Princípios do Gerenciamento
Hoteleiro
Princípios do Gerenciamento Hoteleiro
O
anseio de grande parte dos profissionais que ingressam na hotelaria, é poder um
dia assumir a Gerência de um estabelecimento.
Isto
não deve ser de forma alguma Utopia, embora pressuponha um conjunto de
capacidades que respondam às responsabilidades do cargo.
Como
forma de ajudar os possíveis candidatos a se prepararem ao longo da carreira,
para o acesso a esse cargo, e usando a nossa opinião, criámos um texto simples
dos conhecimentos básicos e responsabilidades rotineiras de um Gerente, além da
possível solução dos problemas diários que possam surgir.
Classificação Hoteleira Internacional
Apesar
de o sistema por nós conhecido e utilizado ser o mais difundido, ele não é
seguido em todo o mundo, e muitos países usam outros sistemas nas suas
classificações, o que leva a que existam mais de trinta formas de
classificação. 
A
Grécia usa o sistema de letras; e as "coroas", são uma característica
da Grã-Bretanha. 
O
sistema nacional francês estabelece seis categorias para hotéis turísticos,
entre as quais, cinco com a atribuição de estrelas (1 *, 2 *, 3 *, 4 * L, 5 *).[1] 
Os
requisitos mínimos para a obtenção de uma categoria são: 
-
Quantidade de quartos, 
-
As instalações gerais; 
-
O equipamento de hotel; 
-
Conforto da habitação; 
-
Disponibilidade para inválidos e pessoas com mobilidade reduzida. 
Os
países europeus de classificação alemã seguem as cinco classes. 
·                   
Classe
turística - 1 *; 
·                   
Classe
padrão - 2 **; 
·                   
Classe
confortável - 3 ***; 
·                   
Primeira
classe - 4 ****; 
·                   
Luxo
- 5 *****. 
Na
Grécia, o sistema de classificação é alfabético, embora seja possível ver
também nas placas de hotéis as estrelas habituais. Os hotéis gregos têm quatro
categorias: A, B, C, D. 
Nessas
categorias os Hotéis: 
·                   
A
- correspondem a um nível de quatro estrelas, 
·                   
B
- três estrelas, 
·                   
C
- de duas estrelas. 
A
denominação “de Luxe” é muitas vezes atribuída na Grécia, aos hotéis da
categoria máxima. 
A
classificação dos hotéis ingleses é complexa. Como regra geral, os hotéis não
ostentam nem estrelas nem coroas nas suas fachadas. Para traduzir uma categoria
de hotel da «linguagem de coroas» para "estrelas", é necessário tirar
um do número geral de coroas, pelo que o mais correto é usar a classificação
oferecida pela Associação das agências de turismo britânicas: 
-
Hotéis económicos (1 estrela) estão localizados na parte central da cidade e
têm um mínimo de conveniências; 
-
Hotéis de classe turística (2 estrelas) têm um bar e restaurante; 
-
Hotéis de classe média (3 estrelas) têm grau bastante elevado de serviço;
-
Hotéis de primeira classe (4 estrelas) oferecem alta qualidade de instalações e
um excelente grau de serviço; 
-
Hotéis da categoria máxima (5 estrelas) têm um grau de serviço e instalações extra class. 
A
classificação dos hotéis italianos é um pouco confusa, pois o país não usa a
escala de "estrelas". De acordo com as normas aceitas na Itália, os
hotéis são classificados em três categorias: a primeira categoria pode ser
equiparada a quatro estrelas, a segunda categoria a três estrelas, e a terceira
categoria a duas estrelas. Existem no entanto em Itália, excelentes pensões e
albergarias.
A
Espanha mantém uma gradação dos meios de hospedagem em categorias:
-
Hotéis - cinco categorias de 1 a 5 estrelas; 
-
Casas do tipo hotel, pensões, hosteis, apartamentos, etc. - de 1 a 4 estrelas; 
-
Pousadas - de 1 até 3 estrelas; 
Existem
neste país empresas estatais para recepção dos turistas, sob orientação do
Ministro de Estado do Turismo e fortalezas antigas e palácios estão equipados
como hotéis "luxo" com classificação própria. 
Pode
verificar-se que cada país tem a sua classificação de hotéis, e determinada
categoria, localizada em países diferentes, embora com características
semelhantes, têm distinções essenciais. 
Classificação
Mundial de Hotéis
Não
se conseguiu até agora que alguma classificação fosse adoptada ao nível
internacional, embora tenha havido tentativas de unificação do sistema de
classificação, de modo a conseguir uma norma internacionalmente reconhecida e
confiável, mas elas falharam. Os sistemas de classificação mais comuns dos
operadores de turismo incluem a 'estrela', mas em muitos casos são simplesmente
uma nota de rodapé "satisfatório" ou "insuficiente" para
alojamento, sobretudo para albergues e motéis. Os sistemas que utilizam termos
como De luxe / Luxo, Primeira Classe / Superior, Classe Turística / Padrão,
Classe e Orçamento / Económico são mais largamente aceites como tipos de
hotéis, do que as normas inerentes a estes.
Os
hotéis são avaliados de forma independente em sistemas tradicionais e descansam
muito nas facilidades oferecidas. Alguns consideram isso desvantajoso para
hotéis menores, cuja qualidade de alojamento poderia cair em uma classe, mas a
falta de um item como elevador iria impedi-lo de alcançar uma maior qualificação.
Os serviços de alimentação, entretenimento, vista e variantes do quarto como
tamanho e amenidades adicionais, spas e centros de fitness, facilidade de
acesso e localização, podem ser considerados no estabelecimento de um padrão,
pelos operadores de turismo.
Embora
a OMC e ISO tenham tentado persuadir os hotéis a concordar com alguns
requisitos mínimos como normas em todo o mundo, a A.I.H. sediada em Paris e a
(IH & RA) opõem-se a qualquer tipo de ação nesse sentido. De acordo com a
IH & RA, harmonizar a classificação com uma base única seria uma
indesejável e impossível tarefa. Esta parece ser uma posição política, pois com
um guia rápido e não burilado, podemos chegar a alguns resultados palpáveis e
possíveis: 
-                    
Um
hotel de 1-Estrela fornece uma gama limitada de amenidades e serviços, mas
adere a um alto padrão de instalações e limpeza. 
-                    
Um
hotel de 2 estrelas oferece bom alojamento e melhores quartos, equipados com um
telefone e banheiro privativo anexo. 
-                    
Um
hotel de 3 estrelas dispõe de quartos mais espaçosos e adiciona classe à
decoração e mobiliário, com TV. Ele também oferece um ou mais bares ou salões. 
-                    
Um
hotel de 4 estrelas é mais confortável e maior, e oferece boa cozinha (table
d'hôte e à la carte), serviço de quarto e outras amenidades. 
-                    
Um
hotel de 5 estrelas oferece instalações luxuosas, e mais vasta gama de serviços
ao cliente, bem como piscina e locais para exercícios e desportos nas
instalações. 
O
Guia Oficial de Hotéis (publicado nos EUA, e seguido em todo o mundo) tem uma
classificação própria, num esquema que posiciona os hotéis em nove categorias:
(1) Classe Turismo Moderado , (2) Classe Turística, (3) Classe Turística
Superior, (4) Primeira Classe moderada (5), Serviço Limitado de Primeira Classe
(6), Primeira Classe, (7) De luxo moderado (8), De luxe, e (9) Superior De
luxe.
SUBSÍDIOS PARA ENTENDER A GESTÃO
Definição de Gestão
Embora não se tenha encontrado ainda uma definição universalmente
aceite para o conceito de gestão e
apesar deste ter evoluído muito ao longo do último século, existe no entanto algum
consenso relativamente a que este inclui, obrigatoriamente, um conjunto
de tarefas que procuram garantir o uso eficaz dos recursos disponibilizados
pela organisação, afim de serem atingidos os objetivos pré-determinados.
Apresentado de uma forma mais objectiva, podemos dizer que gestão é o
processo através do qual se usa o que se tem para fazer e o que se pretende (ou
o que é necessário).
O que se tem são os recursos, o que se pretende (ou o que é becessário),
é atingir os objectivos da empresa e as suas metas.
Os recursos são os meios (bens ou ativos da empresa) colocados à
disposição. Dividem-se, basicamente, em sete categorias:
·        
pessoas,
·        
dinheiro,
·        
tempo,
·        
métodos
e padrões de procedimentos, 
·        
força
eléctrica ou energia. 
·        
materiais
(roupas, géneros alimentares, etc.), 
·        
equipamentos.
Os recursos são sempre limitados. Nunca, em nenhum lugar, encontrei um Gerente
ou Supervisor satisfeito com o total dos meios de que dispunha. Do mesmo modo,
nunca nenhum deles teve à sua disposição todos os meios de que necessitava.
Portanto, o primeiro desafio que o gerenciamento apresenta, é
determinar a melhor maneira de utilizar os recursos colocados à disposição,
para atingir os objetivos da empresa. 
Objetivos de empresa
(o
que se pretende ou o que é necessário)
Os objetivos em qualquer
empresa, dividem-se em duas classes:
Os
objetivos comuns,
Os
objetivos comerciais ou de exploração.
Como objetivos comuns podemos distinguir:
·      Comprometimento - A pessoa está empenhada. Lutará
para que os objetivos se realizem. Aceita e cumpre as diretrizes que se fizerem
necessárias.
·      Participação - A pessoa compartilha. Fará o que
for necessário para que os objetivos sejam atingidos tal como planeado.
·      Obediência genuína - Atinge os benefícios do
objetivo. Colabora como é esperado. Segue as instruções ao pé da letra, “bom
colaborador”.
·      Obediência formal - De maneira geral, dá-se conta dos benefícios do objetivo. Faz o que
é esperado mas apenas isso, “colaborador razoável”.
·      Obediência relutante - Não
alcança os benefícios do objetivo. Mas também não quer perder o emprego. Faz o
que lhe compete, constrangido, mas não esconde a sua falta de interesse.
Objetivos comerciais ou de
exploração mais usuais:
- Conseguir lucros compatíveis com o investimento (melhores vendas, aos
mais baixos custos)
- definir e atingir padrões de qualidade satisfatórios, para produtos e
serviços (boa formação, moral elevada e espírito de equipa).
- criar e manter uma boa imagem no mercado (clientes satisfeitos)
De uma maneira geral, os objetivos comerciais da empresa são
estabelecidos pela administração, ou negociados com os seus componentes, mas
eles não fogem muito de uma linha geral em hotelaria, pois são definidos sobre
uma base incontestável: a necessidade de gerar lucros que garantam a existência
e a continuidade da operação.
Ao fazer um Planejamento
Estratégico, devem ser estabelecidos objetivos específicos dos fatores
relevantes para a empresa, como:
•         
Vendas, 
•         
% de ocupação
•         
Participação de mercado, 
•         
Lucros, 
•        
ROI - retomo sobre investimento 
•        
Crescimento
•        
Rentabilidade
•        
Produtividade
•         
Qualidade
•         
Inovação.
•         
Nível de satisfação do cliente
Indicadores
de Desempenho
Além da seleção dos
objetivos, é importante definir também Indicadores de Desempenho que permitam a
avaliação dos resultados alcançados. Isso pode ser feito em relação a outros
estabelecimentos do mesmo tipo, em relação ao mercado em geral, ou em relação
ao desempenho próprio, em meses anteriores ou anos anteriores. Ou ainda tendo
em conta, todos esses pontos de referência.
Resultados obtidos
•         
Atual
•         
Planejado
•         
Anterior
•         
Do mercado
•         
Da concorrência
•         
Crescimento
•         
Atual
•         
Planejado
•         
Anterior
•         
Do mercado
•         
Da concorrência
Faturamento
ou Produção
Rentabilidade
Receita
Líquida / Lucro Líquido
Produtividade
Outros objetivos particulares, podem variar de
hotel para hotel, ou de empresa para empresa mas, em qualquer lugar, os
Gerentes e Supervisores que sabem interpretar os objetivos e lutar por eles,
têm sempre um cargo tranquilo.
Graus de Gestão
Nas empresas hoteleiras, existem normalmente três
graus de gestão: superior; intermediário e supervisão.
Estes patamares podem também variar de empresa para
empresa, mas vamos avaliar uma equipe de direção de hotel, tomando por base a
definição apresentada.
O Gerente geral (dito também Diretor) e o
subgerente, estão no patamar superior.
Todos os Gerentes de departamento e chefes
executivos, preenchem o nível intermediário.
Os cargos de gestão ou chefia abaixo destes, estão
na posição dita de supervisão.           
Esta definição académica de supervisor, indica os
cargos com gerência ou supervisão de um ou mais grupos de pessoas, mas em boa
verdade, todos os escalões da pirâmide têm em maior ou menor grau funções deste
tipo, pois todos gerenciam o seu trabalho e supervisionam o resultado dele.
A função de supervisionar é no entanto a única que
não deve nunca ser delegada pelos quadros gerenciais, pois só cada um sabe o
que quer e como quer.
Princípios básicos de gestão
Muitos dos princípios básicos da gestão, são conhecidos. Ainda que
alguns tenham sido modificados, para acompanhar a evolução da sociedade, das
empresas, dos conceitos de gestão ou da mudança de visão nas empresas, os que
representam a espinha dorsal ou as colunas de sustentação do gerenciamento,
continuam os mesmos.
Os mais relevantes são os seguintes:
-           
Conceito
de autoridade: - os gerentes e supervisores devem ser capazes de dar ordens que
sejam cumpridas.
-           
Hierarquia organizacional: - a
linha de comando e autoridade, deve passar pelos vários níveis até à base da
pirâmide.
-           
Disciplina:
- os empregados devem conhecer e respeitar as regras e normas que regulam a
empresa.
-           
Unidade
de comando: - cada empregado deve ter apenas um superior a quem prestar contas.
-           
Unidade
de direção: - deve ser usado apenas um plano para atingir os objetivos (plano
aqui não é sinónimo de planejamento).
-           
Bem
comum acima de tudo: - são os interesses da empresa que garantem a
sobrevivência de todos; logo, devem ser sempre defendidos, acima dos interesses
individuais ou dos interesses de grupos.
-           
Reconhecimento:-
os empregados devem ser reconhecidos pelo seu esforço e pelas suas qualidades.
-           
Descentralização:
- dentro do possível, alguns processos de gestão devem ser descentralizados.
-           
Divisão
de tarefas: - os empregados devem estar aptos a preencher todos os cargos do
seu sector, para poderem auxiliar-se sempre que necessário.
-           
Concordância:
- os empregados devem ser colocados nos lugares de que mais gostam, ou que
estejam mais de acordo com a sua personalidade.
-           
Estabilidade:
- muita rotatividade de pessoal, tem como resultado:  ineficiência e baixa produtividade.
-           
Liberdade
de iniciativa: - os empregados devem ter alguma liberdade para desenvolverem e
implementarem planos de trabalho.
-           
Espírito
de equipe: - quando os empregados trabalham unidos, a empresa beneficia-se.
-           
Delegação
cuidada: - todos os empregados devem ter bom conhecimento dos cargos que ocupam
e responsabilidades inerentes, para poderem ser responsabilizados pelo
resultado do seu trabalho.
ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE GESTÃO
Autoridade
Definição do poder que uma empresa, entidade ou organização dá a um
director, gerente, ou supervisor, para que este cumpra determinada tarefa ou
mande cumprir determinada tarefa. Por exemplo, um chefe tem autoridade para
designar as tarefas dos seus funcionários, o ecónomo tem autoridade para
comprar, ou contratar serviços em nome da empresa. A autoridade tem sempre
alguns limites, estabelecidos para cada cargo, e pode ser formal, ou informal:
a formal, é a que é conferida pelo cargo, a informal, é aquela que o indivíduo
adquire pelas suas qualidades, capacidades, idéias ou conhecimentos. A
autoridade pode ainda advir da personalidade, ou carisma.
Delegação
É o acto de passar a outra pessoa, uma tarefa que normalmente seria
sua. A autoridade também pode ser delegada, se isso for necessário ao bom
cumprimento de uma tarefa.
Como ninguém tem a capacidade física da omnipresença, a delegação é um
componente importante da função gerencial em hotelaria. Procede-se assim quando
se define que um funcionário é responsável por um cargo, dentro de um hotel, e
assume total responsabilidade por ele. Devemos partir do princípio que o Gerente-geral
é o principal responsável por todos os cargos, bem como pela correta execução
em cada um deles. Ao designar uma pessoa a quem atribui essa responsabilidade,
ele está a delegar.
Assim sendo, para delegar correctamente, devem ter-se os seguintes
cuidados:
- Qualidade de formação -  o
empregado deve receber formação relativa à tarefa que lhe é entregue, ou
delegada.
- Bom Treinamento:- O empregado deve ser bem treinado na execução dos
serviços que lhe são delegados. 
- Boa Formação – A Hospitalidade e a Simpatia, devem ser apresenyadas
como a base do Serviço em Hotelaria.
- Boa informação - o empregado deve conhecer bem, o resultado que se
espera dessa tarefa, e deve saber corretamente qual é a posição da Gerência
sobre o cargo que vai ocupar.
- Responsabilização - depois de uma boa formação, treinamento  e de estar bem informado sobre o cargo que vai
ocupar, o empregado deve ter total liberdade e não deve haver interferência, no
trabalho que lhe foi delegado. 
Se tudo correr bem, deve ser reconhecido. Se cometer algum êrro, o
funcionário deve ser incentivado a tentar novamente, para melhorar a sua
execução.(No nosso livro Introdução à Hotelaria Parte 7 Qualidade em Hotelaria, apresentamos
um texto desenvolvido sobre este assunto).
Responsabilidade
Quem assume uma autoridade formal, torna-se responsável pelo bom uso
dessa autoridade.
Quem aceita um cargo de direção ou supervisão, aceita tacitamente a
responsabilidade que o cargo acarreta.
Do bom uso ou abuso dessa responsabilidade e dessa autoridade, sairão
os bons ou maus resultados da gestão.
Resultados de Gestâo
Um dos grandes objetivos do gestor é o resultado final do
empreendimento colocado sob sua responsabilidade. Não há dúvida que são muitos
os factores que influenciam esse resultado, mas o mais preponderante é o
resultado financeiro do empreendimento, que em essência é influenciado pelo bom
ou mau trabalho levado a cabo em todos os outros. O resultado financeiro
determina a rentabilidade do capital investido, pelo que é sempre importante
ter uma avaliação desse ponto. 
ROTINAS  DE 
GERENCIA
( Textos  de  Apoio  e 
esclarecimento )       
HOTEL X
MISSÃO
Conquistar
a posição de melhor Empresa Hoteleira na sua categoria de preços, oferecendo
acomodações,  alimentação  e atendimento 
condizentes  com  as nossas diretrizes, excedendo  as 
expectativas dos Clientes  e  nos destacando  no  mercado
como um  HOTEL  SIMPATIA 
próspero, lucrativo e selecionado 
pelos  nossos  clientes, pela boa vontade  e 
atendimento do  nosso  pessoal  
e,  pela   ética  
da  nossa  aplicação 
das  propostas   incluídas  
na  Missão. 
Nosso
trabalho  e  esforço 
na  concretização da Missão
só  será completo, quando  indicadores 
seguros  nos  mostrarem 
que  nosso  cliente 
foi  plenamente satisfeito.
PRINCÍPIOS  BÁSICOS 
*   A 
missão,  -  princípio 
maior 
*   Manter em todos os escalões e hierarquias,
uma firme disposição de agir, fazer, decidir e  
tentar, assegurando agilidade e dinamismo na Organização.
*   Viabilizar a coexistência  de uma forte 
Direção Geral, com  a  preservação 
da  liberdade  de 
criar e  agir  nos outros níveis de hierarquia,  fomentando e incentivando a  iniciativa 
e  a  maior autonomia individual  possível.
*   Promover 
as pessoas,  para através
delas,  atingir maior produtividade. 
*   Considerar 
que cada colaborador  é  uma 
fonte  de ideias que deve  ser 
preservada       
*   Manter 
estruturas  de  dimensões 
simples  mas bem selecionadas, com
equipes enxutas onde  as   pessoas sintam  liberdade 
para   atuar  com  
responsabilidade,  autonomia  e 
senso  de  inovação 
e  melhoria.
*   Estar atento 
às  mudanças  e  
tendências  externas  que  
possam afetar ou influenciar o 
negócio  e  criar flexibilidade  para 
que  as  mudanças 
internas  necessárias à  adequação, 
se  façam  com 
rapidez, disciplina  e  sem 
necessidade  de  muito 
controle.            
*   Fornecer 
produtos e serviços  adequados ao
uso e preferências dos clientes e da sociedade em geral,  garantindo 
credibilidade e lucratividade. 
MANUAL BÁSICO DE GESTÃO
ORGANIZAÇÃO
O Que é Organização
Organização
é a combinação dos esforços individuais, tendo como finalidade realizar
propósitos coletivos.  Através de uma
organização, torna-se possível perseguir e alcançar objetivos inatingíveis para
uma só pessoa. Uma grande empresa ou um pequeno empreendimento, um hospital,
uma escola ou um hotel, são exemplos de organizações que por sua vez são
formadas por um conjunto de pessoas, máquinas e recursos, entre outros.
Mas
a organização de uma empresa pode também ser definida, como a ordenação e
agrupamento de atividades e recursos, visando o alcance dos objetivos e
resultados estabelecidos. 
A
estrutura organizacional é o conjunto ordenado das definições de autoridade,
responsabilidades, comunicações, decisões, sistemas e circuitos dos diversos
departamentos e secções de uma empresa.
O
termo “organização” é também usado como sinónimo de configuração, estrutura,
ordenação, e eficiência. Nos dicionários da língua portuguesa, aparece com a
definição de “ato ou efeito de organizar”.
A
organização deve ser entendida como a estrutura através da qual funcionam, sem
percalços, erros ou dificuldades, os serviços normais de uma empresa e
compreende, além do quadro estrutural de cargos, definidos pelos respetivos títulos,
responsabilidades, relações formais, nível de autoridade, atribuições básicas e
aspectos culturais, todo o ciclo dos circuitos, tanto de bens como de serviços
e produtos, dentro ou fora da empresa, se esta se propõe competir externamente.
A
função básica de organização[2] é o estudo e montagem da estrutura
que movimentará a empresa, para que esta seja bem definida e possa atender as
necessidades e os objetivos estabelecidos, de forma integrada com a organização
informal e as estratégias estabelecidas para os resultados finais da empresa.
Uma
estrutura formal inclui organograma e descrição dos cargos, políticas,
sistemas, padrões vigentes para os serviços prestados, manuais de procedimentos
ou organização, comunicados e instruções. 
Estrutura Organizacional
Estrutura  organizacional  é o conjunto ordenado das  responsabilidades, autoridade, comunicações e
decisões, bem como dos métodos e sistemas que regem e orientam as unidades
internas de uma empresa.
Esse
trabalho compreende uma atividade que tem por objetivo criar a estrutura
inicial para uma empresa, ou aprimorar a existente de acordo com as
necessidades, pois a estrutura organizacional não é estática e, numa empresa
moderna, é até por vezes bastante dinâmica, para fazer face às constantes
mudanças, tanto gerenciais como de mercado, tendo em conta que a estrutura
organizacional deve ser delineada, considerando as funções de administração
como um instrumento para facilitar o alcance dos objetivos estabelecidos.
Organização,
Sistemas e Métodos, é a área clássica da administração que lida com as técnicas
cujo objetivo principal é aperfeiçoar o funcionamento das organizações, sendo
conhecida pelas siglas: O&M e OSM (Organização, Sistemas e Métodos).
A
sua responsabilidade básica é a de executar as atividades de levantamento,
análise, elaboração e implementação de sistemas e circuitos na empresa, com o
objetivo de aprimorar os métodos de trabalho, agilizar a execução das
atividades, ao eliminar situações de duplicidade nestas, padronizar, melhorar o
controle, fazer o gerenciamento dos processos e solucionar erros ou problemas,
conhecidos na gíria do sector como patologias organizacionais.
As
atividades de O&M mais comuns são: 
Desenho,
racionalização e normatização de processos e procedimentos organizacionais;
Desenho,
formalização e mudança da estrutura organizacional;
Desenho,
racionalização e normatização de formulários;
Normatização
e racionalização do uso do espaço físico e layout na empresa.
A
metodologia do trabalho de O&M consiste na realização de um diagnóstico
cujas fases são: identificação do problema, coleta de dados, análise
propriamente dita, elaboração de sugestões ou de um novo sistema, treinamento,
implantação e acompanhamento.
A
representação gráfica do conjunto das atividades levadas a efeito para gerar
produtos e serviços que atendam às necessidades dos clientes é composta pelos
seguintes elementos:
a).
organograma.
b)
diagrama espinha de peixe
c)
gráfico de Pareto.
d)
histograma.
e)
fluxograma.
Organograma
O organograma é um gráfico que representa a
estrutura formal de uma organização, Credita-se a criação dos
primeiros organogramas ao norte-americano Daniel
C. McCallum,
administrador de ferrovias, no ano de 1856.
Os
organogramas mostram como estão dispostas as unidades funcionais, a hierarquia
e as relações de comunicação existentes entre estas.
Os “órgãos”, que nós designamos como
departamentos ou sectores, são unidades com funções definidas.
Exemplos de órgãos são: Tesouraria, Almoxarifado, Portaria, Recepção, Andares,
Cozinha, Restaurante, etc. Cada órgão possui um responsável, cujo cargo pode
ser chefe ou supervisor, e cada núcleo de órgãos subalternos tem um gerente,
coordenador, director, etc. Alguns têm auxiliares e normalmente têm
colaboradores (funcionários) e espaço físico definido.
Num organograma, os órgãos são dispostos
em níveis que representam a hierarquia existente entre si. Num organograma
vertical, quanto mais alto estiver o órgão, maior a sua autoridade e a
abrangência da sua atividade.
Exemplo
de um Organograma
( Textos  de  Ajuda  e 
Esclarecimento )  
1 - PESSOAL
 ==========
QUADRO
DE PESSOAL - O Quadro de pessoal estará estabelecido em (x) Funcionários e não deverá  ser alterado 
sem o acordo expresso da Diretoria.
A  Admissão, Demissão  ou 
Promoção de  Funcionários, deve
ser  formalizada  em  
formulário próprio com aprovação da Diretoria  através 
do  Departamento  de  RH.
A
Admissão, Demissão, ou Promoção, só deverá ser formalizada, após devolução pela
Diretoria/RH, do  formulário  próprio, devidamente assinado, por  um 
Diretor.
ORGANOGRAMA
DO HOTEL - O Organograma do Hotel é estabelecido com o respetivo quadro  e sempre que for julgada necessária  alguma alteração, esta deve ser
apresentada  à  Diretoria através de RH, com as razões que a
justifiquem, para   aprovação.
VAGAS
A PREENCHER - As vagas serão preenchidas, de acordo com o que se diz acima para
Admissão de pessoal.
A
Seleção para os cargos de menor responsabilidade é feita pelo Gerente, Chefe do
Dep. de  pessoal do Hotel e chefe do
setor interessad . Para cargos de maior responsabilidade, é aconselhável que os
candidatos  selecionados pelo Hotel sejam
submetidos a testes especiais, para maior coerência de seleção. 
FICHAS
DE AVALIAÇÃO – Devem ser feitas fichas de avaliação dos novos empregados, aos
30/60 e antes de terminar os 90 dias de experiência, para determinar se o
funcionário pode ser definitivamente incluído no quadro.
Duas
vezes por ano, será feita uma avaliação do desempenho de todos os empregados,
mas outras avaliações podem ser feitas em períodos mais curtos, a  pedido do chefe de setor ou  por 
decisão da Gerência, para detectar necessidades de treinamento, ou de
aconselhamento  ao empregado.
PENALISAÇÕES
E DEMISSÕES - A política da Empresa deve ser de valorização do seu pessoal,
sendo portanto desejáveis as sessões de aconselhamento e o desenvolvimento, ou formação  profissional como forma de conseguir a
participação de todos nos objetivos da Empresa.
A
responsabilização e o espírito de Equipe também devem ser encorajados pelo
Gerente  como  forma 
de  criar  o 
ambiente  que leva á  satisfação, eliminando a necessidade de
castigos ou penalidades.
Em
todos os casos onde a política da Empresa não consiga ser aceita pelo
funcionário, a justa causa é a via normal de solução do problema, tanto o
Gerente  como  os responsáveis pelos Dep.tos, devem procurar
sempre esta forma de termo de contrato, evitando  porém 
demissões desnecessárias.
SALÁRIOS  -  
Os  Salários devem sempre refletir
o mercado e as possibilidades do estabelecimento,  tendo em conta as metas preestabelecidas. O
Gerente  pode,  a qualquer momento,  dentro dos prazos  estabelecidos para o  efeito, 
apresentar  sua  proposta 
de  alteração  salarial 
através de RH.      
REUNIÃO
COM SUPERVISORES-  As reuniões  com 
os  Chefes  de 
Dep.to, não só são necessárias como desejáveis, para tratar de todos os
assuntos   de  interesse 
geral  ou   que  
necessitem   de  opinião 
múltipla,  bem  como estudo 
de   novos  produtos 
ou   lançamentos. 
Servem  ainda para 
treinamento, formação, troca de impressões e convívio, devendo ser  aproveitadas ao máximo, pelo menos com uma
periodicidade quinzenal. 
PROBLEMAS  DO 
MERCADO - Todos os eventuais  
problemas do mercado de trabalho na  
região  do  Hotel, devem 
ser  anotados, para  deles dar conhecimento á Diretoria e RH, nas
reuniões mensais, tendo em vista montar 
estratégias,  segundo  a 
dificuldade encontrada.
ORGANIZAÇÃO
DO  DEP.TO  DE 
PESSOAL -  A  organização 
deste departamento  é da
responsabilidade do  respetivo chefe mas,
a supervisão de todos os  assuntos  relacionados 
com  o  mesmo 
compete  ao  gerente  da  
unidade .
Este,
responde  ante  a 
Diretoria,  por  todos 
os  atos  ou 
ocorrências  que  não estejam de acordo com as  normas ou  
preceitos  da  Empresa, 
bem como  com  as leis em vigor  para  
esta  área .
PLANO  DE 
FÉRIAS -  O   Plano de 
Férias do Hotel deve  ser
preparado no inicio do  ano,  permitindo 
conhecer   com  antecedência 
quem  vai  de  férias  e quando, 
bem como  planejar  as 
necessidades   financeiras,  mês 
a  mês,  para 
o  efeito,
2.
TREINAMENTO E FORMAÇÃO
=================
OBJETIVOS  A 
MÉDIO  E  LONGO 
PRAZO - Será útil estabelecer  os
planos da Empresa para  o  treinamento, 
procurando  beneficiar o pessoal
do Hotel  de  todas 
as  ações  planejadas  
nesta área.
O
Gerente  deve  fazer 
a  sua  própria programação,  utilizando 
os  seus   chefes 
de  setor  como 
monitores,  de  forma   
a  que  o 
seu  pessoal  evolua 
e  o serviço  se 
beneficie   e  melhore , com 
o   treinamento e formação.
Pelo
menos  duas vezes  ao mês, 
o  Gerente  deve 
programar  com  os 
seus  Chefes,  reuniões 
objetivando  o  treinamento, 
embora  este  não  
seja  óbvio  ou declarado.
Em  tais 
reuniões,  devem  ser 
analisados  vários  aspetos 
do  serviço, bem  como 
métodos  ou  sistemas, 
dificuldades  ou erros  verificados 
com  maior  frequência 
promovendo   a  discussão 
dos  assuntos  e 
levando  os  intervenientes  ao 
compromisso  de  implantar 
as  melhorias  acordadas. 
PLANOS
DE TREINAMENTO - Estabelecer para a sua Unidade, planos de   Treinamento, a  médio 
e  a  longo 
prazo,  procurando   que  
os   seus  funcionários  
se   interessem  por 
eles  e  dêem 
a  sua  colaboração.
REUNIÕES
DE TREINAMENTO - Incentivar a que os seus chefes, façam  reuniões de treinamento  e de 
análise  dos  erros 
ou  falhas  mais 
frequentes, (procurando  
prestigiar  estas  reuniões  
com  a  sua presença sempre que possível),  pelo  
menos  duas  vezes 
por  mês,  assistindo 
aos  15  minutos 
iniciais.
MATERIAL  DE 
TREINAMENTO -  Facilitar  o 
trabalho  dos  seus  
Chefes, em   treinamento ,
colocando  á  disposição  
destes  o  material 
necessário  ( apostilas,  flip-chart, 
etc.).   
MANUAIS  DE TREINAMENTO -  Solicitar 
dos  Órgãos  responsáveis, 
os  Manuais  disponíveis, 
para  os  treinamentos  
programados.  
NORMAS  E  PROCEDIMENTOS
-  As 
Normas e  Procedimentos rscritas, além  de 
excelentes  auxiliares  para  o  conhecimento do Serviço e das obrigações de
cada um, são também ótimo material para treinamento, pois  mostram as várias facetas dos serviços a
executar, permitindo que os empregados se valorizem  profissionalmente.
As   Normas 
e  Procedimentos devem  ser 
mantidas  em  vigor 
e  atualizadas  periodicamente, de  forma 
a  refletirem,  sempre,  
a   qualidade  de 
Serviços  desejada  pelo 
Gerente da Unidade pois elas 
são,  para o Pessoal  a 
melhor e mais  clara forma  de 
conhecerem  o  "pensamento" da sua  Gerência, em 
relação  ao que  deles 
se  espera  como 
"Qualidade  de Serviço".
SUPERVISÃO
-  A 
Supervisão  ainda  é  a  melhor 
forma de  treinamento, pelo  que  se
aconselha ao  Gerente que a  utilize e a incentive  junto  aos seus 
Chefes, como  forma  de atingir 
uma boa qualidade de  SERVIÇO,
3.
PROMOÇÃO  E  VENDAS  
         
===========================
O
Gerente de uma  Unidade  deve ter 
a  sua  própria 
estratégia  de  vendas,  
para   poder  atuar  
não   só  em 
relação  à  sua 
clientela  como  também 
à  sua   Região. 
Dentro  deste 
critério,  deve  montar 
o  seu Manual de  Vendas, de 
acordo com  as  Sugestões recebidas da  Gerência  
de  Vendas,  (se esta existir) mantendo-o  atualizado e 
bem  difundido entre o  pessoal 
de  Reservas  e de 
Recepção.
PLANO  DE 
VENDAS -  De acordo  com  as  taxas 
de  ocupação, diária  média 
e  receita  de 
apartamentos  o  Gerente deve montar o seu plano de
vendas  (ações  tomadas e a tomar ) de forma  a  que
as suas metas não  sejam  afetadas 
por  uma  súbita 
queda  de  faturamento.
POLÍTICA  DE 
PREÇOS  E  DESCONTOS - 
A  política  de 
preços  é  definida 
pela  Diretoria,  mas 
o  Gerente pode  e 
deve  dar  a 
sua  opinião,  sempre 
que  julgar   necessário, 
propondo  o  que julgar 
mais adequado  às  condições 
do  mercado  ou 
do  momento.
POSICIONAMENTO  PERANTE 
A  CONCORRÊNCIA -  O 
Hotel  deve  ter 
a  sua  política 
própria  e  bem 
definida , procurando  criar,
manter  e 
dar  satisfação,   à 
sua  clientela , evitando  entrar 
na  perigosa  competição 
de  preços  para 
angariar  Hóspedes.
Sempre  que 
um  preço  especial 
for  estudado, deve  ser  em
função  do  interesse 
que  para o  Hotel 
possa  ter  o 
Evento  ou  o 
cliente  em  causa , e 
não  o  preço 
menor  apresentado  pela 
concorrência .
Em  muitos 
casos,  o  cliente 
busca  apenas  preço 
mais  baixo,  em  vez
de  qualidade.
Ao  obter 
o  nosso  preço, vai 
com  ele  ao 
concorrente  para   conseguir 
um desconto maior.   Esse não  deve 
ser  o  nosso 
objetivo  nem  a 
nossa  política .
ESTATÍSTICAS  E 
MERCADOS  GERADORES - O  Mapa 
Mensal  de  Estatística 
de Procedência , deve  ser  bem 
elaborado  e  analisado, para  detectar 
a queda  de  frequência de 
clientes  habituais e  em 
consequência,  tomar  as 
ações  pertinentes.
SISTEMA  DE 
VENDAS  E  RESERVAS - O Sistema  de 
Vendas  e  Reservas 
deve  ser bem  acompanhado 
e  revisado  com 
frequência  para  mantê-lo 
efetivo  e  atuante. As 
fichas  de  clientes 
devem  também  ser 
analisadas  periodicamente,
para  acompanhar as   opiniões 
destes  após  cada 
visita.
EMPRESAS  COM 
DESCONTO  OU  CONDIÇÕES 
ESPECIAIS - As  Empresas  com desconto 
ou  condições  especiais 
são  sempre  clientes 
de  alto   potencial 
que  interessa   manter satisfeitos. Deve  por 
isso  haver  o 
cuidado  de  acompanhar 
a  assiduidade com que  fazem  
reservas  e  a  
forma  como  estão 
avaliando  os  serviços do hotel. 
CONTATOS   PESSOAIS - O contato  pessoal do 
Gerente  com  os 
Hóspedes  enviados   pelas  
Empresas  deve  ser  
sempre  utilizado,    como 
forma   de   avaliar  
a   satisfação  dos  
usuários. É   muito  importante 
para  o  Gerente 
Geral, manter  um  bom 
relacionamento  com  a  
comunidade  onde  se 
situa  o  seu 
Hotel,  pelo  que 
se  aconselha  visitas, 
periódicas  a  Entidades  
Oficiais, Imprensa, Clientes importantes,  Fornecedores, 
C.ias Aéreas, Agências de Viagem, 
Hotéis  ou  estabelecimentos concorrentes, Sindicatos e
Associação de Classe, etc.
4.  GESTÃO
============
REVISÃO
E ANÁLISE DOS LIVROS DE SERVIÇO  -  É 
importante que o Gerente habitue o seu 
pessoal, á  sua  supervisão 
dos Livros  normalmente  usados 
nos vários  Setores.
Os  livros 
devem  ser  mantidos 
limpos  e  sem 
rasuras.  Qualquer  alteração 
deve  ter   uma 
justificação  e  ser 
do  conhecimento  do 
Gerente.
O  fechamento 
dos  Livros  deve 
ser  efetuado,  nas 
datas  ou  horários 
estabelecidos, de acordo  com  as 
normas, de  forma  a 
que  todos  os 
Departamentos  ou  setores 
possam  ter as  informações 
que  deles  resultam, a 
tempo  de  não 
atrasar  os  seus 
próprios trabalhos.
As  informações 
aos  Órgãos  de Controle devem  ser 
enviadas  estritamente dentro  dos 
prazos, de  forma  a 
não  atrasar  o 
fechamento  da  Contabilidade, pois  o cumprimento 
deste  ponto  é 
também  do  interesse 
do  Gerente, visto  que  a  geração 
dos  relatórios  gerenciais 
que  ele  recebe, parte 
dessas  informações.
Cumprindo  os 
seus  prazos  o 
Gerente  estará  também 
agindo  a  seu 
favor, pois  receberá   os 
Relatórios  de  gestão 
e  os  Balancetes, 
mais  rapidamente.
ANÁLISE  DOS 
BALANCETES  E  RELATÓRIOS 
DE  GESTÃO - A  preparação de todos os  relatórios 
e  Balancetes  têm 
como  função  municiar 
os  Gerentes  com 
informativos  que lhes  permitam 
tomar  decisões  ou 
desenvolver  ações  para 
atingir  as  suas 
metas.
Da  forma 
como  o  Gerente 
melhor  utilizar  essas 
informações,  dependem  os 
resultados  da  Unidade, 
pois  quanto  mais 
rapidamente  forem  tomadas 
as  ações  corretivas, melhor  os 
objetivos  serão  atingidos.
SUPERVISÃO  DOS 
PONTOS  CHAVE -  Para 
que  os  resultados 
sejam  compatíveis  com  
o  desejado, o  Gerente  
deve  acompanhar  os 
pontos  chave, através  de uma Supervisão  adequada.
Esses
pontos  chave, são :
 - RECEITAS (Ocupação, Diária Média,
Receitas  Departamentais).
 - DESPESAS 
(  Compras, Salários e Encargos,
Contratos com Terceiros, Consumo  de
água, gás., energia, etc.)
-
QUALIDADE DOS SERVIÇOS.
-
QUALIDADE DO PRODUTO  ( Manutenção e
apresentação das instalações)
-
ATIVOS  (Estoques e sua rotação, Posição
das contas de  Clientes e Cheques  sem fundos, Devedores diversos, Processos em
curso, Inventários, Materiais de Reposição 
e  em uso.)
 - PASSIVOS  
( Credores diversos ).
-  FORNECEDORES 
( Preços, Prazos de Pagamento, Qualidade dos produtos ).
-
CLIENTES ( Fidelidade, Assiduidade, Satisfação, Novos clientes.)
-  RESULTADOS 
(Analise de custos e resultados, conta por conta e Setor por Setor.)
   ( Comparativo com os  Objetivos e 
Metas ) .
PLANEJAMENTO
DAS AÇÕES CORRETIVAS A SEREM TOMADAS. =
DOCUMENTOS
OFICIAIS  - Verificar regularmente
se  os documentos estão em ordem e
Disponíveis para  apresentação em caso da
chegada ao Hotel de uma 
Fiscalização.  É aconselhável  que  os
documentos originais fiquem todos arquivados 
no  Escritório, com cópias  no 
Dep. de Pessoal  dos que
disserem  respeito a este  setor, e na 
Recepção, os  que  são 
inerentes   à  exploração 
ou  operação da  Unidade.           
Os
Documentos  de uso  normal 
em qualquer Unidade são:
•         
REGISTRO
E CLASSIFICAÇÃO  EMBRATUR
•         
ALVARÁ  DA PREFEITURA
•         
VISTORIA
DO CORPO  DE  BOMBEIROS
•         
ALVARÁ
DA SECRETARIA DE SAÚDE  ( LIVRO  DE VISTORIA )
•         
ALVARÁ
DE  DIVERSÕES  PUBLICAS (SE 
TIVER MUSICA AO VIVO ) 
•         
LICENÇAS
E TAXAS DE PUBLICIDADE ( PAINÉIS, LUMINOSOS, ETC. )
•         
TAXA
DE FUNCIONAMENTO DOS ELEVADORES
•         
IMPOSTO
SINDICAL
•         
ALVARÁ
DA POLÍCIA (CIENTÍFICA )  (LIVRO DE
REGISTRO DE HOSPEDES) 
•         
ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO DO MINISTÉRIO DO 
TRABALHO  E LIVRO DE INSPEÇÕES 
•         
GUIAS
DE RECOLHIMENTO DO INPS, FUNDO DE GARANTIA, CONTRIBUIÇÃO   SINDICAL.
•         
INSCRIÇÃO
NO CGC,  INSCRIÇÃO ESTADUAL
•         
CERTIFICADO
DE CURSO DOS  "CIPEIROS"
•         
CERTIFICADO
DE TREINAMENTO DA "BRIGADA  DE
INCÊNDIO"        
•         
ALVARÁ
DE FUNCIONAMENTO  DE SEGURANÇA
PATRIMONIAL .
•         
FICHAS
DE CONTROLE DOS EXTINTORES
•         
DOCUMENTOS
DOS VEÍCULOS (  SE HOUVER )
MULTAS  OU 
PROCESSOS COM ÓRGÃOS PÚBLICOS - Em 
todos  os  casos 
que  se enquadrem  neste 
parágrafo,  o  Gerente deve 
imediatamente  comunicar  o  fato  à Diretoria, solicitando  assessoria 
e  diretrizes.
DOCUMENTOS
GERENCIAIS - Enquadram-se neste item, todos os Comunicados internos, Normas,
Correspondências,  Tabelas  de 
preços, etc., de  uso  interno 
exclusivo da  Gerência  ou 
da  Empresa.  Estes 
documentos  devem  estar 
arquivados  na  GERÊNCIA,  com  
Cópias  nos  Departamentos 
interessados, ex. Recepção, 
Reservas,  Escritório, etc.  
SEGUROS   -  
Deve haver  o maior cuidado  no controle e arquivo das Apólices de Seguros
, bem  como  no 
controle  das  datas 
de  vencimento. Em caso de qualquer
dúvida consultar  a  Controladoria .   Para as negociações no  vencimento, avisar a Controladoria que  normalmente se encarrega  desse 
trabalho. Sempre  que  houver 
necessidade  de  comunicar 
alguma  ocorrência  à  Cia.
de  seguros, fazer  essa  comunicação  através 
do  Escritório, que  já  tem  os 
contatos  para o efeito.
CAIXA  -   Os
fundos  de  Caixa 
estarão  estabelecidos  e 
podem ser alterados, com o acordo da 
Diretoria, através  de  solicitação 
feita  por  intermédio 
do Escritório.
A  alteração 
solicitada  deve  ser 
justificada  e  documentada.
Os
depósitos  do Movimento  devem 
ser feitos  pelo seu  valor integral, não sendo  autorizados  
pagamentos  á vista com
dinheiro  do Movimento.
Algum  pequeno 
pagamento  feito,  será 
com  o  fundo 
de  caixa  e  o  seu 
reembolso  solicitado  á 
Tesouraria.  
Pagamentos  a 
fornecedores  ou  de 
outras  obrigações ,são  feitos 
por  cheque emitido  na administração,  ou 
por  pagamento  Bancário.
CONTRATOS  - 
Todos  os   Contratos, devem  ser 
enviados  à  Controladoria, antes  da 
sua   efetivação,   para 
que  seja  feita 
uma  análise  das 
suas  cláusulas e obtida  a 
aprovação do Dep.to  Jurídico ao seu  conteúdo.
5.
-  ADMINISTRAÇÃO
==================
ARQUIVOS   - Todos 
os  Arquivos  devem 
estar  organizados, para   maior facilidade  de consulta. 
Devem    ser   evitadas 
duplicações  de   documentos, 
pelo  que   é  
aconselhável   o  arquivamento  
descentralizado,   guardando  o Gerente 
consigo apenas os documentos particulares  ou 
Confidenciais  e arquivando por  Setor, isto 
é, arquivando no Escritório todos os documentos referentes à  Administração,  na 
Recepção  e  em 
Reservas os que disserem respeito a estes   Setores, etc.
LOJAS  E 
ALUGUEL  A  TERCEIROS 
- Se houver lojas, os 
Contratos  e as  condições deste tipo de  aluguel  
são  tratadas pela Diretoria ,
sendo função  do  gerente 
fazer  a   intermediação  e  o
acompanhamento. Deve também o Gerente 
ter  em  seu  
poder  cópias  destes 
contratos,  para acompanhar as  eventuais 
mudanças   no  valor 
do Aluguel,  cobrança    mensal   
e   renovação    na   
data    do   Vencimento.                          
Em  caso 
de  lojas  ou 
locais   vagos,  o  
Gerente   deve,  dentro 
das  suas  funções, 
procurar  os  potenciais 
locatários   e  negociar 
o  Aluguel, apresentando  os 
interessados,  para formalização  do 
contrato.
CHAVES  DOS 
APARTAMENTOS - As  Chaves  dos 
apartamentos  em serviço,  devem 
ficar  em  poder 
da  Recepção,  que será 
responsável   por todas as pessoas  que  
tiverem    acesso   aos  
Apartamentos,   bem   como 
por  informar  à 
Governanta  todas  as 
vezes  que  autorizar 
esse acesso. 
As  duplicatas 
das  chaves  dos 
Apartamentos  devem  ser  
guardadas   em  Chaveiro próprio,   fechado; 
de  preferência  na  sala  da 
Gerência.  Sempre que  uma 
chave  desaparecer,   deve   
haver   o   maior   
cuidado   em   identificar    as  
causas   do  desaparecimento  e 
trocar  a  fechadura.
No  caso 
dos  Apartamentos  essa 
troca  pode  ser  
feita  com   um 
outro   apartamento,  em 
um   outro   andar.
Ninguém  a  
não  ser o Chefe de Manutenção,
deve estar  autorizado  a 
fazer cópias das chaves  e,  mesmo 
este,  só  com 
autorização   e   conhecimento   da 
Gerência.
MESTRAS
- As  Chaves  Mestras 
devem   estar  de 
posse  apenas  do 
Gerente , da  Governanta  (Mestra dos Andares )  e 
das   Arrumadeiras  ( Mestra 
por  Andar.).
COFRES  -  As
chaves dos cofres devem ficar na Recepção, mas sujeitas a um  controle rígido  e 
periódico, devendo  todas  as 
que  estiverem  em 
poder  dos  hóspedes, 
constar do Cartão  de  controle 
de  Cofre,  apenso á CH. 
                                                                                                                                                                                                                                                               
                                                                                                                                                                                                                                                                                                          
6.
-  EDIFÍCIO   E  
INSTALAÇÕES
===========================
VISITAS  ÀS 
DEPENDÊNCIAS - É  da  maior 
importância  que  o 
Gerente  faça  visitas ás 
dependências  para  verificar 
o seu estado de uso  e  a   qualidade  do 
produto  ,bem  como 
do  Serviço.  Ao mesmo 
tempo,  essas  visitas às dependências,  permitirão 
ao  Gerente  manter 
um  contato  útil 
e  valioso  com 
o  seu  pessoal, 
deixando  sempre  abertos 
os  canais  do 
Diálogo. 
INVESTIMENTOS  -   Todos  
os   investimentos   carecem  
de   programação   e   de
autorização  da  Diretoria. 
É  obrigação  do 
Gerente  cuidar  do aspeto 
e  manter  a 
Qualidade,  a  Limpeza 
e  a  Manutenção  
de   todas   as  
dependências,   móveis  e 
utensílios   em   uso  
no   Hotel,   procurando  
incluir   as   despesas  
inerentes  a  essa 
obrigação,  no  seu 
orçamento  Mensal . 
A  compra 
porém, de  novos  itens, ou 
obras  que  modifiquem 
estrutura  do  Edifício, as 
características  dos   locais  
ou   da   exploração  
como   um   todo, 
necessitam  da  autorização 
da   Diretoria. 
Ao  apresentar 
à  Diretoria , solicitação  para 
modificações  ou  compras 
desse  tipo, o Gerente  deve 
acompanhar  o  seu 
pedido  de  uma descrição 
das  razões   que  forçam  a 
essa  decisão,  bem 
como  de  um 
gráfico  
"custo-benefício" 
analisando   quanto  vai 
custar  a  mudança 
proposta  e  as 
vantagens  que  dela 
advém   para  a 
exploração. 
MATERIAL
DE REPOSIÇÃO - Do  mesmo  modo 
que  é responsável   por manter 
em bom  estado  de uso 
todo  o  lado 
físico  da  propriedade, o  Gerente 
deve  também preocupar-se  com 
o  estado  das 
Roupas, Louças, Vidros, Talheres, 
Bateria  de  cozinha 
e  outros  utensílios 
inerentes  à  exploração 
do  negócio.  
A  reposição 
de  todas  as 
faltas  desses  itens, até 
aos  valores  reconhecidos 
como justificáveis, deve ser 
solicitada mensalmente através de requisição  que 
acompanha  o  inventário, 
á  Gerência  de  
Compras.
As  despesas  
inerentes   a   estas 
reposições  são  consideradas como  normais 
da exploração  e  devem 
entrar  nas  compras 
normais  da   Unidade, 
salvaguardadas as Metas 
Gerenciais acordadas  para  esta. 
MANUTENÇÃO  - A 
Manutenção  Geral do Hotel  é  da
responsabilidade  do Gerente  e do 
seu  Chefe  de Manutenção.  É aconselhável,  porém, 
que  para  todos 
os  casos    que 
pelas   suas  características   técnicas 
ou  de  dificuldade 
sejam  considerados   especiais, 
seja  contatada uma empresa
especializada, a  qual  dará  o
seu  apoio  e  
diretrizes  técnicas,  bem 
como  acompanhamento.              
Se
houver um engenheiro no empreendimento, esta responsabilidade será dele, bem
como  o suporte para  as 
obras  ou  decisões 
que  mereçam  estudo 
prévio  ou  mais 
detalhado.
MANUTENÇÃO  PREVENTIVA 
-   A Manutenção   Preventiva 
deve ter  prioridade e ser  norma 
em  todos  os setores da unidade, como  forma 
de  prevenir situações  de 
emergência,  ou  de 
constrangimento   perante  os 
Hóspedes. 
 
7.  -  INVENTÁRIOS
=======================              
INVENTÁRIO
DE MOVEIS E UTENSÍLIOS - O Inventário 
destes itens, deve ser feito  anualmente,  verificando-se  ao 
mesmo  tempo  o 
seu  estado   de 
uso, e apresentação. 
INVENTÁRIO
DOS MATERIAIS DE  SERVIÇO -  O 
Inventário destes  Materiais  deve 
ser feito  mensalmente, sendo como
já se disse atrás enviada cópia à Diretoria para  que 
seja feita a reposição dos que estiverem em  falta.
INVENTÁRIO  DO ALMOXARIFADO -  O Inventário 
deste  Setor, deve  ser 
feito  Mensalmente, bem como  conferencia 
das  Fichas de  Estoque e 
Físico  da  Existência.
INVENTÁRIOS
DOS SETORES  - Todos  os 
Meses, devem  ser  feitos 
Inventários nos Setores, dos 
Materiais de  Uso e Artigos  de Consumo.
8.
- CONHECIMENTO  DA  CIDADE 
E  SUAS  CARACTERÍSTICAS
=================================================
É
importante  que o  Gerente 
procure  conhecer  bem 
a  cidade  onde 
se   situa  o 
Hotel, bem  como  as 
suas  características  e 
potencialidades  para   o  seu  negócio.
Para  efeitos 
da  análise  que  
sugerimos  podemos  selecionar 
os  tipos  seguintes:
.                             *   Cidade 
Turística
                              *   Cidade 
com  características  indefinidas.
                              *   Cidade 
Agrícola  ou  Pecuária
                              *   Cidade 
Industrial 
                              *   Cidade 
Comercial  ou  Entreposto 
de  Grandes Negócios
                              *   Cidade 
com  características  Múltiplas
                              *   Cidade 
em  Desenvolvimento
O  Gerente 
deve  procurar  saber 
quais  são  os 
planos  da  Prefeitura 
a  curto,  médio 
e longo prazo, para o desenvolvimento da Cidade, bem como da instalação
por empresas particulares, de novos 
empreendimentos na Região.
Deve
também indagar, dos planos  para  eventual  
instalação  de  novas 
unidades  Hoteleiras na  Cidade 
ou  na  sua 
Região,  de  forma 
a planejar  com  antecedência, a sua estratégia de  vendas quando em  presença 
de novos  concorrentes.
Sempre
que algum dos  novos  Empreendimentos,  tenha 
possibilidades de  vir a integrar
a Organização,  o  Gerente deve 
 obter  todas 
as   informações  que permitam 
à Diretoria  tomar uma
decisão,  passando-as   a  
esta.
9.
-  MUDANÇA  DE 
GERÊNCIA
======================================
PASSAGEM  DE 
CARGO  POR  MUDANÇA 
DE  GERÊNCIA - Sempre que houver
mudança  de  Gerência, 
o Gerente  que sai deve  dar 
ao  que  inicia, 
todas  as   informações, conselhos  e 
sugestões,  sobre  os 
itens  contidos  neste 
Manual,  permitindo  àquele, 
ter uma  visão  clara 
das  responsabilidades  que 
vai  assumir,  podendo 
se  preparar  para elas.
A
passagem do  cargo  deve 
ser  formalizada  através 
de  um  documento, 
contendo  a  posição/situação  de 
cada  um  destes 
itens ,  no  momento 
da  passagem,  sendo 
assinado  pelos  dois 
Gerentes.
O
Gerente que  inicia  deverá 
fazer um  Relatório  detalhado, sobre  todos 
os itens  deste Manual  no final do 
seu  primeiro  mês  de  Gestão.
Todos
os assuntos omissos nesse documento 
ou  os  casos 
que vierem a  surgir  no 
decorrer da  Gestão,  para 
os  quais  o 
Gerente  não  tenha 
diretrizes   estabelecidas,  devem ser debatidos com a Diretoria,  para 
que  o  Gerente 
possa  ir  adquirindo conhecimento da  "mentalidade"  da 
Empresa,  para  a 
abordagem  e  solução 
dos  problemas.
PRESSUPOSTOS PARA UM DIRECTOR
OU GERENTE DE HOTEL
O sucesso ou o
insucesso de uma exploração hoteleira podem derivar de muitos factores, alguns
até incontroláveis, mas sejam quais forem as causas,  toda a responsabilidade será imputada ao
gerenyr ou director.
Nem todos os
acontecimentos do dia a dia têm a interferência direta do responsável pela
gestão, mas não há dúvida que alguns podem sofrer a sua influência. Pequenos
incidentes, êrros ou omissões, estão directamente ligados a causas fortuitas,
às quais o director é alheio. Por outro lado, deficiências de equipamento,
pessoal desinteressado e excesso de trabalho, são coisas que também acontecem
num hotel e, de uma maneira geral, tem a sua origem numa actuação deficiente da
direcção, seja por indiferença, seja por mau julgamento ou percepção das causas
que os originam.
Poder-se-à
alegar, que o director é um ser humano, sujeito a falhas, e não um computador
programado para trabalhar sem erros, ou um organismo automatizado. Este
raciocínio porém, não será válido se os maus resultados de gestão forem causa,
não dos erros cometidos, mas sim da incapacidade em aprender com eles. Todos
estamos sujeitos a enganos. Simplesmente, os nossos êrros devem ser usados para
acumular experiência, sob pena de se repetirem com os mesmos resultados penosos.Muitos
dos erros que acontecem em hotéts são tmbém resultado de uma aplicação
defeituosa os prncípios cde Delegação, o que é inagávelmente cul pa da
Gerência.
Qualidades
de um Gerente ou Diretor
Existem profissionais
que não possuem as qualidades que seriam desejáveis no consenso geral, ou mesmo
indispensáveis para a sua posição. Contudo, esses profissionais poderão ter
atingido certos cargos nos quais muito provavelmente continuarão.
Essa
constactação não obsta, porém, a que possamos arriscar, da nossa parte, uma
lista dos atributos que, em princípio consideramos úteis a um bom diretor de
hotel:
-  personalidade marcante;
-  boa apresentação (indumentária correta);
-  ambição e coragem para arriscar;
-  estatura moral e integridade a toda a prova;
-  senso comum;
-  alto sentido de liderança;
-  bons conhecimentos técnicos e experiência;
-  iniciativa e determinação;
-  capacidade de tomar decisões e de as manter;
-  cautela e ponderação face a todas as
possibilidades;
-  interesse pelas pessoas e capacidade de
convivio;
-  capacidade de delegar de uma forma eficaz e
produtiva;
-  insatisfação perante a rotina;
-  cuidado com a sua saúde;
-  capacidade de se submeter ao julgamento
alheio; sem se inferiorizar,
-  boa educação, cortesia e  boas maneiras;
Nesta lista,
procurámos englobar três dos aspectos fundamentais que em nosso entender podem
influenciar a carreira do diretor de um hotel: os aspectos social, pessoal e
profissional.
O diretor ou
gerente consciencioso, que procura atingir padrões elevados e tem em vista uma
carreira brilhante, deve procurar para si próprio uma imagem que o imponha e o
dignifique no conceito daqueles com quem tenha de contactar, sejam eles
clientes ou empregados.
Profissionalismo
Muitos dos que
investem em hotelaria, pensam - embora sejam cada vez menos os que pensam assim
- ser fácil dirigir um negócio próprio, pois crêem que basta estar investido da
capacidade de mandar para, consequentemente, gerir eficazmente um hotel. Na
maior parte dos casos, a verdade é dura e contradiz esses pressupostos, quando
já é tarde demais para recuperar. Mas surgem também os investidores que apenas
pretendem dar um destino aos seus capitais, deixando aos técnicos a gestão do
negócio. Esta última decisão, que começa sendo a de uma grande maioria, veio
ajudar a desenvolver um movimento para a criação de profissionais aptos a gerir
hotéis, ou seja, um profissionalismo.
Ao entregar o
seu negócio a um técnico profissional, o proprietário acaba por se beneficiar,
pois se é certo que o diretor do hotel ocupa todas as posições inerentes ao
proprietário, não pode, porém, respaldar-se num critério que só a este
pertence: julgar que a capacidade de dirigir vem com a ocupação do lugar
inerente ao mando.
O verdadeiro
profissional sabe que só perfeitos conhecimentos acerca dos problemas comuns ao
negócio que dirige, lhe conferem a capacidade para uma boa gestão. Esses
problemas são cada vez mais agudos, e são necessários mais estudo e maior
capacidade de realização.
Os antigos
métodos estão ultrapassados: o diretor actual encontra-se perante uma indústria
em constante mutação, que atravessa um período de completa transformação das
suas estruturas.
Toda a formação
previamente adquirida é inadequada, quando a realidade que se conhecia desaparece,
e advém algo completamente novo. Um hotel apresenta diariamente ao responsável,
novos dilemas e situações, aos quais só um conjunto sólido de conhecimentos e
experiência, permitem fazer face, rápida e efetivamente.
O gestor de
hotel terá de ser um técnico arguto, à altura das responsabilidades, deverá
possuir a chave do que se pode chamar, sem exageros, uma gestão científica. A
esta, só o verdadeiro profissionalismo pode corresponder. 
Saúde e cuidados pessoais
Ao colocar a sua
capacidade de trabalho e decisão à disposição de quem o contrata, qualquer
executivo deve assumir, perante si próprio e perante os que estão interessados
nessa mercadoria, a responsabilidade de a manter sempre com boa qualidade, com
vista a uma utilização imediata.
Para isso, deve
ter o cuidado de salvaguardar a sua saúde, não se expor deliberadamente a
excessos de qualquer ordem, os quais, pelos reflexos que podem ter sobre o seu
rendimento físico, se poderão reflectir na qualidade do seu trabalho.
O desempenho das
funções normais de gerenciar um hotel, já pressupõe uma grande pressão sobre o
sistema nervoso, bem como desgaste excessivo, devido a longos períodos em que
se multiplicam os problemas para resolver. Os excessos com a alimentação ou com
a bebida são desaconselháveis.
Do mesmo modo,
um gestor consciente deve vigiar o seu repouso e abster-se de perder horas de
sono. A imagem profissional tem uma ligação direta com a qualidade do trabalho
produzido, por isso, ao vigiar a saúde, moraliza o seu trabalho e corresponde à
ética profissional que dele se espera.
Ética profissional
Pode definir-se
ética, como um conjunto de princípios morais que nos ajudam a responder a
perguntas, sobre o que é certo ou errado nas acções humanas.
A ética, em si
própria, pode ser definida como o estudo da natureza geral da moral e das
escolhas específicas que se apresentam ao indivíduo, no seu relacionamento com
os outros.
Na atualidade,
somos levados a pensar na ética, de uma forma pragmática, ou seja, as nossas
escolhas baseiam-se no que nos parece razoável, de acordo com os nossos
próprios valores. Em boa verdade, contudo, a ética é algo muito diferente. O
verdadeiro conceito de ética indica uma distinção clara, entre o que é certo e
o que é errado e que é nossa obrigação fazer o melhor para distinguir entre
estas duas vias e procurar fazer o que é certo.
Há princípios
universais com os quais quase todas as religiões, culturas e sociedades
concordam. Esses princípios formam as bases do comportamento ético. Essas bases
conduzem-nos a acreditar que os direitos dos outros são tão importantes como os
nossos e que tudo devemos fazer para não molestar ninguém, se estiver ao nosso
alcance evitá-lo. É nossa obrigação, ajudar sempre que possível.  
A ética
profissional é o código moral das relações entre profissionais. Uma ética
sólida, desenvolve  o sentido de
camaradagem e aproxima os que, afinal, precisam 
estar unidos para solucionar problemas que são comuns.
Ao servir-se de
um código de ética tão rígido quanto possível, o gestor está ao mesmo tempo, e
pelo exemplo, a orientar a conduta do seu pessoal. Os que ocupam os lugares
superiores nunca poderão escapar ao julgamento daqueles que se encontram abaixo
na escala hierárquica.
E é bem sabido
como os gestos são distorcidos e mal interpretados, quando não são claros,
plenos de lógica e de razão.
Estabelecer aqui
um código de ética seria supérfluo e desnecessário. A ética deve ser comandada
pelo bom senso e deverá sempre estar de acordo com a vontade do indivíduo.
Focámos este ponto
por nos parecer essencial, mas deixamos ao leitor a liberdade de escolha e
julgamento, quanto ao posicionamento ético que melhor corresponde à sua
personalidade.
Pela nossa
parte, achamos que o código de ética a seguir numa empresa, não deve ser algo
pessoal que cada gestor interpreta da sua maneira, mas algo definido pela
administração, tal como a missão ou os procedimentos, de forma a garantir que a
sua aplicação seja idêntica em todas as situações. 
Sem um código de
ética implantado, alguns gestores podem ser tentados a tomar decisões pouco
éticas, muitas vezes até, empurrados pelas situações. “Vamos agir antes que
seja tarde”, pode levar muitas vezes, a que se enverede por atalhos éticos, de
resultados duvidosos. 
Mesmo com normas
e políticas da empresa, o comportamento ético é algo muito pessoal. Alertamos
portanto os candidatos a gerêmcia para que usem o mais possível uma ética
integral e encoragem o seu pessoal a caminhar nessa direcção. Não há normas que
funcionem ou se apliquem com a mesma eficiência, em todas as circunstâncias.
Por essa razão, os filósofos que se dedicam à ética aconselham a seguir a
obrigação moral de levar sempre em consideração, os interesses de todos os
intervenientes em qualquer situação.
Três simples
perguntas podem ajudar nesses momentos de tomada de decisão:
-  Será isto justo?
-  Será isto equilibrado?
-  Como  é
que esta decisão me fará sentir comigo próprio?
Valores morais
Há seis maneiras
de analizarmos os valores morais do indivíduo. Estes, emanam dos sentimentos sobre
o que é bom ou justo e chegam até ao ser humano, da mesma forma que os outros
sentimentos. 
As seis maneiras
de passar os valores morais são as seguintes:
-  autoridade,
-  dedução lógica,
-  senso de experiência,
-  emoção,
-  intuição,
-  científicamente.
Todos temos uma
escala de valores, que pode ser igual ou diferente à daqueles com quem
convivemos, dependendo da forma como cada um pensa a moral. Para algumas
pessoas, certas acções são negativas, porque a Bíblia, o Tora, ou o Alcorão, o dizem.
Para outros, só são condenáveis as acções que a família ou o círculo de amigos,
condenam. Muitos acreditam que só está mal, o que é contra a lei ou se não for
apanhado. Quase toda a gente acredita, contudo, que não é bom mentir e que
roubar é mau.
De acordo com
alguns filósofos da moral, a honestidade é o único princípio aceitável. Quando
se mente aos outros, tira-se-lhes o direito de fazer a sua própria escolha, e
manipulam-se as pessoas que irão basear a sua decisão em falsas informações. Se
formos realistas, estaremos a impedir a sua liberdade. A menos que exista uma
forte razão para isso, a mentira nunca deve ser tolerada.
Há duas outras
correntes maioritárias, que dominam a tradição do pensamento moral na
filosofia. Elas são a deontologia e o utilitarismo ou relativismo ético.
A deontologia,
defende que devem existir  ideais básicos
e universais, que dirijam os nossos pensamentos.
Baseia-se na
crença de Immanuel Kant, o qual, apesar de acreditar em Deus, dizia que não
poderíamos aceitá-lo como uma certeza total, pois não poderíamos provar a sua
existência em pura lógica. Ele queria apenas dizer que todos nós devemos ter
uma consciência pura, nas nossas crenças e nos nossos actos e pensamentos, e
agir na pureza da nossa consciência.
A deontologia,
procura demonstrar que a melhor forma de se analisar uma acção é ética; é cada
um perguntar a si próprio, se gostaria de viver num mundo onde todos agissem
consigo, da maneira como se propõe agir com os outros. Se as nossas acções
puderem ser aceites por nós, como uma lei universal, então serão éticas e,
correctas.Uma boa forma de avaliar éticamente é “Eu aceitaria esta decisão se
fosse para mim?”
Funções de um Diretor Geral
São obrigações do mandato
gerencial, coordenar o trabalho de todas as equipes do hotel e articular com os
supervisores ou gestores de área, a melhor forma de atingir as metas e
objetivos a que o hotel se propõe, bem como a qualidade do produto.
Isso
inclui planejar, organizar, dirigir e controlar, todas as atividades
administrativas, estratégicas e operacionais da unidade, entendendo-se por
atividades estratégicas, todas as Políticas e Procedimentos aplicáveis á sua
área de atuação.
Manter
operacionais e profissionalizados, todos os esquemas de comunicação interna, a
formação e o desenvolvimento do pessoal, os processos técnicos e
administrativos, o planejamento de recursos humanos e de remuneração do
pessoal, as relações trabalhistas, as relações com a comunidade, as atividades
operacionais de limpeza, higiene, manutenção, a qualidade do serviço e
atendimento, a interação com o hóspede, a satisfação do pessoal, o aspecto e o
funcionamento das instalações e dos equipamentos, vigiar estoques, as compras,
as reposições e os inventários, incrementar as receitas, incentivar a promoção
e as vendas, etc. Estas obrigações podem ser apresentadas de acordo com o seu ministério
no todo gerencial, separando-as por contexto. 
Príncípios de Gestão que
são “definitivos”
·        
Mandar
pressupõe Autoridade e esta só vem, através da conquista do Respeito dos
subordinados.
·        
Autoridade
é o uso correto do poder e não tem nada a ver com “Autoritarismo” que pressupõe
o Abuso do Poder.
·        
Comandar
é sempre melhor do que mandar. A diferença está em que, Mandar é dar ordena,
Comandar é permitir a colaboração dos comandados nas tomadas de decisão
relacionadas ao trabalho destes, através de sugestões e discussão destas.
·        
Autoridade
traz consigo a obrigação de aprender para ensinar, ou estabelecer e acompanhar
as ações de ensino..
·        
O
ensino deve ser conduzido de forma a garantir qualidade das ações tendentes a
criar uma qualidade de Serviço uniforme e permanente, bem como uma Formação
condizente com a Hospitalidade inerente a um Hotel, sem distinção da categoria
deste.
·        
Ao
ensinar, deve ser disseminada a ideia de que as ações aprendidas devem ser as
utilizadas permanentemente por todos, como uma forma de uniformizar a qualidade
do serviço.
·        
A
garantia de colaboração não é atingida através de ameaças ou castigos, mas sim
através do “Respeito”, o qual deve ser conquistado, pelas ações no dia a dia.
·        
Nunca
atribuir uma punição, sem uma conversa prévia com o culpado. As pessoas devem
saber porque ou onde erraram e ter a oportunidade de se explicar.
·        
Antes
de concretizar a punição, é aconselhável que o Gerente promova uma reunião
amena e amigável com o empregado faltoso, sem nela culpar ou admoestar. Dizer
que reconhece o seu trabalho e o respeita, mas, em razão do acontecido, a
Gerência é forçada a contragosto tomar uma decisão punitiva que espera não
repetir no futuro, pois isso é uma situação sempre constrangedora para ambas as
partes. Normalmente, os empregados que se sentem tratados como gente, acabam
reconhecendo o seu erro e aceitam, sem revolta o castigo, tornando-se valiosos
colaboradores.
·        
O
relacionamento deve ser sempre baseado no respeito mútuo, e na garantia dos
direitos da pessoa.
·        
A
Qualidade do Serviço só é possível, através de uma delegação perfeita. Embora
uma grande parte dos responsáveis não esteja consciente do valor dessa
delegação, chamo a atenção para a necessidade de um bom conhecimento e um bom
trabalho dos Gestores, na aplicação deste ponto.
·        
Quem
se propõe gerir, deve estar consciente que todas as equipes são compostas de várias
etnias, classes, valores e culturas diferentes, além de pessoas com
capacidades, conhecimentos, educação e entendimento desiguais, pelo que a
comunicação, o treinamento e a formação devem contemplar essas diferenças. 
Veja a Coleção Hotelaria
nos Kindle Books da Amazon
Em e-book na internet ou
em papel com capas, enviados pelo correio
albano marques
blogspot.com “Falar de Hotelaria”
[1] A França passou 22
anos sem ter hotéis de 5 estrelas, pois em 1987, devido às taxas consideradas
exorbitantes, estes estabelecimenmtos pediram a sua passagem a 4 estrelas com a
adição da letra L, como símbolo Luxo. Só em 2009 a normalidade foi restabelecida
para os que desejaram a sua retomada de posição, mantendo-se o L nos que assim
desejaram.
[2] A disciplina que estuda, analisa, acompanha e implanta a organização numa empresa é designada por O&M ou OSM. Os Sectores que desempenham essas funções são os de Organização e Métodos.


 
 
 
 
