia em reuniões abertas para o efeito é muito
aconselhável.
Entre
os conhecimentos desejáveis ao técnico, estão as várias atribuições de espaço,
de acordo com as necessidades de serviço
Almoxarifado
m2 total de
espaço, por cada lugar de cliente desejado
Restaurante Tradicional 4 a 5 m2
Coffee
Shop – serviço de mesa 3.5 a 4 m2
Serviço
de balcão 5 a 6 m2
Cafetaria 4 a 5 m2
Banquetes 2,5 a 3 m2
Planta
de uma área de Serviços de apoio
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