Princípios do Gerenciamento
Hoteleiro
Princípios do Gerenciamento Hoteleiro
O
anseio de grande parte dos profissionais que ingressam na hotelaria, é poder um
dia assumir a Gerência de um estabelecimento.
Isto
não deve ser de forma alguma Utopia, embora pressuponha um conjunto de
capacidades que respondam às responsabilidades do cargo.
Como
forma de ajudar os possíveis candidatos a se prepararem ao longo da carreira,
para o acesso a esse cargo, e usando a nossa opinião, criámos um texto simples
dos conhecimentos básicos e responsabilidades rotineiras de um Gerente, além da
possível solução dos problemas diários que possam surgir.
Classificação Hoteleira Internacional
Apesar
de o sistema por nós conhecido e utilizado ser o mais difundido, ele não é
seguido em todo o mundo, e muitos países usam outros sistemas nas suas
classificações, o que leva a que existam mais de trinta formas de
classificação.
A
Grécia usa o sistema de letras; e as "coroas", são uma característica
da Grã-Bretanha.
O
sistema nacional francês estabelece seis categorias para hotéis turísticos,
entre as quais, cinco com a atribuição de estrelas (1 *, 2 *, 3 *, 4 * L, 5 *).[1]
Os
requisitos mínimos para a obtenção de uma categoria são:
-
Quantidade de quartos,
-
As instalações gerais;
-
O equipamento de hotel;
-
Conforto da habitação;
-
Disponibilidade para inválidos e pessoas com mobilidade reduzida.
Os
países europeus de classificação alemã seguem as cinco classes.
·
Classe
turística - 1 *;
·
Classe
padrão - 2 **;
·
Classe
confortável - 3 ***;
·
Primeira
classe - 4 ****;
·
Luxo
- 5 *****.
Na
Grécia, o sistema de classificação é alfabético, embora seja possível ver
também nas placas de hotéis as estrelas habituais. Os hotéis gregos têm quatro
categorias: A, B, C, D.
Nessas
categorias os Hotéis:
·
A
- correspondem a um nível de quatro estrelas,
·
B
- três estrelas,
·
C
- de duas estrelas.
A
denominação “de Luxe” é muitas vezes atribuída na Grécia, aos hotéis da
categoria máxima.
A
classificação dos hotéis ingleses é complexa. Como regra geral, os hotéis não
ostentam nem estrelas nem coroas nas suas fachadas. Para traduzir uma categoria
de hotel da «linguagem de coroas» para "estrelas", é necessário tirar
um do número geral de coroas, pelo que o mais correto é usar a classificação
oferecida pela Associação das agências de turismo britânicas:
-
Hotéis económicos (1 estrela) estão localizados na parte central da cidade e
têm um mínimo de conveniências;
-
Hotéis de classe turística (2 estrelas) têm um bar e restaurante;
-
Hotéis de classe média (3 estrelas) têm grau bastante elevado de serviço;
-
Hotéis de primeira classe (4 estrelas) oferecem alta qualidade de instalações e
um excelente grau de serviço;
-
Hotéis da categoria máxima (5 estrelas) têm um grau de serviço e instalações extra class.
A
classificação dos hotéis italianos é um pouco confusa, pois o país não usa a
escala de "estrelas". De acordo com as normas aceitas na Itália, os
hotéis são classificados em três categorias: a primeira categoria pode ser
equiparada a quatro estrelas, a segunda categoria a três estrelas, e a terceira
categoria a duas estrelas. Existem no entanto em Itália, excelentes pensões e
albergarias.
A
Espanha mantém uma gradação dos meios de hospedagem em categorias:
-
Hotéis - cinco categorias de 1 a 5 estrelas;
-
Casas do tipo hotel, pensões, hosteis, apartamentos, etc. - de 1 a 4 estrelas;
-
Pousadas - de 1 até 3 estrelas;
Existem
neste país empresas estatais para recepção dos turistas, sob orientação do
Ministro de Estado do Turismo e fortalezas antigas e palácios estão equipados
como hotéis "luxo" com classificação própria.
Pode
verificar-se que cada país tem a sua classificação de hotéis, e determinada
categoria, localizada em países diferentes, embora com características
semelhantes, têm distinções essenciais.
Classificação
Mundial de Hotéis
Não
se conseguiu até agora que alguma classificação fosse adoptada ao nível
internacional, embora tenha havido tentativas de unificação do sistema de
classificação, de modo a conseguir uma norma internacionalmente reconhecida e
confiável, mas elas falharam. Os sistemas de classificação mais comuns dos
operadores de turismo incluem a 'estrela', mas em muitos casos são simplesmente
uma nota de rodapé "satisfatório" ou "insuficiente" para
alojamento, sobretudo para albergues e motéis. Os sistemas que utilizam termos
como De luxe / Luxo, Primeira Classe / Superior, Classe Turística / Padrão,
Classe e Orçamento / Económico são mais largamente aceites como tipos de
hotéis, do que as normas inerentes a estes.
Os
hotéis são avaliados de forma independente em sistemas tradicionais e descansam
muito nas facilidades oferecidas. Alguns consideram isso desvantajoso para
hotéis menores, cuja qualidade de alojamento poderia cair em uma classe, mas a
falta de um item como elevador iria impedi-lo de alcançar uma maior qualificação.
Os serviços de alimentação, entretenimento, vista e variantes do quarto como
tamanho e amenidades adicionais, spas e centros de fitness, facilidade de
acesso e localização, podem ser considerados no estabelecimento de um padrão,
pelos operadores de turismo.
Embora
a OMC e ISO tenham tentado persuadir os hotéis a concordar com alguns
requisitos mínimos como normas em todo o mundo, a A.I.H. sediada em Paris e a
(IH & RA) opõem-se a qualquer tipo de ação nesse sentido. De acordo com a
IH & RA, harmonizar a classificação com uma base única seria uma
indesejável e impossível tarefa. Esta parece ser uma posição política, pois com
um guia rápido e não burilado, podemos chegar a alguns resultados palpáveis e
possíveis:
-
Um
hotel de 1-Estrela fornece uma gama limitada de amenidades e serviços, mas
adere a um alto padrão de instalações e limpeza.
-
Um
hotel de 2 estrelas oferece bom alojamento e melhores quartos, equipados com um
telefone e banheiro privativo anexo.
-
Um
hotel de 3 estrelas dispõe de quartos mais espaçosos e adiciona classe à
decoração e mobiliário, com TV. Ele também oferece um ou mais bares ou salões.
-
Um
hotel de 4 estrelas é mais confortável e maior, e oferece boa cozinha (table
d'hôte e à la carte), serviço de quarto e outras amenidades.
-
Um
hotel de 5 estrelas oferece instalações luxuosas, e mais vasta gama de serviços
ao cliente, bem como piscina e locais para exercícios e desportos nas
instalações.
O
Guia Oficial de Hotéis (publicado nos EUA, e seguido em todo o mundo) tem uma
classificação própria, num esquema que posiciona os hotéis em nove categorias:
(1) Classe Turismo Moderado , (2) Classe Turística, (3) Classe Turística
Superior, (4) Primeira Classe moderada (5), Serviço Limitado de Primeira Classe
(6), Primeira Classe, (7) De luxo moderado (8), De luxe, e (9) Superior De
luxe.
SUBSÍDIOS PARA ENTENDER A GESTÃO
Definição de Gestão
Embora não se tenha encontrado ainda uma definição universalmente
aceite para o conceito de gestão e
apesar deste ter evoluído muito ao longo do último século, existe no entanto algum
consenso relativamente a que este inclui, obrigatoriamente, um conjunto
de tarefas que procuram garantir o uso eficaz dos recursos disponibilizados
pela organisação, afim de serem atingidos os objetivos pré-determinados.
Apresentado de uma forma mais objectiva, podemos dizer que gestão é o
processo através do qual se usa o que se tem para fazer e o que se pretende (ou
o que é necessário).
O que se tem são os recursos, o que se pretende (ou o que é becessário),
é atingir os objectivos da empresa e as suas metas.
Os recursos são os meios (bens ou ativos da empresa) colocados à
disposição. Dividem-se, basicamente, em sete categorias:
·
pessoas,
·
dinheiro,
·
tempo,
·
métodos
e padrões de procedimentos,
·
força
eléctrica ou energia.
·
materiais
(roupas, géneros alimentares, etc.),
·
equipamentos.
Os recursos são sempre limitados. Nunca, em nenhum lugar, encontrei um Gerente
ou Supervisor satisfeito com o total dos meios de que dispunha. Do mesmo modo,
nunca nenhum deles teve à sua disposição todos os meios de que necessitava.
Portanto, o primeiro desafio que o gerenciamento apresenta, é
determinar a melhor maneira de utilizar os recursos colocados à disposição,
para atingir os objetivos da empresa.
Objetivos de empresa
(o
que se pretende ou o que é necessário)
Os objetivos em qualquer
empresa, dividem-se em duas classes:
Os
objetivos comuns,
Os
objetivos comerciais ou de exploração.
Como objetivos comuns podemos distinguir:
· Comprometimento - A pessoa está empenhada. Lutará
para que os objetivos se realizem. Aceita e cumpre as diretrizes que se fizerem
necessárias.
· Participação - A pessoa compartilha. Fará o que
for necessário para que os objetivos sejam atingidos tal como planeado.
· Obediência genuína - Atinge os benefícios do
objetivo. Colabora como é esperado. Segue as instruções ao pé da letra, “bom
colaborador”.
· Obediência formal - De maneira geral, dá-se conta dos benefícios do objetivo. Faz o que
é esperado mas apenas isso, “colaborador razoável”.
· Obediência relutante - Não
alcança os benefícios do objetivo. Mas também não quer perder o emprego. Faz o
que lhe compete, constrangido, mas não esconde a sua falta de interesse.
Objetivos comerciais ou de
exploração mais usuais:
- Conseguir lucros compatíveis com o investimento (melhores vendas, aos
mais baixos custos)
- definir e atingir padrões de qualidade satisfatórios, para produtos e
serviços (boa formação, moral elevada e espírito de equipa).
- criar e manter uma boa imagem no mercado (clientes satisfeitos)
De uma maneira geral, os objetivos comerciais da empresa são
estabelecidos pela administração, ou negociados com os seus componentes, mas
eles não fogem muito de uma linha geral em hotelaria, pois são definidos sobre
uma base incontestável: a necessidade de gerar lucros que garantam a existência
e a continuidade da operação.
Ao fazer um Planejamento
Estratégico, devem ser estabelecidos objetivos específicos dos fatores
relevantes para a empresa, como:
•
Vendas,
•
% de ocupação
•
Participação de mercado,
•
Lucros,
•
ROI - retomo sobre investimento
•
Crescimento
•
Rentabilidade
•
Produtividade
•
Qualidade
•
Inovação.
•
Nível de satisfação do cliente
Indicadores
de Desempenho
Além da seleção dos
objetivos, é importante definir também Indicadores de Desempenho que permitam a
avaliação dos resultados alcançados. Isso pode ser feito em relação a outros
estabelecimentos do mesmo tipo, em relação ao mercado em geral, ou em relação
ao desempenho próprio, em meses anteriores ou anos anteriores. Ou ainda tendo
em conta, todos esses pontos de referência.
Resultados obtidos
•
Atual
•
Planejado
•
Anterior
•
Do mercado
•
Da concorrência
•
Crescimento
•
Atual
•
Planejado
•
Anterior
•
Do mercado
•
Da concorrência
Faturamento
ou Produção
Rentabilidade
Receita
Líquida / Lucro Líquido
Produtividade
Outros objetivos particulares, podem variar de
hotel para hotel, ou de empresa para empresa mas, em qualquer lugar, os
Gerentes e Supervisores que sabem interpretar os objetivos e lutar por eles,
têm sempre um cargo tranquilo.
Graus de Gestão
Nas empresas hoteleiras, existem normalmente três
graus de gestão: superior; intermediário e supervisão.
Estes patamares podem também variar de empresa para
empresa, mas vamos avaliar uma equipe de direção de hotel, tomando por base a
definição apresentada.
O Gerente geral (dito também Diretor) e o
subgerente, estão no patamar superior.
Todos os Gerentes de departamento e chefes
executivos, preenchem o nível intermediário.
Os cargos de gestão ou chefia abaixo destes, estão
na posição dita de supervisão.
Esta definição académica de supervisor, indica os
cargos com gerência ou supervisão de um ou mais grupos de pessoas, mas em boa
verdade, todos os escalões da pirâmide têm em maior ou menor grau funções deste
tipo, pois todos gerenciam o seu trabalho e supervisionam o resultado dele.
A função de supervisionar é no entanto a única que
não deve nunca ser delegada pelos quadros gerenciais, pois só cada um sabe o
que quer e como quer.
Princípios básicos de gestão
Muitos dos princípios básicos da gestão, são conhecidos. Ainda que
alguns tenham sido modificados, para acompanhar a evolução da sociedade, das
empresas, dos conceitos de gestão ou da mudança de visão nas empresas, os que
representam a espinha dorsal ou as colunas de sustentação do gerenciamento,
continuam os mesmos.
Os mais relevantes são os seguintes:
-
Conceito
de autoridade: - os gerentes e supervisores devem ser capazes de dar ordens que
sejam cumpridas.
-
Hierarquia organizacional: - a
linha de comando e autoridade, deve passar pelos vários níveis até à base da
pirâmide.
-
Disciplina:
- os empregados devem conhecer e respeitar as regras e normas que regulam a
empresa.
-
Unidade
de comando: - cada empregado deve ter apenas um superior a quem prestar contas.
-
Unidade
de direção: - deve ser usado apenas um plano para atingir os objetivos (plano
aqui não é sinónimo de planejamento).
-
Bem
comum acima de tudo: - são os interesses da empresa que garantem a
sobrevivência de todos; logo, devem ser sempre defendidos, acima dos interesses
individuais ou dos interesses de grupos.
-
Reconhecimento:-
os empregados devem ser reconhecidos pelo seu esforço e pelas suas qualidades.
-
Descentralização:
- dentro do possível, alguns processos de gestão devem ser descentralizados.
-
Divisão
de tarefas: - os empregados devem estar aptos a preencher todos os cargos do
seu sector, para poderem auxiliar-se sempre que necessário.
-
Concordância:
- os empregados devem ser colocados nos lugares de que mais gostam, ou que
estejam mais de acordo com a sua personalidade.
-
Estabilidade:
- muita rotatividade de pessoal, tem como resultado: ineficiência e baixa produtividade.
-
Liberdade
de iniciativa: - os empregados devem ter alguma liberdade para desenvolverem e
implementarem planos de trabalho.
-
Espírito
de equipe: - quando os empregados trabalham unidos, a empresa beneficia-se.
-
Delegação
cuidada: - todos os empregados devem ter bom conhecimento dos cargos que ocupam
e responsabilidades inerentes, para poderem ser responsabilizados pelo
resultado do seu trabalho.
ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE GESTÃO
Autoridade
Definição do poder que uma empresa, entidade ou organização dá a um
director, gerente, ou supervisor, para que este cumpra determinada tarefa ou
mande cumprir determinada tarefa. Por exemplo, um chefe tem autoridade para
designar as tarefas dos seus funcionários, o ecónomo tem autoridade para
comprar, ou contratar serviços em nome da empresa. A autoridade tem sempre
alguns limites, estabelecidos para cada cargo, e pode ser formal, ou informal:
a formal, é a que é conferida pelo cargo, a informal, é aquela que o indivíduo
adquire pelas suas qualidades, capacidades, idéias ou conhecimentos. A
autoridade pode ainda advir da personalidade, ou carisma.
Delegação
É o acto de passar a outra pessoa, uma tarefa que normalmente seria
sua. A autoridade também pode ser delegada, se isso for necessário ao bom
cumprimento de uma tarefa.
Como ninguém tem a capacidade física da omnipresença, a delegação é um
componente importante da função gerencial em hotelaria. Procede-se assim quando
se define que um funcionário é responsável por um cargo, dentro de um hotel, e
assume total responsabilidade por ele. Devemos partir do princípio que o Gerente-geral
é o principal responsável por todos os cargos, bem como pela correta execução
em cada um deles. Ao designar uma pessoa a quem atribui essa responsabilidade,
ele está a delegar.
Assim sendo, para delegar correctamente, devem ter-se os seguintes
cuidados:
- Qualidade de formação - o
empregado deve receber formação relativa à tarefa que lhe é entregue, ou
delegada.
- Bom Treinamento:- O empregado deve ser bem treinado na execução dos
serviços que lhe são delegados.
- Boa Formação – A Hospitalidade e a Simpatia, devem ser apresenyadas
como a base do Serviço em Hotelaria.
- Boa informação - o empregado deve conhecer bem, o resultado que se
espera dessa tarefa, e deve saber corretamente qual é a posição da Gerência
sobre o cargo que vai ocupar.
- Responsabilização - depois de uma boa formação, treinamento e de estar bem informado sobre o cargo que vai
ocupar, o empregado deve ter total liberdade e não deve haver interferência, no
trabalho que lhe foi delegado.
Se tudo correr bem, deve ser reconhecido. Se cometer algum êrro, o
funcionário deve ser incentivado a tentar novamente, para melhorar a sua
execução.(No nosso livro Introdução à Hotelaria Parte 7 Qualidade em Hotelaria, apresentamos
um texto desenvolvido sobre este assunto).
Responsabilidade
Quem assume uma autoridade formal, torna-se responsável pelo bom uso
dessa autoridade.
Quem aceita um cargo de direção ou supervisão, aceita tacitamente a
responsabilidade que o cargo acarreta.
Do bom uso ou abuso dessa responsabilidade e dessa autoridade, sairão
os bons ou maus resultados da gestão.
Resultados de Gestâo
Um dos grandes objetivos do gestor é o resultado final do
empreendimento colocado sob sua responsabilidade. Não há dúvida que são muitos
os factores que influenciam esse resultado, mas o mais preponderante é o
resultado financeiro do empreendimento, que em essência é influenciado pelo bom
ou mau trabalho levado a cabo em todos os outros. O resultado financeiro
determina a rentabilidade do capital investido, pelo que é sempre importante
ter uma avaliação desse ponto.
ROTINAS DE
GERENCIA
( Textos de Apoio e
esclarecimento )
HOTEL X
MISSÃO
Conquistar
a posição de melhor Empresa Hoteleira na sua categoria de preços, oferecendo
acomodações, alimentação e atendimento
condizentes com as nossas diretrizes, excedendo as
expectativas dos Clientes e nos destacando no mercado
como um HOTEL SIMPATIA
próspero, lucrativo e selecionado
pelos nossos clientes, pela boa vontade e
atendimento do nosso pessoal
e, pela ética
da nossa aplicação
das propostas incluídas
na Missão.
Nosso
trabalho e esforço
na concretização da Missão
só será completo, quando indicadores
seguros nos mostrarem
que nosso cliente
foi plenamente satisfeito.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
* A
missão, - princípio
maior
* Manter em todos os escalões e hierarquias,
uma firme disposição de agir, fazer, decidir e
tentar, assegurando agilidade e dinamismo na Organização.
* Viabilizar a coexistência de uma forte
Direção Geral, com a preservação
da liberdade de
criar e agir nos outros níveis de hierarquia, fomentando e incentivando a iniciativa
e a maior autonomia individual possível.
* Promover
as pessoas, para através
delas, atingir maior produtividade.
* Considerar
que cada colaborador é uma
fonte de ideias que deve ser
preservada
* Manter
estruturas de dimensões
simples mas bem selecionadas, com
equipes enxutas onde as pessoas sintam liberdade
para atuar com
responsabilidade, autonomia e
senso de inovação
e melhoria.
* Estar atento
às mudanças e
tendências externas que
possam afetar ou influenciar o
negócio e criar flexibilidade para
que as mudanças
internas necessárias à adequação,
se façam com
rapidez, disciplina e sem
necessidade de muito
controle.
* Fornecer
produtos e serviços adequados ao
uso e preferências dos clientes e da sociedade em geral, garantindo
credibilidade e lucratividade.
MANUAL BÁSICO DE GESTÃO
ORGANIZAÇÃO
O Que é Organização
Organização
é a combinação dos esforços individuais, tendo como finalidade realizar
propósitos coletivos. Através de uma
organização, torna-se possível perseguir e alcançar objetivos inatingíveis para
uma só pessoa. Uma grande empresa ou um pequeno empreendimento, um hospital,
uma escola ou um hotel, são exemplos de organizações que por sua vez são
formadas por um conjunto de pessoas, máquinas e recursos, entre outros.
Mas
a organização de uma empresa pode também ser definida, como a ordenação e
agrupamento de atividades e recursos, visando o alcance dos objetivos e
resultados estabelecidos.
A
estrutura organizacional é o conjunto ordenado das definições de autoridade,
responsabilidades, comunicações, decisões, sistemas e circuitos dos diversos
departamentos e secções de uma empresa.
O
termo “organização” é também usado como sinónimo de configuração, estrutura,
ordenação, e eficiência. Nos dicionários da língua portuguesa, aparece com a
definição de “ato ou efeito de organizar”.
A
organização deve ser entendida como a estrutura através da qual funcionam, sem
percalços, erros ou dificuldades, os serviços normais de uma empresa e
compreende, além do quadro estrutural de cargos, definidos pelos respetivos títulos,
responsabilidades, relações formais, nível de autoridade, atribuições básicas e
aspectos culturais, todo o ciclo dos circuitos, tanto de bens como de serviços
e produtos, dentro ou fora da empresa, se esta se propõe competir externamente.
A
função básica de organização[2] é o estudo e montagem da estrutura
que movimentará a empresa, para que esta seja bem definida e possa atender as
necessidades e os objetivos estabelecidos, de forma integrada com a organização
informal e as estratégias estabelecidas para os resultados finais da empresa.
Uma
estrutura formal inclui organograma e descrição dos cargos, políticas,
sistemas, padrões vigentes para os serviços prestados, manuais de procedimentos
ou organização, comunicados e instruções.
Estrutura Organizacional
Estrutura organizacional é o conjunto ordenado das responsabilidades, autoridade, comunicações e
decisões, bem como dos métodos e sistemas que regem e orientam as unidades
internas de uma empresa.
Esse
trabalho compreende uma atividade que tem por objetivo criar a estrutura
inicial para uma empresa, ou aprimorar a existente de acordo com as
necessidades, pois a estrutura organizacional não é estática e, numa empresa
moderna, é até por vezes bastante dinâmica, para fazer face às constantes
mudanças, tanto gerenciais como de mercado, tendo em conta que a estrutura
organizacional deve ser delineada, considerando as funções de administração
como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos.
Organização,
Sistemas e Métodos, é a área clássica da administração que lida com as técnicas
cujo objetivo principal é aperfeiçoar o funcionamento das organizações, sendo
conhecida pelas siglas: O&M e OSM (Organização, Sistemas e Métodos).
A
sua responsabilidade básica é a de executar as atividades de levantamento,
análise, elaboração e implementação de sistemas e circuitos na empresa, com o
objetivo de aprimorar os métodos de trabalho, agilizar a execução das
atividades, ao eliminar situações de duplicidade nestas, padronizar, melhorar o
controle, fazer o gerenciamento dos processos e solucionar erros ou problemas,
conhecidos na gíria do sector como patologias organizacionais.
As
atividades de O&M mais comuns são:
Desenho,
racionalização e normatização de processos e procedimentos organizacionais;
Desenho,
formalização e mudança da estrutura organizacional;
Desenho,
racionalização e normatização de formulários;
Normatização
e racionalização do uso do espaço físico e layout na empresa.
A
metodologia do trabalho de O&M consiste na realização de um diagnóstico
cujas fases são: identificação do problema, coleta de dados, análise
propriamente dita, elaboração de sugestões ou de um novo sistema, treinamento,
implantação e acompanhamento.
A
representação gráfica do conjunto das atividades levadas a efeito para gerar
produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes é composta pelos
seguintes elementos:
a).
organograma.
b)
diagrama espinha de peixe
c)
gráfico de Pareto.
d)
histograma.
e)
fluxograma.
Organograma
O organograma é um gráfico que representa a
estrutura formal de uma organização, Credita-se a criação dos
primeiros organogramas ao norte-americano Daniel
C. McCallum,
administrador de ferrovias, no ano de 1856.
Os
organogramas mostram como estão dispostas as unidades funcionais, a hierarquia
e as relações de comunicação existentes entre estas.
Os “órgãos”, que nós designamos como
departamentos ou sectores, são unidades com funções definidas.
Exemplos de órgãos são: Tesouraria, Almoxarifado, Portaria, Recepção, Andares,
Cozinha, Restaurante, etc. Cada órgão possui um responsável, cujo cargo pode
ser chefe ou supervisor, e cada núcleo de órgãos subalternos tem um gerente,
coordenador, director, etc. Alguns têm auxiliares e normalmente têm
colaboradores (funcionários) e espaço físico definido.
Num organograma, os órgãos são dispostos
em níveis que representam a hierarquia existente entre si. Num organograma
vertical, quanto mais alto estiver o órgão, maior a sua autoridade e a
abrangência da sua atividade.
Exemplo
de um Organograma
( Textos de Ajuda e
Esclarecimento )
1 - PESSOAL
==========
QUADRO
DE PESSOAL - O Quadro de pessoal estará estabelecido em (x) Funcionários e não deverá ser alterado
sem o acordo expresso da Diretoria.
A Admissão, Demissão ou
Promoção de Funcionários, deve
ser formalizada em
formulário próprio com aprovação da Diretoria através
do Departamento de RH.
A
Admissão, Demissão, ou Promoção, só deverá ser formalizada, após devolução pela
Diretoria/RH, do formulário próprio, devidamente assinado, por um
Diretor.
ORGANOGRAMA
DO HOTEL - O Organograma do Hotel é estabelecido com o respetivo quadro e sempre que for julgada necessária alguma alteração, esta deve ser
apresentada à Diretoria através de RH, com as razões que a
justifiquem, para aprovação.
VAGAS
A PREENCHER - As vagas serão preenchidas, de acordo com o que se diz acima para
Admissão de pessoal.
A
Seleção para os cargos de menor responsabilidade é feita pelo Gerente, Chefe do
Dep. de pessoal do Hotel e chefe do
setor interessad . Para cargos de maior responsabilidade, é aconselhável que os
candidatos selecionados pelo Hotel sejam
submetidos a testes especiais, para maior coerência de seleção.
FICHAS
DE AVALIAÇÃO – Devem ser feitas fichas de avaliação dos novos empregados, aos
30/60 e antes de terminar os 90 dias de experiência, para determinar se o
funcionário pode ser definitivamente incluído no quadro.
Duas
vezes por ano, será feita uma avaliação do desempenho de todos os empregados,
mas outras avaliações podem ser feitas em períodos mais curtos, a pedido do chefe de setor ou por
decisão da Gerência, para detectar necessidades de treinamento, ou de
aconselhamento ao empregado.
PENALISAÇÕES
E DEMISSÕES - A política da Empresa deve ser de valorização do seu pessoal,
sendo portanto desejáveis as sessões de aconselhamento e o desenvolvimento, ou formação profissional como forma de conseguir a
participação de todos nos objetivos da Empresa.
A
responsabilização e o espírito de Equipe também devem ser encorajados pelo
Gerente como forma
de criar o
ambiente que leva á satisfação, eliminando a necessidade de
castigos ou penalidades.
Em
todos os casos onde a política da Empresa não consiga ser aceita pelo
funcionário, a justa causa é a via normal de solução do problema, tanto o
Gerente como os responsáveis pelos Dep.tos, devem procurar
sempre esta forma de termo de contrato, evitando porém
demissões desnecessárias.
SALÁRIOS -
Os Salários devem sempre refletir
o mercado e as possibilidades do estabelecimento, tendo em conta as metas preestabelecidas. O
Gerente pode, a qualquer momento, dentro dos prazos estabelecidos para o efeito,
apresentar sua proposta
de alteração salarial
através de RH.
REUNIÃO
COM SUPERVISORES- As reuniões com
os Chefes de
Dep.to, não só são necessárias como desejáveis, para tratar de todos os
assuntos de interesse
geral ou que
necessitem de opinião
múltipla, bem como estudo
de novos produtos
ou lançamentos.
Servem ainda para
treinamento, formação, troca de impressões e convívio, devendo ser aproveitadas ao máximo, pelo menos com uma
periodicidade quinzenal.
PROBLEMAS DO
MERCADO - Todos os eventuais
problemas do mercado de trabalho na
região do Hotel, devem
ser anotados, para deles dar conhecimento á Diretoria e RH, nas
reuniões mensais, tendo em vista montar
estratégias, segundo a
dificuldade encontrada.
ORGANIZAÇÃO
DO DEP.TO DE
PESSOAL - A organização
deste departamento é da
responsabilidade do respetivo chefe mas,
a supervisão de todos os assuntos relacionados
com o mesmo
compete ao gerente da
unidade .
Este,
responde ante a
Diretoria, por todos
os atos ou
ocorrências que não estejam de acordo com as normas ou
preceitos da Empresa,
bem como com as leis em vigor para
esta área .
PLANO DE
FÉRIAS - O Plano de
Férias do Hotel deve ser
preparado no inicio do ano, permitindo
conhecer com antecedência
quem vai de férias e quando,
bem como planejar as
necessidades financeiras, mês
a mês, para
o efeito,
2.
TREINAMENTO E FORMAÇÃO
=================
OBJETIVOS A
MÉDIO E LONGO
PRAZO - Será útil estabelecer os
planos da Empresa para o treinamento,
procurando beneficiar o pessoal
do Hotel de todas
as ações planejadas
nesta área.
O
Gerente deve fazer
a sua própria programação, utilizando
os seus chefes
de setor como
monitores, de forma
a que o
seu pessoal evolua
e o serviço se
beneficie e melhore , com
o treinamento e formação.
Pelo
menos duas vezes ao mês,
o Gerente deve
programar com os
seus Chefes, reuniões
objetivando o treinamento,
embora este não
seja óbvio ou declarado.
Em tais
reuniões, devem ser
analisados vários aspetos
do serviço, bem como
métodos ou sistemas,
dificuldades ou erros verificados
com maior frequência
promovendo a discussão
dos assuntos e
levando os intervenientes ao
compromisso de implantar
as melhorias acordadas.
PLANOS
DE TREINAMENTO - Estabelecer para a sua Unidade, planos de Treinamento, a médio
e a longo
prazo, procurando que
os seus funcionários
se interessem por
eles e dêem
a sua colaboração.
REUNIÕES
DE TREINAMENTO - Incentivar a que os seus chefes, façam reuniões de treinamento e de
análise dos erros
ou falhas mais
frequentes, (procurando
prestigiar estas reuniões
com a sua presença sempre que possível), pelo
menos duas vezes
por mês, assistindo
aos 15 minutos
iniciais.
MATERIAL DE
TREINAMENTO - Facilitar o
trabalho dos seus
Chefes, em treinamento ,
colocando á disposição
destes o material
necessário ( apostilas, flip-chart,
etc.).
MANUAIS DE TREINAMENTO - Solicitar
dos Órgãos responsáveis,
os Manuais disponíveis,
para os treinamentos
programados.
NORMAS E PROCEDIMENTOS
- As
Normas e Procedimentos rscritas, além de
excelentes auxiliares para o conhecimento do Serviço e das obrigações de
cada um, são também ótimo material para treinamento, pois mostram as várias facetas dos serviços a
executar, permitindo que os empregados se valorizem profissionalmente.
As Normas
e Procedimentos devem ser
mantidas em vigor
e atualizadas periodicamente, de forma
a refletirem, sempre,
a qualidade de
Serviços desejada pelo
Gerente da Unidade pois elas
são, para o Pessoal a
melhor e mais clara forma de
conhecerem o "pensamento" da sua Gerência, em
relação ao que deles
se espera como
"Qualidade de Serviço".
SUPERVISÃO
- A
Supervisão ainda é a melhor
forma de treinamento, pelo que se
aconselha ao Gerente que a utilize e a incentive junto aos seus
Chefes, como forma de atingir
uma boa qualidade de SERVIÇO,
3.
PROMOÇÃO E VENDAS
===========================
O
Gerente de uma Unidade deve ter
a sua própria
estratégia de vendas,
para poder atuar
não só em
relação à sua
clientela como também
à sua Região.
Dentro deste
critério, deve montar
o seu Manual de Vendas, de
acordo com as Sugestões recebidas da Gerência
de Vendas, (se esta existir) mantendo-o atualizado e
bem difundido entre o pessoal
de Reservas e de
Recepção.
PLANO DE
VENDAS - De acordo com as taxas
de ocupação, diária média
e receita de
apartamentos o Gerente deve montar o seu plano de
vendas (ações tomadas e a tomar ) de forma a que
as suas metas não sejam afetadas
por uma súbita
queda de faturamento.
POLÍTICA DE
PREÇOS E DESCONTOS -
A política de
preços é definida
pela Diretoria, mas
o Gerente pode e
deve dar a
sua opinião, sempre
que julgar necessário,
propondo o que julgar
mais adequado às condições
do mercado ou
do momento.
POSICIONAMENTO PERANTE
A CONCORRÊNCIA - O
Hotel deve ter
a sua política
própria e bem
definida , procurando criar,
manter e
dar satisfação, à
sua clientela , evitando entrar
na perigosa competição
de preços para
angariar Hóspedes.
Sempre que
um preço especial
for estudado, deve ser em
função do interesse
que para o Hotel
possa ter o
Evento ou o
cliente em causa , e
não o preço
menor apresentado pela
concorrência .
Em muitos
casos, o cliente
busca apenas preço
mais baixo, em vez
de qualidade.
Ao obter
o nosso preço, vai
com ele ao
concorrente para conseguir
um desconto maior. Esse não deve
ser o nosso
objetivo nem a
nossa política .
ESTATÍSTICAS E
MERCADOS GERADORES - O Mapa
Mensal de Estatística
de Procedência , deve ser bem
elaborado e analisado, para detectar
a queda de frequência de
clientes habituais e em
consequência, tomar as
ações pertinentes.
SISTEMA DE
VENDAS E RESERVAS - O Sistema de
Vendas e Reservas
deve ser bem acompanhado
e revisado com
frequência para mantê-lo
efetivo e atuante. As
fichas de clientes
devem também ser
analisadas periodicamente,
para acompanhar as opiniões
destes após cada
visita.
EMPRESAS COM
DESCONTO OU CONDIÇÕES
ESPECIAIS - As Empresas com desconto
ou condições especiais
são sempre clientes
de alto potencial
que interessa manter satisfeitos. Deve por
isso haver o
cuidado de acompanhar
a assiduidade com que fazem
reservas e a
forma como estão
avaliando os serviços do hotel.
CONTATOS PESSOAIS - O contato pessoal do
Gerente com os
Hóspedes enviados pelas
Empresas deve ser
sempre utilizado, como
forma de avaliar
a satisfação dos
usuários. É muito importante
para o Gerente
Geral, manter um bom
relacionamento com a
comunidade onde se
situa o seu
Hotel, pelo que
se aconselha visitas,
periódicas a Entidades
Oficiais, Imprensa, Clientes importantes, Fornecedores,
C.ias Aéreas, Agências de Viagem,
Hotéis ou estabelecimentos concorrentes, Sindicatos e
Associação de Classe, etc.
4. GESTÃO
============
REVISÃO
E ANÁLISE DOS LIVROS DE SERVIÇO - É
importante que o Gerente habitue o seu
pessoal, á sua supervisão
dos Livros normalmente usados
nos vários Setores.
Os livros
devem ser mantidos
limpos e sem
rasuras. Qualquer alteração
deve ter uma
justificação e ser
do conhecimento do
Gerente.
O fechamento
dos Livros deve
ser efetuado, nas
datas ou horários
estabelecidos, de acordo com as
normas, de forma a
que todos os
Departamentos ou setores
possam ter as informações
que deles resultam, a
tempo de não
atrasar os seus
próprios trabalhos.
As informações
aos Órgãos de Controle devem ser
enviadas estritamente dentro dos
prazos, de forma a
não atrasar o
fechamento da Contabilidade, pois o cumprimento
deste ponto é
também do interesse
do Gerente, visto que a geração
dos relatórios gerenciais
que ele recebe, parte
dessas informações.
Cumprindo os
seus prazos o
Gerente estará também
agindo a seu
favor, pois receberá os
Relatórios de gestão
e os Balancetes,
mais rapidamente.
ANÁLISE DOS
BALANCETES E RELATÓRIOS
DE GESTÃO - A preparação de todos os relatórios
e Balancetes têm
como função municiar
os Gerentes com
informativos que lhes permitam
tomar decisões ou
desenvolver ações para
atingir as suas
metas.
Da forma
como o Gerente
melhor utilizar essas
informações, dependem os
resultados da Unidade,
pois quanto mais
rapidamente forem tomadas
as ações corretivas, melhor os
objetivos serão atingidos.
SUPERVISÃO DOS
PONTOS CHAVE - Para
que os resultados
sejam compatíveis com
o desejado, o Gerente
deve acompanhar os
pontos chave, através de uma Supervisão adequada.
Esses
pontos chave, são :
- RECEITAS (Ocupação, Diária Média,
Receitas Departamentais).
- DESPESAS
( Compras, Salários e Encargos,
Contratos com Terceiros, Consumo de
água, gás., energia, etc.)
-
QUALIDADE DOS SERVIÇOS.
-
QUALIDADE DO PRODUTO ( Manutenção e
apresentação das instalações)
-
ATIVOS (Estoques e sua rotação, Posição
das contas de Clientes e Cheques sem fundos, Devedores diversos, Processos em
curso, Inventários, Materiais de Reposição
e em uso.)
- PASSIVOS
( Credores diversos ).
- FORNECEDORES
( Preços, Prazos de Pagamento, Qualidade dos produtos ).
-
CLIENTES ( Fidelidade, Assiduidade, Satisfação, Novos clientes.)
- RESULTADOS
(Analise de custos e resultados, conta por conta e Setor por Setor.)
( Comparativo com os Objetivos e
Metas ) .
PLANEJAMENTO
DAS AÇÕES CORRETIVAS A SEREM TOMADAS. =
DOCUMENTOS
OFICIAIS - Verificar regularmente
se os documentos estão em ordem e
Disponíveis para apresentação em caso da
chegada ao Hotel de uma
Fiscalização. É aconselhável que os
documentos originais fiquem todos arquivados
no Escritório, com cópias no
Dep. de Pessoal dos que
disserem respeito a este setor, e na
Recepção, os que são
inerentes à exploração
ou operação da Unidade.
Os
Documentos de uso normal
em qualquer Unidade são:
•
REGISTRO
E CLASSIFICAÇÃO EMBRATUR
•
ALVARÁ DA PREFEITURA
•
VISTORIA
DO CORPO DE BOMBEIROS
•
ALVARÁ
DA SECRETARIA DE SAÚDE ( LIVRO DE VISTORIA )
•
ALVARÁ
DE DIVERSÕES PUBLICAS (SE
TIVER MUSICA AO VIVO )
•
LICENÇAS
E TAXAS DE PUBLICIDADE ( PAINÉIS, LUMINOSOS, ETC. )
•
TAXA
DE FUNCIONAMENTO DOS ELEVADORES
•
IMPOSTO
SINDICAL
•
ALVARÁ
DA POLÍCIA (CIENTÍFICA ) (LIVRO DE
REGISTRO DE HOSPEDES)
•
ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO DO MINISTÉRIO DO
TRABALHO E LIVRO DE INSPEÇÕES
•
GUIAS
DE RECOLHIMENTO DO INPS, FUNDO DE GARANTIA, CONTRIBUIÇÃO SINDICAL.
•
INSCRIÇÃO
NO CGC, INSCRIÇÃO ESTADUAL
•
CERTIFICADO
DE CURSO DOS "CIPEIROS"
•
CERTIFICADO
DE TREINAMENTO DA "BRIGADA DE
INCÊNDIO"
•
ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO DE SEGURANÇA
PATRIMONIAL .
•
FICHAS
DE CONTROLE DOS EXTINTORES
•
DOCUMENTOS
DOS VEÍCULOS ( SE HOUVER )
MULTAS OU
PROCESSOS COM ÓRGÃOS PÚBLICOS - Em
todos os casos
que se enquadrem neste
parágrafo, o Gerente deve
imediatamente comunicar o fato à Diretoria, solicitando assessoria
e diretrizes.
DOCUMENTOS
GERENCIAIS - Enquadram-se neste item, todos os Comunicados internos, Normas,
Correspondências, Tabelas de
preços, etc., de uso interno
exclusivo da Gerência ou
da Empresa. Estes
documentos devem estar
arquivados na GERÊNCIA, com
Cópias nos Departamentos
interessados, ex. Recepção,
Reservas, Escritório, etc.
SEGUROS -
Deve haver o maior cuidado no controle e arquivo das Apólices de Seguros
, bem como no
controle das datas
de vencimento. Em caso de qualquer
dúvida consultar a Controladoria . Para as negociações no vencimento, avisar a Controladoria que normalmente se encarrega desse
trabalho. Sempre que houver
necessidade de comunicar
alguma ocorrência à Cia.
de seguros, fazer essa comunicação através
do Escritório, que já tem os
contatos para o efeito.
CAIXA - Os
fundos de Caixa
estarão estabelecidos e
podem ser alterados, com o acordo da
Diretoria, através de solicitação
feita por intermédio
do Escritório.
A alteração
solicitada deve ser
justificada e documentada.
Os
depósitos do Movimento devem
ser feitos pelo seu valor integral, não sendo autorizados
pagamentos á vista com
dinheiro do Movimento.
Algum pequeno
pagamento feito, será
com o fundo
de caixa e o seu
reembolso solicitado á
Tesouraria.
Pagamentos a
fornecedores ou de
outras obrigações ,são feitos
por cheque emitido na administração, ou
por pagamento Bancário.
CONTRATOS -
Todos os Contratos, devem ser
enviados à Controladoria, antes da
sua efetivação, para
que seja feita
uma análise das
suas cláusulas e obtida a
aprovação do Dep.to Jurídico ao seu conteúdo.
5.
- ADMINISTRAÇÃO
==================
ARQUIVOS - Todos
os Arquivos devem
estar organizados, para maior facilidade de consulta.
Devem ser evitadas
duplicações de documentos,
pelo que é
aconselhável o arquivamento
descentralizado, guardando o Gerente
consigo apenas os documentos particulares ou
Confidenciais e arquivando por Setor, isto
é, arquivando no Escritório todos os documentos referentes à Administração, na
Recepção e em
Reservas os que disserem respeito a estes Setores, etc.
LOJAS E
ALUGUEL A TERCEIROS
- Se houver lojas, os
Contratos e as condições deste tipo de aluguel
são tratadas pela Diretoria ,
sendo função do gerente
fazer a intermediação e o
acompanhamento. Deve também o Gerente
ter em seu
poder cópias destes
contratos, para acompanhar as eventuais
mudanças no valor
do Aluguel, cobrança mensal
e renovação na
data do Vencimento.
Em caso
de lojas ou
locais vagos, o
Gerente deve, dentro
das suas funções,
procurar os potenciais
locatários e negociar
o Aluguel, apresentando os
interessados, para formalização do
contrato.
CHAVES DOS
APARTAMENTOS - As Chaves dos
apartamentos em serviço, devem
ficar em poder
da Recepção, que será
responsável por todas as pessoas que
tiverem acesso aos
Apartamentos, bem como
por informar à
Governanta todas as
vezes que autorizar
esse acesso.
As duplicatas
das chaves dos
Apartamentos devem ser
guardadas em Chaveiro próprio, fechado;
de preferência na sala da
Gerência. Sempre que uma
chave desaparecer, deve
haver o maior
cuidado em identificar as
causas do desaparecimento e
trocar a fechadura.
No caso
dos Apartamentos essa
troca pode ser
feita com um
outro apartamento, em
um outro andar.
Ninguém a
não ser o Chefe de Manutenção,
deve estar autorizado a
fazer cópias das chaves e, mesmo
este, só com
autorização e conhecimento da
Gerência.
MESTRAS
- As Chaves Mestras
devem estar de
posse apenas do
Gerente , da Governanta (Mestra dos Andares ) e
das Arrumadeiras ( Mestra
por Andar.).
COFRES - As
chaves dos cofres devem ficar na Recepção, mas sujeitas a um controle rígido e
periódico, devendo todas as
que estiverem em
poder dos hóspedes,
constar do Cartão de controle
de Cofre, apenso á CH.
6.
- EDIFÍCIO E
INSTALAÇÕES
===========================
VISITAS ÀS
DEPENDÊNCIAS - É da maior
importância que o
Gerente faça visitas ás
dependências para verificar
o seu estado de uso e a qualidade do
produto ,bem como
do Serviço. Ao mesmo
tempo, essas visitas às dependências, permitirão
ao Gerente manter
um contato útil
e valioso com
o seu pessoal,
deixando sempre abertos
os canais do
Diálogo.
INVESTIMENTOS - Todos
os investimentos carecem
de programação e de
autorização da Diretoria.
É obrigação do
Gerente cuidar do aspeto
e manter a
Qualidade, a Limpeza
e a Manutenção
de todas as
dependências, móveis e
utensílios em uso
no Hotel, procurando
incluir as despesas
inerentes a essa
obrigação, no seu
orçamento Mensal .
A compra
porém, de novos itens, ou
obras que modifiquem
estrutura do Edifício, as
características dos locais
ou da exploração
como um todo,
necessitam da autorização
da Diretoria.
Ao apresentar
à Diretoria , solicitação para
modificações ou compras
desse tipo, o Gerente deve
acompanhar o seu
pedido de uma descrição
das razões que forçam a
essa decisão, bem
como de um
gráfico
"custo-benefício"
analisando quanto vai
custar a mudança
proposta e as
vantagens que dela
advém para a
exploração.
MATERIAL
DE REPOSIÇÃO - Do mesmo modo
que é responsável por manter
em bom estado de uso
todo o lado
físico da propriedade, o Gerente
deve também preocupar-se com
o estado das
Roupas, Louças, Vidros, Talheres,
Bateria de cozinha
e outros utensílios
inerentes à exploração
do negócio.
A reposição
de todas as
faltas desses itens, até
aos valores reconhecidos
como justificáveis, deve ser
solicitada mensalmente através de requisição que
acompanha o inventário,
á Gerência de
Compras.
As despesas
inerentes a estas
reposições são consideradas como normais
da exploração e devem
entrar nas compras
normais da Unidade,
salvaguardadas as Metas
Gerenciais acordadas para esta.
MANUTENÇÃO - A
Manutenção Geral do Hotel é da
responsabilidade do Gerente e do
seu Chefe de Manutenção. É aconselhável, porém,
que para todos
os casos que
pelas suas características técnicas
ou de dificuldade
sejam considerados especiais,
seja contatada uma empresa
especializada, a qual dará o
seu apoio e
diretrizes técnicas, bem
como acompanhamento.
Se
houver um engenheiro no empreendimento, esta responsabilidade será dele, bem
como o suporte para as
obras ou decisões
que mereçam estudo
prévio ou mais
detalhado.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
- A Manutenção Preventiva
deve ter prioridade e ser norma
em todos os setores da unidade, como forma
de prevenir situações de
emergência, ou de
constrangimento perante os
Hóspedes.
7. - INVENTÁRIOS
=======================
INVENTÁRIO
DE MOVEIS E UTENSÍLIOS - O Inventário
destes itens, deve ser feito anualmente, verificando-se ao
mesmo tempo o
seu estado de
uso, e apresentação.
INVENTÁRIO
DOS MATERIAIS DE SERVIÇO - O
Inventário destes Materiais deve
ser feito mensalmente, sendo como
já se disse atrás enviada cópia à Diretoria para que
seja feita a reposição dos que estiverem em falta.
INVENTÁRIO DO ALMOXARIFADO - O Inventário
deste Setor, deve ser
feito Mensalmente, bem como conferencia
das Fichas de Estoque e
Físico da Existência.
INVENTÁRIOS
DOS SETORES - Todos os
Meses, devem ser feitos
Inventários nos Setores, dos
Materiais de Uso e Artigos de Consumo.
8.
- CONHECIMENTO DA CIDADE
E SUAS CARACTERÍSTICAS
=================================================
É
importante que o Gerente
procure conhecer bem
a cidade onde
se situa o
Hotel, bem como as
suas características e
potencialidades para o seu negócio.
Para efeitos
da análise que
sugerimos podemos selecionar
os tipos seguintes:
. * Cidade
Turística
* Cidade
com características indefinidas.
* Cidade
Agrícola ou Pecuária
* Cidade
Industrial
* Cidade
Comercial ou Entreposto
de Grandes Negócios
* Cidade
com características Múltiplas
* Cidade
em Desenvolvimento
O Gerente
deve procurar saber
quais são os
planos da Prefeitura
a curto, médio
e longo prazo, para o desenvolvimento da Cidade, bem como da instalação
por empresas particulares, de novos
empreendimentos na Região.
Deve
também indagar, dos planos para eventual
instalação de novas
unidades Hoteleiras na Cidade
ou na sua
Região, de forma
a planejar com antecedência, a sua estratégia de vendas quando em presença
de novos concorrentes.
Sempre
que algum dos novos Empreendimentos, tenha
possibilidades de vir a integrar
a Organização, o Gerente deve
obter todas
as informações que permitam
à Diretoria tomar uma
decisão, passando-as a
esta.
9.
- MUDANÇA DE
GERÊNCIA
======================================
PASSAGEM DE
CARGO POR MUDANÇA
DE GERÊNCIA - Sempre que houver
mudança de Gerência,
o Gerente que sai deve dar
ao que inicia,
todas as informações, conselhos e
sugestões, sobre os
itens contidos neste
Manual, permitindo àquele,
ter uma visão clara
das responsabilidades que
vai assumir, podendo
se preparar para elas.
A
passagem do cargo deve
ser formalizada através
de um documento,
contendo a posição/situação de
cada um destes
itens , no momento
da passagem, sendo
assinado pelos dois
Gerentes.
O
Gerente que inicia deverá
fazer um Relatório detalhado, sobre todos
os itens deste Manual no final do
seu primeiro mês de Gestão.
Todos
os assuntos omissos nesse documento
ou os casos
que vierem a surgir no
decorrer da Gestão, para
os quais o
Gerente não tenha
diretrizes estabelecidas, devem ser debatidos com a Diretoria, para
que o Gerente
possa ir adquirindo conhecimento da "mentalidade" da
Empresa, para a
abordagem e solução
dos problemas.
PRESSUPOSTOS PARA UM DIRECTOR
OU GERENTE DE HOTEL
O sucesso ou o
insucesso de uma exploração hoteleira podem derivar de muitos factores, alguns
até incontroláveis, mas sejam quais forem as causas, toda a responsabilidade será imputada ao
gerenyr ou director.
Nem todos os
acontecimentos do dia a dia têm a interferência direta do responsável pela
gestão, mas não há dúvida que alguns podem sofrer a sua influência. Pequenos
incidentes, êrros ou omissões, estão directamente ligados a causas fortuitas,
às quais o director é alheio. Por outro lado, deficiências de equipamento,
pessoal desinteressado e excesso de trabalho, são coisas que também acontecem
num hotel e, de uma maneira geral, tem a sua origem numa actuação deficiente da
direcção, seja por indiferença, seja por mau julgamento ou percepção das causas
que os originam.
Poder-se-à
alegar, que o director é um ser humano, sujeito a falhas, e não um computador
programado para trabalhar sem erros, ou um organismo automatizado. Este
raciocínio porém, não será válido se os maus resultados de gestão forem causa,
não dos erros cometidos, mas sim da incapacidade em aprender com eles. Todos
estamos sujeitos a enganos. Simplesmente, os nossos êrros devem ser usados para
acumular experiência, sob pena de se repetirem com os mesmos resultados penosos.Muitos
dos erros que acontecem em hotéts são tmbém resultado de uma aplicação
defeituosa os prncípios cde Delegação, o que é inagávelmente cul pa da
Gerência.
Qualidades
de um Gerente ou Diretor
Existem profissionais
que não possuem as qualidades que seriam desejáveis no consenso geral, ou mesmo
indispensáveis para a sua posição. Contudo, esses profissionais poderão ter
atingido certos cargos nos quais muito provavelmente continuarão.
Essa
constactação não obsta, porém, a que possamos arriscar, da nossa parte, uma
lista dos atributos que, em princípio consideramos úteis a um bom diretor de
hotel:
- personalidade marcante;
- boa apresentação (indumentária correta);
- ambição e coragem para arriscar;
- estatura moral e integridade a toda a prova;
- senso comum;
- alto sentido de liderança;
- bons conhecimentos técnicos e experiência;
- iniciativa e determinação;
- capacidade de tomar decisões e de as manter;
- cautela e ponderação face a todas as
possibilidades;
- interesse pelas pessoas e capacidade de
convivio;
- capacidade de delegar de uma forma eficaz e
produtiva;
- insatisfação perante a rotina;
- cuidado com a sua saúde;
- capacidade de se submeter ao julgamento
alheio; sem se inferiorizar,
- boa educação, cortesia e boas maneiras;
Nesta lista,
procurámos englobar três dos aspectos fundamentais que em nosso entender podem
influenciar a carreira do diretor de um hotel: os aspectos social, pessoal e
profissional.
O diretor ou
gerente consciencioso, que procura atingir padrões elevados e tem em vista uma
carreira brilhante, deve procurar para si próprio uma imagem que o imponha e o
dignifique no conceito daqueles com quem tenha de contactar, sejam eles
clientes ou empregados.
Profissionalismo
Muitos dos que
investem em hotelaria, pensam - embora sejam cada vez menos os que pensam assim
- ser fácil dirigir um negócio próprio, pois crêem que basta estar investido da
capacidade de mandar para, consequentemente, gerir eficazmente um hotel. Na
maior parte dos casos, a verdade é dura e contradiz esses pressupostos, quando
já é tarde demais para recuperar. Mas surgem também os investidores que apenas
pretendem dar um destino aos seus capitais, deixando aos técnicos a gestão do
negócio. Esta última decisão, que começa sendo a de uma grande maioria, veio
ajudar a desenvolver um movimento para a criação de profissionais aptos a gerir
hotéis, ou seja, um profissionalismo.
Ao entregar o
seu negócio a um técnico profissional, o proprietário acaba por se beneficiar,
pois se é certo que o diretor do hotel ocupa todas as posições inerentes ao
proprietário, não pode, porém, respaldar-se num critério que só a este
pertence: julgar que a capacidade de dirigir vem com a ocupação do lugar
inerente ao mando.
O verdadeiro
profissional sabe que só perfeitos conhecimentos acerca dos problemas comuns ao
negócio que dirige, lhe conferem a capacidade para uma boa gestão. Esses
problemas são cada vez mais agudos, e são necessários mais estudo e maior
capacidade de realização.
Os antigos
métodos estão ultrapassados: o diretor actual encontra-se perante uma indústria
em constante mutação, que atravessa um período de completa transformação das
suas estruturas.
Toda a formação
previamente adquirida é inadequada, quando a realidade que se conhecia desaparece,
e advém algo completamente novo. Um hotel apresenta diariamente ao responsável,
novos dilemas e situações, aos quais só um conjunto sólido de conhecimentos e
experiência, permitem fazer face, rápida e efetivamente.
O gestor de
hotel terá de ser um técnico arguto, à altura das responsabilidades, deverá
possuir a chave do que se pode chamar, sem exageros, uma gestão científica. A
esta, só o verdadeiro profissionalismo pode corresponder.
Saúde e cuidados pessoais
Ao colocar a sua
capacidade de trabalho e decisão à disposição de quem o contrata, qualquer
executivo deve assumir, perante si próprio e perante os que estão interessados
nessa mercadoria, a responsabilidade de a manter sempre com boa qualidade, com
vista a uma utilização imediata.
Para isso, deve
ter o cuidado de salvaguardar a sua saúde, não se expor deliberadamente a
excessos de qualquer ordem, os quais, pelos reflexos que podem ter sobre o seu
rendimento físico, se poderão reflectir na qualidade do seu trabalho.
O desempenho das
funções normais de gerenciar um hotel, já pressupõe uma grande pressão sobre o
sistema nervoso, bem como desgaste excessivo, devido a longos períodos em que
se multiplicam os problemas para resolver. Os excessos com a alimentação ou com
a bebida são desaconselháveis.
Do mesmo modo,
um gestor consciente deve vigiar o seu repouso e abster-se de perder horas de
sono. A imagem profissional tem uma ligação direta com a qualidade do trabalho
produzido, por isso, ao vigiar a saúde, moraliza o seu trabalho e corresponde à
ética profissional que dele se espera.
Ética profissional
Pode definir-se
ética, como um conjunto de princípios morais que nos ajudam a responder a
perguntas, sobre o que é certo ou errado nas acções humanas.
A ética, em si
própria, pode ser definida como o estudo da natureza geral da moral e das
escolhas específicas que se apresentam ao indivíduo, no seu relacionamento com
os outros.
Na atualidade,
somos levados a pensar na ética, de uma forma pragmática, ou seja, as nossas
escolhas baseiam-se no que nos parece razoável, de acordo com os nossos
próprios valores. Em boa verdade, contudo, a ética é algo muito diferente. O
verdadeiro conceito de ética indica uma distinção clara, entre o que é certo e
o que é errado e que é nossa obrigação fazer o melhor para distinguir entre
estas duas vias e procurar fazer o que é certo.
Há princípios
universais com os quais quase todas as religiões, culturas e sociedades
concordam. Esses princípios formam as bases do comportamento ético. Essas bases
conduzem-nos a acreditar que os direitos dos outros são tão importantes como os
nossos e que tudo devemos fazer para não molestar ninguém, se estiver ao nosso
alcance evitá-lo. É nossa obrigação, ajudar sempre que possível.
A ética
profissional é o código moral das relações entre profissionais. Uma ética
sólida, desenvolve o sentido de
camaradagem e aproxima os que, afinal, precisam
estar unidos para solucionar problemas que são comuns.
Ao servir-se de
um código de ética tão rígido quanto possível, o gestor está ao mesmo tempo, e
pelo exemplo, a orientar a conduta do seu pessoal. Os que ocupam os lugares
superiores nunca poderão escapar ao julgamento daqueles que se encontram abaixo
na escala hierárquica.
E é bem sabido
como os gestos são distorcidos e mal interpretados, quando não são claros,
plenos de lógica e de razão.
Estabelecer aqui
um código de ética seria supérfluo e desnecessário. A ética deve ser comandada
pelo bom senso e deverá sempre estar de acordo com a vontade do indivíduo.
Focámos este ponto
por nos parecer essencial, mas deixamos ao leitor a liberdade de escolha e
julgamento, quanto ao posicionamento ético que melhor corresponde à sua
personalidade.
Pela nossa
parte, achamos que o código de ética a seguir numa empresa, não deve ser algo
pessoal que cada gestor interpreta da sua maneira, mas algo definido pela
administração, tal como a missão ou os procedimentos, de forma a garantir que a
sua aplicação seja idêntica em todas as situações.
Sem um código de
ética implantado, alguns gestores podem ser tentados a tomar decisões pouco
éticas, muitas vezes até, empurrados pelas situações. “Vamos agir antes que
seja tarde”, pode levar muitas vezes, a que se enverede por atalhos éticos, de
resultados duvidosos.
Mesmo com normas
e políticas da empresa, o comportamento ético é algo muito pessoal. Alertamos
portanto os candidatos a gerêmcia para que usem o mais possível uma ética
integral e encoragem o seu pessoal a caminhar nessa direcção. Não há normas que
funcionem ou se apliquem com a mesma eficiência, em todas as circunstâncias.
Por essa razão, os filósofos que se dedicam à ética aconselham a seguir a
obrigação moral de levar sempre em consideração, os interesses de todos os
intervenientes em qualquer situação.
Três simples
perguntas podem ajudar nesses momentos de tomada de decisão:
- Será isto justo?
- Será isto equilibrado?
- Como é
que esta decisão me fará sentir comigo próprio?
Valores morais
Há seis maneiras
de analizarmos os valores morais do indivíduo. Estes, emanam dos sentimentos sobre
o que é bom ou justo e chegam até ao ser humano, da mesma forma que os outros
sentimentos.
As seis maneiras
de passar os valores morais são as seguintes:
- autoridade,
- dedução lógica,
- senso de experiência,
- emoção,
- intuição,
- científicamente.
Todos temos uma
escala de valores, que pode ser igual ou diferente à daqueles com quem
convivemos, dependendo da forma como cada um pensa a moral. Para algumas
pessoas, certas acções são negativas, porque a Bíblia, o Tora, ou o Alcorão, o dizem.
Para outros, só são condenáveis as acções que a família ou o círculo de amigos,
condenam. Muitos acreditam que só está mal, o que é contra a lei ou se não for
apanhado. Quase toda a gente acredita, contudo, que não é bom mentir e que
roubar é mau.
De acordo com
alguns filósofos da moral, a honestidade é o único princípio aceitável. Quando
se mente aos outros, tira-se-lhes o direito de fazer a sua própria escolha, e
manipulam-se as pessoas que irão basear a sua decisão em falsas informações. Se
formos realistas, estaremos a impedir a sua liberdade. A menos que exista uma
forte razão para isso, a mentira nunca deve ser tolerada.
Há duas outras
correntes maioritárias, que dominam a tradição do pensamento moral na
filosofia. Elas são a deontologia e o utilitarismo ou relativismo ético.
A deontologia,
defende que devem existir ideais básicos
e universais, que dirijam os nossos pensamentos.
Baseia-se na
crença de Immanuel Kant, o qual, apesar de acreditar em Deus, dizia que não
poderíamos aceitá-lo como uma certeza total, pois não poderíamos provar a sua
existência em pura lógica. Ele queria apenas dizer que todos nós devemos ter
uma consciência pura, nas nossas crenças e nos nossos actos e pensamentos, e
agir na pureza da nossa consciência.
A deontologia,
procura demonstrar que a melhor forma de se analisar uma acção é ética; é cada
um perguntar a si próprio, se gostaria de viver num mundo onde todos agissem
consigo, da maneira como se propõe agir com os outros. Se as nossas acções
puderem ser aceites por nós, como uma lei universal, então serão éticas e,
correctas.Uma boa forma de avaliar éticamente é “Eu aceitaria esta decisão se
fosse para mim?”
Funções de um Diretor Geral
São obrigações do mandato
gerencial, coordenar o trabalho de todas as equipes do hotel e articular com os
supervisores ou gestores de área, a melhor forma de atingir as metas e
objetivos a que o hotel se propõe, bem como a qualidade do produto.
Isso
inclui planejar, organizar, dirigir e controlar, todas as atividades
administrativas, estratégicas e operacionais da unidade, entendendo-se por
atividades estratégicas, todas as Políticas e Procedimentos aplicáveis á sua
área de atuação.
Manter
operacionais e profissionalizados, todos os esquemas de comunicação interna, a
formação e o desenvolvimento do pessoal, os processos técnicos e
administrativos, o planejamento de recursos humanos e de remuneração do
pessoal, as relações trabalhistas, as relações com a comunidade, as atividades
operacionais de limpeza, higiene, manutenção, a qualidade do serviço e
atendimento, a interação com o hóspede, a satisfação do pessoal, o aspecto e o
funcionamento das instalações e dos equipamentos, vigiar estoques, as compras,
as reposições e os inventários, incrementar as receitas, incentivar a promoção
e as vendas, etc. Estas obrigações podem ser apresentadas de acordo com o seu ministério
no todo gerencial, separando-as por contexto.
Príncípios de Gestão que
são “definitivos”
·
Mandar
pressupõe Autoridade e esta só vem, através da conquista do Respeito dos
subordinados.
·
Autoridade
é o uso correto do poder e não tem nada a ver com “Autoritarismo” que pressupõe
o Abuso do Poder.
·
Comandar
é sempre melhor do que mandar. A diferença está em que, Mandar é dar ordena,
Comandar é permitir a colaboração dos comandados nas tomadas de decisão
relacionadas ao trabalho destes, através de sugestões e discussão destas.
·
Autoridade
traz consigo a obrigação de aprender para ensinar, ou estabelecer e acompanhar
as ações de ensino..
·
O
ensino deve ser conduzido de forma a garantir qualidade das ações tendentes a
criar uma qualidade de Serviço uniforme e permanente, bem como uma Formação
condizente com a Hospitalidade inerente a um Hotel, sem distinção da categoria
deste.
·
Ao
ensinar, deve ser disseminada a ideia de que as ações aprendidas devem ser as
utilizadas permanentemente por todos, como uma forma de uniformizar a qualidade
do serviço.
·
A
garantia de colaboração não é atingida através de ameaças ou castigos, mas sim
através do “Respeito”, o qual deve ser conquistado, pelas ações no dia a dia.
·
Nunca
atribuir uma punição, sem uma conversa prévia com o culpado. As pessoas devem
saber porque ou onde erraram e ter a oportunidade de se explicar.
·
Antes
de concretizar a punição, é aconselhável que o Gerente promova uma reunião
amena e amigável com o empregado faltoso, sem nela culpar ou admoestar. Dizer
que reconhece o seu trabalho e o respeita, mas, em razão do acontecido, a
Gerência é forçada a contragosto tomar uma decisão punitiva que espera não
repetir no futuro, pois isso é uma situação sempre constrangedora para ambas as
partes. Normalmente, os empregados que se sentem tratados como gente, acabam
reconhecendo o seu erro e aceitam, sem revolta o castigo, tornando-se valiosos
colaboradores.
·
O
relacionamento deve ser sempre baseado no respeito mútuo, e na garantia dos
direitos da pessoa.
·
A
Qualidade do Serviço só é possível, através de uma delegação perfeita. Embora
uma grande parte dos responsáveis não esteja consciente do valor dessa
delegação, chamo a atenção para a necessidade de um bom conhecimento e um bom
trabalho dos Gestores, na aplicação deste ponto.
·
Quem
se propõe gerir, deve estar consciente que todas as equipes são compostas de várias
etnias, classes, valores e culturas diferentes, além de pessoas com
capacidades, conhecimentos, educação e entendimento desiguais, pelo que a
comunicação, o treinamento e a formação devem contemplar essas diferenças.
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[1] A França passou 22
anos sem ter hotéis de 5 estrelas, pois em 1987, devido às taxas consideradas
exorbitantes, estes estabelecimenmtos pediram a sua passagem a 4 estrelas com a
adição da letra L, como símbolo Luxo. Só em 2009 a normalidade foi restabelecida
para os que desejaram a sua retomada de posição, mantendo-se o L nos que assim
desejaram.
[2] A disciplina que estuda, analisa, acompanha e implanta a organização numa empresa é designada por O&M ou OSM. Os Sectores que desempenham essas funções são os de Organização e Métodos.
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