Seleção
de Equipes
Um Atalho para a Qualidade
Depois
de estabelecido o quadro de pessoal numa empresa, começa a procura e seleção de
candidatos para o preenchimento das vagas. Numa grande organização, isso é
encargo de RH ou DP; mas num pequeno estabelecimento, este trabalho normalmente
é feito pelo gerente, em colaboração com os chefes. Duma forma geral, a procura
de candidatos, em hotelaria, é um trabalho que uma vez iniciado nunca mais
termina. As promoções, as demissões e as transferências, vão criando vagas, que
é necessário preencher.
O
preenchimento das vagas, porém, significa mais do que a simples colocação de um
trabalhador, num lugar onde não existia nenhum. A admissão de novos empregados,
tem repercussões em toda a equipe. A qualidade e a quantidade de empregados
tem, como é ‘óbvio’, relação com a futura gestão e administração dos mesmos.
Por outro lado, a rotina de seleção é o primeiro e, em muitos casos, o único
contacto do trabalhador com a empresa, pelo que é excelente oportunidade de
estabelecer, no espírito deste, quer fique ao serviço quer não, uma imagem
favorável desta.
Por
esta razão, o contacto para admissão deve sempre ser feito por alguém
responsável e, conhecedor do que ele significa, tanto para o trabalhador, como
para a firma. Nas organizações com serviços de pessoal centralizados, estas
responsabilidades estão definidas, e as entrevistas são conduzidas por quem
tenha treinamento adequado para o efeito.
Um
arquivo de candidatos é uma ótima decisão, mesmo numa pequena entidade, pois as
fichas já podem conter uma série de elementos, que evitarão perda de tempo no
momento da contratação.
Estabelecer
o perfil do candidato que se pretende contratar, de acordo com as necessidades
do cargo, pode ser um grande avanço no sentido de criar uma equipe de
qualidade, com características definidas para o serviço que se pretende dar à
clientela.
Procuraremos
dar ajuda, apresentando, a seguir, um esboço de como estabelecer o Perfil
desejado, para o Candidato a cada cargo numa Empresa.
Perfil de candidato
1- Identificação
do cargo
Título do cargo na
empresa: nome
por que o cargo é conhecido no mercado
local de trabalho:
departamento
subordinado:
cargo do chefe
imediato:
2- Sumário do
cargo / função
indicar
os objetivos e a que se destina o cargo:
3– Definição das
tarefas
citar
todas as tarefas que executa
4– Instrumentos
– ferramentas – equipamentos utilizados
5 - Requisitos:
I) - escolaridade:
Especificar
curso técnico ou outros, que possam ser importantes para a admissão:
( ) nenhuma preparação
( ) primário completo
( ) primário incompleto
( .)
2º grau completo
( ) 2º grau incompleto
( ) curso técnico
( ) curso superior
( ) especialização
II - personalidade:
a) requisitos imprescindíveis:
b) requisitos desejáveis:
III
- treinamento:
Indicar
se é indispensável, ou não, para o desempenho da tarefa;
tipo
(prático ou básico) e duração:
IV - experiência:
indicar
o tempo e o tipo de experiência prática, anterior, necessária ao exercício da
tarefa:
V- características inerentes para ocupação
do cargo:
especificar
quais são e porque:
sexo:
__________ idade mínima:
________ idade máxima: ________
VI -
Responsabilidades
Indicar
quais os recursos que ficam sob sua influência e as possíveis perdas devidas a descuidos,
em termos de :
( )
dinheiro
( )
mão de obra
( )
relatórios
( )
dados confidenciais
( )
controlo de pessoal
( )
equipamentos
( )
material
( )
liderança
( )
segurança de terceiros
( )
supervisão de pessoal
6
- Regime de trabalho
( )
diurno ( )
noturno ( ) turnante
horário:
__________________________________________________________
horas
extras: ______________________________________________________
7
– Promoção
indicar
quais as possibilidades / qual o acesso
8
– Observações gerais:
DESCRIÇÃO
DAS RESPONSABILIDADES
A
definição de posto de trabalho (Job Analysis) ou descrição das
responsabilidades (Job Description) está, na maior parte dos países,
estabelecida com o acordo dos sindicatos e, não há muito a fazer neste campo.
De qualquer modo, os serviços exatos a efetuar, bem como o posto de trabalho em
si, podem variar de um estabelecimento para outro, devido à própria estrutura
física dos locais, ou em razão da estrutura hierárquica implantada. É uma boa prática,
tanto numa nova unidade, como no caso de unidades já em funcionamento, que os
empregados designados para desempenhar o lugar, participem na elaboração, tanto
da definição do posto de trabalho, como na descrição de responsabilidades. Isso
faz com que esses elementos aceitem melhor o trabalho que lhes é destinado,
pois eles próprios o ajudaram a definir.
Conduz
ainda, a uma maior participação no bom resultado do sector, pois eles acham-se
empenhados no efeito final do “documento”, ou seja, no sucesso da “sua
decisão”.
Isto
é, na prática, uma das aplicações da motivação sobre o indivíduo, base da
gestão participativa, que analisaremos depois, mas que importa já referir.
Daremos
ainda, algumas indicações sobre descrições de responsabilidade, com exemplos de
vários cargos, para familiarização dos participantes, e exemplo de como pode
ser feita a elaboração de outras no futuro.
DEFINIÇÃO
DE POSTO DE TRABALHO (Job specification)
A
definição do posto de trabalho é importante para o caso de novas admissões e
para dar ao empregado, a sua exata posição, no organograma da empresa,
sobretudo em grandes organizações, quase sempre impessoais e hierarquizadas.
Evita
que o chefe do setor ou o gerente, tenham que perder tempo com explicações ao
departamento de pessoal, sobre o perfil do candidato ideal para determinado
posto, a cada vez que for necessária uma contratação.
Não
faremos exaustiva apresentação, dos vários postos de trabalho, mas damos
abaixo, a descrição de como pode ser elaborado este documento, para a posição
de “cozinheiro de chapa” num coffee-shop.
Definição
de posto de trabalho
Denominação
do cargo
– Cozinheiro de chapa
Nº
de empregados no cargo – normalmente um ou dois, por turno, dependendo do
movimento da sala.
Sexo
requerido – masculino ou feminino
Horário
– 10,00 às 20,00 – 9 horas no máximo, com 1 hora de intervalo.
Folgas
– dois dias por semana, rotativos (ver horário geral) Posição 12.
Férias
– um mês por ano (ou 15 dias a cada seis meses)
Contrato
– semestral, até três anos (passagem ao quadro possível).
Qualificações
– regulares. Deve saber ler e escrever. Saber seguir as instruções dos pratos
a preparar.
Deve
manter-se calmo, nas horas de movimento, para não trocar os pedidos.
Personalidade
– amável e sociável. Limpo: sem doenças ou maleitas, bastante calmo e tranquilo
quando pressionado.
Contactos
Diretos – todo o pessoal
Tipo
de trabalho – sem grande técnica. Pouca supervisão
Supervisor
direto – chefe de cozinha e director dos restaurantes
Limites
de idade – 18 aos 50 anos
Estado
Civil – Solteiro ou casado
Salário
– nível VII – 2 refeições no período de trabalho
Uniforme – Feminino – uniforme da casa – limpeza do
empregado
Masculino – uniforme da casa – limpeza do empregado
Experiência
- experiência prévia de confecção de alimentos, desejável, mas não
absolutamente necessário. Neste último caso, deve submeter-se a treinamento, 15
dias.
Instrução
– primária – deve ler e escrever bem
Requisitos
físicos – Deve ser limpo e, gozar de boa saúde. Não alérgico, a alimentos ou ao
vapor. Não pode usar óculos.
Responsabilidade
– Por si próprio. Com um mínimo de supervisão.
Condições
de trabalho – Normais. Lida com comidas quentes, líquidos, bem como com
equipamento eléctrico a altas temperaturas. Usa utensílios cortantes, que
requerem bastante atenção durante o manuseio.
Possibilidade de promoção – possíveis, para o nível
VIII. Mas, nunca, antes de seis meses
.
Um
departamento de pessoal organizado no entanto, não se limita à contratação ou à
manutenção de ficheiros; ele deve estar apto a apoiar os departamentos
operacionais, com uma política de treinamento e promoções, num esforço para
encontrar nos empregados ao serviço, aqueles que demonstrem talento e
capacidade para futuras funções de supervisão, chefia ou mesmo gerência. E tudo
isto pode começar, numa entrevista bem conduzida e na perspicácia do
responsável, no momento da admissão.
A contratação
de empregados deve ser feita, tendo em conta que a folha de pagamentos
necessita estar equilibrada com o volume das vendas e que por vezes, menos
empregados, melhor retribuídos, produzem melhor e mais alegremente, do que
muitos com salários abaixo das suas necessidades. Por outro lado, deve haver
cuidado em não admitir pessoal em excesso, seguindo o princípio simplista, de
que a qualquer momento se pode reduzir o quadro, se as previsões não
corresponderem à realidade.
Este
pensamento não tem em conta o respeito pelo valor humano do indivíduo e é um
mau princípio para qualquer atividade, de qualquer porte.
Em
caso de dúvidas, é preferível lançar mão da contratação de pessoal em part-time
ou ao serviço de “extras”, para fazer face a um excesso imprevisível de
serviço.
Por
outro lado, uma optimização dos cálculos de pessoal a admitir, ou do pessoal
necessário ao empreendimento, demonstra capacidade de gestão e conhecimento dos
tramites do negócio.
Os
géneros, as bebidas e outros itens, são encomendados de acordo com as
perspectivas de vendas. A mesma atitude deve existir, em relação à força de
trabalho.
Além
destas razões negativas para o excesso de pessoal, a prática indica que os
empregados estão mais satisfeitos e mantém moral mais elevado, quando estão
permanentemente ocupados. É facto também constatado, que quanto menos há para
fazer, mais problemas surgem com o pessoal.
Uma
boa forma de analisar as necessidades de pessoal, é fazer um estudo do
movimento local, usando como guia o número de couverts ou o volume de vendas e
a partir daí estabelecer o número de empregados necessários.
Claro
que esta análise só poderá ser feita, com um estabelecimento já funcionando.
Para uma pré-inauguração, devem fazer-se previsões cuidadosas, mas pode usar-se
o mesmo sistema, corrigindo-o depois.
Apesar
de termos citado pontos importantes do que a esta área diz respeito, muito
ficou ainda por analisar. E mesmo que sobre isto nos debrucemos mais
longamente, muito ficará por esclarecer. O indivíduo é a máquina mais
complicada com que qualquer responsável precisa lidar. Em hotelaria, o
indivíduo é ainda a máquina principal, o que felizmente se manterá, pois não se
poderá robotizar a indústria de serviços, e o futuro aponta que as indústrias
de lazer sejam as que absorverão os excedentes de mão-de-obra a cada
movimentação industrial.
Vale
a pena rever com outros objetivos, as vantagens de uma boa seleção e como ela
pode contribuir para o bom funcionamento da unidade, evitando a rotatividade e
os custos que ela acarreta, em treinamento ou novas seleções.
Um
esquema de seleção e admissão, 100% correto é impossível de conseguir. Qualquer
processo de seleção é sempre subjetivo, mesmo utilizando os modernos métodos e
exames psicotécnicos. Mas precisamos aceitar que não é prova de inteligente
direção, colocar uma equipe para selecionar uma boa máquina de lavar louça (por
exemplo) e depois, deixar ao acaso da sorte, a admissão da pessoa ou pessoas
que vão trabalhar com ela.
Treinamento
O (job
description) e o (job analysis) são peças fundamentais para
estabelecer as responsabilidades do indivíduo, em relação ao trabalho que lhe
está destinado. Mas isso não é tudo. O novo empregado deve ser familiarizado
com os hábitos da empresa, com os locais de trabalho e com as máquinas que vai
operar. Mesmo sendo um profissional com passado já conhecido, é de todo
interesse para o seu rendimento futuro, que receba treinamento ao entrar para o
seu novo cargo.
Se a
seleção de pessoal, tem muita importância para a empresa, o treinamento dos
novos empregados não tem menos interesse, pois visa os mesmos fins.
Um
empregado que se sente confiante e à vontade no posto que ocupa, produz mais,
com mais satisfação e com mais desejo de aí permanecer.
A
palavra posto de trabalho tem um significado na terminologia técnica e
outro no uso geral. A maioria das pessoas faz pouca distinção entre posto de
trabalho e posição, exceto quanto ao desejo de ter uma posição, mais do que um
posto de trabalho. Isso conduz a que muitas vezes, se diga que o Maitre ou o Gerente,
têm uma posição, enquanto um cozinheiro ou um empregado de restaurante, têm
postos de trabalho.
Na
análise do responsável pela administração de pessoal, porém, posto de trabalho
e posição, são coisas diferentes, mas não com o significado que outros lhe dão;
posto de trabalho é um grupo definido de encargos e responsabilidades, com
facilidades postas à disposição deste para a sua execução. Cada grupo diferente
é um posto de trabalho, enquanto posição, é a ocupação por uma pessoa, nesse
posto e trabalho, abarcando a totalidade ou não, das responsabilidades
inerentes ao mesmo. Posto de trabalho é ponto inanimado, um quadrado em branco
no plano organizacional, que se transforma em posição, quando preenchido por
uma pessoa. Um posto de trabalho, pode ter uma ou mais pessoas. É por isso que, ao pensar-se num esquema de
organização, deve ter-se uma (job description) que servirá de base ao
treinamento.
Em
certos casos, para cargos onde não seja exercida uma supervisão direta
constante ou permanente, pode usar-se o sistema de “distribuição horária” das
funções, o qual além de ajudar o empregado a dosear o seu esforço, permite
também a qualquer responsável, em qualquer altura, verificar se o trabalho está
ou não, atrasado em relação ao pretendido ou ao necessário.
Damos
um exemplo fictício, tendo como base as funções de empregada da limpeza:
6:00 – recolhe os utensílios e
material de limpeza e dirige-se ao hall
6:15/ 6:45
– faz a limpeza do hall
6:45/
7:30 – limpa armários e os vidros
7:30/
7:45 - toma
o pequeno almoço
7:45/
9:00 – limpa
a sala do restaurante
9:00/
11:00 – limpa
os sanitários dos clientes
11:00/
12:00 – horário de almoço e período de
descanso
12:00/
14:00 – limpa vestiários e sanitários
do pessoal
14:00/
15:00 – faz uma revisão dos sanitários
dos clientes
Deixa
o serviço às 15:00 horas.
Este
tipo de “distribuição horária” pode ser aplicado a qualquer posição interna, que
não tenha contato direto com os hóspedes, devendo quando possível, ser
elaborado com a colaboração do supervisor e do empregado interessado.
Ao
providenciar treinamento a qualquer novo empregado, deve ter-se em conta que
numa indústria de serviços, não é suficiente uma boa eficiência técnica.
As
atitudes em relação ao cliente e aos outros colegas de trabalho, devem também
ser objeto de treinamento. Não tem muito interesse, para um trabalho de equipe,
um excelente profissional que seja conflituoso ou que consiga as suas
performances à custa do sacrifício dos outros colegas. Por outro lado, a
eficiência num restaurante, (como aliás num hotel) sofre sempre, quando o
cliente é dissociado do trabalho a fazer, visto que em todos os casos, o
cliente é o objetivo deste trabalho.
Sempre
que possível, o cliente deve ser incluído, nas (job analysis) e (job
descriptions).
Um
programa de treinamento, não deve existir só para novos empregados. Os que já
estão ao serviço, devem também ser reciclados e em muitos casos relembrados das
políticas e normas em uso no estabelecimento; ao mesmo tempo, podem ir sendo
preparados para futura promoção ou ainda para outros cargos, noutros
departamentos, onde poderão obter melhor salário ou ajudar nas emergências da
empresa. Os supervisores e os chefes estão permanentemente treinando os seus
subordinados. Ainda que neste caso, o treinamento não seja formal, ou
antecipado às necessidades. Na maior, senão na quase totalidade das vezes em
que é utilizado, destina-se apenas a corrigir erros que foram cometidos pelo
empregado, tendo lugar após o incidente.
Muitas
vezes também, este treinamento limita-se a conseguir que um empregado
obstinado, faça o que o supervisor quer, certo ou errado, razão porque o
treinamento de chefes e supervisores deve também ser contemplado. Sobretudo,
ensinando-os a que o treinamento de seus empregados só será produtivo, se no
espírito, não mantiverem a ideia prévia de que por serem bons supervisores, são
bons mestres. Isso nem sempre corresponde à realidade e um pouco de humildade é
sempre útil a quem comanda.
O
treinamento é necessário, embora em muitos casos seja olhado com desconfiança e
certo antagonismo pelos empregados, pois lhes coloca o problema da insegurança.
Os responsáveis devem estar conscientes disso, apresentando-o aos interessados
como uma possibilidade de promoções futuras, para garantir a sua adesão à ideia.
Motivação
(gestão
por objetivos)
Uma
das grandes responsabilidades do supervisor, é conseguir mais e melhor
produtividade. Este problema é universal e não se confina ao mundo do trabalho.
Achamos que ele seja uma dificuldade inerente a todos os que têm, como
responsabilidade, conseguir que outros produzam algo.
É
comum aos pais, mestres ou professores e governantes. A resposta é: conseguir
motivação.
Todas
as pessoas têm alguma necessidade, algum desejo ou alguma emoção que, uma vez
encontrada e satisfeita, o leve a lavar mais pratos, ou a cozinhar melhor. A
proposta será, encontrar a força motivadora, pois a chave varia de indivíduo
para indivíduo e, de tempos em tempos, varia no mesmo indivíduo, dependendo da
situação.
Os
estudiosos da matéria, estabeleceram a chamada hierarquia de necessidades,
partindo do princípio que o homem das cavernas, começou com as necessidades
simples ou primárias: abrigo, alimento e segurança contra os inimigos.
A
dificuldade em preencher essas necessidades, mantiveram-no ocupado.
Uma
vez que as necessidades básicas estão preenchidas, outras necessidades ou
outros desejos, aparecem.
Essas
necessidades, secundárias, variam com o indivíduo, sendo fruto e reflexo do
ambiente social em que o mesmo vive.
As
necessidades secundárias, não são as mesmas em África, em Portugal, no Brasil
ou nos Estados Unidos. Na maior parte dos países, porém, com o advento do
trabalho assalariado, o homem substitui a sua busca de alimento e abrigo, pelo
dinheiro. O salário cobre essas necessidades, pelo que elas deixam de ser
motivações. É claro que sempre que o salário melhora, permite a satisfação de
outras necessidades secundárias, podendo assim ser, em algum momento uma
motivação, mas nem sempre.
Um
empregado aceita por vezes trocar de lugar para ganhar menos, porque no seu
conceito o novo cargo se apresenta como promoção social.
Cada
trabalho tem o seu tipo de pessoas e nem para todas se aplicam as mesmas formas
de motivação.
O
fato de que as necessidades secundárias não são tão prementes por não serem
básicas para a sobrevivência, tornam-nas mais difíceis de classificar ou identificar,
no indivíduo.
A
necessidade de comida é motivadora a todos. Mas, a necessidade de louvor,
elogios ou reputação, já não é tão necessária, a tantos.
H.
Maslow um conhecido psicólogo, classificou as necessidades, dando-lhes uma
ordem de prioridade que, de certo modo, ajuda os que nisso estiverem
interessados.
Segundo
ele, cada nível de necessidade, só pode ser ativado, quando o nível anterior
estiver completamente preenchido, ou quase.
Por
outro lado, uma necessidade preenchida, não atua, mais, como motivador.
Assim
sendo, o responsável que pretenda motivar os seus subordinados, deve conhecer
bem o seu carácter e o seu estilo de vida, estabelecendo a partir dessa
análise, as necessidades motivadoras, criadas, ou a criar.
A
lista de Maslow, coloca as necessidades físicas em primeiro lugar. Altos níveis
de motivação, precisam esperar pela satisfação das necessidades básicas. Por
exemplo: um empregado fatigado por fazer horas extras, porque tem um segundo
emprego, embora a meio tempo, não poderá ser motivado para mais nada, enquanto
não conseguir algum repouso, ou um trabalho que lhe permita mais repouso.
Porque mais dinheiro ele já está conseguindo, embora sacrificando uma
necessidade básica.
Para
maior compreensão, apresentamos, a lista classificatória das necessidades:
1º -
Necessidades Fisiológicas básicas (alimentação, abrigo, repouso).
2º -
Segurança (Futuro, prepotência, atos arbitrários, mudanças, desemprego).
3º - Atividade
social, repouso e distração, ser notado (clubes, amigos, reuniões, cinema,
etc).
4º - Respeito próprio e reconhecimento
5º - Realização
Conseguida
a motivação, o responsável deve estabelecer os objetivos do grupo de trabalho,
e propor metas a atingir. Essas metas não devem ser muito ambiciosas
inicialmente, para não parecerem difíceis de atingir, desmotivando. É
preferível, dividir os prazos em períodos mais curtos, quinzenais ou mensais,
por exemplo, em vez de colocar um objetivo de mais longo prazo.
Depois,
no final de cada período, comparar os objetivos e, se não foram totalmente
alcançadas as metas propostas, propor um incentivo, para que o sejam no período
seguinte, em vez de uma crítica severa, cuja ação será desmoralizadora.
Rotatividade
e Absenteísmo
Os
dois vocábulos que apresentamos, têm muito a ver, com a falta de motivação.
Quando numa empresa, se verificam, altos níveis de absenteísmo (ausências ao
trabalho) e rotatividade nos quadros, o responsável deve preocupar-se,
analisando a sua empresa e o que ela oferece, como motivação aos empregados.
Existem
empresas antropófagas, que dilaceram os seus executivos e empregados, até que
deles nada reste aproveitável; na maior parte das vezes, a única culpa dos responsáveis,
é não se terem apercebido do que estava acontecendo.
Quase
sempre, esta situação é motivada por desconhecimento, ou uma falta de análise
do problema.
E
isso acontece, também, com o cidadão que perde amigos, apenas por não ser capaz
de analisar o que, eventualmente, esteja errado no relacionamento. Continua
sendo boa pessoa, mas não tem capacidade de motivar uma amizade pura.
No
trabalho, o relacionamento deve ser motivado, e todos devem estar empenhados
num alvo comum – o resultado final.
O
Organograma
Falamos
atrás, quando dissemos que o posto de trabalho era uma coisa inanimada que só
começava a viver quando um indivíduo o ocupava; “que ele era um quadrado branco
no plano organizacional”; esse “plano organizacional” chama-se “organograma”.
Ele
começa, como uma descrição de secções e postos de trabalho, para depois se
desdobrar, noutros organogramas menores, referentes às secções, onde, por sua
vez, os postos de trabalho se desdobram em posições, e estas passam a ter um
nome, “o da pessoa que ocupa a posição”.
A
função do organograma é estabelecer o quadro do pessoal e, respectivas
hierarquias (semelhante, à árvore genealógica, numa família) quem é quem, na
empresa. E, a quem corresponde, diretamente, determinada posição ou determinado
posto de trabalho. Em termos de organização e preenchimento de vagas, o
organograma é um precioso instrumento de trabalho, cujo valor não deve ser
menosprezado.
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