segunda-feira, 19 de abril de 2021

 




 

PROMOÇÃO E VENDAS EM HOTELARIA

Continuação do anterior “Vendas Calcanhar de Achilles da Hotelaria”

Texto desenvolvido, para melhor compreensão

 

De acordo com a localização e tipo do seu hotel, o proprietário ou director programa a promoção e venda dos serviços que oferece, através dos meios  usuais: contactos com agências de viagens ou empresas, anúncios em jornais, rádio ou televisão, panfletos, campanhas promocionais, preços especiais, etc.

A publicidade é um excelente meio de promoção, quando devidamente utilizada, mas uma boa campanha fica cara, razão porque o hoteleiro deve estudar quanto e como vai despender, para aproveitar ao máximo o retorno dos valores investidos em publicidade.

De nada adiantará, porém, uma campanha publicitária bem feita, se o hotel não tiver, para oferecer, aquilo que for anunciado. Naturalmente, se um hotel é uma entidade de prestação de serviços, o que tem para oferecer é serviço com qualidade.

Não há melhor publicidade para um hotel do que um bom serviço, acompanhado de bom atendimento e compreensão do que significa “hospitalidade”. Por essa razão, é da eficiência do pessoal e da sua aceitação da realidade que hospitalidade e simpatia são a base do negócio, que dependerá qualquer campanha promocional.

As vendas estão directamente ligadas à qualidade, o que quer dizer: ao serviço. Qualquer investimento em publicidade, com mau serviço, terá efeitos negativos sobre o empreendimento, pois aumentará o numero dos insatisfeitos, com consequências desastrosas para o futuro.

Qualquer vendedor bem sucedido sabe que uma boa continuidade do negócio se baseia num intercâmbio franco de valores. Todos os negócios prosperam quando o cliente sente que está a receber um valor relativo ao que paga.

Na hotelaria, esses valores podem ser um bom ambiente, a localização conveniente, boa comida, quartos confortáveis, limpeza impecável e um bom serviço, com calor humano.

Um bom vendedor sabe que deve dar ao comprador de um produto alguma coisa mais que faça perdurar o relacionamento entre ambos, com vista a futuras vendas.

No caso de um hotel, o que vai ligar o cliente ao empreendimento será sem dúvida o tipo de tratamento recebido. O hóspede voltará mais e mais vezes e manterá um relacionamento mutuamente vantajoso, se gostar do produto e tiver criado uma ligação com o vendedor, que soube criar outros valores, através do contacto pessoal.

Num hotel, todos os componentes da equipa devem se considerar vendedores, ser treinados para aceitar as suas responsabilidades nesse campo; e estarem conscientes de que as vendas futuras dependem da sua capacidade de impressionar positivamente os hóspedes.

Um bom vendedor sabe que o sucesso das vendas está na proporção directa do seu conhecimento tanto do produto que vende como do seu valor; que o valor do produto pode aumentar com a sua compreensão e boa vontade para com o comprador e do seu real desejo de ser amigo deste último. Todo o pessoal deve saber isso.

Com um bom critério, o vendedor conserva a simpatia do comprador e dá-lhe o que de melhor tiver dentro do que aquele pode pagar. Esta sua atitude já constitui uma prestação de serviço e é o caminho certo para uma boa amizade, com continuidade de negócios. É importante que o pessoal esteja bem consciente disso. Deve ainda saber que o conhecimento do produto não quer dizer apenas conhecimento do que se passa no seu sector de trabalho, mas conhecer bem todo o hotel e tudo o que é posto ao dispor dos clientes, para poder informá-los e tornar mais agradável a sua estadia. O proprietário ou o director, podem também usar as suas prerrogativas para oferecer serviços acessórios  ou facilidades adicionais de cortesia, que valorizem o hotel em relação ao valor cobrado, sem custos adicionais.

Esses serviços adicionais podem ser os seguintes:

 

- as crianças até 10 anos serem alojadas gratuitamente no quarto dos pais,

- ligações telefónicas locais gratuitas,

- berço sem pagamento extra,

- família com estadia grátis num plano executivo (se a empresa paga o quarto do chefe de família, os componentes desta são convidados do hotel),

- manter uma lista permanente de médicos, babysitter, ou outros serviços, ao dispor dos hóspedes,

- permissão para um check-out tardio (14 horas ou mais) se o quarto não for necessário,

- serviço de fax ou fotocópias disponível para executivos,

- possibilidade de o cliente guardar a sua bagagem após a saída, se  tiver outros assuntos a tratar.

- late check out gratuito, para os executivos que tenham voo de retorno a casa só ao fim da tarde.

 

Esta lista poderá ser ampliada, dependendo apenas da análise e disponibilidade de cada hotel.

Como deixámos transparecer nas palavras ditas, promover e vender num hotel, é responsabilidade de todos e não apenas do departamento de vendas.

Alguns dos aspectos apontados, são da responsabilidade da direcção, mas a maior parte deles deve ser partilhado por todo o pessoal. Cabe aos responsáveis criar condições para que isto aconteça, promovendo a motivação da sua equipe.

Para que o pessoal participe, deve sentir-se identificado com as políticas e necessidades da empresa. Deve ser instruído para entender o que são vendas e como todos podem ter uma participação nesse sector, sem ter que contar apenas com o trabalho dos vendedores.

Todos devem saber que uma empresa que procura assegurar a sua sobrevivência precisa de se proteger, e os assuntos que apresentamos a seguir, se é certo que são voltados ao Setor de vendas, podem também fazer parte da formação do restante pessoal:

 

- Comprar barganhando e vender peço melhor preço que for viável; para que uma empresa possa gerar lucros, são dois pressupostos quie devem ser postos em prática até onde for possível, ou até ao extremo das possibilidades.

- Criar valor ao cliente, sabendo que  para que isso seja visível, é necessário criar naquilo que se vende, um valor adicional que convença o cliente a optar pelo nosso produto. Nisto, o pessoal é muito importante, pois o atendimento é um valor adicional.

- Diferenciar o produto, pode ser uma das opções que se apresentam para criar esse valor necessário. Não sendo uma alternativa fácil, deve no entanto ser tentada através da melhoria de qualidade, com um serviço impecável e pessoal simpático, que entenda que a sua participação é condição primária  para conseguir aumentar o total das vendas.

- Optar pelo mecanismo de extracção. Este é o nome por que se designa a fórmula de vendas que se resume em dar desconto por volume de vendas. Pode ser uma boa opção em certos casos, mas não deve ser utilizada como forma única e uniforme de vender. Todos os que estão envolvidos no processo devem estar conscientes que a empresa precisa proteger o valor de degradação, o qual tanto envolve desgaste de materiais, como a própria imagem do produto. Com o tempo este tende a degradar-se frente à concorrência.

- Criar preço de venda: é necessário estabelecer e manter vivo um preço de venda que corresponda ao valor do produto, para o cliente. Isso faz-se através da análise do mercado, no sentido de determinar a sua elasticidade e de procurar manter a qualidade do produto sempre acima ou o mais possível igual à concorrência.

- Avaliar o ciclo de vida do cliente: todos que trabalham com vendas devem estar conscientes deste aspecto e saber avaliá-lo. Cada cliente novo tem um custo e não começa a produzir logo. Por outro lado, num mercado competitivo e sem ética, nunca se sabe quanto tempo o cliente vai ficar connosco. Deve-se avaliar o ciclo possível de vida do cliente para investir mais ou menos tempo no seu acompanhamento.

- Não atrair o cliente errado. Ao analisar o que dissemos atrás, reforçámos que é preciso muito cuidado na prospecção de novos clientes, para não trazer para o hotel o cliente errado, ou seja, aquele que não é o mais indicado para o nosso produto, uma vez que se estará a perder tempo no período inicial e acabará por se perder o cliente no futuro (é importante analisar a curva do ciclo).

- Vender mais desde o início: como se compreende o que mais interessa são clientes que começam logo a produzir, ou aqueles aos quais se pode vender mais, logo desde o início.

- Procurar os clientes sem custos iniciais: este ponto deve ser valorizado, tanto nas vendas como na operação, pois a sua conquista cabe aos dois lados. O Cliente sem custos iniciais é aquele que nos é recomendado por outros clientes. É importante que todos saibam que um cliente satisfeito traz outros, e isso tanto pode ser conseguido através do serviço como através de um atendimento e acompanhamento perfeito e cuidado do departamento de vendas.

- Evitar pressão sobre os lucros: este tipo de pressão vem de dois lados ou das duas extremidades: dos custos da operação ou de um baixo preço de venda. Uma equipa de vendas, que só vende tendo em conta o preço baixo, está contribuindo para uma pressão sobre os lucros, que se vai tornar cada vez mais insuportável, à medida que não for sendo possível, repor o desgaste sofrido pelos materiais, ou que for baixando a qualidade do produto.

- Análise das contas:[2] para encontrar o equilíbrio, deve-se fazer uma análise das contas e preparar um pacote de vendas que possa manter o nível de lucro, dentro das necessidades. Contas de grande movimento com preços muito baixos, exercem muita pressão nos preços médios mas, do mesmo modo, contas pequenas, ainda que paguem melhor, fazem pressão nos custos de manutenção. Ambas irão afectar o lucro final, embora de maneiras diferentes.Fazer contas equilibradas é sempre a melhor solução, mas a análise deve ser permanente para que exista uma avaliação precisa.

- Avaliar os clientes emergentes: como complemento da análise anterior, deve-se sempre estar atento aos clientes com contas pequenas ou médias, que tem tendencia ou possibilidades de crescer se bem acompanhados nas suas necessidades. Os responsáveis por vendas devem trabalhar para que isso aconteça.

- Custo para servir: uma boa maneira de avaliar um cliente, é analisar quanto nos custa servi-lo. Há clientes com um preço baixo, mas que também não tem exigências, e outros com preço alto que acabam custando muito caro, pelo que permitem uma margem de lucro menor.

Um cliente razoável neste domínio é aquele que se mantém numa margem de desconto até 30% do preço de balcão. Pode ainda aceitar-se como boa, uma política agressiva até 35%.

O cliente que se situa entre  15 e 20 % deve ser considerado um cliente de elite. O ideal para um bom mix[3] de vendas, é conseguir entre 50 e 60%, de clientes de elite e manter esse patamar.

- Entender onde se ganha dinheiro: o essencial, como parece ter ficado óbvio, é que um bom vendedor deve estar preparado para entender onde se ganha dinheiro e saber que os três pontos, onde a sua análise deve incidir são: os custos, o preço de venda e o cliente.

- Conquistar o nosso lugar: ser um fornecedor preferencial. Os benefícios que advém desta postura são muitos e os resultados ainda mais. Podem resultar nos seguintes aspectos:

 

-        retenção de clientes,

-        melhor reputação ( testemunhos positivos dos clientes atendidos),

-        menor custo de vendas e boa manutenção de clientes,

-        melhores preços praticados,

-        melhor conjunto de clientes,

-        economia ajustada / economia de escala,

-        maior lucratividade.

 

O que fazer para se posicionar COMO

FORNECEDOR PREFERENCIAL

 

- Criar a longevidade do cliente: a forma como se mantêm os clientes, é um ponto importante na política de vendas.

Uma maior reputação acarreta um menor custo de vendas e um lucro mais elevado. Todo o hotel que perde clientes tem de conquistar outros, e isto tem um custo. A operação deve estar bem consciente deste ponto e fazer tudo para que o cliente volte. A avaliação da longevidade dos clientes é, além de uma excelente ferramenta de trabalho, uma informação valiosa para vendas.

- Qualidade da participação no mercado: ao fazer a análise da nossa participação no mercado, não chega analisar números absolutos. Devemos  analisar, também, a qualidade dessa participação:

         

-   temos clientes leais,

-   temos clientes produtivos,

-   temos clientes constantes.

     

A nossa análise da participação no mercado deve dar-nos a capacidade de prever com segurança a prosperidade futura e de perceber o modo como a participação atual vai influenciar essa prosperidade, através dos seguintes aspectos:

 

- crescimento das vendas (aumento de clientes),

- melhor lucratividade (melhor rentabilidade das contas);

- capacidade de preparar o futuro: saber preparar um pacote de vendas que garanta estabilidade às receitas e aos custos. Resume-se a saber escolher e manter os clientes)

- selecção de contas: se a qualidade da participação no mercado for bem analisada, poderemos ficar com uma idéia do aumento previsível de clientes, da lucratividade das contas, da longevidade dos clientes e da sua influência sobre outros clientes. Estaremos, assim, aptos a fazer uma selecção de contas ou a criar um mix de clientes de acordo com as nossas necessidades, ou seja, preparar um investimento inteligente e tirar maior proveito do trabalho efectuado. Se tivermos em conta o que se disse, poderemos ainda saber  quais contas serão mais lucrativas a curto e a longo prazo e quais  se ajustam às nossas capacidades nessa mesma visão de futuro.

- satisfação e retenção dos clientes: este é um ponto importante, a respeito do qual tem de haver uma concordância absoluta, tanto a nível da operação como das vendas. A retenção dos clientes só será possível se houver satisfação, a qual não vem apenas do serviço; pode passar por uma facturação sem erros, ou pela assistência de vendas. É muito importante acompanhar os clientes em todas as fases do seu contacto com a nossa empresa e, no caso de insatisfação, saber de onde ela decorre.[4]

 

OUTROS FACTORES IMPORTANTES PARA VENDAS

 

- Análise de custo: ao preparar-se para vender, o hoteleiro deve estar consciente de várias realidades, entre as quais se destacam as seguintes:

 

-   o preço a que se pode vender o produto,

-   o preço que o cliente está disposto a pagar,

-   noção de que o lucro é a diferença entre esses dois valores,

-   noção de que o valor que o cliente garante ao produto, é a força de venda.

 

Conhecedor destes pontos de apoio, o hoteleiro deve avaliar até onde pode ir e o que deve fazer para concretizar um negócio, uma vez que se partirmos do princípio de que todo o desconto é um custo para o produto, quanto mais o gestor conseguir reduzir esse custo, mais facilidade terá de garantir a sua qualidade sem perda de lucro, visto que este é um aspecto fundamental para a empresa.

Quando, na posição de vendedor, se conseguir cortar nos custos, estar-se-á a agregar valor ao produto para o cliente.

 

- Não concorrer em preço: a menos que se tenha um custo de produção muito baixo, deve-se evitar ao máximo concorrer em preço além de certos limites, pois essa prática irá, sem dúvida, repercutir-se na qualidade do produto a médio prazo. Quem pretender promover uma venda, deve saber muito bem porque razão as pessoas compram (ou não compram) o seu produto.

A partir daí, deve procurar os clientes que podem querer comprar o seu produto e deixar de lado os que só o comprarão se for muito barato.

- Conhecer os pontos chave: para por em prática uma política baseada nas premissas que temos vindo a descrever, é importante conhecer os pontos chave, para que eles possam ser trabalhados.  Esses pontos chave são: criar valor para o cliente, diferenciar a sua oferta e extrair valor para o cliente.

-Diferenciação da oferta:  Quando se lê esta frase, começa-se imediatamente a procurar meios ou formas de alterar as carácterísticas do produto, ou daquilo que se está a oferecer ao cliente. Na maior parte das vezes, contudo, o que é preciso mudar (ou onde se deve mexer) não é o produto, mas o sistema ou a forma de vender. Nesse ponto, impõem-se a reflexão e o estudo, o que pode começar pela análise dos clientes, do nosso trabalho, do produto, do sistema (que sistema se está a usar?) e da política (como tomamos as nossas decisões?).

 

POR QUE OS CLIENTES NÃO ESTÃO FELIZES, SE OS NOSSOS SERVIÇOS SÃO BONS?

 

Sugestões para análise desta situação:        

1) Compreender o sistema como um todo:

- estudar todos os passos, desde a reserva à facturação, sem esquecer de analisar as visitas de  vendas aos clientes.

- fazer a selecção e estabelecer prioridades dentro dos clientes: clientes VIP; habituais, etc.

 

2) Adoptar o ponto de vista do cliente.

- avaliar a venda e não apenas o produto, do ponto de vista do cliente.

Se o produto é bom, o que está a falhar?

     

3) Concentrar a atenção na política de preços, na selecção e na criação de prioridades entre os clientes.

- seleccionar clientes efectivos e potenciais,

- gerir a carteira de clientes preferenciais,

- adoptar acções para evitar as desconexões interdepartamentais.

 

4) Cooperar internamente (evitar choques entre departamentos que possam gerar  deficiências no produto). Competir externamente (avaliar bem os concorrentes e agir de acordo).

 

5) Usar de humildade e ter bem presente que não importa o que nós queremos, oferecemos ou fazemos, importa o que o cliente quer!

Não importam os nossos problemas, importam os problemas que estaremos criando aos nossos clientes!

 

Pontos Cruciais para os Sistemas

 

- Evitar a guerra entre departamentos: eliminar o preconceito e o sentimento de que a culpa é sempre dos outros.

- Integrar os departamentos e as pessoas. Não tem muito interesse para a qualidade do serviço, departamentos funcionando à perfeição, mas que não se integram, nem sabem colaborar uns com os outros.

- Actualizar: criar novas mentalidades nas pessoas, novas visões para substituir antigos preceitos, tentar fazer o mesmo de maneira diferente (veja o que dizemos em “Qualidade na Hotelaria”).

 - Eliminar etapas desnecessárias: verificar os seus sistemas. Por muito bons que sejam, podem estar desactualizados e consumir mais do que o necessário, o que torna pesados os seus custos.

 

Pontos Cruciais para a Política

 

Não adianta criar uma política e tentar mantê-la, se esta não for apresentada aos seus intervenientes e a sua colaboração não for obtida, para que os resultados pressupostos sejam conquistados.

Os chefes devem conhecer a base do trabalho e estar dispostos a envolver-se. O topo da pirâmide deve envolver todos até à  base. A autoridade executiva deve funcionar efectivamente

Todos os envolvidos com a acção de vendas, trate-se de vendas propriamente ditas ou serviços, e a administração devem estar conscientes de que manter um cliente custa menos que conquistar um cliente novo.

 

GERIR VENDAS PARA LUCRAR

 

Gerir para lucrar implica caminhar numa corda bamba na qual o equilíbrio é precário e os cuidados de análise tem de ser constantes, de forma a não ter surpresas no final do período. Gerir para lucrar  não se relaciona apenas com os preços: deve haver uma visão do cliente e do valor do produto para o cliente balanceada pela correcta proporção dos custos. Devem estudar-se novas formas de apresentar os mesmos produtos, criando valor para o cliente.

 

1) Criar Facilidades: uma forma de conquistar a clientela é dispor o artigo que se apresenta para consumo de uma forma diferente, concebida para poupar tempo, ou facilitar a vida ao seu consumidor.[5] Este artigo pode mesmo ser (e normalmente é) mais caro, desde que tenha vantagens compensatórias. Uma forma de alterar a apresentação, e de o tornar mais atractivo, é dar ao produto carácter de especialidade, valorizando-o pela sua diferenciação.

Essa diferença pode resultar dos seguintes aspectos:

 

- disponibilidade (estar disponível sempre, no momento necessário);

- funcionalidade (ser utilizável sem grande desperdício de tempo);

- relacionamento (obter-se sem ser precisa uma grande negociação);

- confiança (pode ser escolhido sem grande análise, por estar sempre  de acordo com o padrão desejado).

 

Todos estes valores podem ser criados em hotelaria. E esta transformação do produto pode, sem grande esforço, ser feita através do marketing e do departamento de vendas ou reservas do seguinte modo:

 

       - ao garantir reservas aos clientes habituais,

       - ao acompanhar as necessidades dos clientes,

       - ao facilitar a facturação, com facturas claras e fáceis de entender.

       - ao apoiar o cliente nas dificuldades.

       - ao garantir allotments aos agentes de viagens.

       - ao facilitar early check-in ou late check-out, aos clientes que chegam em voos matutinos ou tardios, conhecidos do hoteleiro, dando assim aos clientes uma vantagem e o benefício de uma comodidade.

 

2) Mostrar onde está a diferença: como a maior parte das pessoas não se apercebe imediatamente da diferença, mesmo que ela exista, o vendedor deve valorizar o seu produto. Mostrando as diferenças e dando uma assistência que torne patentes essas diferenças, ao criar a modalidade de cliente preferencial (ou de vendedor preferencial ), através de um relacionamento de confiança, de comunicação técnica, de atenção à gestão das contas e negociação dos preços.

 

CICLO DE VIDA

 

Depois de feita toda a promoção, o vendedor não pode adormecer à sombra de resultados. Todo o produto tem um ciclo de vida. A especialidade ou a conveniência, atraem a imitação e aparece rápidamente quem queira copiar o modelo.

A qualidade do serviço, o relacionamento, a disponibilidade, ou a funcionalidade, passarão logo a ser armas da concorrência e, quando há outros fornecedores fiáveis, oferecendo o mesmo tipo de produto, o risco de erro obriga-nos a uma maior cautela.

O produto tem, portanto, um ciclo de vida que pode ser contado desde o momento em que as melhorias são implantadas, até aquele em que a concorrência as adopta como suas. É pois muito importante estar consciente que melhorar não é tudo. Há que melhorar continuamente,  procurar novas saídas para os mesmos problemas. Os clientes habituam-se e tornam-se mais exigentes. Os concorrentes melhoram. Há que acompanhar sempre o ritmo do mercado.

 

A POLÍTICA DO RELACIONAMENTO EM VENDAS

 

A política do relacionamento é a que pode fazer o negócio durar mais tempo. Se o cliente é quem pode decidir qual será a nossa margem de lucro, é bom manter um relacionamento que nos permita aumentar esse mesmo lucro. Deve-se avaliar periodicamente em que ponto estamos neste quesito:

 

-        decidir o que mais nos interessa e avaliar os nichos de mercado,

-        procurar os nossos clientes e valorizá-los,

-        analisar os atributos que são imputáveis aos nossos clientes,

-        avaliar a situação e criar valor,

-        a quem podemos vender e o quê ?,

-        o que fazer para que a estratégia resulte.

 

ESCALA DE LEALDADE

 

Devemos também fazer, periodicamente, uma análise dos clientes e ver até que ponto se pode contar com eles no futuro. Para isso, poderemos estabelecer uma escala de lealdade baseada no preço.

Quanto poderá o hotel aumentar os seus preços sem perder clientes? Normalmente, 10% é o máximo que se aceita para este teste. Todo o cliente que aceita um aumento até 10% sem deixar o hotel é um cliente leal e deve ser tratado como tal.

 

- Fidelidade: a par da lealdade, a fidelidade é outro factor importante no relacionamento com o cliente; o cliente fiel é o nosso melhor vendedor e assim deve ser reconhecido.

- Será que os descontos e as ofertas compram a lealdade? Se os nossos descontos aumentarem em quantidade, isso é mau. Se for necessário manter descontos por períodos longos, é sinal de que a fidelidade está a cair. Fazer descontos a clientes novos é muito arriscado pois se trata de clientes com quem se possa  contar no futuro: mudarão, a cada proposta melhor que receberem. O desconto pode servir para resolver um problema de vendas momentâneo, mas não se pode contar muito com a fidelidade que daí possa advir.

- Os descontos continuados podem causar problemas no futuro: as empresas que habituam os seus clientes a usufruirem de descontos permanentes, estão sujeitas a criar problemas futuros.A integridade dessas empresas cai. Devem  tentar-se outras formas de valorizar o produto e conquistar a clientela. A diferenciação do produto é a modalidade mais indicada. Qualquer coisa pode ser diferenciada! Só teremos que tentar. É preciso sempre tentar melhorias, para não ter que baixar preços! E lutar para conseguir resultados. Nunca devemos pensar que o nosso negócio é o mais difícil: qualquer negócio tem as suas dificuldades. É nossa obrigação procurar saídas para contornar a concorrência e dar mais valor ao que se vende ao cliente.

- A força de vendas num mercado hostil: devemos estar conscientes das dificuldades existentes no mercado que dificultam as nossas vendas e estar preparados para enfrentá-las. Essas dificuldades são, entre outras, as seguintes:

 

  redução de fronteiras entre competidores; novas empresas estrangeiras, com produtos competitivos, estão se instalando no nosso país;

  globalização - multinacionais entre nós;

  ciclos de vida do produto mais curtos;

      novos competidores - flats, hostels, etc.;

      menos diferenciação - produtos semelhantes.

 

Dentro deste quadro, todos os sectores da empresa devem tomar medidas conscientes para enfrentar a situação com resultados positivos.

- Vendas: fazer mais e melhores visitas aos seus clientes (pensar o que se faria caso se estivesse no lugar deles).

- Outros setores: criar uma integração que permita resultados positivos e baixo custo, criar mais valor para o cliente no produto apresentado.

 

Se se constituir o ciclo mágico, todos os sectores em conjunto podem:

 

·        analisar os problemas humanos da empresa,

·        analisar os problemas da operação,

·        analisar os problemas financeiros,

·        criar comunicação,

·        criar coordenação,

·        criar compromisso.

 

Por fim, depois de tudo isso, é possível usufruir do sucesso.

 

VENDAS

Um Problema ou Uma Solução?

 

A resposta à dúvida acima colocada pode ser encontrada através da análise à política de vendas da empresa e do comportamento da equipa deste sector.

Todos os serviços de um hotel tendem a tornar-se repetitivos, pois a sequência de acções necessárias é quotidianamente idêntica, embora possa divergir em pequenos pontos.

A secção de vendas não poderia fugir a essa tendência. Trabalhar em vendas é estar preparado para começar todo o dia do zero, e aceitar que a permanente ultrapassagem da inércia, é o maior desafio profissional nesta área da hotelaria.

Há metas estabelecidas que têm de ser cumpridas ou, se possível, superadas diariamente.

É dentro de si próprio que o responsável da área de vendas deve encontrar o entusiasmo para essa superação. Precisa criar mecanismos que gerem a motivação e aliá-los à garra e à disciplina necessárias para enfrentar a concorrência. É preciso que tenha soluções ou respostas para as objecções dos seus clientes. Precisa também de desenvolver a perspicácia e a presteza necessárias para antecipar-se à concorrência, nas visitas que lhes fizer.

É um imperativo humano ter entusiasmo e paixão pelo que se faz, tanto no trabalho como na vida. São esse entusiasmo e essa paixão que nos empurram para novos empreendimentos. Ter entusiasmo é ter dentro de si a força que ajuda a converter a realidade quando se apresenta adversa, na realidade que procuramos ou de que precisamos.

A melhor forma de vencer em qualquer ramo é através da aprendizagem. Devemos, pois, aprender com todos os acontecimentos do nosso quotidiano. E devemos aprender a usar o passado apenas como referência para criar o futuro que desejamos. Não importa se já tivemos erros ou derrotas, pois eles são necessários ao processo da aprendizagem.

 Devemos, no entanto, fugir da acomodação, por este ser um processo perigoso tanto no trabalho quanto na vida. É a acomodação que nos leva a procurar continuamente desculpas. Desculpas que intimamente podem parecer para os outros, mas são sempre para nós próprios. Para nos dar a tranquilidade de ego, que nos leva a manter a acomodação como se ela fosse inevitável.

É preciso criar compromisso.

E o que é compromisso? É, antes de mais nada, acreditar que somos capazes de fazer as coisas acontecerem.

Podemos aceitar que, se trabalhar num ambiente desmotivador, o empregado dificilmente se compromete. Não devemos porém partir dessa premissa para a acomodação, pois ela também não é uma desculpa aceitável. O ambiente é passível de ser modificado.

Todos podem contribuir, para criar modelos de comportamento com valores apropriados de motivação. Essa contribuição pode ser uma manifestação de ética. E todos devemos ter uma dimensão ética.

É determinante, tanto na vida como no trabalho, ter metas e objectivos claros e lutar por eles. Para lutar, porém, é preciso ter espírito, força, capacidade.

E onde encontrar estes valores?

Os dois primeiros, dentro de nós próprios. Para o terceiro, podemos buscar a resposta, eventualmente, no tempo perdido ou mal aproveitado. O dia tem 24 horas. Durante oito, descansamos, noutras oito trabalhamos. O que fazemos nas restantes oito? A diferença pode estar na forma como utilizamos esse período de tempo. Devemos utilizar parte desse tempo para o estudo e a preparação, no sentido de enfrentar os desafios que nos esperam. E acabar assim com a doença que nos vitima, a falta de compromisso e a desculpa.

Ao aceitar um cargo, estamos a aceitar uma responsabilidade.

Ou a cumprimos, ou aceitamos a nossa incapacidade de satisfazer o ajustado e, para sermos honestos, devemos agir de acordo.

 

COMO VENCER NA ÀREA DE VENDAS?

 

Para vencer, tanto na vida como no trabalho, é preciso ter metas e objectivos mas também planejamento. É imperativo, pois,  planejar todos os passos que nos orientam para os nossos objectivos.

No ramo das vendas, o início do planejamento, pode passar por analisar o produto que temos para vender e por estabelecer o modo como o vamos apresentar. Há várias maneiras de falar do mesmo produto. Sendo assim, é recomendável definir a forma como vamos falar do nosso. Preparar e estudar os argumentos que vamos usar para os vários tipos de clientes.

Os clientes não são todos iguais. Têm necessidades diversas, pontos de vista e análises diferentes e  critérios que variam de pessoa para pessoa.

É a nós que compete apresentar o produto e buscar o enfoque que melhor se aplica, ao cliente a quem nos propomos vender. O produto é o mesmo. Nós é que devemos ser diferentes, de acordo com o cliente que nos propomos servir. Devemos usar sempre a honestidade e a ética. Dar confiança ao cliente. Estabelecer uma relação comercial duradoura.

Para possíveis dificuldades encontradas na venda, deve-se conversar com os responsáveis na operação. Levar até eles, se necessário, idéias sobre o que se acha que pode ser melhorado no produto, para adaptá-lo às necessidades do cliente.

 

E QUANDO O PROBLEMA É O PREÇO?

 

Será que isso é  um problema?

O preço de um produto é estabelecido pela forma como ele se adapta às necessidades do cliente. Logo, toda a análise das vendas deve começar por aí.

As pessoas compram pelo valor que o produto tem para elas. Ninguém vende nada, é o cliente quem  compra, de acordo com a sua necessidade.

Seguindo este conceito, o trabalho do vendedor deve ser procurar o cliente certo e perceber em que medida o seu produto pode servir a este.

Obtida a convicção, o vendedor deve fazer a valorização do seu produto, através de uma exposição elaborada.

O preço, enquanto factor de diferença, só aparece quando não existe uma distinção percebida ou desejada pelo cliente. Fazê-la transparecer é o trabalho do vendedor.

Ao promover a venda, deve-se criar uma postura de atendimento que valorize o produto e não apresentar-se como vencido (tão pouco como vencedor), mas apenas demonstrar confiança no seu produto e em si próprio. Muitas vezes, pelo excesso de ansiedade e pelo desejo de vender, o próprio vendedor acaba por prejudicar a venda, pois sem se aperceber da sua ansiedade, asfixia e sufoca o cliente, tirando-lhe a liberdade de fazer a sua escolha. Focaliza-se na qualidade ou utilização do produto e não na necessidade do cliente.

Um vendedor ansioso  prejudica a venda pela inversão do foco.

A postura de atendimento ao cliente é vital para o sucesso de vendas e para o posicionamento da empresa em relação ao mercado.

Fazer perguntas negativas, demonstrar falta de energia e pouco impacto de voz, pensar negativamente ao oferecer o produto, baixar a oferta à primeira reacção do cliente, não falar dos benefícios e referir apenas o preço, não oferecer tudo o que se pode, são erros de vendas que se pagam caro.

Fechar uma venda não é algo que acontece no final de cada visita, ou de um contacto com um cliente: é o resultado de tudo o que foi dito ou demonstrado, durante o processo de venda.

Muitas vezes, o insucesso neste sector começa no espírito do próprio vendedor, com um bloqueio. Ele acha ou acredita que não vai vender. E não vende mesmo! O vendedor tem de acreditar no produto! Acreditar na venda! Acreditar em si próprio! Procurar as oportunidades e saber lutar!

Qualquer vendedor deve estar preparado para as objecções do cliente. A objecção é como a reclamação, pode representar interesse (e não desinteresse) da parte do cliente. O segredo está em saber interpretar essas objecções apresentadas e descobrir os reais motivos que estão por trás delas. As objecções repito, podem ser uma demonstração de interesse.

Encontrar o caminho para o esclarecimento pode abrir o caminho para o sucesso de uma venda. Do mesmo modo, ouvir o cliente, evitar perder tempo com adjectivos desnecessários, identificar a dificuldade ou a necessidade do cliente, podem auxiliar o vendedor a criar o discurso necessário para  valorizar o seu produto e demonstrar o modo como ele pode ajudar o comprador.

A venda pode e deve começar antes da venda. No mercado de hoje, não é mais possível que um vendedor faça uma visita, sem a ter preparado previamente. Tem de saber tudo sobre o cliente que vai visitar. Quem é? Onde está? Quais as suas necessidades e expectativas? Qual o seu relacionamento anterior com a nossa empresa? Quais as possíveis influências sobre ele? Quem o fornece e, como?

O pós-venda é igualmente muito importante e deve ser bem trabalhado. Deve-se mostrar interesse pelo cliente e pela sua opinião. Não há clientes aborrecidos, apressados, regateadores, críticos ou irritados. Cada cliente tem uma personalidade. Se nós precisamos de todos os clientes, compete-nos achar o caminho que nos leve até eles.

Só é bom vendedor, quem investe e acredita em si próprio!

Para criar um equipe vencedora é preciso seleccionar elementos capacitados e responsáveis, motivados, acreditando na vitória e não aceitando a derrota como algo inevitável.

Devemos praticar, tanto na vida como no trabalho, a arte da superação.

Praticar é fundamental, mas quando uma equipa está em campo, o resultado sai do espírito de grupo e do esforço e coordenação dos seus componentes, da forma como cada um sabe utilizar o bom e o menos bom dos seus companheiros de equipa e do modo como todos se ajudam para superar as falhas ou os erros individuais.

Qualquer pessoa que trabalhe em vendas, deve ter presente que o espírito de equipa é necessário, bem como a ética profissional. No domínio das vendas, a ética implica princípios claros, partilha de informações correctas, compromisso, consciência e responsabilidade perante metas e deveres, cumprimento de horários e obrigações. Este cumprimento de horários, tem relação com a marcação de visitas ao cliente.

Numa equipa, não pode haver um espírito negativo; não pode haver “infelizes” que façam os outros partilhar da sua infelicidade; não pode haver “astros” inconscientes da realidade que acham que o mundo gira à sua volta; não pode haver “mesquinhos”, que desdenham de quem não comunga da sua mesquinhez. Numa equipa, é preciso evitar os “vírus” que atacam e corroem, prejudicando a produtividade e os resultados. Uma equipa vencedora, mantém-se e prospera, em função dos bons resultados obtidos.

As secções de vendas não prosperam com equipas perdedoras que guardam no seu seio o sentimento da derrota e a opressão da incapacidade de lutar pela vitória. Para vencer nesta área é preciso lutar contra o “medo de vencer”.

Para vender, é preciso acreditar em si próprio e no produto que se vende.

A melhoria do produto é obrigação de todos e as sugestões para isso devem ser apresentadas. Todavia, vendedor que critica o produto que vende, não está no lugar certo, tem de ser substituido.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Veja albanomarques.blogspot.com  “Falar de Hotelaria”



[1] Usamos a palavra “promoção” para indicar o que na linguagem internacional é designado por marketing e significa numa tradução literal, “desenvolvimento do mercado”. Se temos esta palavra que se ajusta ao desejado, porquê usar estrangeirismos.

[2] Para que se possa entender claramente este texto, explicamos que em gíria de vendas, a conta é o cliente (neste caso firmas ou empresas com volume de negócios com o hotel).

[3] Mix é uma palavra usada na gíria de vendas, para designar a mescla, mistura ou conjunto final obtido com os vários tipos de vendas conseguidos, os quais incluem sempre, preços, condições ou vantagens diversos.

[4] Espero que tenha ficado claro para os nossos leitores que esta parte dos textos se refere ao cliente institucional, as empresas que usam hotéis para os seus executivos. Tentei esclarecer aqui, a forma como se devem conduzir as vendas para esse tipo de cliente.

[5] Nos Estados Unidos, esta prática está muito divulgada, através do que aí se convencionou chamar commodity. Em português este termo foi traduzido para conveniência. Designa os artigos que normalmente usamos, apresentados para consumo de uma forma diferente, concebida para poupar tempo ou facilitar a vida do consumidor. 

quarta-feira, 7 de abril de 2021

 

Vendas em Hotelaria

O Calcanhar de Achilles gerencial

 



 

Questões às vezes sem resposta

Respostas que às vezes não convencem

 

O Setor de Vendas é sempre um ponto de preocupação para todos os Gerentes de Hotel. Sem vendas, ou com vendas problemáticas, todos os planos e todas as metas ficam difíceis de concretizar, e todos os projetos estarão em risco.

Vendas deve ser pois, um dos setores do hotel para o qual as atenções do gerente devem estar sempre voltadas, e o acompanhamento permanente.

 

PARTE I

 

O Setor de Vendas deve receber instruções que lhe permitam saber como melhor pode servir a Operação e vice versa, a Operação deve saber que Vendas também tem as suas dificuldades a enfrentar e que um esforço de colaboração será sempre bem-recebido. O cuidado posto pela operação, na Qualidade do Produto e os cuidados com o Cliente,serão sempre a base em que assentarão as possibilidades de venda. E o cuidado posto por vendas na assistência às necessidades dos clientes, trarão à operação as informações que lhe permitam se manter no rumo certo.

Só a mutua cooperação resolve, ou facilita a resolução dos Problemas inerentes a vendas.

 

Como uma ajuda aos Gerentes para melhorar os resultados da sua gestão, e aos profissionais de vendas, para facilitar as decisões no seu trabalho, colocamos a seguir uma série de opções, com a nossa opinião sobre o assunto, passível de análise e discussão, para que elas sejam utilizadas nas Empresas de forma a esclarecer quaisquer problemas que surjam sobre este assunto.

 

Comprar Barato e Vender o Melhor Possível = Para que uma Empresa possa gerar lucros, os dois pressupostos apresentados atrás, devem ser postos em prática até onde for possível ou até ao extremo das possibilidades. O Gerente deve acompanhar a qualidade e o preço do que compra. Comprar barato não significa porém “o mais barato” mas sim “o melhor preço para a qualidade que nos convém”.

             Vender caro, também não é uma solução fácil de conseguir, pelo que a solução será equilibrar o preço de venda com as exigências da clientela, satisfazendo esta nas duas pontas.

 

Criar Valor ao Cliente = Para que isso seja possível é necessário criar naquilo que se vende, um valor adicional que convença o Cliente a optar pelo nosso produto.

 

Diferenciar o produto = Esta pode ser uma das opções que se apresentam para criar esse valor necessário. Não é uma opção fácil, mas deve no entanto ser tentada e conseguida como condição primária para efetuar mais venda. Qualidade, Bom Serviço, Atenção e simpatia, Prioridade no Atendimento, Facilitação nas necessidades, são algumas das possibilidades de tornar o fator preço secundário, dentro de certos limites.

 

Mecanismo de extração = Este é o nome por que é conhecida a fórmula de vendas que se resume em “dar desconto por volume de vendas”.

             Pode ser uma boa opção em certos casos, mas não deve ser utilizada como forma única e uniforme de vender, porque todos aqueles que estão envolvidos no processo, devem estar conscientes que a Empresa precisa proteger o “Valor de Degradação”, que tanto envolve desgaste de materiais, como a própria Imagem do Produto que, com o tempo tende a degradar-se frente à concorrência.

 

Criar preço de Venda = É necessário estabelecer e manter vivo um preço de venda que corresponda ao valor do produto para o Cliente. Como os custos sempre aumentam, deve ser constante a preocupação em valorizar o Produto para o tornar atrativo ao cliente.

 

Ciclo de Vida do Cliente = Todos que trabalham com vendas devem estar conscientes e saber avaliar este item. Todo o Cliente novo tem um custo e não começa a produzir logo. Por outro lado, num mercado competitivo e sem ética, nunca se sabe quanto tempo o Cliente vai nos dar a sua preferência.

 

Atrair o Cliente errado = Analisando o que dissemos antes, é preciso muito cuidado na prospecção de novos clientes, para não estar buscando o cliente errado pois isso pode conduzir a perder no período inicial, e acabar perdendo o Cliente no futuro. (analisar a curva do Ciclo). O cliente certo, é aquele que se coaduna melhor ao nosso tipo de hotel e não aquele que vem porque achou barato, mas depois não gosta.

 

Vender mais desde o início = Fica fácil de entender, que o que interessa são clientes que começam logo a produzir, ou aos quais se pode vender mais logo desde o início.

 

Cliente sem custo inicial = Este Item deve ser analisado, tanto por Vendas como pela Operação, pois a sua conquista cabe aos dois lados. O Cliente sem custo inicial é aquele que nos é recomendado por outros clientes ou que nos busca por opção própria.

             É importante saber que cliente satisfeito traz outros e isto, tanto pode ser conseguido através de perfeito serviço na Operação, como de um atendimento perfeito de Vendas. A assistência que se recebe, é sempre decisiva quando se compra um carro, o mesmo acontece em Hotelaria.

 

Pressão sobre os lucros = Este tipo de pressão, vem de dois lados, das duas extremidades: Dos custos da Operação mal controlados ou de um baixo preço de Venda. Uma Equipe de Vendas que só vende na base de preço baixo, está contribuindo para uma pressão sobre os lucros que irá se tornando cada vez mais insuportável, à medida que não for sendo possível repor o desgaste sofrido pelos materiais ou que for baixando a Qualidade do Produto.

 

Análise das Contas = Para encontrar o equilíbrio, deve ser feita uma análise das contas e preparado um Mix de Vendas que possa manter o nível de lucro dentro das necessidades. Contas grandes, com preço muito baixo, fazem muita pressão nos Preços mas, do mesmo modo, Contas pequenas fazem pressão nos custos de Manutenção. Ambas irão afetar o lucro final, embora de maneiras diferentes. As Contas médias são sempre as melhores, e a análise deve ser permanente.

 

Clientes emergentes = Como complemento da análise anterior, deve-se sempre ter em conta os clientes de contas pequenas ou médias que tem tendência ou possibilidades de crescer, e deve-se trabalhar para que isso aconteça.

 

Custo para servir = Uma boa premissa para avaliar um cliente, é analisar quanto ele nos custa para servir. Há clientes com preço baixo, mas que também não tem exigências e outros com preço alto que acabam custando muito caro, deixando uma margem de lucro menor.

             Um cliente razoável para trabalhar é aquele que se mantém numa margem de desconto até 20% do preço de balcão, podendo ainda aceitar-se como boa uma política agressiva até 30%.

             O Cliente entre  15 e 20 % deve ser considerado um cliente de elite.

             O ideal para um bom Mix de Vendas é conseguir entre 50 e 60% de Clientes de elite e manter esse patamar.

 

Entender onde se ganha dinheiro = O essencial como parece ter ficado óbvio, é que um bom vendedor deve estar preparado para entender onde se ganha dinheiro e saber que os três pontos onde a sua análise deve incidir são:

             Os Custos /O Preço de Venda / O Cliente.

 

Parte II

 

CONQUISTANDO E MANTENDO CLIENTES NA NOVA ERA

 

Conquistar o “nosso” lugar - Ser um Fornecedor preferencial = Os benefícios que vem desta posição são muito grandes e os resultados ainda maiores. Devemos analisar:

             = Retenção de Clientes

             = Melhor Reputação ( testemunhos positivos dos clientes atendidos).

             = Menor custo de Vendas e Manutenção de clientes.

             = Melhores Preços praticados.

             = Melhor Mix de Clientes.

             = Economia ajustada / Economia de Escala.

             = Maior lucratividade.

             Os pontos principais a ter em conta para se atingir esta posição São:

 

Longevidade do Cliente = A forma como se mantém os Clientes é um ponto importante na Política de Vendas. Uma maior reputação tem um menor custo de Vendas e um maior lucro.

            Se perder Clientes, tem que conquistar outros e isto tem um custo.

             A avaliação da longevidade dos Clientes é uma informação valiosa para Vendas.

 

Qualidade da Participação no Mercado = Ao fazer a análise da nossa participação no Mercado, não chega analisar apenas números absolutos. Devemos fazer uma análise da Qualidade dessa participação.

             = São Clientes leais?

             = São clientes produtivos?

             = São clientes constantes?

             = Como estamos em relação à concorrência?

            

A nossa Participação no Mercado, deve poder nos dar uma possibilidade de prever:

             = A Prosperidade Futura.

             = Como ela vai influenciar a Prosperidade Futura, através .de:

                    - Crescimento das Vendas ( Aumento de Clientes )

                    - Melhor lucratividade ( Melhor rentabilidade das Contas )

 

Uma boa atuação em função dos pontos analisados, pode colocar-nos num caminho menos árduo para obtenção de resultados satisfatórios, mas não deve nunca colocar-nos na posição de achar que tudo está feito.

O trabalho de Vendas não tem fim. Cada dia é um recomeço. É um trabalho que nunca está terminado, e sobre o qual nunca se deve adormecer. Hotel lotado hoje, não é garantia de lotação completa amanhã.

Por outro lado, Qualidade do Serviço e do atendimento, Produto que satisfaça o cliente e que possa competir com a concorrência, devem ser sempre o foco de uma boa gestão hoteleira.

 

Parte III

 

AMARRE O SEU CARRO AOS CAVALOS MAIS VELOZES

 ( Saiba escolher e manter os seus Clientes)

 

Seleção de Contas = Analisada a Qualidade da Participação no Mercado, nós teremos uma ideia de:

                   = Qual é o aumento de Clientes.

                   = Qual é a Lucratividade das Contas

                   = Qual é a Longevidade dos Clientes

                   = Qual é a Influencia sobre outros clientes.

 

Ao fazer uma Seleção de contas, ou ao criar um Mix de Clientes, estaremos aptos a conhecer as nossas necessidades, ou seja:

 

Fazer um Investimento Inteligente.

             = Quais contas serão mais lucrativas?

             - A curto prazo / - A longo prazo.

             = Quais contas se ajustam às nossas capacidades?

             - No curto prazo / -No longo prazo.

 

Satisfação dos Clientes e Retenção dos Clientes

           = Não poderá haver discordância neste ponto. A retenção dos Clientes só será possível, se houver satisfação destes.

             E a satisfação da clientela não vem só do Serviço. Pode estar ligada também ao Faturamento ( Contas com erros ou mal descritas) ou à pouca assistência de Vendas. É muito importante acompanhar os clientes em todas as fases do seu contato com a nossa empresa e, no caso de insatisfação, saber de onde ela decorre.

 

PARTE IV

 

Análise de Custo

          = Ao se preparar para vender, o Vendedor deve estar consciente de várias coisas, entre elas o mais importante é saber:

          = Qual o preço por que pode vender.

          = Qual o preço que o Cliente está disposto a pagar.

            

Que o Lucro é a diferença entre os valores apresentados acima.

                                           

Que o Valor que o Cliente dá ao Produto é a Força de Venda.

             Conhecedor destes pontos de apoio, o Vendedor deve avaliar até onde pode ir e o que deve fazer para concretizar um negócio, pois se partirmos do princípio que todo o desconto é um custo para o Produto, quanto mais o Vendedor conseguir reduzir esse custo mais facilidade haverá de garantir a qualidade do Produto sem perda de lucro, pois este é muito importante para a Empresa.

             Se Você como Vendedor, consegue cortar custo, Você está agregando Valor ao produto para o Cliente.

 

Não Concorrer exageradamente em Preço = A menos que se tenha um custo de produção muito baixo, deve-se evitar ao máximo concorrer em preço, além de certos limites, pois essa prática irá sem dúvida repercutir na qualidade do Produto.

             Quem pretende promover uma venda, deve conhecer muito bem, a razão porque as pessoas compram (ou não compram) o seu Produto.

             A partir daí, analisar ou buscar os clientes que podem querer comprar o seu produto e deixar de lado os que só o comprarão se for muito barato.

Pontos Chave = Para implementar uma Política baseada nas premissas anteriores, é importante conhecer os Pontos Chave, para que eles possam ser trabalhados. Esses Pontos Chave são:

                                               = Criar Valor para o Cliente

                                               = Diferenciar a sua oferta

                                               = Extrair valor para o Cliente.

Diferenciação da oferta = Quando se lê esta sentença, imediatamente se começa a procurar meios ou formas de alterar as características do Produto ou daquilo que se está oferecendo ao Cliente.

             Mas, na maior parte das vezes, o que tem que mudar (ou onde se deve mexer) não é no produto, mas no sistema ou na forma de vender.

             E aí, impõe-se uma reflexão e um estudo que pode começar por:

             Análise = dos Clientes; do nosso trabalho; do Produto

             Sistema = que sistema estamos usando

             Política = Como tomamos nossas decisões.

 

Porque nossos Clientes não estão felizes, se nossos serviços são bons?

 

Sugestões para Análise = 

                                            1 ) Compreender o Sistema como um todo.

                         Estudar todos os passos desde a Reserva ao Faturamento, sem esquecer de analisar as visitas   de Vendas

      Fazer a Seleção e priorização da Clientela: Clientes Vip; Habituais, etc.

                   2 ) Adotar o Ponto de vista do Cliente.

      Avaliar a venda e não só o Produto, do ponto de vista do cliente.

                    Se o produto é bom, o que está falhando ?

                      3 ) Concentrar na Política de Preços, na Seleção e na Priorização.

           Selecionar Clientes efetivos e potenciais.

           Gerenciar a carteira de Clientes preferenciais.

           Adotar ações para evitar as desconexões interdepartamentais.

 

Cooperar internamente!

 

Pontos Cruciais para Análise

 

Não importa o que nós Queremos, Oferecemos ou Fazemos.

Importa é o que o Cliente Quer ou Precisa!

 

Não importam os seus problemas

Importam os problemas que Você cria aos seus Clientes !

 

Pontos Cruciais para os Sistemas

 

Evitar a Guerra Departamental (Quem tem culpa não sou eu !)

Integrar/ Atualizar/ Eliminar etapas desnecessárias

 

Pontos Cruciais para a Política

 

Os Chefes devem conhecer a base do trabalho

O topo da Pirâmide deve envolver a base

A autoridade executiva deve funcionar para valer

 

Competir externamente !

Todos os envolvidos com a ação de Vendas; os Serviço ou a Administração, devem estar conscientes que:

Manter um Cliente, custa menos

Que conquistar um Cliente Novo.

 

PARTE V

Gerenciar para Lucros

           = Gerenciar para lucros é uma corda bamba, onde o equilíbrio é precário e os cuidados de análise tem que ser constantes, de forma a não ter surpresas no final do período. Gerenciar para lucros não é só preços: deve haver uma visão do Cliente e do Valor do Produto para o Cliente, balanceada pela correta proporção dos custos.

Valor para o Cliente

           O que é Comodity ? = A Comodity, que em português se usa chamar de “conveniência” é o tipo de artigo que normalmente usamos e se apresenta para consumo de uma forma diferente, concebida para poupar tempo ou facilitar a vida ao seu consumidor. Pode (e normalmente até é) ser mais caro, desde que tenha vantagens compensatórias. Uma forma de criar uma conveniència é dar ao produto a forma de especialidade, valorizando-o pela sua diferenciação.

        As marcas de uma comodity são, normalmente :

         Disponibilidade (estar ao dispor no momento necessário );

         Funcionalidade ( ser utilizável sem grande desperdício de tempo);

         Relacionamento ( obtém-se sem ser preciso grande negociação);

         Confiança ( pode ser escolhida sem grande análise pois sempre estará dentro do padrão   desejado).

            Todos estes valores podem ser criados em Hotelaria.

Como criar uma Comodity?

             = Em hotelaria, a transformação do Produto em comodity, poderá também ser feita através do marketing e do Departamento de Vendas.

             = Garantindo Reservas aos Clientes habituais

           = Facilitando acesso ao quarto antes do Horário normal de Check-in, sem cobrança adicional.

             = Acompanhando as necessidades dos Clientes.

             = Facilitando o faturamento, com Notas claras e fáceis de entender.

             = Apoiando o Cliente nas dificuldades.

Mas onde está a Conveniência?

           = A maior parte das pessoas não vê logo a diferença, mesmo que ela exista.
= O Vendedor deve valorizar o seu produto. Mostrar as diferenças. Dar a assistência que torne essas diferenças bem patentes.
= Criar a posição de cliente preferencial (ou de vendedor preferencial), através de um relacionamento de confiança, de comunicação técnica, de atenção ao Gerenciamento das Contas, da negociação dos preços.

O Ciclo de Vida

                      = O Vendedor não pode adormecer à sombra de resultados.
 O Produto tem um ciclo de Vida.  A Especialidade ou a Conveniência, atrai a imitação e logo aparecem os seus imitadores.

             A Qualidade do Serviço / O Relacionamento / A Disponibilidade / A Funcionalidade
Passarão a ser armas da Concorrência e, quando há outros fornecedores confiáveis, oferecendo o mesmo tipo de Produto o risco de erro, nos obriga a maior cautela.
Existe portanto um ciclo de vida que pode ser contado desde o momento em que as melhorias são implantadas, até aquele em que a concorrência as adota como suas.

           É pois muito importante estar consciente que, melhorar não é tudo.

           Há que melhorar continuamente.

           Os Clientes se habituam e aumentam a sua exigência. Os concorrentes melhoram.
Precisamos acompanhar sempre o ritmo do Mercado.

 

A política do relacionamento

            = A Política do Relacionamento é a que deve ter mais atenção.

         Se o Cliente é que pode decidir qual vai ser a nossa margem de lucro, é bom manter um    relacionamento que permita aumentar este.
 Periodicamente, devemos avaliar em que ponto estamos neste Item.
- Decidir o que mais nos interessa.

           - Avaliar os nichos de mercado onde podemos encontrar mais clientela.
- Procurar os nossos Clientes e valorizá-los.
- Analisar os atributos que são imputáveis aos nossos Clientes.
- Avaliar a situação e criar valor.
- Para quem podemos vender e o que é mais procurado ?
- O que fazer para que a estratégia resulte.

 

 

PARTE VI

Escala de Lealdade

            = Periodicamente também, devemos fazer uma análise dos nossos clientes e ver até que ponto podemos contar com eles no futuro.
Para isso devemos estabelecer uma escala de lealdade, baseada em preço.
Quanto poderemos aumentar nossos preços sem perder clientes ?
Normalmente, 10% é o máximo que se aceita para este teste.
Todo o Cliente que aceita um aumento até 10% sem nos deixar é um cliente leal e como tal deve ser tratado.

Fidelidade

           = A par da lealdade, a fidelidade é outro fator importante no relacionamento com o Cliente.
O Cliente Fiel é o nosso melhor vendedor. Deve ser tratado como tal.

Descontos e ofertas compram Lealdade ?

           = Se os nossos descontos aumentam em quantidade, é mau.
E, se for necessário manter descontos por períodos longos, é sinal de que a fidelidade está caindo.
Dar descontos para ter Clientes novos é mau sinal.. Não é um Cliente com que se possa contar no futuro. Ele vai mudar a cada proposta melhor que tiver. Pode servir para resolver um problema de vendas momentâneo, mas não se deve contar muito com a sua fidelidade.

Descontos continuados causam problemas no futuro

           = A Empresa que habitua os seus Clientes a trabalharem na base do desconto permanente, está criando problemas futuros.
A integridade dessas Empresas cai.
Devem ser tentadas outras formas de valorizar o Produto e conquistar a clientela.
A diferenciação do Produto é a mais indicada. Qualquer coisa pode ser diferenciada!
Só teremos que tentar. É preciso sempre tentar melhorias, para não ter que baixar preços! E lutar para conseguir resultados. Nunca devemos pensar que o nosso negócio é o mais difícil. Todos tèm as suas dificuldades.
É nossa obrigação procurar as saídas para driblar a concorrência e valorizar o que se vende ao cliente.

A Força de Vendas num Mercado Hostil

            = Devemos estar conscientes das dificuldades existentes no Mercado, as quais dificultam nossas vendas. E nos preparar para enfrentá-las.
Essa dificuldades são, entre outras:
- Redução de Fronteiras entre competidores.
- Globalização - ( Multinacionais entre nós ).
- Ciclos de Vida do Produto mais curtos.
- Novos Competidores - Flats, etc.
- Menos diferenciação - Produtos semelhantes aparecendo.

Dentro deste quadro, devem ser tomadas medidas conscientes por todos os Setores da Empresa, para enfrentar a situação com resultados positivos.

Vendas       

            = Mais e melhores visitas aos seus Clientes. ( Pensar o que faria se fosse ele ).

           Outros Setores

             = Criar uma integração que permita resultados positivos e baixo custo.

             = Criar mais valor para o Cliente, no Produto apresentado.

Estudar o Ciclo Mágico

             =  Analisar os Problemas Humanos

             =  Analisar os Problemas da Operação

             = Analisar os Problemas Financeiros

             =                                         Criar Comunicação
  =  Criar Coordenação

 

 

 

 

 

 

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